Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, O GAECO realizou a segunda etapa da Operação Paraíso Marcado nesta quinta-feira (28), para o cumprimento de sete mandados de prisão preventiva, onde quatro policiais também foram enquadrados por possível envolvimento com a organização criminosa.
Cabe destacar que essas prisões acontecem menos de duas semanas do afastamento dos investigadores - Alexandre Novaes Medeiros e Anderson Cesar dos Santos - presos acusados de transportarem 538,1 quilos de cocaína em viatura da Polícia Civil em Dourados no início deste mês.
Na ocasião, Corregedoria da Polícia Civil, o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e Gaeco, agiram para identificar a quadrilha, que transportava substâncias avaliadas em R$ 40 milhões.
Lotados na 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã, Alexandre e Anderson tiveram senhas e logins de acesso aos bancos de dados da instituição policial suspensas, assim como suas "férias e avaliação para fins de promoção, caso tais medidas ainda não tenham sido adotadas", frisa o texto publicado em edições do Diário Oficial de MS.
Já na "Paraíso Marcado II", o Grupo Especial cumpria sete mandados de prisão preventiva; 1 de "medida cautelar diversa da prisão" e outro de afastamento de cargo de uma servidora pública, que desempenhava funções junto ao Poder Judiciário.
Paraíso Marcado
Em sua primeira etapa, deflagrada em 15 de dezembro de 2022, a Operação do Gaeco cumpria 52 mandados de busca e apreensão e prisões temporárias, de indivíduos ligados com essa organização criminosa armada que se volta para atividades de tráfico de drogas; comércio ilegal de armas de fogo e lavagem de dinheiro, assim como outros delitos.
Nesta segunda fase, conforme o Ministério Público, elementos comprovaram a conduta imprópria e violação de princípios éticos por parte da servidora. Além dela, por ser parte do grupo criminoso, o próprio marido foi preso na data de ontem (28).
Quanto à participação dos policiais, o MPMS aponta que a Auditoria Militar já havia expedido mandados para que "medidas cautelares diversas da prisão" fossem impostas à quatro militares envolvidos com a quadrilha.
Informações obtidas pelo Correio do Estado dizem que a Polícia Militar ainda não possui a identificação desses policiais.
Conforme a comunicação, a PM aguarda repasse das informações por parte do Gaeco, o que ainda não aconteceu.
Como envolve a participação de policiais militares, esses que forem presos serão encaminhados para o Presídio Militar Estadual
"O procedimento padrão para o policial militar que tenha sido preso enseja na transferência deles para o batalhão de guarda e escolta da PM. E ficam à disposição da justiça", cita a instituição.
Também o Gaeco foi questionado, via assessoria de imprensa, sobre a prisão dos militares e quando seriam transferidos para o presídio militar estadual, entretanto, até a publicação deste material não foi obtido o retorno.