Cidades

CAMPO GRANDE

População idosa da Capital corresponde a 11% do total de moradores

No total, 17 entidades realizam o atendimento e não conseguem atender a demanda

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A população idosa de Campo Grande soma 98 mil pessoas, representando mais de 11% da população total do município que é de 874.210 habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge). Entretanto, existe um déficit no atendimento do público que exige cuidados especiais e o número de entidades que realizam o acolhimento é de 17 casas. 

O levantamento realizado em setembro deste ano pelo Conselho Regional de Economia (Corecon-MS), a pedido da Comissão Permanente de Assistência Social e do Idoso da Câmara Municipal , motivou a realização de uma audiência pública que apontou a urgência de promover políticas públicas para melhorar a qualidade do atendimento ao idoso campo-grandense. 

A presidente da comissão é a vereadora Enfermeira Cida Amaral (Podemos) que explica um dos principais problemas averiguados na pesquisa. "As entidades que realizam acolhimento recebem novos pacientes, de acordo com encaminhamento da Secretaria Municipal de Assistência Social. Entretanto, o convênio que possibilita auxílio de custo para os locais está muito defasado O valor repassado pela administração pública é de R$ 1,4 mil, porém, os custos necessários para atender cada um desses cidadãos é de R$ 4,9 mil", argumenta. 

Segundo a parlamentar, com o diagnóstico da situação local, o próximo passo é dar continuidade ao projeto de lei que pretende apresentar na Câmara de Campo Grande, ainda no primeiro trimestre de 2018:

"Nosso objetivo é criar a Frente Parlamentar dos Direitos da Pessoa Idosa e ainda, um projeto de lei em conjunto com a prefeitura, a fim de organizarmos um fórum de instituições conveniadas. Com a criação de uma rede própria de atendimento, o público e suas famílias sentirão-se mais amparados, pois há deficiência de profissionais como geriatras, neurologistas e odontólogos na rede municipal de saúde", conclui.

SOLIDARIEDADE E CUIDADOS

Uma das instituições em atividade na capital é o Lar do Idoso Sirpha, localizado no bairro Nova Lima, saída para Cuiabá. Fundado há mais de 40 anos, o local conta com apoio de grupos da sociedade civil para manter parte das despesas mensais. Segundo a assistente social responsável, Natália Rocha Grabowski, a capacidade de atendimento é de 80 leitos e atualmente estão todos ocupados. 

"A maioria dos idosos  necessita de cuidados especiais e por isso temos 65 funcionários que são contratados para o trabalho. A folha de pagamento absorve grande parte do repasse municipal e por isso, realizamos campanhas de doações frequentes para auxiliar na reposição de alimentos, leite, produtos de higiene pessoal e fraldas geriátricas. Todo apoio é muito bem-vindo para que possamos oferecer conforto e acolhimento ao grupo", argumenta. 

A equipe de colaboradores é composta por profissionais de fisioterapia, nutrição, psicologia, enfermagem, cuidadores, entre outros. Natália acrescenta que mensalmente são consumidos 1.200 litros de leite e 600 pacotes de fraldas. "Recentemente recebemos mais de duzentos pacotes de fraldas e três caixas de produtos de higiene pessoal de uma rede farmacêutica, o que ajuda bastante".

PARTICIPAÇÃO 

Interessados em contribuir com doações ou mesmo, realizar visitas no Lar do Idoso  Sirpha, podem entrar em contato pelo telefone: 3354-1878. O endereço é Rua Luxo, nº 125, bairro Nova Lima. Já o horário de visitas é das 13h às 16h, de segunda a sexta-feira. 
Fotos: Arquivo Lar do Idoso Sirpha

 

CAMPO GRANDE

Após corrida em Bonito, secretária terá mais 29 dias de atestado médico

Com licença médica desde 25 de novembro, Márcia Hokama chegará a 44 dias longe da função, alegando questões de saúde

10/12/2025 16h46

Márcia Helena Hokama durante os 10 km na corrida de Bonito

Márcia Helena Hokama durante os 10 km na corrida de Bonito Foto: Juliano Rigo

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Após a secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, aparecer na corrida de Bonito 21K no último sábado (6), mesmo com atestado médico, foi divulgado hoje (10), em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), que a mesma seguirá afastada até dia 8 de janeiro de 2026. Com isso, Márcia seguirá com mais 29 dias de licença.  

Ao todo, Márcia chegará a 44 dias longe da função, pois está de atestado médico desde o dia 25 de novembro, alegando questões de saúde. 

Para substituir Hokama durante o período, a prefeita Adriane Lopes (PP) designou o secretário adjunto Isaac José de Araújo, para desempenhar a função de secretário municipal da Fazenda, no período de 10 de dezembro a 8 de janeiro de 2026.

Isaac já vinha ocupando o cargo interinamente e seguiria até esta terça-feira (9), quando acabava a licença de Márcia Hokama.

O Correio do Estado entrou em contato, por meio de e-mail, com a Prefeitura de Campo Grande e a Secretaria Municipal de Fazenda, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem.

Prova

A secretária municipal Márcia Helena Okama participou da 11ª edição da corrida Bonito 21K, disputada no último final de semana, na cidade homônima, no interior do Estado.

