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ALERTA

Seca grave no pantanal pode chegar a outras regiões de MS

Um dos indícios é que os índices de chuva na maioria dos municípios do Estado foi abaixo do esperado, incluindo para a época de precipitações, no início do ano

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A grave seca que atinge o Pantanal pode chegar a outras regiões do Estado, é o que aponta o acompanhamento de secas do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC/MS).

De março até maio deste ano, a estiagem na região norte do Estado, que estava com índices de seca fraca e moderada, começou a se intensificar até se tornar uma seca grave na região pantaneira em junho, mês este que se iniciou os incêndios florestais no bioma, ocasionados por ignição forçada da ação humana.

A tendência de acordo com o meteorologista do Cemtec-MS, Vinícius Banda Sperling, é que esta seca grave localizada no norte do Estado se expanda na região nos próximos meses.

“Observando a cronologia das condições de seca no Estado, o destaque é que as condições de seca se estabeleceram em pleno período das chuvas, e recentemente houve uma mudança importante no monitor de secas em junho de 2024, partes do pantanal sul-mato-grossense passaram de seca moderada para seca grave”, disse Sperling.

O meteorologista também explica como esta massa de ar seco se mantém por tanto tempo na atmosfera.

“Estas massas de ar quente e seco, que podem ser caracterizados como bloqueio atmosférico, elas entram como massas de ar fria quando rompe o bloqueio se transformando em massar de ar quente e seco e permanece por muitos dias. Isso a gente viu acontecer no Estado em vários meses deste ano e no ano passado, junto com as ondas de calor”, informou Vinícius.

Organismos internacionais de monitoramento climático reforçam ainda mais o crítico prognóstico desenhado para Mato Grosso do Sul. 

De acordo com relatório mensal da Agência Norte-Americana para os Oceanos e o Clima (NOAA), o planeta enfrentou em 2024 seu primeiro semestre mais quente já registrado. 

A temperatura da superfície global de janeiro a junho foi classificada como a mais quente em 175 anos, com 1,29°C acima da média de 13,5°C, registrada no século 20 (1901-2000). Segundo a NOAA, os primeiros seis meses de 2024 registraram temperaturas recordes tanto em terra como na superfície do mar.

Vinicius acrescenta que os dados da NOAA reforçam o acompanhamento do monitoramento de secas, do Cemtec.

“Chama atenção a área de Mato Grosso do Sul e do Paraguai, que registraram temperaturas de 1.5°C graus a 2.0°Cs acima da média. Conforme a NOAA, nossa região ficou mais quente do que a média global”, comenta.

Segundo a previsão do tempo do Cemtec para esta semana no Mato Grosso do Sul, não há previsão de chuvas, apenas em um período que começa na sexta-feira (26) e vai até o dia 3 de agosto que há probabilidade para ocorrência de precipitações entre 5-35 mm (quedas inexpressivas) sendo estes os maiores acumulados de chuvas previstos para as regiões extremo sul e sudeste do Estado.

O meteorologista do Cemtec também destaca que a região pantaneira do município de Corumbá segue com uma grande escassez de 90 dias sem chuva significativas desde meados de abril.

BIOMA AINDA PREOCUPA

Mesmo após a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmar que 96% dos incêndios no Pantanal foram extintos ou controlados, a atuação do tempo na região norte do Estado ainda preocupa os combatentes que monitoram a possibilidade de novos focos surgirem.

Atualmente os bombeiros atuaram em seis focos de incêndios ativos, que foram detectados por meio do monitoramento por satélites – nas áreas do Rabicho, Porto da Manga, Nhecolândia, além de dois no bioma Cerrado – nos municípios de Brasilândia e Bonito.

As condições climáticas atuais apresentaram cenário desfavorável para as operações de combate a incêndios, pois a temperatura na região pantaneira atingiu picos de 33°C, o que aumentou significativamente o risco de queimadas florestais.

A previsão para os próximos meses no Pantanal é preocupante. Já que as chuvas no bioma são esperadas apenas a partir de outubro, e a baixa umidade e os ventos intensos aumentam os riscos de novos focos de incêndio. 

AGOSTO

No próximo mês a previsão é que permaneça o tempo quente e seco no Mato Grosso do Sul, com tendência da temperatura ficar acima do normal registrado neste período do ano.

Assim como ocorreu em julho, não se descarta a incursão de massas de ar frio em determinados dias do mês.

A tendência climática indica maior probabilidade das chuvas ficarem abaixo da média histórica no estado no mês de agosto, sendo que na metade norte do Estado as chuvas devem variar entre 25 a 100 mm e nas regiões sul, sudeste e sudoeste do Estado entre 150 a 300 mm.

