Cidades

RELATÓRIO FINAL

Pane seca foi a causa de acidente aéreo com Luciano Huck e Angélica em MS

Relatório do Cenipa aponta falha em equipamentos e erro dos pilotos

Continue lendo...

Pane seca causou o pouso forçado do avião turbo hélice que transportava os apresentadores Luciano Huck e sua mulher Angélica, em fazenda próxima a Campo Grande, no dia 24 de maio de 2015. Relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronática, aponta que ação dos pilotos contribuiu para o incidente.

Aeronave decolou da Estância Caimam, em Miranda, com destino ao aeródromo de Campo Grande. Durante procedimento de descida para pouso, ocorreu apagamento do motor esquerdo e a aeronave realizou pouso de emergência em fazenda de Rochedo. Pilotos e passageiros tiveram ferimentos leves.

Conforme o relatório, aeronave não estava aeronavegável no momento da decolagem e sistema de gravador de voz da cabine e sistema de embandeiramento automático estavam inoperantes na decolagem.

Comissão de investigação constatou que o tanque esquerdo teve todo o combustível consumido pelo motor e que, no momento da decolagem, ele tinha no máximo 160 litros de combustível e não 350 litros conforme indicado nos liquidômetros.

Também consta no relatório que sensores de combustível estavam com as posições trocadas, em desconformidade com o manual da aeronave, e enviavam informações erradas ao painel de controle, com indicação de quantidade superior a real, que resultou no apagamento do motor.

Foi constatado também que não existia na aeronave uma Master Minimum Equipment List (Lista Mestra de Equipamentos Mínimos – MMEL) emitida pelo fabricante e aprovada para o modelo e também não havia uma MMEl aprovada para a aeronave da empresa. Desta forma, turbo hélice somente podeira operar se tivesse todos os instrumentos e equipamentos em condições normais de funcionamento.

Além disso, não foram cumpridos pelos pilotos todos os itens previstos em checklist para a condição de falha do motor em voo e pilotos eram orientados pela empresa MS Táxi Aéreo e não anotar problemas no diário de bordo e não tinham acesso às cadernetas de motor, célula e hélice.

Na conclusão, Cenipa destaca que pilotos estavam com Certificados Médico Aeronáutico (CMA) válidos e com habilitações técnicas válidas, mas que contribuíram para o acidente ao não atuarem nos comandos de voo nem executarem procedimentos de emergência previstos em checklist, além de ser verificado falhas no treinamento e capacitação dos mesmos.

Manutenção da aeronave também foi fator contribuinte, porque, apesar de manual de serviços prescrever que sensores de combustível deveriam ser inspecionados quanto ao estado geral e segurança, não foram encontrados dados relativos a esses sistemas na caderneta de manutenção.

Por conta das irregularidades, Cenipa recomendou que a Agência Nacional de Aviação Civil realize gestões junto ao operador da aeronave para aprimorar métodos de supervisão gerencial e garanta que os tripulantes cumpram o estabelecido no Programa de Treinamento Operacional (PTO), e realize gestões junto à oficina de manutenção para verificar a conformidade dos procedimentos, entre outras coisas.

ACIDENTE

O avião modelo Embraer 820C apresentou uma pane no motor. A aeronave havia decolado de uma estância turística do Pantanal, em Miranda com previsão de pousar no aeroporto de Campo Grande. Huck e os filhos viajaram para o Pantanal para acompanhar uma série de gravações de Angélica para o programa semanal "Estrelas", da Rede Globo.

Atendido na Santa Casa da Capital, o casal foi transferido em duas aeronaves de UTI Aérea para o hospital Albert Einstein, em São Paulo.Tanto os três filhos, quanto as duas babás e a tripulação não tiveram ferimentos graves.

Cidades

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS

Um dos suspeitos já estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, mas havia instalado dois bloqueadores de sinal para dificultar o monitoramento pela AGEPEN

20/03/2025 17h00

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS Divulgação

Continue Lendo...

Três homens, incluindo pai e filho, foram presos por envolvimento em um roubo cometido contra um idoso de 66 anos no município de Miranda, ocorrido na noite do dia 18 de março de 2025.