Flagrada pelos fotógrafos da prova, Márcia Okama finalizou a prova de 10km em 1h11min e concluiu o trajeto na 23ª colocação geral entre as competidoras com 50 e 59 anos de idade.

A competição, que atrai principalmente atletas com alto poder aquisitivo, além de profissionais, recebeu R$250 mil em recursos públicos advindos do Governo do Estado que, declaradamente, atravessa momento de crise financeira. 

Conforme publicado na edição desta terça-feira (09) do Diário Oficial Eletrônico de Mato Grosso do Sul, dois dias após a realização da corrida no município "mais turístico" do MS, do extrato de contrato entre a LS Turismo e Eventos e a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul,  o empenho da nota emitida em 03 de dezembro para apoio da Fundtur soma exatos 250 mil reais.

IBGE

Mato Grosso do Sul tem a 3ª maior taxa de divórcio do País

Em contrapartida, a taxa de casamentos caiu em 2024, seguindo a tendência de queda desde 2017

10/12/2025 16h15

Mesmo em queda, taxa de divórcio se mantém alta no Estado

Mesmo em queda, taxa de divórcio se mantém alta no Estado Divulgação

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Mato Grosso do Sul manteve sua posição como o terceiro Estado com maior número de divórcios no ano de 2024, de acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Estatísticas do Registro Civil, divulgada nesta quarta-feira (10). 

Em todo o Estado, foram registrados 7.624 divórcios concedidos em 1ª instância ou por escrituras, o que mostra uma queda de 2,3% em relação ao total contabilizado em 2023, que foi de 7.805. 

Com a redução, a taxa geral de divórcios, isto é, o número de divórcios para cada 1.000 pessoas de 20 anos ou mais caiu de 3,8% em 2023 para 3,7% em 2024. 

Mesmo com a pequena queda, o número ainda é maior que o registrado na época pré-pandemia, colocando o Estado na posição bronze do ranking entre as Unidades da Federação com os maiores índices. 

Mato Grosso do Sul já ocupava esse mesmo lugar no pódio em 2023, mantendo a posição em 2024. As maiores taxas registradas foram em Rondônia (4,9%) e no Distrito Federal (3,8%). 

Em Campo Grande, o número cresceu desde 2020, chegando a 3.669 em 2024. Em Dourados, foram 706 no mesmo período e em Três Lagoas, 227.

No Estado, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio era de 18,5 anos em 2004, caindo para 13 anos em 2014. Em 2024, o tempo médio de duração dos casamentos era menor ainda, chegando a 11,8 anos, o 4º menor tempo entre as Unidades da Federação. 

A pesquisa observou que o tipo de arranjo familiar predominante nos divórcios era o de casais somente com filhos menores de idade, que atingiu 42,9%. As famílias somente com filhos maiores de idade eram 14,6% e 6,3% tinham filhos menores e maiores de idade. 

Com isso, notou-se um aumento significativo no divórcio onde consta na sentença a guarda compartilhada dos filhos, onde tanto mãe quanto pai são responsáveis pela criação da criança. 

Em MS, a mulher ainda detém 48,9% da guarda de filhos menores de idade. A guarda compartilhada atingiu 43% dos casos. A guarda com o pai reflete 3,3% dos casos e outras formas, como a guarda de parentes ou cuidadores, representam 0,7%

A nível nacional, pela primeira vez, a guarda compartilhada superou a taxa de guarda unilateral onde a responsável pelos filhos é a mulher, atingindo 44,6% dos casos, contra 42,6%, respectivamente. 

Os casos onde o homem detém a guarda do menor é de 2,8% no País. 

Mesmo em queda, taxa de divórcio se mantém alta no EstadoFonte: IBGE

Casamentos

Em 2024, foram registrados 15.094 casamentos em Mato Grosso do Sul, uma queda de 0,4% em relação ao ano anterior, quando foram 15.150. No acumulado de dez anos, desde 2014, a redução acumulada chega a 1,6%. 

Do total de casamentos, 14.9149 foram entre cônjuges de sexos diferentes e 175, entre pessoas do mesmo sexo. 

Entre casamentos com cônjuges masculinos, foram 61 registros e entre cônjuges do sexo feminino, 114. 

O número de registros de casamento entre pessoas homoafetivas foi o maior registrado no Estado, superando o recorde do ano de 2018, quando foram 166 registros. 

No Estado, o mês mais escolhido pelos noivos para casar em 2024 foi em dezembro, com 1.582 casamento. Em seguida, aparecem novembro, com 1.409 casamentos, e agosto, com 1.343. 

A taxa de nupcialidade, que é a porcentagem para cada 1.000 habitantes com 15 anos ou mais de idade, no Estado, foi de 6,7 pessoas, colocando MS na 7ª posição entre os estados brasileiros. As maiores taxas foram observadas em Rondônia (8,9 casamentos por 1.000 habitantes), Distrito Federal (8,4 casamentos por 1.000 habitantes) e o Tocantins (7 casamentos por 1.000 habitantes). 

No Brasil, a taxa de nupcialidade ficou em 5,6 casamentos por 1.000 habitantes. 


 

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