Operação Ágata Fronteira Oeste apreendeu, entre 2 e 12 de setembro de 2024, nos 2.500 quilômetros da fronteira MS/Paraguai/MT/Bolívia:
- 3 toneladas de droga (pasta base de cocaína, maconha, haxixe e skank)
- 5 toneladas de mercadorias irregulares
- 4 retroescavadeiras utilizadas em garimpo ilegal
- 1 betoneira utilizada em garimpo ilegal
- 1 motosserra utilizada em garimpo ilegal
- Munições calibre 32
- Armas
- 440 toneladas de maconha que sairiam do lado paraguaio e viriam para o lado brasileiro
Pessoas, que escondiam droga no corpo e engoliram entorpecentes, também foram presas. Um meliante, que praticava garimpo ilegal em terra indígena e transportava ouro, também foi preso.
Em dez dias, as apreensões resultaram em prejuízo de R$ 19,5 milhões para o crime organizado no lado brasileiro e US$ 15 milhões no lado paraguaio.
Os principais desafios encontrados pelos militares, durante a operação, estão relacionados a geografia local, como fronteira seca e capilaridade para vias de escoamento.
O Exército Paraguaio e Exército Boliviano foram convidados para participar da operação, mas só o Exército Paraguaio aceitou e foi integrado de fato.
O major-brigadeiro da Força Aérea Brasileira (FAB), Luiz Cláudio Macedo, afirmou que a vigilância permanecerá reforçada no espaço aéreo, terrestre e aquático nos oito dias que ainda restam de operação.
“A partir desse momento, a gente inicia o retraimento, sendo que em função da integração e coordenação dos órgãos de segurança pública, que permanecem na região por todo esse tempo, são desenvolvidas algumas ações que nós chamamos ações em profundidade nesse período aí do rescaldo. Então, ao longo desse período de desmobilização, que vai até o dia 20, é em coordenação dos órgãos de segurança pública e de fronteira. Também nós realizamos ações justamente visando a aumentar o monitoramento, o patrulhamento nas vias, nos rios e também do espaço aéreo até o dia 20”, explicou o militar.
Além disso, ressaltou que a integração entre as forças e órgãos federais e estaduais são extremamente importantes no combate ao crime organizado.
“Um dos propósitos da Operação Ágata é justamente a integração, da operação das Forças Armadas com os órgãos de segurança pública, federais, estaduais e municipais. Isso aí gerando uma sinergia, justamente porque a gente leve a população no aumento da sensação de segurança na faixa de fronteira”, pontuou o major-brigadeiro.
Os dados foram divulgados à imprensa na manhã desta quinta-feira (12), pelo major-brigadeiro da Força Aérea Brasileira (FAB), Luiz Cláudio Macedo, no auditório da Base Aérea de Campo Grande (BACG).
OPERAÇÃO
Operação Ágata Fronteira Oeste ocorrerá de 2 a 20 de setembro de 2024, nos 2.500 quilômetros da fronteira MS/Paraguai/MT/Bolívia. Ao todo, são 18 dias ininterruptos de operação.
Forças Armadas (Exército Brasileiro, Marinha do Brasil e Força Aérea Brasileira), forças de segurança federais (Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Força Nacional), forças de segurança estaduais (Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Penal de MS e MT) e órgãos federais (Receita Federal, Agência Brasileira de Inteligência, Fundação Nacional dos Povos Indígenas e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) atuam na operação.
Mais de 2.000 homens atuam na operação com auxílio de 217 viaturas, 12 aeronaves e 16 embarcações.
O efetivo atua em postos de bloqueio terrestres e fluviais, patrulhamento mecanizado e motorizado, controle de tráfego aéreo e posto de segurança estático.
O objetivo é combater os crimes fronteiriços de contrabando, descaminho e tráfico de drogas, armas e animais silvestres.
Esta é a segunda operação do ano, tendo em vista que a primeira começou em novembro de 2023 e encerrou em maio de 2024, com apreensão de 25,6 toneladas de droga, 222.368 unidades de pacotes de cigarro, R$ 157,8 milhões em espécie, veículos avaliados em R$ 9,7 milhões e escavadeiras avaliadas em R$ 54,8 milhões.