No final da tarde de ontem (7), Renan Silva Nascimento, Anderson Moreira Rosa e Maurício Martins, presos em flagrante na última terça-feira (6), com 150 quilos de cocaína, passaram por audiência de custódia na 3ª Vara Criminal de Dourados e tiveram a prisão preventiva decretada.
Conforme divulgado ontem (7), pelo Correio do Estado, o pedido de prisão preventiva dos réus foi protocado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, perante o argumento que os investigados são predispostos à prática delitiva e demonstram ser muito perigosos ao convívio social. "Principalmente por fazerem de atividades delituosas o seu modus vivendi (modo de viver).”, destacou o parecer do Ministério Público.
Além da conversão do flagrante em prisão preventiva, o Ministério Público solicitou a apreensão dos telefones celulares dos três indivíduos, para que em 30 dias, a polícia acesse mensagens, vídeos e a fotografias.
Cabe ressaltar ainda que, de acordo com o que consta na ficha de antecedentes criminais anexada ao auto de prisão em flagrante de Renan, ele é "criminoso habitual", pois já tinha uma condenação anterior por tráfico de drogas, na qual em 2013, foi preso em flagrante na cidade de Caarapó, e logo depois teve a prisão convertida em preventiva.
Em 2015, Renan foi solto, mas em 2017 foi condenado a três anos e seis meses de reclusão em regime aberto, além de multa de o pagamento de uma multa no valor de R$ 18.441,60. Em outubro de 2021, a condenação de Renan acabou e atualmente, ele atuava em Dourados, supostamemnte como dono de uma hamburgueria localizada em uma avenida movimentada da cidade.
Ainda de acordo com ação criminal, Anderson Moreira Rosa e Maurício Martins que foram presos juntos com Renan, acusados de terem trazido a droga da fronteira, não tem antecedentes criminais, fato que fez com que a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, que atua na defesa dos dois, solicitasse que os acusados repondessem pelo crime em liberdade, o que foi negado pela justiça.
"Os autuados não tentaram fugir, não ofereceram resistência e afirmaram desconhecer o conteúdo das embalagens transportadas. Além disso, o transporte foi realizado em veículo da própria empresa, sem qualquer indício de adulteração, desvio de rota, comunicação suspeita, comportamento evasivo ou outro sinal externo de que participavam conscientemente do crime", argumentou a defensoria no pedido.
Na solicitação, a defensoria ainda afirmou que o fato de os autuados serem primário e sem antecedentes, fragiliza a ideia de que sua liberdade representaria risco. "A quantidade apreendida, por mais expressiva que seja, não pode, por si só, fundar a prisão preventiva", disse.
ENTENDA
Renan Silva Nascimento, Anderson Moreira Rosa e Maurício Martins foram presos em uma operação realizada pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Delegacia de Dourados, que desmantelou um esquema de tráfico interestadual de drogas.
Conforme a polícia, o local estava sendo monitorado há duas semanas, e na manhã de terça-feira (6), os investigadores flagraram uma van descarregando caixas no local, que supostamente seriam de alimentos utilizados para a produção dos hambúrgueres. Entretanto, os policiais visualizaram tabletes prensados de cor esverdeada.
Nesse momento, a polícia abordou os envolvidos e encontrou 150 tabletes de pasta base de cocaína, totalizando 150 quilos da droga. A estimativa é que o prejuízo ao crime organizado supere os R$ 6 milhões.
Em sua biografia do Instagram, Renan se denomina o Legendário 49075, o que significa que, recentemente, ele participou do movimento que tem como objetivo que os homens encontrem a sua melhor versão, tornem-se seres humanos melhores, desenvolvam seu potencial e se reconectem com seus propósitos.


