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Senadora de MS apresenta projeto para regulamentar cigarro eletrônico no país

Estudos indicam que o cigarro eletrônico diminui a função pulmonar, aumenta risco de eventos como cardiovasculares, AVC; há relatos, ainda, de maior incidência de convulsões entre os adolescentes

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A Senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) apresentou um projeto de lei para regulamentar os cigarros eletrônicos, também conhecido como “VAP", no Brasil. A justificativa da parlamentar é usar os recursos para promover políticas públicas na tentativa de inibir o uso por menores. 

O projeto, apresentado nesta terça-feira (17), trata da produção, importação, exportação, comercialização, controle, fiscalização e propaganda dos dispositivos. A parlamentar apontou que mesmo diante a proibição o consumo segue crescendo e estão tentando "tapar o sol com a peneira". 

Dados do Instituto em Pesquisa e Consultoria Estratégica, em 2018, indicam que cerca de 500 mil pessoas usaram algum tipo de cigarro eletrônico nos 30 dias anteriores à pesquisa; já em 2022, esse número passou para 2,2 milhões de pessoas.

“A crescente utilização dos cigarros eletrônicos tem acontecido à revelia de qualquer regulamentação. Do ponto de vista da saúde, não há controle sanitário sobre os produtos comercializados e as embalagens não apresentam advertências ou alerta sobre os riscos de sua utilização. Além disso, a indústria tem lançado mão de estratégias veladas de propaganda, como o uso de influencers e de postagens em redes sociais, para disseminar seu uso”, justificou Soraya. 


Para um demonstrativo de consumo, Soraya apresentou da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar que aponta que em 2019, 16,8% dos adolescentes de 13 a 17 anos já experimentaram esses produtos. Enquanto com uma possível mudança de lei o país poderia arrecadar dinheiro para desenvolver políticas públicas e combater o uso do cigarro eletrônico por crianças e adolescentes.

“Ao regular a venda e o acesso aos cigarros eletrônicos, não apenas reduzimos as chances de que esses produtos alcancem públicos mais vulneráveis, como crianças e adolescentes, mas também poderemos contribuir para o financiamento de políticas públicas voltadas para o controle do tabagismo, por meio da arrecadação de impostos”, afirma. 

Outro ponto é a questão da sonegação fiscal que causam prejuízos econômicos no país. Além disso, a parlamentar acredita que a falta de regulamentação é um erro. 

 “A posição brasileira de simplesmente proibir a comercialização, a importação e a propaganda é o mesmo que tapar o sol com a peneira. A utilização dos cigarros eletrônicos é crescente e seus usuários não recebem nenhum tipo de proteção ou orientação por parte do Estado. Paradoxalmente, diversos outros produtos que oferecem risco à saúde, tão ou mais prejudiciais que os cigarros eletrônicos, são permitidos, a exemplo dos cigarros convencionais e dos narguilés, estes mesmos aprovados pela Anvisa e encontrados em sabores e embalagens apelativos ao público infanto-juvenil”, destaca a parlamentar.

Outro lado

Segundo o relatório do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em tempos de pandemia (Covitel), a região Centro-Oeste está em primeiro lugar no uso de cigarros eletrônicos (11,2% da população). Sendo que um em cada cinco jovens com idades entre 18 a 24 anos fazem uso do produto.

Consumo

O índice da prevalência de consumo, conforme a pesquisa, estão os adultos jovens que experimentaram o cigarro eletrônico (19,7%), e narguilé (17%). Apesar de ser liberado em mais de 80 países, o uso entre adolescentes não diminuiu. Com uso permitido, os Estados Unidos e Reino Unido enfrentam problemas com adolescentes consumindo o cigarro eletrônico. 

Conforme apontou a Pesquisa Nacional de Tabaco Juvenil, de 2022, em que 2,5 milhões de estudantes do ensino fundamental e médio dos Estados Unidos afirmaram que usam o cigarro eletrônico. Sendo que um a cada quatro alunos relataram usar diariamente.

No Reino Unido, o jornal britânico Daily Mail, informou que as escolas estão trocando detectores de fumaça por sensores de calor, especialmente nos banheiros onde os adolescentes costumam se concentrar para usar o cigarro eletrônico. A diretora de um dos colégios chegou a dizer que alunos com idades entre 11 a 18 anos estão saindo da sala de aula para fazer uso do VAP.

Perigo para saúde

Nos Estados Unidos, Centers For Disease Control and Prevention (CDC) divulgou, em novembro de 2019, que  2.172 jovens desenvolveram doenças de quadros respiratórios e 42 mortes foram confirmadas.

SBPT alerta

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Fisiologia (SBPT) publicou um alerta sobre o uso de cigarros eletrônicos atrativos para crianças, adolescentes e adultos jovens. 

