Em menos de um mês, a Perkons , empresa detentora dos radares em Mato Grosso do Sul, desligou pela segunda vez os os 114 equipamentos redutores de velocidade instalados no Estado. O motivo é o mesmo: uma dívida alegada de R$ 10,4 milhões não paga pelo Governo do Estado. Os radares instalados no Parque dos Poderes já foram desligados.
A último vez que a Perkons suspendeu o serviço foi em 25 de julho. As alegações eram as mesmas.
Na oportunidade, a empresa esclareceu que a falta de pagamento vinha causando desequilíbrio contratual, tornando onerosa e inviável a continuidade dos serviços, que foram interrompidos diante de todas as tentativas e prazos de recebimento transcorrerem sem que houvesse qualquer pronunciamento do órgão.
De acordo com a nota, a empresa teria sido procurada pelo Detran-MS em 26 de julho e recebeu o pagamento parcial da dívida, no valor de R$1,4 milhão, retomando integralmente a prestação dos serviços. "Em mais uma nota de esclarecimento à sociedade, a Perkons expôs ter notificado o órgão sobre a necessidade de um plano de quitação do montante devido num prazo de dez dias", diz o texto.
Segundo a Perkons, o prazo expirou e a empresa tentou se reunir com o Detran e a Secretaria de Estado da Fazenda no último dia 6, onde foi solicitada prorrogação de prazo até o dia 9 para a apresentação do cronograma de pagamento da dívida, cujo valor atual é de R$10,4 milhões. "Entretanto, mais uma vez não houve qualquer manifestação ou providência de ambos", alega a empresa, no mesmo texto.
"Diante do cenário exposto, não há, neste momento, possibilidade de permanência dos serviços prestados pela Perkons. Assim, a partir de hoje, 15/08/2019, daremos início ao desligamento dos equipamentos e à interrupção dos serviços prestados pela empresa, tratando-se de um direito amparado no art. 78, inc. XV da Lei 8.666/93", ratifica a Perkons em seu texto.
O Correio do Estado tentou entrar em contato com o diretor-presidente do Detran-MS, Luiz Carlos Rocha Lima, mas o celular dele deu sinal de desligado. A reportagem aguarda resposta do Detran, não enviada até a publicação desta reportagem.