Cidades

Mato grosso do sul

Riedel reafirma promessa de igualar salários de professores

Governador é categórico em dizer que o MS enfrenta um regime de restrição fiscal, sendo necessário aguardar o fim dessa dieta econômica "para dar continuidade nesse processo"

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Durante visita do Ministro da Educação do Brasil, Camilo Santana, à Escola Estadual Lúcia Martins Coelho em Campo Grande, o governador Eduardo Riedel reafirmou hoje (1°) a sua promessa de campanha de que pretende igualar os salários pagos a professores temporários e concursados em Mato Grosso do Sul.  

Segundo o chefe do Executivo de Mato Grosso do Sul, a proposta de igualar os salários "está em andamento". 

"Se você pegar o reajuste dos professores concursados, desde 2023 quando assumi, foi de 25%. Para os convocados foi de 40%, então nós estamos diminuindo esse 'gap'", respondeu o governador à equipe do Correio do Estado in loco.

Entretanto, o próprio governador faz questão de lembrar que, pelo menos desde meados de 2025 o assunto "corte de gastos" passou a ganhar cada vez mais força, com a estimativa do Governo à época de que a ação alcance R$ 800 milhões até o fim do ano, com plano concentrado em despesas de custeio. 

Eduardo Riedel é categórico ao dizer que o Estado enfrenta um regime de restrição fiscal (acima de 46,55%), sendo necessário aguardar sair dessa dieta econômica "para dar continuidade nesse processo". 

"O caminho é esse, mas vai sendo feito na medida que haja condição", concluiu. 

Na visita à instituição de ensino estadual em Campo Grande, o ministro da Educação reafirmou a qualidade do salário pago em Mato Grosso do Sul, indicando que os problemas também se concentram em outros pontos. 

"A maior demanda dos professores não é nem questão salarial... claro que é importante, aliás, MS paga o melhor salário hoje na educação base, no ensino médio brasileiro. Mas a maior reclamação era a falta de reconhecimento por parte da sociedade", expôs Camilo Santana. 

Entenda

Na rede pública de ensino, a categoria de professores temporários já ocupa mais da metade da quantidade de disponíveis em Mato Grosso do Sul, porém, a remuneração desse grupo ainda é menor que a dos concursados no cargo, como acompanha o Correio do Estado, apesar dos vencimentos estarem dentro da lei do piso nacional. 

Já no dia 05 de agosto, em meio a um agravamento da crise fiscal que atinge o Estado, o governador Eduardo Riedel anunciou um corte de despesas no governo estadual, por meio da redução de 25% no custeio da máquina pública que atingiu todas as secretarias. 

Por meio de decreto, ficou estabelecido que os órgãos da administração direta e demais autarquias do Poder Executivo Estadual deverão:

  • Revisar os contratos vigentes, visando à redução de 25% (vinte e cinco por cento) dos valores contratados a título de despesas de custeio;
  • Reduzir outras despesas de custeio, tais como pagamento de diárias, passagens, participação em eventos e seminários e horas extras, entre outros;
  • Evitar as despesas com a aquisição de novos veículos, mobiliários, equipamentos ou de outros bens permanentes.

Conforme o texto, para racionalização temporária e controle de gastos, foi levado em consideração o Relatório de Gestão Fiscal, relativo ao primeiro quadrimestre de 2025, que aponta que o Estado se encontra no limite prudencial de gastos com pessoal.

Os números de Mato Grosso do Sul apontam para uma diferença de entre o salário-base do professor concursado para um temporário já que, de acordo com a tabela salarial disponibilizada pela Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), o menor vencimento dos docentes que não são fixos na Rede Estadual de Ensino (REE) corresponde a R$ 5.363,00.

Se graduado sem licenciatura ou com alguma especialização, essa remuneração aumenta consideravelmente, podendo chegar a R$ 7.512,00. 

Aqui cabe esclarecer que, esses valores correspondem ao parâmetro estabelecido para 40 horas de carga horária semanal.

