Cidades

CAMPO GRANDE

Presídio de Trânsito opera com 254% acima da capacidade permitida

PTran tem capacidade para receber 176 detentos, mas abriga 624 presidiários

De acordo com inspeção realizada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o Presídio de Trânsito de Campo Grande (PTran) tem capacidade para receber 176 detentos, mas abriga 624 presidiários atualmente. No primeiro pavilhão há 276 internos e

De acordo com inspeção realizada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o Presídio de Trânsito de Campo Grande (PTran) tem capacidade para receber 176 detentos, mas abriga 624 presidiários atualmente. No primeiro pavilhão há 276 internos e - ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO

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De acordo com inspeção realizada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o Presídio de Trânsito de Campo Grande (PTran) tem capacidade para receber 176 detentos, mas abriga 624 presidiários atualmente.

No primeiro pavilhão há 276 internos e no segundo 348. Ou seja, o número de custodiados é 254% maior do que o local pode abrigar.

No local, 127 internos realizam atividades de trabalho, como artesanato, costura de bolas, auxílio administrativo, distribuição de alimentos, serviços de eletricista, limpeza e serviços gerais.

O PTran, coordenado pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), é uma unidade prisional responsável por receber, avaliar e realizar a triagem de detentos recém-capturados ou presos provisórios, provenientes de delegacias, que posteriormente são encaminhados para outras unidades prisionais, conforme decisão judicial.

De acordo com a Agepen, a superlotação em prisões é um problema recorrente em todo o País.

Em Mato Grosso do Sul, a situação é alarmante devido ao alto índice de prisões decorrentes do tráfico de drogas, pela posição geográfica do Estado, que faz fronteira com dois países produtores de entorpecentes e divisa com cinco estados brasileiros.

A Agepen possui obras de construção, ampliação e reforma de presídios para combater a superlotação. Confira:

  • CAMPO GRANDE (PTran): 136 novas vagas previstas no Presídio de Trânsito de Campo Grande. O certame está em fase de adequação de documentação. O investimento previsto é de R$ 10 milhões.
  • CAMPO GRANDE (Gameleira): construção de três presídios masculinos, de baixa complexidade, com 408 vagas cada
  • CAMPO GRANDE (Gameleira): finalização da construção de um presídio feminino, com 407 vagas
  • DOIS IRMÃOS DO BURITI: obra na penitenciária já está em andamento com 186 novas vagas. O investimento é de R$ 13 milhões
  • PONTA PORÃ: construção de um presídio masculino, de baixa complexidade, com 408 vagas cada

* Cada obra deve custar R$ 15 milhões. O investimento é oriundo do Funpen (Fundo Penitenciário Nacional) e Funpes (Fundo Penitenciário Estadual) – governo do Estado e governo Federal. Serão licitados em 2025, com previsão de entrega em 2027. Todas as obras serão executadas pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).

“O enfrentamento à superlotação é feito, ainda, a partir de ações de ressocialização que contribuem para a não reincidência no crime, bem como refletem na remição da pena e consequente redução no volume de presos. Mato Grosso do Sul está entre os estados brasileiros com os maiores índices de presos trabalhando, superando em 10% a média nacional, além disso está entre os 10 estados brasileiros que mais promovem e inserem detentos em atividades educacionais”, acrescentou a Agepen, por meio de nota enviada ao Correio do Estado.

INSPEÇÃO

Projeto Lupa (Legalidade, União, Parceria e Atenção), coordenado pelo MPMS, inspecionou, nesta terça-feira (23), o Ptran em diversas áreas: pavilhões, celas, áreas comuns, setores de saúde e área de trabalho dos internos.

Em visitas realizadas as unidades prisionais do Estado, o projeto avalia as condições estruturais, a qualidade da assistência prestada e o respeito aos direitos humanos. Em seguida, faz recomendações relacionadas no que o local pode melhorar e registra as boas práticas identificadas durante as visitas.

De acordo com a coordenadora da Atuação Especial de Execução Penal (Gaep) e Promotora de Justiça, Jiskia Sandri Trentin, de forma geral, o presídio está indo bem.

“De forma geral, o presídio está sendo bem gerido. Algumas questões ainda falham por conta dessa característica. Por exemplo, não há escola, o que normalmente existe nas outras unidades prisionais”, pontuou.

O Presídio de Trânsito está localizado na rua da Conquista, Jardim Noroeste, em Campo Grande.

Memorando de Entendimento

MS será palco de 'teste agropecuário' com a Google

Agronegócio sul-mato-grossense tende a ser beneficiado com este acordo, sendo palco de testes para modelos que visem elevar os níveis de produtividade, além de apoiar decisões do produtor 

06/12/2025 13h30

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática. 

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática.  Reprodução//Secom-GovMS/Saul Schramm

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Através de um acordo de cooperação técnica assinado recentemente, Mato Grosso do Sul está prestes a se tornar palco de um "teste agropecuário" com o Google. 

O Memorando de Entendimento (MoU) assinado com a Google Brasil, conforme o Governo de MS em nota, prevê "cooperação em tecnologia, inteligência artificial e infraestrutura em nuvem, envolvendo áreas essenciais da administração pública". 

Distante aproximadamente uns 980 quilômetros da Capital, o governador de Mato Grosso do Sul viajou com sua equipe de secretários de Estado - Rodrigo Perez (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) -  até o "coração" da popular Faria Lima, para reunião com executivos da empresa na sede da Google. 

