Cidades

SAÚDE

Secretaria faz acordo com hospitais
para expandir atendimento

Mesmo com repasse de R$ 2,850 milhões nova unidade da Santa Casa continuará subutilizada

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Para tentar sanar o déficit do atendimento médico, exames, cirurgias e leitos hospitalares, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) deu início a uma série de ações junto aos hospitais particulares e filantrópicos de Campo Grande. O objetivo é expandir o número de vagas para internação e também disponibilizar alternativas para que pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) tenham acesso serviços normalmente deficitários - como consultas nas áreas de especialidades e cirurgias eletivas.

As negociações feitas pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) ocorrem com aval e participação da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O titular da Sesau, José Mauro Filho, deu início esta semana a uma série de “visitas” aos hospitais para negociar a frente de atuação de cada um deles, sempre acompanhado do secretário da SES, Geraldo Resende. 

Um dos passos para concretizar o plano do município, foi a formalização do aditivo ao contrato da Santa Casa, que estabelece o repasse de pouco mais de R$ 2,850 milhões - R$ 1,750 em recursos do Estado e R$ 1,1 milhão do Governo Federal - para a Unidade do Trauma. O incremento nos recursos ao hospital - que mensalmente já recebe R$ 20,3 milhões -, foi formalizado ontem com a diretoria da Associação Beneficente (ABCG), que administra a Santa Casa. 

A contratualização só foi assinada após 16 meses da entrega do prédio da Unidade do Trauma - dez deles de efetivo atendimento a pacientes -, muitas reuniões e embates entre o presidente da entidade, Esacheu Nascimento, e as autoridades de saúde, tudo sob a mediação da promotora Filomena Fluminhan. “Eu sei que não é o montante de recursos que a Santa Casa pleiteia, mas é um alento diante da situação”, afirmou Resende. A preocupação agora é com as negociações do próximo contrato, já que o atual vence no dia 31 de outubro.

Por enquanto, na prática o hospital continuará a receber conforme a produção, mas com alguns serviços extras. “Serão 160 cirurgias de pequena e média complexidade, 20 de alta e outras 20 oncológicas”, afirmou o secretário municipal de Saúde. Além disso, outros 34 leitos devem ser disponibilizados para a área de clínica médica e alguns serviços de exames também estão incluídos no “pacotão de serviços novos”.

Porém, o presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, afastou a possibilidade de expandir a atuação e leitos. “O acordo com a prefeitura, naquele projeto de R$ 10 milhões (o valor pedido pelo hospital para colocar a Unidade do Trauma em funcionamento) era ocupar totalmente e unidade e manter completamente os 100 leitos de atendimento lá (no prédio principal do hospital) em outras especialidades. Com este aditivo (R$ 2,850 milhões) não conseguimos continuar integral lá e aqui, é impossível”.

ALTERNATIVA 

Para não ficar nas “mãos” da Santa Casa, o plano da Sesau é diversificar e levar para outros hospitais serviços até então oferecidos apenas no maior hospital do Estado. Com isso, apesar do município não oferecer atendimento próprio de média e alta complexidade, a intenção é deixar disponível o atendimento em unidades particulares. Os recursos para os convênios devem ser oriundos de remanejamento. Um exemplo é o serviço de radioterapia na Santa Casa, que sem capacidade de atendimento abriu mão de R$ 250 mil, valor repassado para o Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA).

A medida é por conta da ociosidade de leitos em alguns hospitais. “Temos que ampliar a rede de atendimento, e a privada tem disponibilidade em áreas críticas como pediatria, oncologia. Estamos vendo quais hospitais tem interesse em fazer”.

Na quarta-feira (10) a agenda foi no HCAA e na quinta-feira (11) no Hospital El Kadri, “para discutir a possibilidade de contratualização de serviços através da habilitação da unidade ao SUS, possibilitando assim a ampliação da oferta de procedimentos”, de acordo com a Sesau. “Temos 252 leitos com 30 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), sendo dez neonatais. Além disso, temos mais 100 leitos no antigo Sírio Libanês que podemos ativar com 15 UTIs. E também podemos fazer atendimentos diversos e cirurgias”, afirmou Mafuci Kadri, proprietário do hospital El Kadri.

Outros hospitais também devem ser alvo das visitas dos titulares da SES e Sesau. “A conversa será com todos, até com o Hospital da Criança”, afirma o superintendente de relações institucionais da Sesau, Antonio Lastória.

ÚLTIMAS HORAS

FIES: Com 1.046 vagas em MS, inscrições para o segundo semestre terminam ainda hoje

A seleção dos candidatos será feita com base nas notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), considerando edições a partir de 2010

18/07/2025 13h30

Com 1.046 vagas em MS, inscrições para o segundo semestre terminam ainda hoje

Com 1.046 vagas em MS, inscrições para o segundo semestre terminam ainda hoje FOTO: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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As inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil - (FIES), referente ao segundo semestre de 2025 terminam nesta sexta-feira (18). Em Mato Grosso do Sul, são 1.046 vagas em diversos cursos e os interessados devem se inscrever até às 22h59 de hoje (Horário de Mato Grosso do Sul), na página do programa (https://acessounico.mec.gov.br/).

