Cidades

MORTE NO PROCON

Policial reformado que matou homem durante audiência de conciliação será julgado em novembro

Réu vai a júri popular e, se condenado, pode responder por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo

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O policial militar reformado José Roberto de Souza, acusado de matar a tiros o empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, irá a júri popular,  no dia 29 de novembro, na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande. 

O caso aconteceu no dia 13 de fevereiro deste ano, em uma agência do Procon Estadual, durante uma audiência de conciliação, que tentaria dar fim à uma dívida de R$630,00, que surgiu por serviços realizados no carro do militar pela empresa da vítima.

De acordo com testemunhas que presenciaram a cena, foram disparados ao menos três tiros, dos quais dois atingiram a vítima no tórax e na testa. Antônio morreu no local. 

A audiência aconteceu pela manhã, sendo que já era a segunda tentativa de acordo dentro de três dias. De acordo com as informações colhidas, um outro encontro entre os dois para resolver a situação teria acontecido no dia 10 do mesmo mês. 

O PM se apresentou quatro dias depois do crime para prestar depoimento na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.

Ao delegado responsável pelo caso, Antônio Souza Ribas Júnior, o até então suspeito afirmou que a discussão teria iniciado por causa de um conserto do motor de uma caminhonete Toyota SW4, blindada, que pertencia ao PM. 

O réu estava armado no momento da audiência porque, de acordo com o advogado de defesa José Roberto da Rosa, quando estava na ativa na corporação ele fez parte de unidades de grande exposição como o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e o Departamento de Operações de Fronteira (DOF). 

Conforme o apurado na época dos fatos, a confusão entre os dois envolvidos teria acontecido porque José Roberto estaria devendo R$22 mil para Antônio, que prestava serviços veiculares. Ainda havia outra cobrança no valor de R$ 630,00 por uma troca de óleo. 

Na primeira audiência no Procon, a vítima levou o comprovante de R$22 mil dos serviços prestados e mais o valor da troca de óleo, mas o PM afirmou que a vítima estava cobrando R$3 mil a mais. 

Assim, foi marcada uma segunda audiência, na qual Antônio tornou a levar o comprovante de R$ 22 mil,o que teria irritado José Roberto. Ambos começaram uma discussão, quando a vítima se levantou da cadeira e o réu fez o mesmo, momento em que efetuou os disparos na frente dos servidores que estavam trabalhando naquele dia. 

Se condenado, o réu irá responder por homicídio qualificado por motivo fútil, com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, ainda há a qualificadora de ter sido crime cometido contra pessoa maior de 60 anos. Antônio tambémn irá responder por porte ilegal de arma de fogo. 

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MATO GROSSO DO SUL

Governo divulga convocados e reservas do MS Supera; veja lista

Com quase cinco candidatos por vaga, novos bolsonistas têm até terça-feira para assinatura do termo de concessão do benefício que é feita exclusivamente online

15/04/2025 09h34

Pessoa indígena, menor renda e mães solo estão estão as prioridades como critérios de desempate

Pessoa indígena, menor renda e mães solo estão estão as prioridades como critérios de desempate Divulgação/Sead

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Nesta terça-feira (15) foi publicado o resultado dos 100 convocados, mais aqueles candidatos que ficaram para cadastro reserva, no programa que paga salário mínimo para permanência de alunos em universidades e cursos de educação técnica, o MS Supera. 

Do total de inscritos para as 100 novas vagas abertas no programa - que já tinha outras 2.100 preenchidas -, 496 candidatos foram aprovados, gerando uma concorrência de quase cinco pessoas por vaga, com 396 agora em cadastro reserva. 

Os 100 novos bolsistas precisam estar atentos aos prazos, com o intervalo até a próxima terça-feira (22) reservado para assinatura do Termo de Concessão do Benefício, feito exclusivamente pela internet, através do site do MS Supera (CLICANDO AQUI). 

Abaixo, você confere a lista dos 496 aprovados: 

Pessoa indígena, menor renda e mães solo estão estão as prioridades como critérios de desempate

Novos aprovados

A Secretaria de Estado da Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead) esclarece, para novos bolsistas, que é preciso estar atento aos prazos, principalmente o que termina em 22 de abril. 

Essa assinatura do Termo de Concessão do Benefício é feita sem sair de casa, na página de Cadastro do Estudante do MS Supera, conferindo os dados pessoais e assinando, de preferência, com a ferramenta GOV.BR. 

Seguindo o critério de desempate, quase 40% dos aprovados são pessoas indígenas, 39 no total, com as vagas distribuídas da seguinte forma: 

  • 39 indígenas (36 no Ensino Superior e 3 no Técnico Profissionalizante) 
  • 61 não indígenas (44 no nível superior e 17 no técnico).

Importante explicar que, caso o estudante seja menor de idade, a assinatura do responsável legal também deve estar presente no termo de concessão do benefício, com a mesma ferramenta. 

Além disso, vale sempre conferir se o número de Cadastro de Pessoa Física (CPF) informado está correto, uma vez que o pagamento é feito via PIX e será considerado desistente quem não fizer o preenchimento de forma correta. 

MS Supera

Com dois mil estudantes iniciais, o MS Supera (programa substituto do Vale Universidade) começou a ser pago em fevereiro de 2024. 

em novembro do ano passado houve chamada de 200 estudantes em cadastro reserva, totalizando as duas mil e duzentas bolsas de estudos com pagamento de R$ 1.518 por mês.

Entre os requisitos para cadastro no programa, o aluno precisa ser morador de Mato Grosso do Sul há mais de dois anos e não receber qualquer outro benefício ou auxílio com a mesma finalidade, segundo o Governo do Estado em nota. 