Na ocasião, os homens invadiram uma conveniência em Miranda, onde, além de subtrair jóias e outros pertences da vítima, mantiveram o idoso sob ameaça, utilizando uma arma de fogo. Após tomar conhecimento do crime, o DRACCO iniciou as investigações para identificar os responsáveis, recuperar os objetos roubados e apreender a arma usada no crime.

A operação contou com a troca de informações entre as equipes do DRACCO e as Polícias Civil e Militar de Bonito. Após diligências, os policiais identificaram três suspeitos: I.P.O. (50), líder do grupo, seu filho W.F.O.L. (26) e J.S.R.J. (34).

Já na tarde da última quarta-feira (19), o líder do grupo foi localizado enquanto se deslocava para Campo Grande, dirigindo um veículo GM/Onix de cor prata. Durante a busca no veículo, os policiais encontraram as jóias roubadas, que foram prontamente reconhecidas pela vítima.

Além disso, foi constatado que o suspeito estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, mas havia instalado dois bloqueadores de sinal para dificultar o monitoramento pela AGEPEN/MS.

Dando continuidade às investigações, policiais civis e militares de Bonito conseguiram prender W.F.O.L. e J.S.R.J. e apreenderam a arma usada no crime um revólver calibre .38 além de roupas e outros objetos relacionados ao crime.

Os três suspeitos foram autuados em flagrante pelos crimes de roubo contra pessoa idosa, com as qualificadoras de concurso de agentes, emprego de arma de fogo e restrição da liberdade da vítima. Vale ressaltar que tanto I.P.O. quanto seu filho W.F.O.L. possuem passagens na polícia, por crimes como roubos e extorsão mediante sequestro.

Assine o Correio do Estado

Cidades

Polícia indicia "falsa biomédica" que deformou paciente em Campo Grande

A suspeita, que não possui nível superior, foi investigada após quatro mulheres que passaram por procedimentos estéticos irem parar no hospital, e uma delas ficar com deformidades

20/03/2025 15h33

Crédito: Freepik

Continue Lendo...

Uma mulher de 27 anos, que atendia pacientes se passando por biomédica e esteticista e levou pacientes a diversas internações após o atendimento, foi indiciada pela Polícia Civil de Campo Grande.

A investigação teve início quando quatro mulheres que foram atendidas pela suspeita, que atuava em um espaço de coworking, apresentaram sintomas graves após um tratamento estético de preenchimento labial em setembro de 2024.

A suspeita sequer possui formação superior e, ainda assim, se apresentava para as clientes como biomédica e esteticista.

Para se ter ideia, depois de realizar o procedimento, as vítimas foram parar no hospital, passaram por atendimento médico e, em um dos casos, uma paciente precisou ser submetida a uma traqueostomia.

Os laudos do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) indicaram que, ocorreram lesões de natureza gravíssima, já que uma vítima acabou com deformidade permanente na região da mandíbula em decorrência de fibrose.

Investigação

Policiais da Segunda Delegacia de Polícia (2ª DP) apreenderam, na residência da investigada, medicamentos de uso estético que só podem ser utilizados por profissionais formados em medicina, odontologia e biomedicina.

Além disso, a medicação não estava armazenada da maneira indicada. Outro ponto é que os produtos não possuíam registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foram importados ilegalmente.

Na casa da “falsa biomédica”, a equipe localizou um diploma de estética falsificado em nome de uma faculdade de Campo Grande, o que, segundo a investigação, foi utilizado para induzir os pacientes ao erro, já que confiavam na suposta formação técnica da profissional.

Ao analisarem o certificado, os peritos constataram que o documento era falso.

Com isso, a Polícia Civil acionou a Justiça, que proibiu a mulher de continuar atuando como esteticista. A suspeita foi indiciada por lesão corporal de natureza gravíssima, uso de produto medicinal sem registro na Anvisa, indução do consumidor a erro e uso de documento falso.

O próximo passo fica a cargo do Ministério Público, que definirá por quais crimes ela será denunciada. Para se ter ideia, somando apenas as penas mínimas dos delitos cometidos, a reclusão ultrapassa dez anos e pode chegar a mais de 25 anos no máximo.

“São, em geral, métodos invasivos, com injeção de medicação além da derme”, explica a delegada que atuou no caso, Bárbara Alves. “São procedimentos caros, então o interessado deve sempre desconfiar de preços muito promocionais e pesquisar antes se o profissional possui registro no conselho de sua categoria”, alertou a Polícia Civil.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).