Cidades

ENTREVISTA

Retomada de shows e eventos entra no radar do governo

A retomada das atividades, à medida que a pandemia perde força, também chamada de "Plano Riedel", prevê diversas ações nas áreas econômica e social

Continue lendo...

Nos oito anos de mandato do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o trabalho de Eduardo Riedel sempre foi muito além dos cargos que ocupou na administração estadual, em que já foi o secretário de Governo e Gestão Estratégica. 

Atualmente na Secretaria de Infraestrutura, Riedel foi incumbido pelo governador a executar um ousado plano de retomada econômica e social, e por isso voltou a ser o encarregado pelo Prosseguir, responsável pela gestão da pandemia de Covid-19.

O que muitos têm chamado de “Plano Riedel”, consiste em ações para estabelecer critérios para o controle da Covid-19, distribuição estratégica das vacinas disponibilizadas ao Estado e também para ajudar setores prejudicados pela pandemia, como os de bares, restaurantes, guias turísticos e também a classe artística.

Na agenda de Riedel também está a retomada de eventos de negócios e também de entretenimento.

A ação de retomada também ocorre na área social: o Estado começou a pagar neste mês a ajuda de R$ 200 para famílias carentes comprarem alimentos e produtos de subsistência, e já planeja o retorno dos 240 mil alunos às escolas no dia 2 de agosto, algo que, segundo ele, é uma medida praticamente irreversível.

CORREIO PERGUNTA 

Como foi a criação do Prosseguir e como é retornar à gestão dele?  

EDUARDO RIEDEL

Como disse a Dra. Christine Maymone (secretária ajunta de Saúde), o bom filho à casa torna. Antes de falar sobre o meu retorno, quero resgatar um pouco da história do Prosseguir.

Quando veio a pandemia, em 2020, eu estava na Secretaria de Governo, e existiam muitos achismos sobre quando se deve fechar ou abrir. 

A pandemia mexe muito com a percepção das pessoas, e também havia um desconhecimento muito grande. Observamos o que ocorreu na China, na Europa, e aquilo foi muito forte em todo mundo. 

E aí surgiu na Secretaria de Governo um debate para criarmos critérios objetivos para pautar nossas decisões. Foi uma forma de deixarmos os pitacos de lado e usarmos os dados e a ciência para tomarmos uma decisão.

O Prosseguir foi gerido para que a gente tivesse um ambiente mais técnico, mais pautado no científico, para a gente orientar os municípios, o próprio Estado, e com uma premissa muito simples. A gente não queria entrar em um cabo de guerra.

Um dos grandes legados do Prosseguir foram as relações construídas com os municípios, no âmbito técnico da saúde e no âmbito político, porque as decisões pertinentes à área econômica foram muito politizadas. 

O prefeito vai mandar fechar tudo? Ou vai mandar abrir tudo? 

Nenhum dos dois. Prefeito não manda abrir nem fechar, quem orienta é o Prosseguir. E o programa ganhou esse statos. O Prosseguir funcionou como uma régua para a tomada de decisões.

Costumo dizer que a gestão da pandemia é dedo no pulso, mede o tempo todo, e a gente vai definindo as ações conforme as medições.  

A pandemia chegou a um nível menos assustador que nos primeiros seis meses deste ano. O que muda de agora em diante?

A vacina será a grande variável do Prosseguir de agora em diante. Porque, a partir dela, temos um novo cenário, do qual estamos nos antecipando. Agora, vamos também focar nos outros dois tripés do programa. O primeiro, que todos conheceram em um primeiro momento, é a saúde. Os outros dois são a área social e a econômica.  

Os novos programas lançados nos últimos dois meses integram este novo cenário da gestão da pandemia no Estado?

Sim. Na área social começamos a atuar com o Programa Mais Sociais. Os cartões começaram a ser entregues neste mês. 

O dinheiro (uma bolsa de R$ 200 para cada família) já está na conta e será também muito importante para o comércio. São R$ 20 milhões em circulação, na mão de quem mais precisa: a pessoa que está no bairro e vai à vendinha da esquina comprar o óleo, macarrão, açúcar, arroz e feijão, bolachinha para o filho...  