Saiba

A alta temperatura, aliada com 31% de umidade relativa do ar no Pantanal, pode provocar desgaste físico maior nas equipes de combate, dificultando ainda mais as atividades.

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"MÃO AMIGA"

Bombeiros de MS 'heróis no RS' participam do 7 de setembro em Brasília

Integrantes do corpo militar sul-mato-grossense viajaram até a Capital Nacional, a convite do Governo Federal, em homenagem ao trabalho de auxílio às vítimas da maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul

07/09/2024 15h35

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo Federal

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo Federal Reprodução/GovMS

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Bombeiros e policiais militares de Mato Grosso do Sul, que partiram rumo ao Rio Grande do Sul durante as tragédias que assolaram o Estado sulista - foram parte do tradicional desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), neste sábado (7) feriado da Independência do Brasil.

Ao todo três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional, a convite do Governo Federal, em homenagem ao trabalho de auxílio prestado às vítimas da maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul, sendo:

  • Tenente Vinícius Castro, do CBMMS;
  • Sargento Abraão Anicésio, do CBMMS
  • Cabo João Figueiredo, do CBMMS 
  • Cabo Carlos Eduardo Hickmann, da CGPA da PMMS
  • Anderson Luiz Veras Silva dos Santos, da CGPA da PMMS

 

Tanto o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, como a Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo da Polícia Militar, prestaram apoio importante ao Estado sulista durante ações de resgate e evacuação da população. 

Relembre

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo FederalReprodução/GovMS/Álvaro Rezende

No fim de abril deste ano as chuvas assolaram o Rio Grande do Sul, com danos de inundações e deslizamentos em boa parte do território, com os sul-mato-grossenses sendo enviados já em 03 de maio. 

Esse primeiro grupo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul, durante cerca de duas semanas, resgatou mais de 304 pessoas e 309 animais, com uma segunda equipe enviada em 11 de maio para trocar os grupos de apoio. 

Cabe lembrar que, em agradecimento ao ato de Mato Grosso do Sul, houve ainda a disponibilização de militares e equipamentos por parte do governador Eduardo Leite, para ajudar no combate às queimadas no Pantanal de MS. 

Momento que simbolizou a união entre os Estados foi o salvamento da bandeira do RS, feito por agentes militares de Mato Grosso do Sul, material que foi devolvido e entregue de Eduardo para Eduardo em solenidade feita em 1º de agosto. 

**(Colaborou Felipe Machado)

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BALANÇO

Painel da CGU soma 571 denúncias de assédio sexual neste ano

No painel "Resolveu?", da Controladoria-Geral da União, mais de 97% das manifestações são denúncias, e 2,5%, reclamações

07/09/2024 15h09

Não há, até o momento, nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel

Não há, até o momento, nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel "Resolveu?", da Controladoria-Geral da União. Arquivo

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Denúncias e reclamações de assédio sexual já somam 571 casos neste ano, segundo informações de ouvidorias de 173 órgãos públicos federais, como ministérios, universidades, hospitais, empresas estatais e autarquias. 

Esse número aparece no painel “Resolveu?”, da Controladoria-Geral da União (CGU), onde mais de 97% das manifestações são denúncias, e 2,5%, reclamações.

A lista é puxada pela Universidade Federal de Rondônia (32 registros), pelo Ministério da Saúde (23), pela Universidade Federal de Pernambuco (20) e pela própria CGU (20).

Nessa sexta-feira (6) à noite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania (MDH), Silvio Almeida, depois de denúncias de assédio sexual.

Até o momento, não há nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel “Resolveu?”, da Controladoria-Geral da União.

A relação segue com manifestações originárias do Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, cada um com 11 casos.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro tem dez ocorrências. A universidade Federal do Ceará e o Ministério das Mulheres, nove registros cada.

O Comando da Aeronáutica, a Universidade Federal do Pará e a Universidade de Brasília, com oito ocorrências cada, formam a lista das instituições com mais denúncias e reclamações.

Cerca de 60% dos registros no painel da CGU identificam o tipo de denúncia. A maioria é de “conduta de natureza sexual”. No mês de agosto, houve alta de registros, com 122 casos ou 21% das ocorrências anotadas pelas ouvidorias de órgãos públicos federais.

Há pouca informação sobre os denunciantes e reclamantes. Três quartos não informaram a localização ou a cor. Entre as 88 pessoas que identificaram sexo, 66 eram mulheres (75%) e 22 eram homens. 

 

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