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Prevista para outubro, relicitação da BR-163 fica para março de 2024

O cronograma pode atrasar ainda mais, haja vista que o processo depende da realização de audiência pública; quem vencer a disputa pela rodovia terá de investir R$ 17,9 bilhões

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O atraso do Ministério da Infraestrutura para concluir os estudos de viabilidade econômico-financeira empurraram ainda mais a relicitação dos 847 quilômetros da BR-163. Agora, a nova previsão é para março de 2024. 

Em relação à última estimativa, o novo prazo aumenta em pelo menos cinco meses o período em que a CCR MSVia continuará administrando a rodovia, já que a previsão era de que a assinatura do contrato com a nova empresa ocorreria em outubro do ano que vem.

E esse cronograma pode atrasar ainda mais. É que o processo depende ainda da realização de audiência pública – etapa na qual a Pasta recebe sugestões da sociedade – e de avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU), além de prazos para questionamentos sobre o certame. 

A consulta pública deveria ter se iniciado no dia 4 de agosto, para que algumas sugestões da população fossem incorporadas ao edital. Após essa etapa, haveria a divulgação do Acórdão do TCU, que estava previsto para fevereiro do próximo ano, considerando a média de seis meses de análise. 

Porém, a consulta pública só deve sair a partir de julho. Na última estimativa, em abril haveria a publicação do edital, considerando média de dois meses de organização interna e elaboração de documentação.

Agora, o edital vai sair depois de julho do próximo ano, com o leilão previsto para ocorrer até dezembro de 2023, de acordo com o site da ANTT, e a assinatura do contrato em março de 2024.

ATRASO

O atraso foi explicado pelo titular da Superintendência de Concessão da Infraestrutura (Sucon) da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Renan Brandão, que afirmou em despacho interno, divulgado no site da ANTT em agosto, que “houve um atraso no cronograma de estudos de relicitações e que a EPL [autarquia também subordinada ao Ministério da Infraestrutura] informou que enviará à Sucon, até o fim do próximo mês [seria setembro], as análises dos trechos rodoviários que formam a atual concessão MSVia”. 

À época, Brandão disse que a previsão era de que o contrato seria assinado em outubro de 2023, porém, este mês a ANTT já reformou o calendário. Antes, a estimativa era de que o contrato fosse assinado no primeiro trimestre do próximo ano.

A preocupação com o atraso na relicitação foi manifestada pelos integrantes do Comitê de Transição da BR-163, durante duas reuniões, em abril e maio deste ano.

Esse grupo – formado por representantes do Ministério da Infraestrutura, da ANTT e da concessionária – trata dos ajustes finais que vão definir o valor a que a MSVia pode vir a ter direito como indenização por administrar a rodovia desde 2014. A empresa estimou, em seu último balanço contábil, que será de R$ 1,085 bilhão.

Em virtude desses atrasos, a ANTT prorrogou por mais dois anos, até 2024, o termo aditivo assinado com a MSVia. Esse termo retirou várias obrigações da concessionária, entre elas a duplicação da rodovia e a construção e a manutenção de postos de pesagem de caminhões e carretas.

Porém, a cobrança do pedágio foi mantida, sem a redução dos valores.

NOVA CONCESSIONÁRIA

A empresa que vencer o processo de relicitação da BR-163, e que deverá administrar os 1.094 quilômetros das BRs 163 e 267, terá de investir R$ 17,9 bilhões, de acordo com estudos apresentados no mês passado pela ANTT. 

Serão R$ 8,4 bilhões em duplicação da via, recuperação do asfalto e construção de viadutos e mais R$ 9,5 bilhões em custos operacionais, que envolvem mão de obra, veículos e equipamentos. A previsão da autarquia é de que sejam gerados 107,5 mil empregos diretos e indiretos.

Saiba: A empresa que vencer o processo de relicitação da BR-163, e que deverá administrar os 1.094 quilômetros das BRs 163 e 267, terá de investir R$ 17,9 bilhões, conforme estudos apresentados em novembro pela Agência Nacional de Transportes Terrestres. 

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assalto

Gravuras raras de Portinari são roubadas da Biblioteca Mário de Andrade, em SP

Criminosos entraram no local armados, renderam seguranças e roubaram obras de arte antes de fugir

07/12/2025 18h30

Foto: Reprodução Instagram Biblioteca Mário de Andrade

Foto: Reprodução Instagram Biblioteca Mário de Andrade

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A Biblioteca Mario de Andrade foi alvo de um assalto neste domingo, 7, em São Paulo. Criminosos entraram no local armados, renderam seguranças e roubaram obras de arte antes de fugir. Ao todo, 13 gravuras foram levadas - oito de Henri Matisse e cinco de Candido Portinari.

As de Portinari envolviam uma série rara, referente à obra Menino de Engenho, de José Lins do Rego. Em 1959, foi lançada uma edição especial do livro, pela Sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil. A instituição havia sido fundada em 1943 por Raymundo Ottoni de Castro Maya, inspirada na Sociétédes Cents Bibliophiles da França, da qual seu pai tinha sido membro.

Ao longo dos anos, a sociedade promoveu uma série de 23 edições de clássicos da literatura do Brasil com ilustrações de artistas plásticos de renome do País. Entre os autores, nomes como Machado de Assis, Jorge Amado e Mario de Andrade. Já entre os ilustradores, Di Cavalcanti, Djanira, Poty, Isabel Pons, além do próprio Portinari, entre outros.

As tiragens eram limitadas aos sócios e os exemplares traziam consigo o número de inscrição de seu proprietário na Sociedade dos Cem Bibliófilos.

