Polícia

OPERAÇÃO CODICIA

Investigado pelo Gaeco, ex-delegado de Ponta Porã acusa promotora de perseguição

Patrick é alvo de operação do Gaeco é acusado de participar de esquema criminoso que funcionava em delegacia

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O ex-delegado de Ponta Porã, Patrick Linares da Costa, alvo da Operação Codicia, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão do Crime Organizado (Gaeco), acusa a promotora Gisleine Dal Bó de perseguição por questões pessoais envolvendo, inclusive, o esposo da promotora.

Na petição incluída no processo, a defesa do delegado afirma que o relacionamento profissional de ambos era pacífico quando se conheceram, mas, com o passar do tempo, algumas situações começaram a abalar a convivência dos dois. 

Na petição, ainda é relatado que em determinada ocasião Patrick teria elaborado um relatório sobre ato irregular que o PM teria cometido quando conduziu um indivíduo para a delegacia. 

Esse relatório acabou afetando ainda mais a relação entre as duas partes. Inclusive, na peça, a defesa alega que dos três promotores da área criminal existentes na comarca apenas Gisleine apontou atos ilícitos cometidos por Patrick. 

“ [...] sendo 03 promotores voltados à área criminal, e nenhum deles relatou qualquer fato ilícito do Sr. Patrick, apenas a Dra. Gisleine em  atinente ato de perseguição, querendo única e exclusivamente prejudicar o investigado”, pontua. 

Por fim, a defesa ainda afirma que o ex-delegado apenas está sendo investigado porque a promotoria teria informado os fatos da investigação do suposto esquema criminoso ao Gaeco "de forma subjetiva e pessoal". 

 "a Dra. Gisleine elaborou os informes e relatórios e os encaminhou ao Gaeco, colocando o Dr.Patrick como um criminoso e mentor e garantidor do grupo". 

 

Medidas cautelares

Na oportunidade, o advogado que representa Patrick ainda juntou um pedido para que as medidas cautelares determinadas pela Justiça fossem revogadas, afirmando que elas são desproporcionais. 

A defesa ainda aponta que toda a argumentação que levou o ex-delegado a cumprir as medidas foram feitas com base nas informações do Gaeco que, por sua vez, foram produzidas pela 3ª Promotoria de Ponta Porã, reforçando que Patrick se sente perseguido por Gisleine. 

Ainda na petição, é apontado que a revogação das medidas não traria nenhum prejuízo a investigação dos fatos que ainda estão acontecendo, mas que, por outro lado, sua manutenção prejudicaria apenas Patrick.

Além disso, ainda há um pedido para que o processo corra em segredo de justiça. 

Operação 

Deflagrada pelo Gaeco no final de abril, a Operação Codicia, teve como alvo um grupo que operava um esquema criminoso que funcionava dentro da 2ª Delegacia de Ponta Porã, onde Patrick era titular. 

Conforme apurado, os policiais cobravam propina em troca de liberação de carros apreendidos. Além disso, o grupo ainda é acusado dos crimes de peculato e tráfico de drogas. 

De acordo com o Ministério Público, o tráfico era realizado com drogas retiradas do depósito da delegacia por um escrivão da polícia e repassadas para a revenda. 

O então delegado foi aprovado no 26º concurso para ingresso na magistratura de MS, mas não chegou a ser nomeado e sequer foi mencionado na cerimônia da posse dos juízes substitutos, que passaram no mesmo certame. 

 

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Polícia

Fávaro: encontro Lula-Trump é grande passo na relação reestabelecida entre os dois países

Ocorrido neste domingo, 26, é um grande passo no restabelecimento das relações entre os dois países

26/10/2025 21h00

Crédito: Valter Campanato / Agência Brasil

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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ocorrido neste domingo, 26, é um grande passo no restabelecimento das relações entre os dois países. "Esse é um grande passo na diplomacia brasileira e nas relações reestabelecidas entre os dois países. Bom para os brasileiros, bom para os americanos", disse Fávaro, em publicação nas redes sociais.

"Lula destacou que o diálogo é o melhor caminho e enfatizou a necessidade da suspensão imediata do tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros", acrescentou o ministro.

Fávaro acompanha a missão presidencial de Lula. O agronegócio é um dos setores mais afetados pela taxação de 50% norte-americana, com os embarques de café, carne bovina, pescados e frutas do Brasil aos EUA despencando após a imposição da tarifa.

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TENTATIVA DE FURTO

Dupla presa por invasão em shopping também furtou no RJ e Sergipe

Até o momento, três homens - 20, 23 e 26 anos - foram presos, sendo que dois tem passagens por furto e tentativa de furto em outros estados

21/10/2025 12h07

Titular do GARRAS, delegado Reginaldo Salomã, em coletiva de imprensa

Titular do GARRAS, delegado Reginaldo Salomã, em coletiva de imprensa MARCELO VICTOR

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Dois homens, de 23 e 26 anos, envolvidos na tentativa de furto em uma joalheira no Shopping Norte Sul, foram presos, na madrugada desta terça-feira (19), em um bar localizado no bairro Morumbi, próximo a rotatória da Coca-Cola, em Campo Grande.

