O professor de engenharia mecânica da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Antonio Figueiredo, disse à Agência Brasil que os programas de formação de recursos humanos do setor de óleo e gás indicam “enorme carência de pessoal”. O Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) é um deles, disse Figueiredo, que também preside o Conselho Consultivo da Coppe.
Para ele, a questão é que os responsáveis por lidar com esse fator têm olhos apenas para as universidades e se esquecem da importância que representam também para a formação de um profissional os ensinos básico e médio. O problema, acrescentou Figueiredo, é que não entra nas universidades uma quantidade suficiente de pessoas que atenda a todas as profissões de nível superior com um mínimo de qualificação.
“Então, a gente tem um dado evidente de cobertor curto. Se você puxar, por exemplo, para incentivar a remuneração para uma área, necessariamente vai faltar para outra”. Esse é um problema estrutural e de planejamento de horizonte de médio e longo prazo que o país tem que enfrentar, comentou. “É preciso formar mais nos ensinos de nível básico e médio para chegar mais gente à universidade, em condições de se formar, em quantidade e em qualidade”.