Ainda pela tabela da Fetems, o docente com jornada de 40 horas semanais na REE, no nível mais baixo de progressão, é remunerado com R$ 8.671,00.

Conforme anúncio do Ministério da Educação (MEC) de janeiro deste ano, o piso salarial nacional dos professores com jornada de 40 horas semanais em 2025 é de R$ 4.867,77 para a rede pública de todo o País. 

Ou seja, Mato Grosso do Sul até cumpre a Lei do Piso Salarial (Lei nº 11.738/2008) aos temporários, entretanto aparece longe de equiparar à remuneração dos concursados.

Também vale reforçar que Mato Grosso do Sul aparece entre os sete Estados com legislação específica, por meio da  (Lei Estadual nº 4.135/2011), para a contratação temporária na educação.

De acordo com a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), no Estado, 3 municípios desrespeitam a Lei do Piso dos professores: Batayporã, Paraíso das Águas e Paranaíba.

Escola modelo

Desde ontem (30 de agosto) em Mato Grosso do Sul, Camilo Santana esteve em Dourados para inauguração do prédio da reitoria que estava há 12 anos paralisado, dizendo que são recomendações do governo Lula retomar as obras inacabadas. 

"Não somente na Universidade Federal, mas na educação básica, todas as obras de creches, escolas… estamos investindo mais de nove bilhões de reais (em obras do PAC).

Há uma deficiência muito grande na aprendizagem de matemática e na educação básica no Brasil, então é essa a construção que tem que ser trabalhada ali, dando ordem de serviço, inaugurando, visitando obra e também construindo as políticas e relações importantes na educação do país, do Estado", disse ele em justificativa às visitas. 

"Aqui é uma escola que passou por uma grande reforma alguns anos atrás, é uma referência a educação e esse tipo que a gente quer que todo o Brasil tenha. Unidade moderna, equipada, com boa refeição", disse. 

Para Riedel, a observação do cotidiano pelos Estados é fundamental para a "política macro" praticada por Camilo à frente do MEC em Brasília, dizendo que Mato Grosso do Sul busca ser um "grande agente de transformação". 

Nas palavras do governador de Mato Grosso do Sul, das 348 escolas da Rede Estadual, a restauração se deu praticamente na totalidade das unidades, chegando fibra ótica em todas elas, que transformam o ensino também para o ambiente digital, que Eduardo Riedel encara como "um grande desafio dos nossos tempos".

"Uma escola que vem formando professores de maneira permanente e o resultado apareceu... na alfabetização em tempo certo, no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] que vem melhorando. É um trabalho de longo prazo, consistente, não é 100 metros rasos, mas uma maratona que tem que ter dedicação, política pública e harmonia entre União, Estado e município", conclui o governador. 
**(Colaborou Felipe Machado)

 

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dois anos

Após a privatização, aeroporto de Campo Grande perdeu 9,6% dos voos

Oferta estava crescendo lentamente depois do fim da pandemia, mas com a chegada dos espanhóis, a tendência se inverteu

06/12/2025 19h15

Prazo contratual é de que as três pontes de embarque sejam disponibilizadas até junho de 2026 em Campo Grande

Prazo contratual é de que as três pontes de embarque sejam disponibilizadas até junho de 2026 em Campo Grande

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Dois anos depois de passar às mãos da empresa espanhola Aena, o aeroporto de Campo Grande perdeu 9,6% de suas decolagens. No mesmo período, o número de passageiros aumentou em 5,2%, o que está resultando em voos cada vez mais lotados. Isso, por sua vez, dificulta a acomodação de bagagens e aumenta a demora no embarque e desembarque. 

Nos dez primeiros meses de 2023, antes de a Aena assumir, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) havia registrado 10.004 decolagens de vôos comerciais no aeroporto de Campo Grande. No ano seguinte, no mesmo período, a quantidade caiu para 9.573 e agora em 2025, foram 9.040 decolagens. Uma redução de quase mil voos.

Esta queda inverteu uma tendência que se verufucava depois da pandemia. Durante os anos de 2020 e 21, a quantidade de voos caiu em mais de 50%, mas a partir de 2022 ocorria importante recuperação. 