Funciona também como incentivo ao pequeno comerciante?

Exatamente. Houve uma pergunta muito interessante, de uma senhora que recebeu o dinheiro. Ela me perguntou se poderia comprar gás com o valor recebido. Respondi que, se for vendido no supermercado ou na venda da esquina, pode, sim, comprar.

Daí ela me perguntou: posso comprar no posto de gasolina? E eu disse que não, que tem de ser em um estabelecimento credenciado. Em minha opinião, é um modelo muito melhor do que entregar a cesta básica, dá liberdade de escolha à pessoa.

É importante destacar que é um cartão de altíssima credibilidade, do Banco do Brasil e com a bandeira da Visa.  

E sobre os outros projetos aprovados recentemente para os setores de turismo, bares e restaurantes, quando a ajuda começa a chegar aos interessados?

Devem entrar em operação até o fim de agosto, e explico o motivo: temos uma regulamentação a ser feita após a aprovação da lei que está em andamento. Isso estou acompanhamento pari passu. Aliás, este também foi um dos motivos que me levaram de volta ao Prosseguir, a pedido do governador.

Ele me disse: olha Riedel, você montou esse programa, assume de volta. É hora de prosseguir com a economia, prosseguir com a vida, em todos os sentidos.

Voltando aos programas lançados e aprovados recentemente, temos algumas ações que parecem simples, mas que na verdade não são. Por exemplo: R$ 600 por artista durante três meses. 

Ok, mas como eu pago? E para quem eu pago? E se uma pessoa chegar amanhã na Fundação de Cultura e cobrar: cadê os meus R$ 600?. Temos de ter critérios objetivos para identificar quem realmente é artista. 

Estamos terminando a elaboração de uma plataforma on-line, com todos os artistas que já estão pré-cadastrados pela Lei Aldir Blanc, no fim do ano passado e vamos reativá-la. Temos ali uma série de regras para quem está apto a receber. E é uma forma de se fazer chegar na ponta final, e proteger o programa. Proteger quem tem de receber e o programa.

E quanto ao setor do turismo?

A situação é semelhante. Esse critério que utilizamos para os artistas, para encontrar quem de fato precisa do benefício, vale para os guias turísticos, para o pessoal das agências de turismo. 

Quanto ao desconto no IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), será cadastrado no ano que vem para os veículos vinculados às agências. 

Quanto ao desconto no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) são duas naturezas, e disso a Secretaria de Fazenda já está tratando, para zerar a alíquota para quem é do setor e está enquadrado no Simples Nacional e reduzir 7% para 2% para as empresas maiores. São ajudas substanciais e muito impactantes.  

E sobre o retorno das aulas no dia 2 de agosto? É algo irreversível?

Não adia mais. Apesar de termos os xiitas do abre tudo e os xiitas do fecha tudo e, além disso, temos uma consequência deste longo período sem aula presencial, que é o prejuízo causado às crianças e às famílias, os professores estão vacinados, boa parte da população está vacinada, nós vamos retomar aula com segurança e com biossegurança. 

Neste momento, fala mais alto o interesse coletivo, e não o interesse de um determinado segmento.  

Como vocês esperam que o aluno virá?

Quando entramos no Estado em 2015 tínhamos mais de 300 mil alunos, e hoje temos 240 mil alunos. O que ocorreu para que houvesse essa redução? Alguns movimentos do tipo: geração nem-nem (nem estuda, nem trabalha), temos uma perda para escola privada e que na pandemia teve um movimento inverso. 

Além de tudo isso, durante as aulas remotas, tivemos uma completa mudança de paradigma: temos 8% dos nossos alunos que tivemos dificuldade de encontrá-los, de fazer com que ele interagisse com a escola.

