Cidades

preservação

Sancionada hoje, Lei do Pantanal entra em vigor em fevereiro

Evento nesta segunda-feira para oficializar o texto deverá ter a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva

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A primeira Lei do Pantanal proposta pela administração estadual será sancionada hoje pelo governador Eduardo Riedel (PSDB), que será acompanhado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A legislação entrará em vigor a partir de fevereiro de 2024.

De acordo com a redação final do documento, que foi aprovada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) e encaminhada para a sanção do governador, a lei entrará em vigor 60 dias após sua publicação.

A nova legislação também determina que o Poder Executivo sul-mato-grossense destine um crédito especial no Orçamento de 2024 para a implementação do Fundo Estadual de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Pantanal – o Fundo Clima Pantanal –, ferramenta que ainda deve ser regulamentada.

Conforme informado pelo governo, o fundo vai possibilitar a criação de programas de pagamentos por serviços ambientais prestados na região pantaneira.

O dispositivo vai contar com recursos de dotação estadual, transferências de acordos, contratos, convênios, doações, emendas parlamentares e até comercialização de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs), os créditos de carbono.

A proposta que institui a Lei do Pantanal traz uma série de regulamentações destinadas a promover a preservação do bioma e, ao mesmo tempo, a permitir o desenvolvimento sustentável da região.

Além do Fundo Clima Pantanal, outras principais medidas que a lei traz são as restrições a cultivos comerciais e as limitações para supressão de vegetação.

Para o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que esteve entre as organizações que participaram ativamente da elaboração da nova legislação, a Lei do Pantanal está pautada em soluções de conservação com base na própria natureza.

“Essa lei se trata de uma grande evolução. Essa aprovação evidencia uma responsabilidade política do Legislativo, alinhada a uma postura do Executivo do Estado em proteger esse bioma. É uma conquista grande a criação do Fundo Clima Pantanal, e as pantaneiras e os pantaneiros que vêm trabalhando pela conservação e pelo uso sustentável vão poder ter o reconhecimento pelo que protegeram o Pantanal”, disse o Angelo Rabelo, presidente do IHP.

“O que está proposto na lei traz uma segurança jurídica ao setor produtivo. Também reforça as iniciativas de conservação que estão sendo feitas pelo IHP, por exemplo. É uma legislação atualizada com a emergência climática que temos atualmente”, complementou.

As propostas de preservação e atividades econômicas dentro do bioma também agradaram o setor do agronegócio, entendendo que a lei traz uma valorização à produção com desenvolvimento e sustentabilidade.

“A aprovação da Lei do Pantanal é resultado de amplo diálogo, sendo elaborada a partir de um consenso entre todos os envolvidos. Foram 90 dias de muito diálogo até encontrarmos um equilíbrio, tendo como base o tripé ambiental, social e econômico. Diante disso, entendemos que o texto elaborado atende todas as necessidades e, por isso, fomos favoráveis a ele”, declarou em nota a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul).

“A Lei do Pantanal foi planejada para trazer qualidade para população pantaneira, desenvolvimento e sustentabilidade, sendo um feito histórico que envolve preservação, valorização da produção, dos ativos ambientais, e ganhos econômicos”, adicionou o texto enviado ao Correio do Estado.

O projeto também proíbe a implantação de cultivos agrícolas como soja, cana-de-açúcar, eucalipto e qualquer cultivo florestal exótico. Cultivos já existentes até a publicação da lei poderão ser mantidos, mas a expansão da área está sujeita ao devido licenciamento ambiental.

EMENDAS

A proposta da Lei do Pantanal foi aprovada pela Alems na sessão do dia 13. Apenas o deputado João Henrique Catan (PL) votou contra. Foram 23 votos favoráveis.

O texto aprovado teve cinco emendas, as quais foram incorporadas ao projeto mudanças na faixa de preservação e no confinamento de gado.

Uma das emendas aceitas acrescenta um parágrafo à lei sobre o confinamento de gado, dispondo sobre a conservação, a proteção, a restauração e a exploração ecologicamente sustentável da Área de Uso Restrito (AUR) Pantanal.

A alteração, de autoria do deputado estadual e presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Alems, Renato Câmara (MDB), propõe a permissão de criação bovina em confinamento que já esteja instalada e licenciada previamente até a publicação da nova legislação.