Porém, apesar de haver menor oferta de horários, a quantidade de passageiros aumentou de 1,242 milhão nos primeiros dez meses de 2023 para 1,307 milhão de pessoas embarcando ou desembarcando no terminal em igual período de 2025,  o que representa acréscimo de 5,2%. 

Os próprios dados da Anac mostram que a redução na oferta está provocando lotação sem precedentes. Nos primeiros dez meses de 2025 o percentual de ocupação dos assentos chegou a 83,4%, o que é quase 3,5 pontos percentuais a mais que nos anos anteriores. È a maior ocupação da história do aeroporto de Campo Grande.

Apesar da lenta retomada da quantidade de voos que estava ocorrendo até outubro de 2023, mês em que os espanhóis assumiram, ainda faltava muito para retomar os melhores períodos de oferta. 

Nos dez primeiros meses de 2012, por exemplo, foram 17.347 decolagens, segundo dados disponíveis no site da Anac. Isso significa que hoje, 13 anos depois, a oferta de voos é 47,8% menor que naquele ano. 

E, quem ganha com isso são as empresas aéreas e a própria administração do aeroporto. Nos dez primeiros meses de de 2012, por exemplo, a taxa de ocupação dos assentos nas aeronaves, que geralmente eram menores que as utilizadas atualmente, foi de apenas 67%. 

Em 2012, apesar da grande disponibilidade de horários para os usuários do serviço, a ANAC contabilizou 1,355 milhão de passageiros transportados nos primeiros dez meses. Isso significa que apesar de terem sido ofertados quase oito mil voos a mais, foram somente 48 mil passageiros a mais que em 2025. 

E uma das explicações para esta diferença de pessoas é que o aeroporto de Bonito, que agora tem pelo menos oito voos semanais, está "roubando" passageiros de Campo Grande. De janeiro a oububro foram 54 mil pessoas que chegaram ou saíram de avião da cidade turística. Isso é 27% a mais que em igual período de 2024. Em 2012, haviam sido apenas 8,1 mil.

Embora seja somente uma das peças da engrenagem que cria ou extingue opões de voo, a espanhola Aena prometeu, assim que assumiu, além de fazer uma série de benfeitorias físicas no aeroporto, ampliar a oferta de viagens. Porém, os números mostram o contrário. 

Uma das explicações para a redução são as próprias obras de reforma. Desde o começo de outubro estão suspensos os pousos e decolagens entre 23 horas e 5 horas. A previsão é de que estas restrições acabem em abril do próximo ano. 

O prazo contratual para conclusão das reformas é junho do próximo ano e uma das principais alterações é a instalação de três pontes de embarque (finguers), que vão facilitar o embarque e desembarque nas aeronaves. 
 

direito à vida DELAS

Com 38 feminicídios em MS, Capital se junta ao 'Levante Mulheres Vivas'

Mobilização está marcada para às 09h (pelo horário de Mato Grosso do Sul), na esquina da rua 14 de julho com a Avenida Afonso Pena

06/12/2025 14h00

Ato executado em todas as regiões do Brasil amanhã (07), MS programa duas concentrações pelo direito à vida das mulheres e pela responsabilização das plataformas digitais

Ato executado em todas as regiões do Brasil amanhã (07), MS programa duas concentrações pelo direito à vida das mulheres e pela responsabilização das plataformas digitais Marcelo Victor/Correio do Estado/Arquivo

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Enquanto o Estado já acumula 38 vítimas de feminicídio neste 2025, longe ainda cerca de 25 dias para o fim do ano, neste domingo (07) acontece em todo o País o "Levante Mulheres Vivas", com Campo Grande aderindo à manifestação através de uma mobilização marcada para às 09h (pelo horário de Mato Grosso do Sul), na esquina da rua 14 de julho com a Avenida Afonso Pena. 