Em março de 2020, chegamos aos 240 mil alunos e falamos: vocês não poderão ir à escola. E, depois, o que faríamos? Pusemos à disposição para eles televisão, internet, os ônibus iam para zona rural para levar cadernos e materiais. 

Além disso, procuramos a Google e a Microsoft para poder modernizar. Eu trabalhei muito com a Maria Cecília (secretária de Educação), para modernizarmos as plataformas de acesso, para mantermos 92% dos alunos ativos. Queríamos todos interagindo, mas considerando o todo, os 8% representam um porcentual muito pequeno de ausência.

E o retorno, como será?

Como em todos os setores da economia e da sociedade, vamos seguir os critérios do Prosseguir. O número de alunos em sala de aula fica vinculado à cor da bandeira, com uma escala de presença compatível com o grau de risco.  

Outros estados estão planejando vacinar adolescentes. Aqui também?

Aqui também. Esta discussão está aberta. Mas nós temos um caminho a percorrer ainda. Eu não posso vacinar um adolescente antes de vacinar alguém de 30 anos. Mas nós também podemos conseguir um extra de vacinas para vacinar adolescentes em algumas regiões, como a de fronteira? Aí seria um extra.

E quanto a retomada de eventos, como shows?

Isso está no radar do Prosseguir. A questão agora não é quando, é como. Por exemplo, eventos de negócios, estamos discutindo fortemente. Se há um salão muito grande, para 3 mil pessoas e vai fazer um evento para 300. Por que não? Desde que tenha distanciamento e outras medidas de biossegurança.

O Prosseguir tem uma inteligência, que ele tem de ir se adaptando, discutindo com os setores. Essa é uma característica: ouvir. 

Esse pacote que lançamos para apoiar o setor de bares e restaurantes e o turismo foi assim: ouvindo. Fiz umas cinco reuniões com grupos de bares e restaurantes, cultura e empresários. Sentei em pizzaria, conversa com um, conversa com outro. 

Para os eventos, é a mesma coisa. Eu acho que retomamos neste ano, mas não vou ser leviano e nem colocar uma posição sem a responsabilidade antes analisarmos os números da saúde. Hoje, ainda não temos uma posição, hoje, ainda não dá para falar que vai liberar tudo.  

Durante toda a vigência do Prosseguir, o programa também recebeu muitas críticas em alguns momentos. O que diz delas?

Você fica sob a crítica e a solicitação dos grupos de interesse. Todo grupo de interesse tem seu argumento, que não é invalidado. De novo: quando se coloca sob uma ótica mais ampla, das diferentes áreas que atingem uma pandemia, nós temos elementos muito sólidos para defender o que foi colocado pelo Prosseguir. 

Se você olhar todos os estados brasileiros e o que nós construímos nessa linha do equilíbrio, perceberá que nós nunca fizemos um lockdown. 

Nunca tivemos um “fecha tudo” no Estado. Nós tivemos o momento mais crítico de 2 mil contaminações por dia, 60 mortes diárias e a recomendação era: no máximo às 20h vão para casa, façam o que tiver de fazer antes, com todos os protocolos, mas nunca foi um “fecha tudo”. Passamos por esse momento difícil.

A gente apostou nos protocolos de segurança, nos horários de restrição. Não entramos na seara do município, a gente não vai “prefeitar”. Nós recomendamos, e cada município avalia como conduz seus problemas.  

Falando agora de política. Recentemente, o governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, João Doria, esteve em Campo Grande para pedir apoio do partido. Como o PSDB local se posicionará nestas prévias?

O PSDB local tomou a decisão de ouvir os pré-candidatos à prévia e depois se reunir em uma discussão de opinião. Eduardo Leite ainda vem, Doria já veio, e ainda não sabemos se Arthur Virgílio e o Tasso Jereissati virão.  

E em uma eventual candidatura sua a governador, qual seria o perfil do vice ou da vice?

Se tem uma característica que eu destacaria seria uma pessoa moderna, com pensamento atual, desenvolvimentista, que complemente, que ajude. Acho que o vice tem um papel importante em uma eleição majoritária, que é o de apoiar e ajudar. Tem de ir além dos estatutos e da função de mera substituição do titular. 