Segundo informações do Grupo Globo História, as gravuras foram impressas sob supervisão de Poty Lazzarotto, Castro Maya e Cypriano Amoroso Costa. O livro conta a história de Carlinhos, menino que se depara com uma tragédia: o pai assassinou a mãe. Então, tem que morar no engenho de seu avô, às margens do Rio Paraíba.

Portinari já tinha desenhado inspirado na obra do autor. Antes, em 1953, a revista Cruzeiro publicou trechos de Cangaceiros, de Lins do Rego, com ilustrações de Portinari.

As obras roubadas faziam parte da exposição Do Livro Ao Museu: MAM São Paulo na Biblioteca Mario de Andrade, que estava em cartas desde 4 de outubro e seria encerrada neste domingo.

Segundo informações do site Projeto Portinari, a edição especial contou, ao todo, com 30 gravuras do artista espalhadas pelas 203 páginas do livro.

São elas:

- Banho no Rio

- Casal de Trabalhadores

- Cavalos no Rio

- Corregedor

- Enchente

- Gaiola I

- Homem a Cavalo com Menino na Garupa

- Homem Morto

- Homens com Facas

- Homens e Meninos no Curral

- Homens na Rede

- Menina Deitada

- Menino

- Menino com Carneiro

- Menino com Carneiro

- Menino com Canavial

- Menino Montado em Carneiro

- Menino na Árvore

- Meninos a Cavalo

- Meninos Brincando com Varas

- Meninos e Coqueiros

- Mestiço Preso em Tronco

- Mulher Morta

- Namorados

- Peru e Galo

- Queimada no Canavial

- Retirantes

- Trabalhadores no Canavial

- Velho Montado a Cavalo

- Vendedor de Perus

Rede Limpa

Nova etapa de operação retira 24 mil metros de fios irregulares no Centro

Foco foi no trecho considerado o mais crítico em relação à fiação irregular e força-tarefa também deve ser expandida para bairros

07/12/2025 17h00

Cerca de 24 quilômetros de fios irregulares foram retirados do Centro de Campo Grande

Cerca de 24 quilômetros de fios irregulares foram retirados do Centro de Campo Grande Foto: Divulgação / PMCG

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Em nova do Projeto Rede Limpa, cerca de 24 mil metros de cabos irregulares foram retirados de postes na região central de Campo Grande, neste domingo (7). Na primeira etapa da operação, realizada no dia 27 de novembro, foram retirados 15 mil metros de fios irregulares

Conforme a prefeitura, o foco foi no trecho considerado o mais crítico em relação à fiação irregular, sendo o quadrilátero central, formado pelas avenidas Mato Grosso e Afonso Pena e pelas ruas Calógeras e 13 de Maio.

A área foi escolhida após mapeamento técnico da concessionária de energia elétrica, a Energisa, que apontou que o local apresentou maior quantidade de instalações irregulares.

O ponto de partida da ação foi o cruzamento das ruas Treze de Maio e Barão do Rio Branco, às 7h. Os serviços se estenderam ao longo de todo o dia, com intervenções em 79 postes, sendo 28 na rua Treze de Maio, 35 na Calógeras e 16 na Afonso Pena.

A força-tarefa ainda terá outras etapas e deverá ser expandido para outros bairros de Campo Grande, embora ainda não haja cronograma definido.

Conforme a prefeitura, as ações ocorrerão de forma planejada, priorizando as áreas com maior concentração de irregularidades e risco à população.

Para o presidente do Conselho Regional do Centro, João Matos, a iniciativa atende a uma demanda histórica de comerciantes e moradores.

“O excesso de fios sempre foi uma preocupação no centro, tanto pela segurança quanto pelo impacto visual. Essa ação é muito bem-vinda e traz resultados concretos para quem vive e trabalha aqui”, afirmou.

A prefeita Adriane Lopes afirmou que o objetivo da retirada da fiação irregular não é apenas uma questão estética.

"O Rede Limpa é, sobretudo, uma ação de segurança e organização urbana. Estamos cuidando da cidade, prevenindo riscos e garantindo mais tranquilidade para quem circula pelo centro”, afirmou.

Adriana Ortiz, representante da Agência Estadual de Regulação (Agems), disse que a ação também tem caráter regulatório e de fiscalização.

“Essa operação é resultado de um trabalho técnico e integrado, que busca garantir que as normas sejam cumpridas e que os serviços prestados à população ocorram com segurança e qualidade”, declarou.

Já o gerente da Energisa, Moacir Costa, explicou que todas as operadoras foram previamente comunicadas com antecedência sobre a realização da ação deste domingo.

“As empresas credenciadas junto à Energisa foram notificadas antes da primeira etapa e novamente comunicadas nesta semana. O objetivo é corrigir irregularidades e organizar a ocupação dos postes de forma adequada e segura”, pontuou.

Primeira etapa

Na primeira etapa do projeto, foram vistoriados 43 postes, com a retirada de cerca de 15 mil metros de fios irregulares, um resultado considerado positivo.

A ação dessa fase teve início no quadrilátero formado pelas avenidas Mato Grosso, 13 de Maio, Afonso Pena e Calógeras. Também foram incluídas ruas internas como 14 de Julho, Antônio Maria Coelho, Maracaju, Marechal Rondon, Dom Aquino e Barão do Rio Branco.

Foram atendidos 21 postes na Rua 13 de Maio e 22 na Avenida Calógeras. Em média, foram removidos cabos de 12 pontos por poste. As equipes iniciaram os trabalhos às 22h, horário escolhido para minimizar impactos no trânsito e na circulação de pedestres.

Após a limpeza dos postes, haverá rondas preventivas pelas forças de segurança para evitar novas ligações clandestinas.

A operação contou com a participação da Agência Estadual de Regulação (Agems) e da Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Especial de Articulação Regional (Sear), Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semades), Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

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