Polícia

Campo Grande

Ladrão de fios de cobre, com sete passagens, é solto horas depois de ser preso

Morador de rua e usuário de drogas foi preso por vizinhança, detido pela PM e solto horas depois pelo Judiciário

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O combate aos furtos de cabos de internet e telefonia ainda demandará muito esforço das autoridades, conforme a legislação vigente. Nesta quarta-feira (5), o morador de rua Marcelo Vitoriano, de 28 anos, foi solto menos de 24 horas depois de ser flagrado por moradores do bairro São Francisco, na Rua Caxambu, em Campo Grande, furtando fios. Ele foi preso em flagrante pela Polícia Militar logo na sequência.

Marcelo foi levado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Campo Grande logo após ser flagrado por moradores e pela PM com aproximadamente dois cabos de fios de cobre, que, somados, não tinham mais que 20 metros de comprimento.

Para furtar os fios em plena luz do dia, Marcelo usou uma faca de churrasco para cortá-los de uma extremidade a outra do poste na Rua Caxambu.

Na delegacia, os policiais militares checaram os antecedentes de Marcelo no Poder Judiciário: duas passagens por furto, uma delas qualificada, uma por assalto, uma por receptação, e outra por atentado ao pudor quando era menor de 18 anos. Em Terenos, cidade distante 22 quilômetros de Campo Grande, Marcelo acumulava outros três antecedentes, todos por furto.

Na Depac, o delegado Felipe Potter arbitrou uma fiança de R$ 1,5 mil, mas a fiança nem sequer chegou a ser paga. Na audiência de custódia, a promotora de Justiça plantonista Andréia Cristina Peres da Silva deu parecer pela liberdade provisória do morador de rua flagrado furtando fios telefônicos, possivelmente compostos de cobre.

"Apesar de possuir registros criminais, verifica-se que o delito cometido no presente caso não envolve a prática de violência ou grave ameaça e, portanto, não gerou grande repercussão social, aliado ao fato do possível baixo valor do objeto furtado (2 rolos de fio de cobre - 6,5 metros e 13 metros), de modo que a prisão preventiva se mostra medida desproporcional", alegou a promotora.

Marcelo acabou solto na audiência de custódia. O relatório psicosocial, antes de devolvê-lo às ruas, apontava que ele está em situação de rua, mas que a mãe o auxilia quando necessário. Também diz que ele faz bicos com reciclagem e alega ser usuário de drogas.

Ele pediu que, ao ser libertado, fosse encaminhado para acolhimento no Centro Pop e para atendimento no Centro de Atendimento Psicosocial (Caps), para tratar seu vício em drogas.

Na semana passada, o Correio do Estado publicou, em primeira mão, a cobrança do Ministério Público de Mato Grosso do Sul por reformas para dar dignidade aos moradores do Centro Pop. Em plena onda de fio, os banheiros estavam imundos, e o banho - sem chuveito, por meio de mangueira - era gelado.  

Reunião

A soltura de Marcelo para as ruas ocorreu cinco dias depois de os representantes das empresas de telefonia participarem de uma audiência com o governador Eduardo Riedel (PSDB). Na ocasião, os representantes das empresas Vivo, Oi, Claro, Digital Net, Telemont e Gigamais cobraram medidas do governo, no que cabe à segurança pública, para combater os furtos de fios e cabos telefônicos.

Conforme reportagem do site Campo Grande News, o prejuízo causado às empresas de telefonia chega a R$ 42 milhões. Na ocasião, o governador se comprometeu a desenvolver medidas de combate ao furto de fios.

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Polícia

Cavalos vítimas de maus-tratos são resgatados na Capital

Em ação conjunta com o Centro de Controle de Zoonoses, os equinos foram levados, na manhã desta terça-feira (24), para receber os devidos cuidados

24/09/2024 17h00

Divulgação Polícia Civil

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Cavalos foram resgatados nesta terça-feira (24) em uma ação conjunta entre a Polícia Civil e a equipe de perícia do Centro de Controle de Zoonoses, em uma propriedade rural no bairro Chácara das Mansões.

A equipe chegou ao local após denúncias de um cavalo em situação de maus-tratos. Na chácara, os peritos do CCZ verificaram que se tratava de dois animais.

Conforme divulgado pela Polícia Civil, os animais estão visivelmente desnutridos a ponto de aparentar os ossos, com carrapatos pelo corpo.

Deste modo, o Centro de Controle de Zoonoses realizou o resgate dos equinos e acionou a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) para o adiantamento de medidas administrativas.

O proprietário dos cavalos foi encaminhado à delegacia para esclarecer a situação de maus-tratos.

Maus-tratos

Ainda conforme noticiado pelo Correio do Estado, um morador do bairro Anache foi multado em R$ 10 mil por manter 18 galos e promover rinhas de galo.