Ato executado em todas as regiões do Brasil amanhã (07), Mato Grosso do Sul programa duas concentrações pelo direito à vida das mulheres e pela responsabilização das plataformas digitais, com Paranaíba, distante 408 quilômetros de Campo Grande, também indo às ruas com encontro marcado para 08h na Feira da Praça da República no município.

É importante ressaltar que esse ato é aberto, sendo necessária adesão não apenas dos movimentos e entidades que atuam em prol da defesa das mulheres, mas também de toda a sociedade civil em geral, já que a reivindicação principal é que os feminicídios e violências contra os corpos delas cheguem ao fim. 

Movimento nacional com participação feminina de diversas cidades espalhadas pelo Brasil afora, a articulação do Levante Mulheres Vivas é descrita como "coletiva, horizontal e suprapartidária", ou seja, está acima da bandeira de qualquer partido e precisa do apoio da população em geral.

Do Núcleo Campo Grande, cabe ressaltar, fazem parte coletivos feministas campo-grandenses e também de Aquidauana: 

  • Sempre Vivas,
  • Marcha Mundial de Mulheres,
  • Mulheres da Frente Brasil MS,
  • Levante Feminista MS
  • Aqui Mulher, 
  • Coletivo Elas Podem, 
  • Movimento de Mulheres Olga Benário,
  • Ong Valquírias, 
  • Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (Cdca Oab)

Levante Mulheres Vivas

No Brasil ouve-se uma notícia de um novo caso de feminicídio quase que diariamente, que aliados a outros casos de ameaças e agressões deixam clara a fragilidade dessa rede de proteção que já existe na "letra fria da lei". 

Porém, mesmo com os feminicídios tratando-se de um crime absurdo, as 38 mortes de mulheres registradas em 2025 no Mato Grosso do Sul, como outros casos espalhados pelo Brasil, mostram o "abismo" entre o que prevê a lei e as garantias que esses corpos possuem na prática. 

Além disso, o Levante coloca nessa esteira de reivindicações as devidas responsabilizações para as plataformas digitais, já que à medida que as redes crescem aumentam também os casos de misoginia, ameaças e assédio, violências essas que se transformam e ganham uma nova cara através das telas. 

Desde o vazamento de imagens íntimas, até humilhações públicas, "deepfakes" e campanhas de difamação que desembocam, muitas das vezes, em agressões físicas e feminicídios, cita a organização do movimento em nota. 

Ainda conforme o movimento, a "Pauta Nacional - Levante Mulheres Vivas" consiste em um documento coletivo que tem como um dos pontos centrais Eixo VII, que trata da Regulação das Plataformas Digitais, Discursos de Ódio e Violência Online, reivindicando para as redes: 

  1. Legislação específica própria, para responsabilizar plataformas digitais por conteúdos de ódio, misoginia e incitação à violência contra mulheres. 
     
  2. Remoção rápida (em até 24 horas) de conteúdos violentos, misóginos, persecutórios, de 'deepfake' e de vazamento de imagens íntimas.
     
  3. Transparência algorítmica, com auditoria independente sobre como as plataformas amplificam conteúdos de ódio, violência e assédio.
     
  4. Moderação humana especializada, com equipes treinadas em gênero, direitos humanos e enfrentamento à misoginia digital.
     
  5. Canais públicos integrados de denúncia, articulando Ministério Público, Defensoria, Delegacias da Mulher e plataformas digitais.
     
  6. Proteção especial para mulheres em maior exposição, como vítimas de violência política,  comunicadoras, jornalistas, artistas, defensoras de direitos humanos e lideranças comunitárias.
     
  7. Campanhas permanentes de educação digital sobre prevenção à misoginia, combate à desinformação e uso responsável das redes.

Além de deixar claro que, sem a devida responsabilização das plataformas digitais, a violência contra mulheres seguirá se multiplicando de forma impune, a pauta nacional do Levante Mulheres Vivas também destaca a urgência de fortalecer toda a rede de proteção às mulheres, relacionando medidas como: 

  1. Delegacias da Mulher 24 horas, com atendimento especializado e instalação das Casas da Mulher Brasileira em capitais e municípios com mais de 100 mil habitantes.
     
