Cidades

PREVISÃO

Primavera deve ser a estação mais chuvosa deste ano em MS

Apesar de o cenário ser positivo para precipitação em Mato Grosso do Sul, o calor deverá ficar acima da média, batendo altos índices no mês de outubro

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Primavera trará para Mato Grosso do Sul chuvas mais regulares nos próximos três meses. De acordo com os dados do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), neste trimestre, as chuvas devem variar entre 400 e 500 milímetros em grande parte do Estado. 

Na região noroeste de MS, as chuvas variam entre 300 e 400 mm, enquanto a variação nas regiões sul, sudeste e nordeste é de 500 a 600 mm.

A tendência climática para esse período indica probabilidade de as chuvas ficarem dentro ou próximo da média histórica no Estado para o trimestre, seguindo um caminho oposto à tendência climatológica dos meses anteriores que indicavam precipitações abaixo da média.

Segundo o meteorologista do Cemtec-MS, Vinicius Sperling, a mudança no indicativo positivo de precipitação acontece após 12 meses seguidos de registros de chuvas abaixo da média nos modelos climáticos.

“É a primeira vez que nos últimos 10 a 12 meses os modelos dos mapas de projeção climáticos apontam para um cenário diferente do que vinha apontando, que era de chuvas abaixo da média. Os principais modelos de clima estão apontando para esse cenário mais otimista, de chuvas dentro da média, pelo menos, até outubro e novembro”, informou.

A possibilidade de uma frequência maior de chuvas no Estado para os próximos meses também deve diminuir a intensidade do calor periodicamente, de acordo com o meteorologista.

CARACTERÍSTICA

A primavera, que começou ontem e terminará no dia 21 de dezembro, climatologicamente, é considerada um período de transição entre as estações de seca (inverno) e de chuvas (verão) na região central do Brasil. 

Por conta da maior incidência de radiação solar, segundo informações do Cemtec-MS, observa-se também que existe uma elevação gradativa das temperaturas ao longo da primavera, com uma frequência maior de dias de calor. 

Por ser um período de transição entre a estação fria e a quente, ela é considerada, historicamente, a estação com maior frequência de ocorrência de tempestades severas. Ou seja, tempestades de rápida duração que são capazes de gerar chuvas intensas, com descargas elétricas atmosféricas, fortes rajadas de vento e até mesmo a queda de granizo.

CALOR PREVALECE

Outro ponto característico da primavera em Mato Grosso do Sul é a frequência de aumento da temperatura no passar dos dias, fazendo com que os meses da estação sejam, historicamente, os mais quentes do ano no Estado, especialmente outubro, que costuma ser o mês mais quente do ano em vários municípios.

“Outubro aqui é o mês mais quente do ano para muitos municípios do Estado, porque as chuvas normalmente não estão bem estabelecidas e a radiação solar começa a ter uma intensidade maior, e com a atmosfera seca você tem muito calor”, analisou Sperling.

Enquanto o período chuvoso não se estabelecer, segundo o meteorologista, a tendência é que sejam registradas altas temperaturas neste período, podendo até ter ondas de calor. Na Capital, a temperatura mais alta deste ano foi 38,7°C, registrada neste mês.

A previsão do Cemtec-MS referente aos incêndios em Mato Grosso do Sul para o trimestre indica que as regiões pantaneira e sudoeste encontram-se em nível de alerta a alerta alto para o surgimento de focos de calor. Porém, em grande parte do Estado o nível é de alerta e atenção.

O MAIS SECO EM 22 ANOS

Conforme reportagem do Correio do Estado, este é o ano mais seco registrado em Campo Grande, com as menores precipitações desde 2002, ano dos primeiros registros da estação climatológica da Capital. 

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), de janeiro a agosto deste ano, o acumulado de chuvas em Campo Grande foi de 418,6 mm. Em comparação com o ano passado, neste mesmo período, choveu na Capital 1.091,4 mm.

Os dados apresentam redução de 61% nas chuvas. Nos últimos 10 anos, o menor registro de acumulado de chuvas havia sido de 662,5 mm, em 2022. Ou seja, a precipitação deste ano ainda é 36% menor em comparação ao, até então, menor registro desta década.

Saiba

O verão 2023/2024, que terminou no dia 19 de março e é considerado a estação mais chuvosa, foi o mais seco de Campo Grande.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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