Cidades

PRAGA

Percevejos infestam presídio feminino e Agepen faz reforma geral

Infestação foi denunciada pela vigilância sanitária municipal e encaminhada ao Ministério Público. Agepen já está adotando as recomendações

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Infestado por percevejos, o presídio feminino semiaberto e aberto de Campo Grande virou alvo do Ministério Público Estadual. Em publicação feita nesta quarta-feira (17) no Diário Oficial do MPE, a promotora Jiskia Sandri Trentin recomenta, entre outras medidas, que a Agência Penitenciária “remova manchas de sangue e manchas de fezes de percevejos com água quente e sabão” dos colchões e travesseiros usados pelas detentas.

A constatação de que o prédio está tomado por percevejos foi feita pela vigilância sanitária municipal, que por sua vez acionou o Ministério Público Estadual.  A promotora recomenta ainda que a Agepen “opte por camas com estrutura confeccionada com material de fácil higienização e com menor número possível de frestas”. 

Pede também a “substituição de colchões não íntegros” e que providencie “revestimentos aos colchões e travesseiros, confeccionados em material resistente, impermeável de fácil higienização”.

Recomenda, ainda, algo que deveria ser básico, como “rotina de aspiração e limpeza das celas e artigos de camas, com eliminação de prováveis abrigos de insetos”. 

Na sequência, pede que “qualquer objeto a ser descartado no processo de eliminação dos percevejos deve ser devidamente armazenado em saco plástico bem lacrado para evitar a dispersão desses insetos para outros locais”. Por último, determina que o prédio seja dedetizado rotineiramente até acabar com a praga.

A promotoria decidiu fazer as recomendações depois de ser acionada pela vigilância sanitária de Campo Grande, que fez um pente-fino no prédio no dia 28 de fevereiro e apresentou as denúncias no dia 10 de abril. Além de detectar a infestação dos percevejos, os fiscais viram também irregularidades na dispensa e no sistema de fornecimento de água. 

O QUE É O PERCEVEJO

O percevejo de cama é um minúsculo inseto parasita que se alimenta exclusivamente de sangue de seres humanos ou de animais domésticos. Por serem muito pequenos, terem hábitos noturnos e se esconderem nos colchões, eles podem passar despercebidos por muito tempo, já que sua picada pode ser facilmente confundida com as de mosquitos ou pulgas. 

Os percevejos geralmente causam uma série de picadas seguidas e costumam preferir áreas expostas da pele, como as costas face, pescoço, braços e mãos. O ataque dura entre 5 e 10 minutos e costuma passar despercebido pela pessoa.

Somente após algum tempo, geralmente na manhã seguinte, é que as lesões começam a coçar, e a pessoa se dá conta de ter sido picada. 

Picada do percevejo não transmite doenças, mas deixa manchas na pele

As reações às picadas dos percevejos variam. Em algumas pessoas têm poucos ou nenhum sintoma, enquanto outras experimentam uma reação mais intensa, com bastante coceira.

Apesar de não transmitir nenhuma doença, as picadas podem causar grandes transtornos, principalmente de origem psicológica. As pessoas que vivem em locais infestados costumam experimentar níveis significativos de estresse e ansiedade, gerados pela coceira e pelo fato de saberem que há insetos em suas camas que irão picar durante a noite. 

O QUE DIZ A AGEPEN

Em nota, a Agepen admitiu o problema e informou que “a situação já está sob controle e como forma de enfrentamento, as camas de madeira estão sendo substituídas por camas de alvenaria,  além da substituição de colchões por novos. Existe também um cronograma com dedetizações semanais das celas”, informou a nota

O presídio feminino semiaberto funciona próximo ao estádio Morenão, na Vila Olinda, e fica praticamente vazio durante o período diurno, já que a maioria das internas trabalha durante o dia.

A assessoria não informou qual o número médio de detentas que dormem no prédio e que foram afetadas pela praga. 