Vale lembrar que, o Fies é um programa de financiamento para estudantes em instituições de ensino superior privadas, mas diferente do Programa Universidade para Todos - (Prouni), o FIES não oferece bolsas de estudos, e sim um "empréstimo". Depois de concluir a graduação, o candidato deverá quitar a dívida, em parcelas proporcionais à sua renda.

O resultado da pré-seleção na chamada única será divulgado no dia 29 de julho. Confira o calendário completo:

  • Inscrições: 14 a 18 de julho
  • Resultados (pré-selecionados): 29 de julho
  • Complementação das inscrições dos pré-selecionados: 30 de julho a 1º de agosto
  • Convocação da lista de espera: 5 de agosto a 19 de setembro

FIES SOCIAL

Cabe ressaltar que, metade das vagas do programa é reservada para o Fies Social, modalidade criada para beneficiar estudantes de baixa renda. Nessa categoria, é possível conseguir até 100% de financiamento. Podem participar os candidatos com renda familiar per capita de até meio salário mínimo e inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal.

A ordem de prioridade para concessão do financiamento leva em conta o histórico do candidato com o ensino superior e o próprio Fies. Terão preferência aqueles que nunca cursaram uma graduação nem utilizaram o financiamento. Estudantes com dívidas pendentes no programa não poderão se inscrever.

As inscrições, o resultado e todas as etapas do processo seletivo devem ser acompanhados exclusivamente pela plataforma Acesso Único, do Ministério da Educação - (MEC).

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sem disputa

Licitações de obras com dinheiro do BNDES têm deságio mínimo

Governo de MS concluíu nesta semanas as duas primeiras licitações do pacote de obras, e redução sobre o valor máximo estipulado ficou abaixo de 2%

18/07/2025 13h05

O asfaltamento da MS-444 vai encurtar a distância por rodovias pavimentadas entre Selvíria e Campo Grande

O asfaltamento da MS-444 vai encurtar a distância por rodovias pavimentadas entre Selvíria e Campo Grande

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Com deságio mínimo, o Governo do Estado conseguiu concluir nesta semana as duas primeiras licitações do pacote de obras de pavimentação que pretende realizar com o empréstimo de R$ 2,3 bilhões assinado em novembro do ano passado com o  BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). As duas licitações são referentes a 34 dos 570 quilômetros previstos.

Publicação do diário oficial desta sexta-feira (18) concluiu a licitação para a pavimentação de 17 quilômetros da MS-444, em Selvíria. A obra terá preço inicial R$ 39.305.170,97, o que é apenas 1,6% abaixo do máximo estipulado pela Agesul, que era de R$ 39,97 milhões, indicando que, aparentemente, houve interesse mínimo das empreiteiras pela obra.

A empresa vencedora é a Avance Construtora, de Campo Grande, que já tem uma série de contratos milionários com a administração estadual, como cascalhameto de uma estrada no Pantanal e obas de recapeamento na cidade de Paranaíba. 

Os 17 quilômetros cujo resultado da licitação foi oficializado nesta sexta-feira referem-se somente a uma parte (lote 3) da pavimentação da MS-444. A previsão é que sejam lançadas outras duas licitações para concluir outros 30 quilômetros desta rodovia. Por enquanto, sem as duas outras etapas, o asfalto vai acabar “no meio do nada”. 

Uma segunda licitação do pacote de obras bancadas pelo BNDES foi concluída na quarta-feira (16), prevendo a pavimentação de quase 17 quilômetros da MS-380, em Ponta Porã. Apesar de ter praticamente a mesma distância (17 km) que a obra em Selvíria, o custo será 59% maior, chegando a R$ 62,59 milhões. 

A vencedora da disputa é a empresa Nosde Engenharia, de Naviraí, que também tem uma série de contratos do o Govendo do Estado em municípios como da região sul do Estado. Ela ofereceu deságio de apenas 0,99% sobre o valor máximo estipulado pela Agesul, que era de R$ 63.224.386,00. 

A licitação é relativa somente ao primeiro dos dois lotes da rodovia, que tem em torno de 32 quilômetros, nos quais existe a previsão de investimento da ordem de R$ 141 milhões. Ou seja, no segundo lote devem ser investidos outros R$ 78,5 milhões. A licitação para a segunda etapa já está na fase final. 

Este trecho faz parte dos 247 quilômetros de asfalto novo cujos editais de licitação já estão em andamento em que devem ser concluídos antes do final de 2025. A previsão é de que parte destas obras comece ainda neste ano. 

Com os R$ 2,3 bilhões do BNDES, o Governo do Estado pretende melhorar 818  quilômetros de rodovias estaduais. Para isso, terá de entrar com uma contrapartida de R$ 300 milhões. A previsão é de que sejam 570 quilômetros de asfalto novo e outros 250 quilômetros em pistas que serão restauradas.
 

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