É uma construção de times, de ideias, de convergência. Temos de ter uma linha. Não pode ser uma linha antagônica, tem de ser uma linha complementar.  

E a polarização que o Brasil vive, ajuda ou atrapalha na campanha de 2022?

A gente não sabe quem serão os candidatos à Presidente. Existe uma polarização? Existe. Aqui, a nossa linha a gente conhece: temos de pensar no Estado, e sermos eficientes. Está muito difícil de maneira mais apropriada, em um ambiente muito polarizado como o nacional, entre os extremos da direita e da esquerda. 

Aqui, nós vamos fazer a discussão de Mato Grosso do Sul. Com todos os atores que tiverem neste processo e com aliados que sejam complementares e que tiverem propósitos alinhados com o nosso.

Assine o Correio do Estado

SAÚDE

Mato Grosso do Sul tem três casos confirmados da gripe K

Casos foram confirmados em Campo Grande (1), Nioaque (1) e Ponta Porã (1)

20/12/2025 12h00

UPA Tiradentes em Campo Grande

UPA Tiradentes em Campo Grande MARCELO VICTOR

Continue Lendo...

Ministério da Saúde confirmou três casos da gripe K, nesta sexta-feira (19), em Mato Grosso do Sul.

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MS) identificou a presença do vírus e enviou a amostra para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo (SP), onde positivou para o subclado K da Influenza A (H3N2).

Os casos foram confirmados em Campo Grande (1), Nioaque (1) e Ponta Porã (1). Os infectados são:

  • bebê de cinco meses, do sexo feminino
  • mulher de 73 anos
  • homem de 77 anos

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS), dois pacientes não apresentavam comorbidades, enquanto um possuía histórico de hipertensão e diabetes.

Apenas um dos casos evoluiu para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com necessidade de internação hospitalar. Atualmente, todos já estão bem, já se recuperaram e estão em casa.

Os três pacientes não possuem registro de viagem internacional, contato com viajantes ou relato de deslocamento para outros estados.

Até o momento, quatro casos foram confirmados no Brasil, sendo três em MS e um no Pará. Após a confirmação, a SES-MS emitiu alerta epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do Estado.

Veja a nota compartilhada pelo Ministério da Saúde:

"Ministério da Saúde intensificou as ações de vigilância da Influenza A (H3N2), em especial do subclado K, que, na América do Norte, tem sido mais frequente em países como Estados Unidos e Canadá. A medida ocorre em resposta ao alerta epidemiológico emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), que aponta aumento de casos e de internações por gripe em países do hemisfério norte associados a esse vírus, incluindo países da Europa e da Ásia.

No Brasil, até o momento, foram identificados quatro casos do subclado K: um importado, no Pará, associado a viagem internacional, e três no Mato Grosso do Sul, que seguem em investigação para confirmação da origem. A amostra do caso do Pará foi analisada pela Fiocruz/RJ, laboratório de referência nacional, enquanto as amostras do Mato Grosso do Sul foram processadas pelo Instituto Adolfo Lutz (SP). Nas duas situações, os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) dos respectivos estados identificaram a presença do vírus e enviaram para os laboratórios de referência nacional para sequenciamento, conforme os protocolos da vigilância".

Veja a nota compartilhada pela SES-MS:

"A SES (Secretaria de Estado de Saúde) informa que, considerando a Nota do Ministério da Saúde e o Alerta Epidemiológico emitido pelo Estado, foram detectadas três amostras do subclado K da Influenza A (H3N2) em Mato Grosso do Sul. Ressalta-se que não se tratam de casos suspeitos, uma vez que todos já foram confirmados laboratorialmente por meio de vigilância genômica. As amostras foram inicialmente processadas pelo Lacen/MS (Laboratório Central de Saúde Pública), que identificou a presença do vírus Influenza A. Conforme os protocolos estabelecidos pela vigilância em saúde, as amostras biológicas foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz (SP), laboratório de referência nacional, onde foi realizado o sequenciamento genético que permitiu a identificação do subclado K, uma variante do vírus Influenza A (H3N2).