  2. Ampliação de casas-abrigo, acolhimento imediato para mulheres e filhos em risco, centros de referência com equipe completa e atendimento jurídico gratuito e contínuo.
     
  3. Resposta rápida no sistema de justiça, com instauração célere de inquéritos, emissão imediata de medidas protetivas, prioridade processual e investigação de omissões institucionais.
     
  4. Autonomia econômica emergencial para mulheres que precisam deixar suas casas para fugir da violência, com benefícios temporários, inclusão prioritária em programas sociais e apoio para reinserção no trabalho.
     
  5. Proteção integral de filhas e filhos de mulheres em situação de violência, com prioridade em vagas de creche e escola, atendimento psicológico e afastamento seguro do agressor. 
     
  6. Paridade feminina obrigatória em cargos de decisão no poder público, Judiciário, Ministério Público, Defensoria e Delegacias da Mulher.
     
  7. Cumprimento integral da lei orçamentária, com execução plena e transparente dos recursos já previstos para políticas de enfrentamento à violência contra as mulheres e penalidades para quem descumprir essas obrigações.

Para mais informações, basta seguir e ficar atento às publicações do perfil Levante Mulheres Vivas no Instagram (CLICANDO AQUI).

Cronologia feminicídios em MS 

primeiro feminicídio de 2025 aparece como sendo sendo a morte de Karina Corin, de 29 anos, nos primeiros dias de fevereiro, baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos. 

Já o segundo feminicídio deste ano em MS foi a morte de Vanessa Ricarte, esfaqueada aos 42 anos, por Caio Nascimento, criminoso com passagens por roubo, tentativa de suicídio, ameaça, além de outros casos de violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.

No terceiro caso de 2025, a vítima foi Juliana Domingues, de 28 anos, assassinada com golpes de foice pelo marido, na noite do dia 18 de fevereiro, na comunidade indígena Nhu Porã, em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Quatro dias depois, no dia 22 de fevereiro, Mirieli dos Santos, de 26 anos, foi a quarta vítima do ano, morta a tiros pelo ex-namorado, Fausto Junior, no município de Água Clara - localizado a 193 km de Campo Grande.

No dia seguinte, Emiliana Mendes, de 65 anos, foi morta no município de Juti, localizado a 310 km de distância de Campo Grande. A vítima foi brutalmente atacada pelo suspeito, que, após esganá-la, arrastou seu corpo até uma residência e colocou em cima de um colchão, a fim de simular uma eventual morte natural. 

O sexto caso de feminicídio registrado em 2025 foi o de Giseli Cristina Oliskowiski, morta aos 40 anos, encontrada carbonizada em um poço no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. O crime aconteceu no dia 1º de março;

O sétimo aconteceu em Nioaque e trata-se do feminicídio de Alessandra da Silva Arruda, em 29 de março, morta aos 30 anos por Venilson Albuquerque Marques, preso em flagrante horas depois convertida posteriormente para preventiva.

Já o oitavo feminicídio foi o de Ivone Barbosa da Costa Nantes, morta a golpes de faca na região da nuca pelas mãos do então namorado no assentamento da zona rural de Sidrolândia batizado de Nazareth, em 17 de abril. 

nono caso foi registrado com o achado do corpo de Thácia Paula Ramos de Souza, de 39 anos, encontrado na tarde do dia 14 de maio, no Rio Aporé, em Cassilândia-MS, segundo divulgado pela Polícia Civil. De acordo com as informações, o crime aconteceu no dia 11 de maio. 

Já o décimo caso, foi o de Simone da Silva, de 35 anos, na noite do dia 14 de maio, morta a tiros na frente dos próprios filhos por William Megaioli da Silva, de 22 anos, que se entregou à polícia ainda com a arma em mãos. 

No 11º feminicídio de Mato Grosso do Sul, a vítima foi Olizandra Vera Cano, de 26 anos, que foi assassinada com golpes de faca no pescoço pelo marido de 32 anos, no dia 23 de maio. O autor acabou preso em flagrante, na cidade de Coronel Sapucaia, a 395 quilômetros de Campo Grande.