De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (GARRAS), delegado Reginaldo Salomão, a dupla tem passagens por furto e tentativa de furto em Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro (4) e Sergipe (2), além de lesão corporal em Sergipe (1).

Ambos são de Goiás (GO). Vale ressaltar que o indivíduo de 23 anos é filho de policial.

Segundo Salomão, um dos rapazes estava em um bar, no bairro Morumbi, tomando cerveja. Já o outro chegou de Uber horas depois para acompanhar o comparsa. Neste momento, os policiais estavam de longe observando.

Quando o rapaz abriu a porta do Uber para descer, o policial se aproximou. Em seguida, o autor fechou a porta e pediu para o Uber sair correndo.

Mas, o motorista percebeu a presença da polícia, desligou o carro e ergueu as mãos para cima. Em seguida, os policiais notaram que o autor estava fazendo movimentos estranhos no banco do veículo, como se estivesse convulsionando, e, então, o retiraram pela janela.

Os “movimentos estranhos” relatados pelos policiais representavam o autor destruindo seu celular com o pé. Veja a foto ao lado de como ficou o aparelho.

Titular do GARRAS, delegado Reginaldo Salomã, em coletiva de imprensaCelular destruído com o pé. Foto: Marcelo Victor

Ao ser retirado pela janela, ele resistiu à prisão e teve que ser algemado. Neste momento, o indivíduo que estava sentado ingerindo bebida alcoólica tentou fugir, mas foi contido pelos policiais.

Foram apreendidos um celular (destruído), dispositivo eletrônico para clonagem de sinal magnético e acessórios (pulseiras, anéis, colares, pingentes e brincos) – que ainda passarão por química para averiguar se é joia ou não.

Cada um dos três jovens (20, 23 e 26 anos) eram responsáveis por diferentes tarefas: 

  • 20 anos: invadir o shopping por meio da tubulação, desarmar o alarme e furtar a joalheira 
  • 23 anos: fazia reservas em hotéis e pagava alimentação com documentos falsos. Este é filho de policial 
  • 26 anos: conduzia o carro para levar e trazer os comparsas

Os policiais chegaram até a dupla após trabalho intenso de investigação, como varreduras em hotéis e Airbnbs; idas de casa em casa para reconhecimento de fotos; entrevistas e troca de informações com o Batalhão de Choque.

Segundo a polícia, eles saíram de Goiás e chegaram na sexta-feira (17) em Campo Grande, usando documentos falsos e até mesmo um boletim de ocorrência. 

De acordo com o GARRAS, os indivíduos visitavam joalherias antes do crime, se passando por especialistas em joias, para estudar o local, saber o local exato de câmeras de videomonitoramento, sensores de segurança e saídas de emergência, com o intuito de retornar ao local para roubo.

“Eles se apresentam como profissionais, joalheiros ou pessoas do mercado de joias e propõem negócios ao dono da joalheria. Perguntam se ali compram peças, quem é o joalheiro e quem faz todo o serviço. Depois, vão embora, e os outros ficam responsáveis por executar o furto”, detalhou Salomão.

Outro rapaz, de 20 anos, foi preso na tarde de domingo (19), no forro do shopping. Ao todo, três pessoas foram presas nesta ocorrência, mas, a polícia acredita que mais pessoas possam estar envolvidas no caso.

Detidos na delegacia, a dupla presa nesta madrugada disse aos policiais que "não ficarão muito tempo presos, pois têm dinheiro e podem pagar bons advogados, além de um ser filho de policial".

Os dois presos optaram por ficar em silêncio nesta madrugada e ainda falaram que "se os policiais quiserem saber de algo, é para eles investigarem, pois são investigadores e esse é o trabalho deles".

O FURTO

Homem invadiu e tentou furtar uma joalheria, na manhã de domingo (19), no Shopping Norte Sul Plaza, localizado na avenida Ernesto Geisel, número 2300, bairro Jockey Club, em Campo Grade.

Ele agiu com a ajuda de dois comparsas, que davam as coordenadas por meio de chamada de vídeo.

O alarme do estabelecimento disparou no momento da tentativa de furto e o assaltante não conseguiu levar nada. A proprietária da joalheria registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL).

A suspeita é de que ele teria acessado o shopping por meio de uma tubulação, onde ficou escondido durante a madrugada e a manhã de domingo (19).

À tarde, ele foi achado no forro do shopping pelos policiais e, em seguida, foi preso. Os outros dois envolvidos no crime – responsáveis por passar as coordenadas –, até então, estavam foragidos até segunda-feira (20), mas, foram presos, na madrugada desta terça-feira (21), por policiais civis da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (GARRAS).

No domingo (19), funcionários chegaram para trabalhar às 10h, mas foram impedidos, já que a área foi isolada pela polícia. O shopping abriu normalmente na segunda-feira (20), das 10h às 22h.

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