Quanto à existência de casos suspeitos no estado, a SES esclarece que não é possível afirmar com precisão, uma vez que a Influenza A (H3N2) é um vírus que já circula regularmente. Pessoas com síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave podem estar infectadas por diferentes vírus respiratórios, como Influenza A (H1N1 ou H3N2), Influenza B, covid-19 ou outros agentes. A identificação do subclado ou da variante do vírus somente é possível por meio do sequenciamento genético, realizado no âmbito da vigilância laboratorial. Diante da confirmação dos casos, a SES, por meio da Coordenadoria de Emergências em Saúde Pública, emitiu Alerta Epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do estado".

GRIPE K

Gripe K é uma variação genética da Influenza A (H3N2) e não se trata de um vírus novo.

As vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protegem contra formas graves de gripe, inclusive as causadas pelo subclado K.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o subclado K tem apresentado crescimento acelerado na Europa e Ásia.

Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum:

  • febre
  • dor no corpo
  • dor de cabeça
  • dor de garganta
  • tosse
  • cansaço
  • falta de ar

As principais formas de evitar a doença são:

  • vacinação
  • ventilação de ambientes
  • uso de álcool gel
  • higienização das mãos
  • uso de máscara para pessoas infectadas

Até o momento, não há indícios de gravidade ou alarmismo. 

CEIAS DE FIM DE ANO

Procon aponta diferença de até 220% em itens da ceia de Natal e do Ano Novo

Confira as variações de preço dos produtos que compõem as ceias das datas comemorativas

20/12/2025 11h30

Itens de ceias de final de ano apresentam variações de preço em pesquisa feita pelo Procon em oito mercados diferentes da Capital

Itens de ceias de final de ano apresentam variações de preço em pesquisa feita pelo Procon em oito mercados diferentes da Capital Divulgação

Continue Lendo...

Com fim de ano se aproximando e o 13º na conta, o momento é de ir às compras pensando na ceia de natal e também do ano novo. Acontece, que os preços dos produtos tradicionais que compõem as refeições de celebração das datas, teve variação de até 220%.

A pesquisa realizada pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado, o Procon-MS, identificou os alimentos e bebidas tradicionais de ambas as datas, e avaliou as variações dos preços dos itens.

Com o objetivo de auxiliar os consumidores no planejamento das festas de fim de ano, o levantamento aconteceu nos dias 15 e 16 de dezembro, em oito comércios de Campo Grande.

Os itens pesquisados foram os mesmos produtos para ambas as ceias, com exceção do panetone que está apenas na lista da refeição natalina. No restante, a divisão foi:

  • aves e carnes;
  • leguminosas e mercearia;
  • frutas secas e em caldas;
  • queijos, azeitonas e salames;
  • hortifruti e hortaliças;
  • e bebidas;

Natal

Para a primeira ceia, tradicionalmente realizada na noite do dia 24 para o dia 25, ou mesmo no almoço do dia 25, os itens: peru, chester, tender, pernil e linguiça formam a categoria de carnes.

Entre as opções apresentadas, algumas não tiveram variação de preço, como o tender suíno sem osso da marca Perdigão, e o pernil sem osso e com osso, das marcas Seara e Perdigão, respectivamente.

No entanto, as opções com menor preço de cada item foram: linguiça calabresa (Sadia) - R$ 7,99; pernil suíno c/ osso - R$ 18,99 e pernil suíno s/ osso - R$ 32,90 (ambas da marca Aurora); tender suíno s/ osso (Aurora) - R$ 49,90; peru temperado (Aurora) - R$ 19,98; e chester - R$ 32,98 da marca Perdigão (única na tabela deste item).

Nos produtos de leguminosas e mercearia foram pesquisados os itens: lentilha, grão-de-bico, farofa temperada e biscoito de maisena.