O 12º caso aconteceu no dia 25 de maio, no Hospital Regional de Nova Andradina, e vitimou Graciane de Sousa Silva, que foi vítima de diversas agressões durante quatro dias seguidos, na cidade de Angélica, distante aproximadamente 275 quilômetros de Campo Grande.

Seguindo a sequência, Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, e a filha Sophie Eugênia Borges, de apenas 10 meses, foram as 13ª e 14ª  vítimas de femicídio, em Mato Grosso do Sul. As duas foram mortas e queimadas no dia 26 de maio, no bairro São Conrado, em Campo Grande. O autor do crime, João Augusto Borges, de 21 anos, que era marido de Vanessa e pai de Sophie confessou o duplo homicídio, e afirmou que o cometeu pois Vanessa queria se separar e ele não queria pagar pensão para a filha.

Já a 15ª morte por feminicídio em Mato Grosso do Sul neste ano, foi a de Eliane Guanes, de 59 anos, que foi queimada viva pelo capataz Lourenço Xavier, de 54 anos. De acordo com as informações, ele jogou gasolina no corpo de Eliane e ateou fogo na mulher, em fazenda na região da Nhecolândia, no Pantanal de Corumbá, onde os dois trabalhavam. O crime aconteceu na noite do dia 6 de junho.

Doralice da Silva, de 42 anos, foi a 16ª vítima de 2025, morta a facadas no dia 20 de junho, após uma discussão com o companheiro Edemar Santos Souza, de 31 anos, principal suspeito. O crime ocorreu na Rua dos Pereiras, na Vila Juquita, em Maracaju, a cerca de 159 quilômetros de Campo Grande.

A 17ª vítima foi  Rose Antônia de Paula, foi encontrada morta e praticamente decapitada, em uma casa em Costa Rica no dia 28 de junho. Rose era moradora de Bonito e pretendia retornar para a cidade no dia do crime. Entretanto, vizinhas estranharam o fato de ela não ter aparecido para tomar café em uma lanchonete que costumava frequentar. Pouco tempo depois, ela foi encontrada morta.

No dia 4 de julho, a 18ª vítima foi Michely Rios Midon Orue, de 48 anos, morta a facadas pelo próprio filho, de 21 anos, que era esquizofrênico. O crime aconteceu no município de Glória de Dourados, distante aproximadamente 260 quilômetros de Campo Grande. A vítima foi morta com pelo menos cinco facadas, sendo o golpe fatal desferido na região da jugular.

O 19° caso aconteceu no dia 25 de julho, com a morte de Juliete Vieira, de 35 anos, que foi esfaqueada pelo irmão, Edivaldo Vieira, de 41 anos. O crime aconteceu na cidade de Naviraí, distante aproximadamente 359 quilômetros de Campo Grande. 

Na sequência da estatística dos feminicídios registrados desde o início, a 20.ª vítima foi a professora Cinira de Brito, morta por Anderson Aparecido de Olanda, de 41 anos, que esfaqueou a companheira com dois golpes na perna, três no abdômen e depois tirou a própria vida. 

Já a 21ª vítima de feminicídio em 2025 foi Salvadora Pereira, de 22 anos, assassinada com tiro no rosto pelo então companheiro, José Cliverson Soares, 32 anos, na frente de cerca de cinco crianças com idades entre dois e oito anos. 

Depois, o 22° caso de feminicídio foi a morte de Dahiana Ferreira Bobadilla, morta aos 24 anos por Dilson Ramón Fretes Galeano, de 41 anos, que fugiu após enterrar o corpo em cova rasa às margens do Rio Apa, em Bela Vista. 

Já a 23ª vítima de feminicídio em 2025 no Mato Grosso do Sul foi Letícia Araújo, de 25 anos, atropelada de propósito pelo marido, Vitor Ananias, 25, como registrado pelas câmeras de segurança da região. 