“Desde que com o devido licenciamento ambiental, limitando o crescimento ao dobro da capacidade inicial”, detalhou o texto.

Já a outra emenda aponta que “considera-se cultivo consolidado comercial as áreas de produção implantadas até a safra de verão 2023/2024, conforme delimitado no mapa do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio [Siga-MS] e/ou nos projetos do setor agropastoril licenciados”. A mudança, nesse caso, é o acréscimo dos projetos do setor agropastoril previamente licenciados.

Uma terceira emenda trata sobre as veredas, afirmando que “[nelas], a faixa marginal, em projeção horizontal, deve ter largura mínima de 50 metros a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado ou do limite superior do campo úmido, independentemente do tipo de vegetação existente”.

A redação anterior do projeto previa que as áreas protegidas das veredas seriam toda a área e a vegetação existente até o limite superior ao campo úmido.

Trilha de Hermes

Operação investiga grupo criminoso que matou informante da polícia

O homem identificado como colaborador policial era Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que se encontrava sob monitoramento eletrônico

04/12/2025 17h45

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie Divulgação: Polícia Civil

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A Operação Trilha de Hermes, deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON) e da Delegacia Regional (DRP) de Naviraí, investiga a morte de Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que era monitorado com tornozeleira eletrônica. O homem foi identificado por um grupo criminoso como sendo um informante da polícia.

Por este motivo, Aldevan foi sequestrado pela quadrilha e possivelmente morto, de acordo com a Polícia Civil, perdendo o sinal de seu equipamento na área rural de Itaquiraí, de onde partiram as investigações.

A DEFRON e a DRP de Naviraí identificaram uma estrutura organizacional criminosa armada, com estruturada cadeia de comando e divisão de tarefas. As prisões temporárias e a busca domiciliar em desfavor dos suspeitos ocorreram durante a terça (2) e quarta-feira (3).

A Operação Trilha de Hermes resultou no cumprimento de cinco mandados de prisão temporária, duas prisões em flagrante, além da apreensão de veículos de alto valor, armas, munições, dinheiro em espécie e diversos outros objetos.

A quadrilha criminosa é investigada pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. As investigações prosseguem para apuração de outros envolvidos e para localização de ativos financeiros que o grupo criminoso auferiu durante sua atividade ilícita.

Balanço

No primeiro dia, foram realizados o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária e o cumprimento de 12 mandados de busca domiciliar. A operação ocorreu nas cidade de Itaquiraí, Naviraí e Porto Velho (RO), onde um dos alvos estava no momento da operação.  Duas pessoas foram presas em flagrante pelo crime de posse de arma de fogo e de munições. 
 
Já na quarta-feira, foram realizadas diligências em áreas rurais, com o cumprimento do mandado de prisão de um dos alvos que se mantém foragido. As autoridade utilizaram os meios de locomoção fluvial e aéreo para esta etapa da operação, com apoio do Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA).
 
Ao todo, a operação resultou no cumprimento da prisão de sete pessoas, entre elas os três líderes do grupo, apreensão de armas, munições, seis veículos de alto valor, dez celulares, R$ 8 mil em espécie e documentos a serem analisados.

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Cidades

Polícia barra contrabando na entrada de Campo Grande

Ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras

04/12/2025 17h30

Foto: Divulgação / Policia Civil

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A Policia Civil por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Dracco) interceptou 4 caixas grandes de óculos, 2 pneus de caminhão, bolas de pneus e 12 caixas de cigarros, fiscalização realizada na  Avenida Gunter Hans, saída para Sidrolândia na manhã desta quarta-feira (3).  

A ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras e combate ao contrabando e descaminho no Estado, mercadoria encontrada em uma Fiat/Doblo. 
O material apreendido foi encaminhado diretamente à sede da Polícia Federal de Campo Grande.Dois indivíduos foram conduzidos em flagrante.

A ação faz parte da 3ª etapa da Rede Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), iniciativa nacional de enfrentamento ao crime organizado.

Em todo o país, a organização e preparação da operação envolve ao menos 18 ações estratégicas, que abrangeram desde o encaminhamento de demandas originadas na reunião de alinhamento até a preparação de sistemas e o treinamento de usuários.

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