Cidades

Cidades

PSDB vai tentar convencer Nelsinho a desistir de Dilma

PSDB vai tentar convencer Nelsinho a desistir de Dilma

Redação

26/02/2010 - 06h24
Continue lendo...

O comando do PSDB quer se reunir com o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) para tentar convencê-lo a trocar o palanque da ministra Dilma Rousseff (PT) pelo do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na sucessão presidencial. Os tucanos entendem ser necessário o prefeito refletir melhor antes de virar as costas para o partido, que há quase 20 anos é fiel ao PMDB. O encontro ainda não tem data marcada, mas os deputados do PSDB já sabem exatamente o que vão falar para tentar mudar a posição de Nelsinho. Eles consideram ilusão do prefeito se “encantar” com a proposta do Planalto de aumentar investimentos federais em Campo Grande para atraí-lo ao palanque de Dilma. O prefeito tem posição diferente dos tucanos. Ele justificou o seu engajamento na campanha de Dilma por questão de gratidão. O prefeito avalia, portanto, não ter como ficar contra a candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), justamente pelos altos investimentos do governo federal em Campo Grande. “Respeito a posição do prefeito, mas o presidente não fez nenhum favor ao destinar recursos para a Capital. Isso não é nada mais do que sua obrigação”, comentou o presidente regional do PSDB, deputado Reinaldo Azambuja. Mas se os investimentos foram cruciais para a decisão de Nelsinho de apoiar Dilma, o dirigente tucano assegura atenção especial a Campo Grande se o PSDB vencer a eleição presidencial. “A nossa parceria dura quase 20 anos, isso significa a certeza de fidelidade e de segurança, ao contrário do PT, que representa o antagonismo ao PMDB”, ressaltou. Ainda destacando a parceria de anos com os peemedebistas, os tucanos cobraram mais fidelidade do prefeito na sucessão presidencial. “Ajudamos a eleger e reeleger o Nelsinho, por isso, acreditamos que ele vai ficar do nosso lado”, frisou o deputado Professor Rinaldo (PSDB). “Em consideração a nossa parceria que dura anos, vamos pedir no mínimo mais reflexão por parte do prefeito”, acrescentou Azambuja. Out ro a rgumento dos tucanos para atrair o apoio de Nelsinho leva em conta a sua declaração de colocar em primeiro lugar a reeleição de Puccinelli para governador. “Como ele diz que a prioridade é o André e existe a possibilidade do governador apoiar o Serra, não tem como ajudar ficando em outro palanque”, opinou Azambuja. Peça importante O empen ho em trazer Nelsinho para o palanque do PSDB leva em consideração a sua popularidade em Campo Grande, que reúne um terço dos eleitores do Estado. “Como prefeito da Capital, o Nelsinho é peça importante na eleição”, reconheceu Azambuja. “Sem contar que queremos o PMDB como um todo no palanque do Serra”, completou. “Por isso, vamos esgotar todos os nossos esforços para atrair o partido”, finalizou. A questão é que o governador de São Paulo ainda não oficializou sua pré-candidatura a presidente da República, enquanto o PT já declarou Dilma como pré-candidata. Diante da incerteza de Serra concorrer à eleição, o PMDB de Mato Grosso do Sul mantém posição de indefinição na sucessão presidencial até o início de abril. Mas os tucanos do Estado têm certeza da participação de Serra na disputa para presidente e preveem o anúncio de sua pré-candidatura para dois de abril, quando se encerra o prazo para os políticos desincompatibilizarem- se do cargo a fim de disputar a eleição.

Cidades

Clínica Veterinária é condenada por tratamento errado e morte de cachorra

A Justiça condenou a clínica a indenizar a tutora, após tratar leishmaniose como doença do carrapato e submeter o animal a duas cirurgias

18/06/2025 17h23

Crédito: Freepik

Continue Lendo...

Após contratar um plano de saúde para a cachorra, que recebeu um diagnóstico errado dado por uma clínica veterinária, a Justiça determinou que a tutora receba mais de 13 mil reais.

O caso ocorreu no município de Paranaíba, que fica a 406 km de Campo Grande.

Conforme a ação, a mulher contratou, em setembro de 2020, o plano de saúde na clínica. Exames iniciais descartaram a possibilidade de que a cachorra estivesse com leishmaniose.

No ano seguinte, o animal apresentou dificuldade para andar e perdeu o apetite. Uma série de exames foi realizada, assim como diversos tratamentos.

O médico veterinário descartou a hipótese de leishmaniose e iniciou tratamento para doença do carrapato.

