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PODE PIORAR

Incêndios no Pantanal podem ser agravados pelo clima do Estado nas próximas semanas

As temperaturas podem chegar a até 41ºC na região, com a umidade relativa do ar abaixo dos 12%

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A mudança brusca de temperaturas que aconteceu na última semana em Mato Grosso do Sul preocupa a equipe da Operação Pantanal II.  

Os focos de incêndios florestais na região foram controlados no período de chuva, mas as altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, previstas para as próximas duas semanas em todo Estado pode reverter a situação.  

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) o acumulado de chuva entre os dias 21 a 27 de agosto em Mato Grosso do Sul foi de 15 milímetros. Até o dia 13 de setembro não há expectativa de chuva devido a uma massa de ar seco.  

“No Pantanal vamos ter temperaturas muito altas, de até 41ºC e a umidade relativa do ar deverá estar em situação crítica em praticamente todo o Estado. Em algumas áreas, como o Nordeste e Norte, a umidade pode ficar abaixo de 12%, representando riscos à saúde e de incêndios”, informou Franciane Rodrigues, coordenadora do Cemtec.

O secretário Jaime Verruck, da Semagro, afirmou que o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), da UFRJ, tem auxiliado o Governo do Estado a dimensionar a situação dos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul.

“O Ministério da Defesa e o Ibama continuam nos apoiando e agora estamos concentrando esforços para apoiar o Mato Grosso, onde a situação é crítica devido à falta de chuvas na região. No Pantanal, os produtores estão agindo para compensar a escassez de água, perfurando poços para manter a atividade pecuária. Nosso alerta continua para o fato de todo tipo de queimada é ilegal nesse momento, seja rural ou urbana”, afirmou.

O tenente-coronel Moreira, do CBM-MS, explicou que as chuvas no início da semana impactaram na redução dos incêndios na região e que agora os focos estão concentrados no Mato Grosso, na região de Poconé, onde não choveu.

“Durante a semana, os focos no Pantanal foram extintos. A chuva não foi suficiente, mas permitiu o rescaldo e a atuação em áreas nas quais havia risco de reignição. Mas os incêndios não conhecem fronteira, por isso é necessário o nosso apoio”, ressaltou.

Queimada histórica  

Já foram 4.363 focos de incêndios florestais em Mato Grosso do Sul somente no mês de agosto deste ano, e as perspectivas não são animadoras, de acordo com o tenente-coronel Moreira. 

“De janeiro a agosto de 2020 já temos o maior número de incêndios dos últimos 10 anos e o mês de setembro ainda pode ser igual a agosto. Conforme os dados do Lasa, o Pantanal é hoje o 4º bioma brasileiro em número de focos de incêndio no país, mas devido à sua extensão, é o que mais foi impactado em termos de área”, informou.

Hoje, os focos de incêndio em Mato Grosso do Sul ainda se concentram no Pantanal, sendo 80% deles nos municípios de Corumbá e Porto Murtinho.  

“Na região de Porto Murtinho temos a Terra Indígena Kadiwéu, que é a que mais tem focos de calor no país. Segundo o Lasa, o fogo já atingiu 24% desse território. Já Corumbá é o município com o maior número de focos no país”, finalizou Moreira.

Até o mês de agosto, 1.778 milhão de hectares foram atingidos pelos incêndios florestais no Pantanal. Sendo 798 mil hectares no Mato Grosso e 980 mil hectares em Mato Grosso do Sul, de janeiro a 23 de agosto de 2020. Veja aqui o balanço do Corpo de Bombeiros com os registros de incêndios neste ano.

A Operação é comandada pela Marinha em Ladário, pelo contra-almirante Sérgio Gago Guida, em parceria com os governos estaduais de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, por meio do Corpo de Bombeiros dos dois estados, com o apoio dos brigadistas do Ibama/Prevfogo, Defesa Civil, PMA, militares da Marinha e apoio logístico do Exército Brasileiro.

Veja

Com recesso de fim de ano, Detran-MS adota escala diferente de atendimento

Funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro

21/12/2025 09h00

Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) manterá o atendimento presencial nas agências de todo o Estado somente entre as segundas e terças que antecedem o Natal e o Ano-Novo.

Conforme a escala especial de fim de ano, o funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro, no horário regular das unidades: das 7h30 às 11h30 e das 12h30 às 16h30, com exceção das agências instaladas em shoppings, que seguem horários diferenciados.