 

Influenza

Mais uma morte confirmada por gripe em MS

O boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (19) registrou o óbito de um homem, natural de Corumbá

19/09/2024 18h48

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Conforme o Boletim Epidemiológico desta quinta-feira (19), um idoso de 71 anos é a nova vítima de influenza em Mato Grosso do Sul. Em 2024, o Estado acumula 78 óbitos por gripe.

Entre as causas de morte, estão:

  • 18 - Influenza A H1N1
  • 50 - Influenza A H3N2
  • 9 - Influenza A não subtipado
  • 1 - Influenza B


Neste boletim, destaca-se que apenas o idoso de 71 anos, natural de Corumbá, faleceu em 11 de setembro por Influenza A não subtipado. A vítima possuía comorbidades de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus.

Imunização

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta que a única forma de prevenção é manter o esquema vacinal atualizado.

“A vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais eficazes para proteger contra essa doença e, principalmente, contra a evolução para complicações e óbitos. A vacinação também contribui para a redução da circulação viral na população, protegendo especialmente os indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.”

O perfil dos casos de influenza hospitalizados é composto por crianças de 1 a 9 anos, que correspondem a 20,9%; seguido por idosos com idade entre 80 e 98 anos, com 15,0%; e, em seguida, por aqueles com 60 a 69 anos, com 13,4%.

A faixa etária de 70 a 79 anos corresponde ao menor índice de internação entre os idosos, com 11,6%.

Divulgação SES

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Poluição

Fumaça tóxica de queimadas pode tomar céu de Campo Grande

Conforme a medição feita pela QualiAr, a condição do ar em Campo Grande caiu para moderada, e deve piorar com a chegada da fumaça das queimadas de outros estados

19/09/2024 18h00

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Depois de dias de refresco devido à frente fria que trouxe chuva a diversas regiões do Estado, o céu será, mais uma vez, encoberto por fumaça com poluentes nocivos à saúde incluindo a Capital.

No dia 1º de setembro a fumaça tomou o céu de Campo Grande, foram treze dias em que a poluição intensificou a ponto de a qualidade do ar ser apontada como a pior do ano.

Com o avanço da frente fria e a chuva no final da noite de domingo (15), o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Vinícius Sterling, explicou que os ventos vindos do sul empurraram a fumaça para a região mais ao norte, especificamente para os estados de Mato Grosso (MT) e Goiás (GO).

Divulgação Cemtec

É preciso ressaltar que, como não houve chuva na Amazônia (brasileira e boliviana) e em Mato Grosso - o estado que mais queima no país -, com a mudança de direção do vento, a fumaça tóxica das queimadas retorna para Mato Grosso do Sul.

No entanto, conforme o meteorologista ressaltou, é difícil cravar um cenário; as condições podem variar. Em uma estimativa favorável parte do Estado volta a receber chuva a partir de amanhã.

Poluição

Em conversa com o Correio do Estado, o professor e coordenador do Laboratório de Ciências Atmosféricas, Widinei Alves Fernandes, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, alertou que a qualidade do ar nesta quinta-feira (19) está moderada, e a tendência para os próximos dias é de piora.

“A qualidade do ar hoje está moderada, mas possivelmente ela vai piorar”, pontuou o professor.

Durante a semana, a condição do ar chegou a ficar boa. A mudança ocorre devido a várias regiões do país estarem em chamas e, é claro, ao Pantanal e à Amazônia.

Segundo o professor, ventos vindos do leste do estado de São Paulo, que registrou focos de incêndio em diversos municípios, também contribuem para a situação. “Vamos ter uma fumaça proveniente da Bolívia e da região noroeste do estado, está vindo da Amazônia. Então, haverá uma piora da qualidade do ar entre hoje e amanhã cedo.”

Índice

A qualidade do ar moderada está na medida 43, enquanto, para ser considerada como “boa”, precisa estar em 40. “Nesses próximos dias, possivelmente, vai ficar nessa condição moderada que estamos tendo, que estamos vendo hoje.”

O alerta para o perigo da poluição das queimadas está na presença do material particulado, que em altos índices pode causar diversas doenças, como câncer de pulmão.

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