Como a cachorra não melhorava, foi submetida a uma cirurgia nas patas traseiras para a colocação de placas metálicas. Algum tempo depois, a tutora procurou outro local para obter uma segunda opinião.

Os exames apontaram que a cachorra testou positivo para leishmaniose. Embora o novo tratamento tenha melhorado um pouco o quadro, devido à condição da cadela, as lesões não cicatrizavam.

Outra cirurgia acabou sendo realizada para a retirada das placas, mas o animal sofreu uma parada cardiorrespiratória e veio a óbito.

A defesa da clínica alegou ter utilizado os melhores equipamentos disponíveis e responsabilizou a tutora, afirmando que a recuperação não ocorreu adequadamente devido às condições em que a cachorra vivia em sua residência.

Sobre o óbito, justificou que ele ocorreu por complicações pós-cirúrgicas somadas à condição clínica do animal.

O laudo foi crucial para o desfecho do caso, ao demonstrar falha no diagnóstico precoce, uso de placas metálicas de tamanho inadequado e ausência de cuidados adequados no pós-operatório, tanto por parte da clínica quanto da tutora.

O juiz Plácido de Souza Neto, da Vara Cível de Paranaíba, reconheceu que as duas partes envolvidas tiveram culpa nos cuidados posteriores a cirurgia, conforme o artigo 945 do Código Civil.

“O dano moral é evidente, haja vista a angústia, o desespero e o sofrimento decorrentes da falha na prestação de serviço da clínica veterinária ao animal, que necessitava de tratamento adequado para minimizar o seu sofrimento”, analisou o magistrado.

Dessa forma, a clínica foi condenada a pagar R$ 8.796,81 pelos danos materiais (metade do valor total solicitado) e R$ 5.000,00 por danos morais, ambos com correção monetária e juros.

Assine o Correio do Estado

Saúde

Pressão do "mais louco do Brasil" faz governo transferir pacientes de Ivinhema

Prefeito Juliano Ferro foi às redes sociais denunciar superlotação e falta de vagas; em menos de um dia, Estado de MS autorizou transferências para outras cidades

18/06/2025 17h12

Prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro

Prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro Reprodução

Continue Lendo...

Menos de 24 horas depois de o prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), ir às suas redes sociais queixar-se da superlotação do hospital municipal da cidade que administra e da falta de vagas em hospitais de referência, regulados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), os pacientes do hospital de Ivinhema conseguiram vaga em outras cidades, como Dourados, Campo Grande e Nova Andradina. Eles chegaram a esperar mais de 10 dias por um leito.

“Depois da live que eu fiz (no Instagram), eles atenderam o meu pedido”, afirmou Juliano Ferro ao Correio do Estado. 

O prefeito se autodeclara “o prefeito mais louco do Brasil” em suas redes sociais. Só no Instagram, por exemplo, ele tem quase 1 milhão de seguidores e já chegou a atingir, em apenas um mês, mais de 20 milhões de impressões com seu conteúdo.

Na live em que mostrou pacientes de sua cidade aguardando há dias por cirurgias ortopédicas e cardíacas, por exemplo, Juliano Ferro queixava-se do atraso de um repasse de R$ 4,5 milhões, que, segundo ele, teria sido prometido pelo governo de MS.

“Já saiu do mundo, mas eu temo que o problema se repita lá na frente”, afirmou. “Em fevereiro prometeram R$ 4,5 milhões, agora já estão falando em R$ 3 milhões”, disse.

A SES emitiu nota após a reclamação de Juliano Ferro. Afirmou que a regulação das vagas no município de Ivinhema cabe ao polo do município de Dourados. “Todavia, estamos apurando a situação real junto à macrorregião para adequação à necessidade do caso específico”, informou.

Na mesma nota, o órgão do governo de Mato Grosso do Sul informou que está em andamento o repasse de R$ 3 milhões, por meio de um convênio, para o município, e que, desde o início da gestão de Riedel, Ivinhema já havia recebido aproximadamente R$ 15 milhões para o hospital.

A live

Na terça-feira (19), Juliano Ferro, o “mais louco do Brasil”, gravou um vídeo dentro e fora do hospital e não poupou palavras para criticar a SES, culpando-a pelo caos na saúde do município.

“Chegou a um ponto que não tem como eu não falar mais”, declarou o prefeito, afirmando que sua atitude reflete a realidade de diversas outras cidades do Estado. Eu recebi ligação de mais de 20 prefeitos dizendo que estão com a mesma situação que Ivinhema. É que as pessoas às vezes não querem levar a sua cara e não querem se expor, mas eu não vou ficar apanhando da população por uma atribuição que não é do município”, afirmou.

 

 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).