De acordo com o Decreto “E” nº 2, de 16 de janeiro de 2025, não haverá expediente nas repartições públicas estaduais nos dias 24 (quarta-feira), 25 (quinta-feira) e 26 de dezembro (sexta-feira), em razão do feriado de Natal e de pontos facultativos. Também não haverá atendimento presencial no dia 31 de dezembro (quarta-feira).

Já o Decreto “E” nº 46, de 24 de novembro de 2025, que estabelece os feriados e pontos facultativos de 2026, define o dia 1º de janeiro (quinta-feira) como feriado nacional e o dia 2 de janeiro de 2026 (sexta-feira) como ponto facultativo.

Durante os dias sem expediente presencial, o Detran-MS seguirá oferecendo serviços digitais à população. Será possível realizar consultas e emitir guias por meio do Portal de Serviços Meu Detran, do aplicativo Meu Detran MS e da atendente virtual Glória, disponível via WhatsApp pelo número (67) 3368-5000.

O órgão alerta ainda para o funcionamento do sistema bancário no período. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no Natal de 2025 os bancos não abrem no dia 25 de dezembro e, no dia 24, funcionam em horário reduzido, até as 11h. No fim de ano, as instituições financeiras não terão expediente no dia 31 de dezembro e no dia 1º de janeiro, retomando o atendimento normal nos dias úteis entre os feriados.

A orientação do Detran-MS é que os usuários se programem com antecedência para pagamentos e cumprimento de prazos, evitando transtornos durante o período de recesso.

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"Mais louco do Brasil" recebe ultimato para combater megaerosão

Justiça impôs multa diária de R$ 100 mil caso o prefeito de Ivinhema e a Agesul não tomarem providências para combater erosão

20/12/2025 19h30

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica Ivinotícias

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Apesar de uma gigantesca erosão estar ameaçando destruir uma rodovia estadual, a MS-141, que está sob a responsabilidade do Governo do Estado, o prefeito Juliano Ferro, que se autodenomina "o mais louco do Brasil, também recebeu um ultimato da Justiça para que tome providências para tentar acabar com o problema. 

Segundo denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, a erosão ocorre porque falta drenagem no conjunto habitacional Salvador de Souza Lima e no Residencial Solar do Vale. A água destes dois bairros acabar descendo pela margem da MS-141, na saída de Ivinhema para Angélica, e provoca a erosão que se estende por cerca de 3,8 quilômetros.

E, por conta do risco de acidentes e por causa do grande volume de terra que foi arrastado para propriedades rurais vizinhas, a Justiça determinou multa diária de R$ 100 mil para a prefeitura, a Agesul (resposponsável pela manutenção da rodovia) e ao Governo do Estado caso não adotem medidas imediatas para conter a erosão. 

Mesmo com liminar anteriormente deferida, as fortes chuvas das últimas semanas agravaram o cenário e ao longo da última semana a promotoria realizar novas diligências no local e voltou à Justiça para exigir a imposição da multa, no que foi atendida..

Durante as vistorias, foram identificadas valas com cerca de 10 metros de largura e até dois metros de profundidade às margens da rodovia, além da exposição de tubulações de esgoto, que ficaram vulneráveis a rompimentos. 

De acordo com a promotoria, a situação representa risco concreto e iminente de acidentes de grandes proporções, inclusive com possibilidade de vítimas fatais, em um trecho por onde trafegam diariamente ônibus, veículos leves e caminhões pesados.

Diante dos novos fatos, o Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki peticionou nos autos destacando a piora do quadro e a ameaça à segurança viária, à saúde pública e ao meio ambiente.

Ao analisar os documentos e fotografias apresentados pelo MPMS, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches acolheu os pedidos e determinou que os requeridos iniciem, em até cinco dias, ações emergenciais para conter o escoamento das águas pluviais, realizem a manutenção dos sistemas de drenagem e apresentem, em até 60 dias, relatório técnico com as providências adotadas e os resultados obtidos.

Além da atuação judicial, o MPMS também dialogou com proprietários rurais afetados pelos danos, esclarecendo que prejuízos patrimoniais individuais poderão ser objeto de reparação específica.

Por conta desta terra e de outras erosões, o Córrego Piravevê, que desemboca no Rio Ivinhema e separa os municípios de Angélica e Ivinhema, praticamente desapareceu. O leito foi completamente tomado pela terra e a promotoria também já recorreu à Justiça para tentar obrigar a prefeitura e o Governo do Estado a fazerem a recuperação.

O Correio do Estado procurou o prefeito Juliano Ferro em busca de informações para saber se alguma providência já foi adotada nos dois bairros que dão origem à erosão, mas ele não deu retorno. 

 

 

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