Após ser mantida em cárcere privado pelo então marido, Érica Regina Mota, de 46 anos, foi a 24ª vítima de feminicídio em 2025 no Mato Grosso do Sul, morta a facadas por Vagner Aurélio, de 59 anos, preso em flagrante poucas horas depois. 

O 25° feminicídio registrado foi o de Dayane Garcia, de 27 anos, que morreu na Santa Casa de Campo Grande depois de passar 77 dias internada, após ser ferida a tiros pelo ex-marido Eberson da Silva, de 31 anos, ainda em 18 de junho. 

O 26° caso foi o de Iracema Rosa da Silva, morta aos 75 anos em Dois Irmão do Buriti, por defender a filha do genro que cometia violência doméstica.

Caso confirmado, o 27° feminicídio será o de Gisele da Silva Saochine, morta aos 40 anos pelo marido no quintal de casa. Em seguida, ele a arrastou para o quarto e a incendiou. Depois, foi para o carro que estava na garagem, e colocou fogo em si mesmo, morrendo carbonizado.

28° foi o de Ana Taniely Gonzaga de Lima, de 25 anos, morta em Bela Vista, pelo ex que não aceitava o fim do namoro. Inconformado com o fim da relação, ele passou a insistir em uma reconciliação, até que encontrou a vítima e a agrediu com golpes de faca e também com um pedaço de madeira, causando ferimentos graves que resultaram em sua morte.

A 29ª vítima foi  Erivelte Barbosa Lima de Souza, de 48 anos, que foi esfaqueada pelo marido Adenilton José da Silva Santos, de 30 anos, em Paranaíba. Adenilton José da Silva Santos foi preso em flagrante e levado à delegacia do município. Durante o interrogatório, ele confessou o crime e contou que não conseguia lembrar o que o levou à prática, já que estava embriagado.

A 30ª vítima foi Andreia Ferreira, de 40 anos, assassinada a tiros pelo marido Carlos Alberto da Silva. Irritado após discussão do casal, Carlos usou a arma que tinha em casa para disparar contra a mulher. O homem ficou foragido, mas foi preso uma semana após o ocorrido no dia 12 de outubro.

Solene Aparecida Ferreira Corrêa, de 46 anos, foi a 31ª vítima de feminicídio. Ela foi encontrada morta no chão de sua casa, com marcas de violência e sinais de enforcamento. O caso aconteceu em Três Lagoas e a suspeita pela morte era sua companheira, identificada como Laura Rosa Gonçalves, que foi presa em flagrante.

Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, foi a 32ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul. Ela foi morta a facadas no Jardim Colúmbia, em Campo Grande, na noite do dia 28 de outubro.

O 33° caso foi de Aline Silva no dia 04 de novembro, morta a facadas na frente da mãe e da filha, após se recusar a ter um relacionamento amoroso com o homem.

Já o 34° caso foi o da mulher de 43 anos, morta a facadas em Aparecida do Taboado, identificada depois como Mara Aparecida do Nascimento Gonçalves

Por fim, As vítimas do 35° e 36° feminicídios de 2025 tratam-se de um caso da mesma família, em que Rosimeire Vieira de Oliveira, de 37 anos e sua mãe, Irailde Vieira Flores de Oliveira, de 83 anos, foram mortas à facadas durante a madrugada, pelo ex-namorado de Rosimeire. 

Morta enforcada pelo companheiro na noite de segunda-feira (17 de novembro), Gabrielle Oliveira dos Santos, de 25 anos, é a 37ª vítima de feminicídio do ano, crime que ocorreu na chácara onde o casal morava, em Sonora, município localizado no extremo norte de Mato Grosso do Sul.

Faltando quase um mês para o Natal, em 24 de novembro Mato Grosso do Sul chegou ao 38° registro de feminicídio de 2025, último caso até então, quando a ex-guarda municipal Alliene Nunes Barbosa, de 50 anos, foi morta em Dourados esfaqueada pelo ex-marido, Cristian Alexandre Cebeza Henrique.

 

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