Destes produtos, a lentilha da marca Ponzan é a que aparece com menor variação de preço, de uma rede de comércio para outra. Entre as opções, a lentilha com menor preço é da marca Yoki - R$ 8,99 com 400g; grão-de-bico com 400g (Ponzan) - R$ 8,49 e com 500g  - R$ 10,89 (Donana); farofa temperada com 400g - R$ 3,29 (Ponzan); e biscoito maisena de 350g - R$ 5,49 (Marilan) e de 345g - R$ 3,99 (Dallas).

O queridinho do natal, os panetones, foram avaliados o produto tradicional com frutas cristalizadas de 6 marcas e também a variação, o chocotone, das mesmas marcas.

Tradicional panetone com frutas cristalizadas, com 400g, duas marcas não tiveram variação de preço nos mercados, sendo o menor custo R$ 17,99, da marca Visconti. Porém o panetone com menor preço é da marca Romanato, custando R$ 9,90.

Já os chocotones, todos com 400g, apenas uma marca não apresentou variação nos mercados, custando R$ 10,90 (Festtone), apesar de não ter variação, a marca é a segunda com menor preço. A primeira foi o chocotone da marca Romanato, com valor de R$ 9,90.

Na área de frutas secas e em caldas, a maior variação foi a de castanha do pará com casca, com 220% de um mercado para outro. O produto apresentou valores entre R$ 29,95 e R$ 95,90. O item da marca Mape, teve variação de 0%, mantendo o preço em R$ 29,95, sendo o menor.

O menor preço das uvas passas, tanto a escura quanto a branca, ambas com 300g, foi da mesma marca (Kelli): escura - R$ 3,50 e branca - R$ 6,79. Nozes com casca teve variação de 8,91%, sendo R$ 45,90/kg o menor preço.

Entre as frutas em caldas, a maior variação foi do pêssego, de 110,42%, da marca GB, o item também apresentou o menor preço das frutas em caldas pesquisadas, que foram: abacaxi, figo e cereja.

Os frios, da seção queijos, azeitonas e salames, 7 marcas não tiveram variação entre os mercados. O menor preço entre os tipos de queijo, foi o da marca Buritis: Queijo tipo Reino com 180g - R$ 17,99. No levantamento, o queijo provolone, e variações de 170g, 300g e por quilo também fizeram parte.

Salame italiano de 100g, o menor preço foi R$ 8,99, da marca Seara, também com a maior variação de um mercado para outro, com 88,99%. Dos itens azeitonas, a maior variação de 93,03%, mas também com menor preço foi a azeitona preta com caroço 200g, da marca La Violetera - R$ 15,49. Além da azeitona verde com caroço de 500g, da marca Donana - R$ 17,95

Da área hortifrúti e hortaliças, os itens pesquisados foram: abacaxi pérola, uva com e sem semente, melancia, pêssego nacional, maçã nacional e importada, banana-da-terra e salsão. O último teve o menor preço por maço de R$ 9,99.

A maior variação foi da uva Niágara rosada, com 178,295, sendo o menor preço R$ 8,98 e o maior R$ 24,99. Dessa seção, o item com menor preço foi a melancia, custando R$ 1,99/kg. As demais frutas tiveram seu menor preço da seguinte forma:

  • abacaxi - R$ 4,69 a unidade; 
  • uva s/ semente - R$ 8,90 500g;
  • uva c/ semente - R$ 8,98 500g;
  • melancia - R$ 14,49 a unidade;
  • pêssego nacional - R$ 7,99/kg;
  • maçã - R$ 9,90/kg;
  • banana-da-terra - R$ 5,99/kg

Quanto às bebidas, as opções pesquisadas foram de cervejas, vinhos tintos e suaves. As cervejas, todas de 269 ml, o menor preço foi de 2,49, também a mesma que teve maior variação entre os mercados, de 40,16%.

Já os vinhos tintos, tanto seco, quanto suave, o menor preço foi de R$ 16,79, com variação de 36,16% nos mercados pesquisados.