Com base na Lei 9.605/98, regulamentada pelo Decreto Federal 6.514/08, o homem foi orientado que a atual situação se enquadrava como crime de maus-tratos, com os policiais orientando o morador até mesmo sobre o Código Sanitário campo-grandense que estava violando. 

Penalização robusta

Na Câmara dos Deputados, passou pela Comissão de Indústria, Comércio e Serviços o projeto de lei (11210/18) que aumenta a pena para maus-tratos contra animais.

O texto prevê:

  • Abandono: prisão de 1 a 4 anos, com multa (a atual legislação prevê de 3 meses a 1 ano);
  • Estabelecimentos que promovam maus-tratos, incluindo situações de negligência, serão multados em até mil salários mínimos. Em caso de reincidência, o valor será dobrado;
  • O pagamento das multas será destinado a ONGs e entidades que tratam da recuperação de animais;
  • O PL considera vaquejada como maus-tratos.

O texto deve passar pelo crivo dos deputados federais da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, somente então, irá a plenário.

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AMAMBAI (MS)

Marido mata esposa a facadas na frente dos três filhos

Jair da Conceição, de 51 anos, esfaqueou Marlene Salete, de 54 anos, na presença dos filhos de 9, 10 e 11 anos

24/09/2024 09h25

Fachada da Delegacia de Polícia Civil de Amambai

Fachada da Delegacia de Polícia Civil de Amambai DIVULGAÇÃO/PCMS

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Marlene Salete Mees, de 54 anos, foi morta a facadas pelo marido, Jair da Conceição, de 51 anos, na noite desta segunda-feira (23), no bairro Fração da Chácara, em Amambai, município localizado a 354 quilômetros de Campo Grande.

Jair esfaqueou Marlene na presença dos filhos de 9, 10 e 11 anos. Esta é a 21ª vítima de feminicídio do ano.

Conforme apurado pela reportagem, o autor desferiu golpes de faca contra a vítima e, em seguida, trancou a porta do quarto. A filha mais velha percebeu a gravidade da situação e acionou a Polícia Militar via 190.

De acordo com o boletim de ocorrência, militares se deslocaram até a residência, e, ao se aproximaram da porta do quarto, ouviram gritos de socorro de Marlene, arrombaram a porta e se depararam com a vítima em cima da cama ferida com nove perfurações de arma branca e totalmente ensaguentada.

Já o autor estava encostado na parede, segurando a faca contra o seu pescoço, dizendo que iria se matar.

Bombeiros militares tentaram negociar para que ele largasse a faca e permitisse a entrada da corporação para prestar socorro à vítima, mas, sem sucesso.

Com isso, oficial de dia e graduado de dia também foram acionados, mas o autor não cedeu e continuou resistindo e dizendo “não entra que vai dar ruim, vou me matar”.

Como a vítima estava perdendo muito sangue, foi utilizada a técnica de entrada tática, sendo realizado um disparo de calibre 12 com elastômero na mão direita do autor, para que a faca se afastasse de seu tórax.

Em seguida, os demais policiais acessaram o quarto e entraram em luta corporal contra o autor, que foi desarmado, imobilizado e arrastado para fora. Com isso, foi possível que o Corpo de Bombeiros entrasse no cômodo para prestar socorro à vítima.

Mas, a mulher não resistiu aos ferimentos e faleceu no local. O autor também foi socorrido e levado ao Hospital Regional, onde está internado sob escolta policial.

Polícia Civil, Polícia Científica e Pax estiveram na residência para efetuar os procedimentos de praxe. Já as crianças foram levadas para a casa da avó.

Conforme apurado pela reportagem, o corpo de Marlene será sepultado em Serranópolis do Iguaçu (PR).

O caso foi registrado como “Feminicídio majorado, se praticado na presença de descendente ou de ascendente da vítima” na Delegacia de Polícia Civil de Amambai.

FEMINICÍDIO

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 21 mulheres foram vítimas de feminicídio, entre 1º de janeiro e 24 de setembro de 2024, em Mato Grosso do Sul. 

Desse número, 5 ocorreram em Campo Grande e 16 no interior. As mortes foram registradas em janeiro (3), fevereiro (5), março (3), abril (5), junho (3), agosto (1) e setembro (1). Em 2023, 31 mulheres foram mortas.

DENUNCIE!

Violência contra mulher deve ser denunciada em qualquer circunstância, seja agressão física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial.

Os números para denúncia são 180 (Atendimento à Mulher), 190 (Polícia Militar) e 153 (Guarda Civil Metropolitana).

O sinal "X" da cor vermelha, escrita na mão, significa que a vítima quer alertar que sofre violência doméstica. Portanto, o cidadão deve ficar atento, acolhê-la e acionar as autoridades. 

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