Criança teve parada cardiorrespiratória e família contestou causa indicada na certidão de óbito, sendo autorizada a exumação para apurar o caso
Uma bebê de 9 meses, identificada como Maria Hellena Lopes Gomes, que morreu no dia 29 de abril em Paranaíba, teve o corpo exumado para investigação, após a família contestar a causa da morte indicada na certidão de óbito.
A menina morreu na Santa Casa de Paranaíba, onde estava internada devido a um quadro de febre que não baixava.
De acordo com o site local Interativo MS, a mãe relatou que a criança tomou duas vacinas dias antes, sendo uma de gripe e uma relativa a idade, tendo apresentado febre e sendo levada para o hospital, onde foi medicada e recebeu alta.
Na madrugada do dia 29, a criança novamente teve febre que não baixava e a mãe a levou novamente até a unidade de saúde.
Ainda segundo os relatos, foram feitos vários exames, entre hemograma, urina e raio-x, que não indicaram qualquer alteração, mas a menina foi mantida sob observação e com prescrição de medicação para baixar a febre.
Na troca de plantão, uma enfermeira trocou a medicação e ministrou dipirona intravenosa na criança. Pouco depois, a a mãe disse que percebeu que algo estava errado ao pegar a menina no colo e notar que ela estava roxa.
A criança teve parada cardiorrrespiratória e houve tentativa de reanimação por cerca de 40 minutos, mas Maria Hellena não resistiu e faleceu.
A certidão de óbito da bebê indicou como causa da morte insuficiência respiratória e pneumopatia, mas a família discorda do laudo, afirmando que todos os exames realizados não apresentaram alteração e nenhum diagnóstico de doença.
Mesmo com a contestação, a menina foi velada e enterrada no dia 30 dia de abril.
Exumação
Porém, como houve registro de boletim de ocorrência, a Polícia Civil autorizou, na última sexta-feira (9), a exumação do corpo para esclarecer a causa da morte.
O corpo foi encaminhado para Cuiabá, onde passará por perícia e demais análises necessárias que possam indicar a causa do falecimento.
Em nota encaminhada a imprensa, o hospital informou que a criança foi atendida e evoluiu para óbito e que o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) por ser uma morte de causa suspeita, não natural e não esperada.
"A legista que realizou o procedimento necroscópico encontrou alterações na criança envolvendo a parte respiratória", diz a nota.
O hospital finalizou dizendo que a conduta é aguardar o trabalho do IML e que depende dos exames para esclarecer a causa do óbito.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.