Ano novo

A ceia que celebra o fim do ano e recomeço de um novo tradicionalmente posta à mesa na noite do dia 31 de dezembro para primeiro de janeiro, ou no almoço do primeiro dia do ano apresenta as mesmas variações e preços da ceia natalina, a diferença fica na adição de itens pesquisados nas aves/carnes, e nas bebidas.

Aves e Carnes

Entre as opções pesquisadas para aves e carnes, o peru, chester, tender, pernil e linguiça se mantiveram. Porém o peixe do tipo bacalhau e o lombo suíno também protagonizam algumas ceias no ano novo, e apareceram no levantamento feito pelo Procon-MS.

Na variação do prato bacalhau, três das quatro marcas pesquisadas aparecem em apenas um dos mercados, o que resultou em 0% de variação nos produtos. A que teve o menor preço foi de 600g - R$ 54,90 (Costa Sul).

Além desse, variações de 800g teve preço em R$ 64,99 (Do Porto), e também por quilo R$ 152,89 (Ling) e do peixe bacalhau por quilo sem marca R$ 109,90 em um mercado, e R$ 195,90 em outro, apresentando variação de 78%.

Outro tipo de carne que também aparece na ceia de virada do ano é o lombo suíno. O item aparece na pesquisa com 3 opções por quilo, e duas não possuem variação de preço nos mercados.

A de menor preço aparece em dois mercados com o mesmo preço, R$ 35,98 (Seara); a segunda menor aparece em apenas um mercado, com valor em R$ 38,48 (Sadia) e a terceira apresenta variação de 35% (Aurora), com menor preço sendo R$ 36,90 e o maior R$ 49,90.

Bebidas

Para as bebidas, a diferença é que no ano novo, os vinhos dão espaços às sidras e espumantes com e sem álcool. Das opções pesquisadas garrafas de 660 ml e 750 ml possuem a maior variação de 58,02%.

Entre as garrafas de 660 ml, o menor preço das sidras com álcool é R$ 11,90 (Celebrate), presente em apenas um mercado. Das opções sem álcool, o menor preço de 660 ml é o segundo menor valor entre todas, com custo de R$ 15,90 (Cereser).

Garrafas de 750 ml, com álcool o menor preço é R$ 32,90 (Salton). Quanto às opções sem álcool, a com menor custo é de R$ 16,99 (Líder), presente em apenas um mercado, e a outra tem o menor preço em R$ 22,90 (Campo Largo) em um dos 3 mercados que possuem a opção.

Recomendações

O Procon de Mato Grosso do Sul, orienta os consumidores a utilizarem a pesquisa como referência, para comparar preços, observar a gramatura dos produtos, o prazo de validade e o estado de conservação.

Secretário-executivo do Procon/MS, Angelo Motti, reforça a necessidade do planejamento para o momento.

"É primordial o planejamento prévio das compras para garantir o equilíbrio do orçamento familiar neste período de festas e evitar gastos desnecessários e o desperdício de alimentos".

Mercados

Os estabelecimentos pesquisados foram os seguintes para ambas as ceias:

  1. Fort Atacadista - Av. três Barras, nº 1499 - Vilas Boas;
  2. Supermercado Comper - Av. Mascarenhas de Moraes, nº 2470 - Cruzeiro;
  3. Supermercado Nunes - Av. Gunter Hans, nº 165 - Guanandi;
  4. Mercado Mister Junior - Av. Gal Alberto Carlos Mendonça, nº 2669 - São Conrado;
  5. Atacadão S/A - Av Duque de Caxias, nº 2270 - Santo Antônio;
  6. Assaí - Av; Consul Assaf Trad s/n - Mata do Jacinto;
  7. Hortifruti Santa Rita - Av. Guaicurus, 3111 - Vila Santo Eugênio;
  8. Arapongas Supermercado - R. Amazonas, nº 1101 - Monte Castelo,

Confira a tabela completa com produtos, mercados, preços e variações da ceia natalina: aqui; e para a ceia de ano novo: aqui.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).