A Superintendência de Programas Sociais Estruturantes (Supes) está disponível, na Rua 14 de Julho (1269), no Centro de Campo Grande, para sanar qualquer dúvida e repassar informações, além da consulta pelo WhatsApp do MS Supera (67) 3314-4846 e nos telefones: (67) 3368-9044, 3368-9045 e 3368-9052 e o e-mail mssupera@sead.ms.gov.br.

 

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INVESTIGAÇÃO

Prisão de gerente "encerra" operação de cigarreiros ilegais

Na semana passada, a Polícia Federal anunciou a prisão de integrante de uma grande quadrilha voltada ao tráfico de cigarros estrangeiros na fronteira de MS

15/04/2025 09h30

Cigarro ilegal é encontrado facilmente e anunciado em várias regiões de Campo Grande

Cigarro ilegal é encontrado facilmente e anunciado em várias regiões de Campo Grande Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Seis anos depois que 30 pessoas de quadrilhas voltadas ao contrabando de cigarros foram presas, a Polícia Federal (PF) anunciou, na semana passada, a prisão do gerente de logística de um dos grupos, que ainda estava solto. Segundo a corporação, o preso seria responsável por coordenar a entrada do produto ilegal em Mato Grosso do Sul.

De acordo com informações obtidas pelo Correio do Estado, o gerente de logística da quadrilha estava solto desde 2019, quando a PF deflagrou a Operação Teçá, com o objetivo de desarticular organizações criminosas especializadas em contrabando de cigarros de origem estrangeira en Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Norte. 

Segundo a investigação, quatro grupos atuavam no esquema, agindo de forma independente, mas cooperando entre si. Com ampla rede de envolvidos, a logística era complexa. 

Os grupos contavam com olheiros, batedores, motoristas e até freelancers, que trabalhavam conforme demanda das quadrilhas e eram responsáveis por passar informações sobre barreiras de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

As quadrilhas contavam inclusive com o apoio de um policial rodoviário federal, que, conforme as investigações, teria sido subornado para deixar passar os caminhões carregados de cigarros. Identificado como Wilson Luiz, o policial atuava no posto rodoviário de Rio Brilhante.

Na época da operação, o policial rodoviário federal foi preso e exonerado do cargo.

GERENTE

No caso do gerente preso no dia 8, a Polícia Federal relatou que ele comandava uma rede de olheiros e batedores com atuação nos municípios de Iguatemi, Eldorado e Juti, “mantendo contato direto com fornecedores no Paraguai, inclusive com vínculos a unidades de produção irregular de cigarros”.

“Apurou-se ainda que o investigado foi responsável pela logística do transporte de cargas ilícitas, pela orientação de subordinados e pelo repasse de informações para dirigentes de hierarquia superior dentro da organização criminosa”, diz trecho de nota da PF.

O homem era um dos procurados na Operação Teçá, que, na época, cumpriu mais de 30 mandados de prisão, dos 40 que haviam sido expedidos.

“A ação reforça o comprometimento da Polícia Federal no enfrentamento das organizações criminosas, sobretudo nas faixas de fronteira”, finaliza a nota da Polícia Federal.

OPERAÇÃO TEÇÁ

De acordo com as investigações da PF, essas quatro organizações criminosas tinham como base territorial Mato Grosso do Sul e, daqui, “articularam uma aprimorada rede para transporte de cigarros estrangeiros no território nacional, os quais ingressavam no Brasil pela região da fronteira com o Paraguai”.

A PF também identificou que o grupo tinha “significativa capacidade logística, a qual era utilizada principalmente para a introdução e o transporte de cigarros de origem estrangeira em Mato Grosso do Sul e estados vizinhos com destino a outras localidades do País”.

As investigações para a operação começaram em 2018, e, durante a apuração, foram apreendidos pela Polícia Federal e outras forças 155 veículos utilizados para o transporte de cigarros de origem estrangeira, tendo sido presas 75 pessoas envolvidas.

A maior apreensão foi em Ivinhema, no dia 15 de junho de 2018, quando, em uma única oportunidade, 11 carretas carregadas de cigarros de origem paraguaia foram detidas. Nove motoristas foram presos em flagrante.

A carga, conforme contabilização da Polícia Federal, totalizava 1 milhão de maços de cigarros, avaliados, em conjunto com os veículos apreendidos, em R$ 10 milhões na época.

Ao todo, 130 policiais federais buscaram cumprir 73 ordens judiciais expedidas pela 1ª Vara Federal de Naviraí no dia 8 de agosto de 2018. Foram 40 mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão nas cidades de Eldorado, Mundo Novo, Japorã, Amambai, Iguatemi, São Gabriel do Oeste, Rio Brilhante, Maringá (PR), Umuarama (PR) e Mossoró (RN).

Segundo a investigação, as quadrilhas tinham atuação, além de Mato Grosso do Sul, no Paraná e no Rio Grande do Norte.

Na época, o Exército Brasileiro e a Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal colaboram nas ações vinculadas à deflagração da operação.

CONTRABANDO

O Correio do Estado tem mostrado a intensa atuação das quadrilhas de contrabando de cigarros em Mato Grosso do Sul.

Segundo estimativa do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), com base nos dados do Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), nos últimos seis anos, R$ 2,7 bilhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deixaram de ser arrecadados em Mato Grosso do Sul em razão da venda ilegal de cigarros contrabandeados.

A mesma estimativa mostra que, no Estado, a 10 cada maços vendidos, 7 são de marcas paraguaias.

SAIBA

Segundo dados da Receita Federal, de janeiro a dezembro de 2023, a PF e a PRF apreenderam 27.090.650 maços de cigarros contrabandeados em Mato Grosso do Sul. Em 2024, as forças policiais apreenderam 20.044.645 de maços.

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