Conhecida como La Brysa, a jovem Laysa Moraes Ferreira, de 30 anos, foi encontrada morta nesta quinta-feira (09), às margens do rio Cuiabá. Nas redes sociais, amigos chegaram a compartilhar a publicação da polícia civil sobre o desaparecimento.
Entre os diversos prêmios que conquistou, assim como o respeito na rua, está o Batalha Vai Ser Rimando, organizado pelo rapper Emicida em seu canal da Twitch.
Segundo informações do site Gazeta Digital, além de cantora, a jovem trabalhava em uma rede de fast food em Cuiabá. De acordo com a polícia local, ela foi vista pela última vez no Bairro Santa Isabel, região em que residia.
A rapper Laysa Moraes Ferreira, mais conhecida como La Brysa, foi encontrada morta nesta quinta-feira (09), às margens do Rio Cuiabá, na capital mato-grossense.
Desaparecida desde o dia 3 de janeiro, o caso estava sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ela foi vista pela última vez no Bairro Santa Isabel, onde morava.
O corpo estava enrolado em um tapete e foi encontrado por um pescador, que acionou o Corpo de Bombeiros. A causa da morte será determinada pela perícia.
Artista de MS
Natural de Três Lagoas, chegou a residir por algum tempo em Campo Grande, onde mostrou talento como poetisa e compositora. Apontada como “um dos nomes do freestyle do Centro-Oeste”, tem 12 anos nas rimas e 8 nas batalhas, segundo descreveu o Cenário das Batalhas.
Iniciou a carreira em 2016 e venceu a primeira batalha em que rimou. Esteve envolvida com o movimento The Big Cypher of Campão, em Campo Grande, onde residiu e conquistou vários títulos, entre eles as categorias Sangue e Conhecimento da Liga Breaking, e a Batalha do Conhecimento do MST.
“A artista também é semifinalista estadual e tem seu próprio canal no YouTube e em todas as plataformas digitais, sendo pioneira nas Cyphers femininas em seu estado. La Brysa lançou um EP e vários singles, influenciando a cena hip hop do Mato Grosso, como a Cypher Resistência e Resiliência. Atualmente, a MC residia em Cuiabá e foi semifinalista da Alencastro 9 Anos, sendo recorrente no topo do ranking da maior batalha do estado”, diz o post fixado no Instagram da MC.
Cena em Campo Grande
A produtora cultural Luanna Peralta, que teve o único vagão ativo na Orla Morena, contou à reportagem do Correio do Estado que conheceu La Brysa no antigo Laricas Cultural e a descreveu assim:
“Conheci La Brysa no meu antigo espaço Laricas Cultural! La Brysa foi uma mulher potente, uma MC zica. A vi batalhar várias vezes e ser a única mina no meio de tantos caras. Uma mina que enfrentou o machismo na cena das batalhas e mostrou quem era, deixando muito homem no chinelo! É doloroso ver uma mana tão jovem partindo. É triste, é inconsolável compreender que vivemos nesse mundo! Desejo todo conforto à família e aos amigos”, lamentou Luanna.
Vakinha
Uma vakinha está sendo organizada por amigos para ajudar Jéssica Moraes de Souza Silva, a mãe de La Brysa, a ir até Cuiabá (MT). Transferências em qualquer quantia podem ser feitas pela chave Pix: [email protected].