Durante assinatura, Riedel relembrou o foco do Executivo sul-mato-grossense na transformação digital, que ele diz ser fundamental para a "efetividade da gestão estratégica sair do papel e ser executada", alcançando finalmente a população. 

Entre todos os focos a serem abordados, o agronegócio sul-mato-grossense tende a ser beneficiado com este acordo, sendo palco de testes para modelos que visem elevar os níveis de produtividade, além de apoiar as decisões do produtor. 

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática. 

Em complemento Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, apontou os índices de crescimento econômico e social sul-mato-grossense, que só tendem a melhorar com as ações de modernização e otimização de políticas públicas que passarão a contar com maior amparo tecnológico. 

"Mato Grosso do Sul já é uma potência no agronegócio e a tecnologia pode ser uma aliada para o crescimento do Estado. Queremos apoiar o Governo do Estado a levar o impacto positivo da tecnologia para a população", disse o executivo em nota. 

Demais áreas

Além do campo, as tecnologias do Google também devem ser aplicadas nas mais diversas áreas, possibilitando um melhor desempenho para alunos e até aumentando a eficiência administrativa das unidades escolares da Rede Estadual de Ensino (REE). 

As chamadas soluções de nuvem (para armazenamento de dados e sistemas online) e machine learning (aprendizado de máquina) permitiram um avanço na organização de dados, por parte da gestão pública, além de trazer mais transparência e economia dos recursos.

Toda essa nova base de dados permitirá, ainda, no futuro, que novas aplicações da Inteligência Artificial sejam integradas aos serviços essenciais à população, beneficiando áreas como saúde, segurança e finanças, como bem cita o Governo do Estado. 

Na visão do Executivo de MS, esse novo acordo é tido como um passo decisivo rumo a uma administração mais moderna, inteligente e conectada às necessidades da população. 
**(Com assessoria)

 

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SEM ACORDO

Dentistas negam proposta de Adriane Lopes e podem virar ano em greve

Categoria está em estado de greve desde o dia 15 de novembro, e acordo com o executivo municipal ainda está 'longe' de acontecer

06/12/2025 12h30

Proposta da Prefeitura foi abaixo do esperado pela classe, que recusou em Assembleia nesta sexta-feira (5)

Proposta da Prefeitura foi abaixo do esperado pela classe, que recusou em Assembleia nesta sexta-feira (5) Foto: Divulgação/Sioms

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Há cerca de 20 dias em estado de greve, os dentistas que trabalham na rede pública de Campo Grande negaram a proposta da Prefeitura e indicaram entrar em greve a partir do dia 17 de dezembro, seguindo assim por 30 dias caso não haja acordo com o executivo municipal.

Desde o dia 15 de novembro, o Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (Sioms) e a Prefeitura Municipal de Campo Grande estão em sério debate sobre o descumprimento judicial referente ao reposicionamento do plano de cargos e carreiras, provisionado desde 2022.

Nesta última semana, o executivo enviou uma proposta à categoria, para tentar chegar a um acordo antes que uma paralisação ocorra.

Sobre o reposicionamento do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR):

  • 30% dos reflexos financeiros no mês de maio de 2026;
  • 35% no mês de maio de 2027;
  • 35% no mês de fevereiro de 2028;

Já sobre o auxílio alimentação:

  • 50% dos reflexos financeiros no mês de outubro de 2027;
  • 50% no mês de março de 2028;

Sobre o índice inflacionário, a Prefeitura pontuou “estar impossibilitada por questões legais”.

Porém, a proposta foi negada pela categoria. Na assembleia desta sexta-feira (5), além de votar sobre o acordo ou não com o executivo, os dentistas também indicaram data para a greve, iniciando-se no dia 17 de dezembro e durando cerca de 30 dias, ou seja, até dia 17 de janeiro. Todavia, a data é passível de alteração e até anulação caso as partes entrem em acordo.

“Haverá um cuidado, que foi discutido nesta Assembleia, para não haver prejuízos à população, tanto que 100% dos atendimentos em plantões, sejam ambulatoriais ou emergenciais, vão continuar em funcionamento. Então, a população que tiver alguma situação de dor ou de procura do cirurgião-dentista da unidade de saúde, de emergência, terá seu atendimento garantido”, explica o presidente do Sioms David Chadid.

Novela

A categoria afirma que o movimento é consequência do descumprimento, por parte da gestão municipal, do prazo judicial para efetivar o reposicionamento salarial determinado pela Justiça, decisão já confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde maio deste ano, a categoria busca reaver ajustes salariais que ficam entre 15% e 68%.

O descumprimento da liminar que garante a progressão vertical da carreira foi considerado o estopim para a organização da assembleia, uma vez que, segundo o sindicato, os profissionais estão há três anos sem atualização salarial e a não regulamentação do auxílio-alimentação.

Entre os pedidos, os sindicalistas querem a implementação a partir de abril de 2026 de auxílio alimentação de R$ 800, além de reposição de 15% sobre os pagamentos de plantões a partir de setembro do próximo ano - sendo os dois últimos pedidos escalonados em duas parcelas. 

Além de reposições salariais, a categoria também está pedindo melhores condições de trabalho. Em uma assembleia recente, cerca de 100 dentistas relataram condições precárias de trabalho nas unidades municipais de saúde, incluindo compressores quebrados, falta de insumos básicos, como luvas e rolinhos de algodão, além da pressão crescente sobre os profissionais, fatores que, segundo o sindicato, impactam diretamente a qualidade do atendimento à população.

*Colaborou Alison Silva

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