A segunda etapa das obras do programa Reviva Campo Grande, de revitalização da região central da Capital, terá início após o Dia das Mães. A data foi decidida com o objetivo de não prejudicar as vendas do comércio, que considera o período um dos melhores para o setor.
As obras estavam programadas para iniciar ainda no ano passado, mas, de acordo com a coordenadora do Reviva Campo Grande, Catiana Sabadin, a pandemia foi um dos fatores responsáveis pelo atraso.
“Não queríamos começar o projeto na época de Natal, fim do ano, chuvas. A crise em função da pandemia também teve um peso nessa questão, isso em todos os setores. Então, atrasamos um pouco o cronograma, mas com o objetivo de causar menos impacto nos comerciantes”, afirma.
No fim do mês, dia 28 de abril, a Prefeitura Municipal de Campo Grande vai realizar uma reunião pública, em formato virtual, para a apresentação do plano de obras. Durante o evento, serão informados o cronograma e a execução das intervenções.
“Vão ser mais de 100 quadras requalificadas, isso vai permitir que esse espaço fique moderno, um lugar onde as pessoas tenham prazer de ir”, pontua Catiana.
Segundo a prefeitura, o investimento será de R$ 70 milhões, um recurso que será aplicado apenas na área central, conforme as regras do contrato.
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Ainda não se sabe onde as obras começarão, pois as empresas ainda estão montando o plano de ataque. Entretanto, de acordo com o programa, as intervenções serão mais rápidas do que aquelas realizadas na Rua 14 de Julho, isso porque não ocorrerá o embutimento da rede elétrica.
As obras do preveem a revitalização de 21 quilômetros de vias, em mais de 80 quadras, no trecho que vai da Avenida Fernando Corrêa da Costa até a Avenida Mato Grosso e da Avenida Calógeras até a Rua 25 de Dezembro.
Também estão inclusas algumas extensões, como as das ruas Marechal Rondon, Dom Aquino e Barão do Rio Branco até as imediações da antiga rodoviária. A previsão de conclusão de todo o projeto é de 15 meses.
DETALHES
O projeto de revitalização da região central de Campo Grande consiste em uma série de intervenções, como recapeamento, instalação de lâmpadas de LED, microdrenagem, acessibilidade universal, padronização de calçadas, instalação de câmeras de videomonitoramento, arborização e paisagismo.
De acordo com a prefeitura, o objetivo é promover maior dinamismo social e econômico, segurança e conforto aos cidadãos.
As vias que passarão por obras de requalificação no Centro da cidade – Padre João Crippa, 13 de Maio, Calógeras, Mato Grosso, Antônio Maria Coelho, Maracaju, Dom Aquino, Barão do Rio Branco, 15 de Novembro, 7 de Setembro e 26 de Agosto – terão mobiliário urbano (semáforos, bancos, lixeiras, parte das calçadas e sinalização das vias) similar ao já instalado na Rua 14 de Julho.
Os cabos telefônicos e de energia elétrica continuarão aéreos (em postes).
Quanto ao asfalto, o projeto vai além de um mero recapeamento. O objetivo é requalificar as vias, corrigindo problemas estruturais.
“Um detalhe importante é que as obras do microcentro são obras muito rápidas. As obras da 14 não são comparáveis com as que serão realizadas agora. Nessa nova fase, não vamos substituir as fiações externas por subterrâneas, por exemplo, o que torna as obras bem mais rápidas e menos impactantes. O tempo será menor, impactando menos o comerciante”, explica a coordenadora Catiana Sabadin.
Especificamente no caso da Rua Rui Barbosa, a obra será licitada à parte, porque sua estrutura será adequada à circulação dos ônibus.
Também bancada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a obra vai manter o mesmo padrão iniciado pela Rua 14 de Julho.
O Reviva Centro teve início há uma década, mas as obras começaram de fato a sair do papel apenas em 2018, com a revitalização da Rua 14 de Julho, que custou R$ 60 milhões e foi inaugurada em novembro de 2019.
As intervenções na Rua 14 de Julho, compreendida como a primeira fase do Reviva, levaram um ano e meio para serem concluídas. Toda a via foi refeita, e a fiação, rebaixada. A rua recebeu projetos de paisagismo e integrou-se ao conceito urbanístico de “via calma”.
HABITAÇÃO
Além da requalificação das vias urbanas, que é a parte que a população mais conhece da iniciativa, bancada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), serão lançadas neste ano mais de mil unidades habitacionais para a população de baixa renda.
O objetivo é aumentar o adensamento populacional no Centro de Campo Grande e no entorno, região que já conta com todos os equipamentos urbanos necessários, como transporte público e redes de energia, água, esgoto e serviços, mas que tem experimentado uma fuga de moradores para outros bairros da cidade.
Em parceria com a iniciativa privada, o projeto prevê a construção de mais de 800 unidades habitacionais.
OUTROS PROJETOS
Além da revitalização do centro da Capital, o Reviva Centro também deve requalificar os parques e as praças públicas da região central, com um orçamento estimado em US$ 200 mil ( cerca de R$1,106 milhão).
Outros US$ 200 mil serão utilizados para contratar uma empresa para elaborar um projeto de tecnologia, inteligência, planejamento e monitoramento da gestão pública municipal da Capital.