"A maioria dos cigarros eletrônicos utiliza propilenoglicol (gelo seco) para a entrega da nicotina, enquanto os cigarros aquecidos utilizam glicerol. O aerossol destes dispositivos libera partículas finas (de baixo peso molecular) que representam riscos para danos respiratórios e vasculares.Nos casos registrados nos EUA, os usuários inalaram óleo aquecido com THC, princípio ativo da maconha, e desenvolveram um quadro agudo semelhante à pneumonia lipoide", diz.

Veja a nota na íntegra

"A ciência já demonstrou que não há segurança no consumo desses produtos. Tampouco se conhece sua origem e processo de produção. É comprovado que o fumante, seja de cigarro convencional ou eletrônico, está exposto a um agravo de sintomas respiratórios1, como asma grave e pneumonias. 

Além disso, os dispositivos atingem temperaturas entre 300 a 400ºC, o que leva a uma combustão incompleta das substâncias, com liberação de carbonilas altamente tóxicas para o organismo. A inalação desses componentes químicos pode gerar quadros de asma, por exemplo.

Já existem dados sobre os efeitos de curto prazo do uso do cigarro eletrônico: diminuição da função pulmonar, maior risco de eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e aumento do risco de crise anginosa, além de danos ao sistema imunológico. Há relatos, ainda, de maior incidência de convulsões entre os adolescentes usuários.

Atualmente, os Estados Unidos enfrentam uma epidemia de consumo de cigarro eletrônico. Por isso, o CDC emitiu um alerta sobre doenças pulmonares severas associadas ao uso do e-cig2. Um modelo, Juul, com formato semelhante a um pen-drive, contém sais de nicotina, com altíssimo potencial de instalação de dependência.

Na opinião dos pneumologistas da SBPT, proibir é uma forma de regular e proteger as crianças e adolescentes brasileiros. Por isso, a norma em vigor da Anvisa, que proíbe os dispositivos eletrônicos de fumar (DEFs), se mostra mais eficaz, quando comparada à estratégia de liberação adotada por alguns estados dos EUA".

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Loterias

Resultado da Mega-Sena de hoje, concurso 2779, quinta-feira (26/09)

A Mega Sena realiza três sorteios semanais, terça, quinta e sábado, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

26/09/2024 19h02

Confira o resultado da Mega-Sena

Confira o resultado da Mega-Sena

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2779 da Mega-Sena na noite desta quinta-feira, 26 de setembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 13 milhões.

Confira o resultado da Mega-Sena de ontem!

Os números da Mega-Sena 2779 são:

  • 44 - 54 - 51 - 19 - 14 - 32

O sorteio da Mega-Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Mega-Sena 2780

Como a Mega Sena tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na sábado, 28 de setembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2780. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Mega-Sena é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 5,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 6 dentre as 60 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de 4 a 6 números.

Como jogar na Mega-Sena

A Mega-Sena paga milhões para o acertador dos 6 números sorteados. Ainda é possível ganhar prêmios ao acertar 4 ou 5 números dentre os 60 disponíveis no volante de apostas.

Para realizar o sonho de ser milionário, você deve marcar de 6 a 20 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 3, 4, 6, 8, 9 e 12 concursos consecutivos (Teimosinha).

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Cidades

Incêndio com devastação de 333 mil hectares resulta em multa de R$ 100 milhões, no Pantanal

Fiscalização do Ibama identificou dos proprietários que foram apontados como responsáveis pela propagação do fogo

26/09/2024 18h31

Bombeiros atuam para apagar incêndios em várias regiões do Pantanal de Mato Grosso do Sul

Bombeiros atuam para apagar incêndios em várias regiões do Pantanal de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / Corpo de bombeiros

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Uma fiscalização que envolveu averiguações durante mais de 20 dias resultou e uma das maiores multas ligadas a uma só propriedade no Pantanal por conta de incêndios florestais, neste ano.

Os fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificaram falha de proprietários rurais para ignição de incêndio e aplicaram R$ 100 milhões em multa, dividido para dois proprietários de uma mesma fazenda. O local fica no município de Corumbá e o incêndio teve início em junho.

As infrações foram lavradas nesta terça-feira (24) e cabe recurso por parte dos autuados. Não há um prazo especificado para o pagamento. Após análise de dados, esse incêndio acabou devastando uma área de 333 mil hectares, o equivale a mais de duas vezes o território da cidade de São Paulo. 

O Ibama apontou que a ignição gerou danos para mais de 130 fazendas. "A área é a maior já devastada por incêndio provocado por uma única propriedade este ano no Pantanal, abrangendo, também, outros 135 imóveis rurais afetados pelo fogo", informou o órgão federal.

Os dados mostraram que o fogo teve início em vegetação nativa do Pantanal, no interior do imóvel autuado. As condições climáticas da região favoreceram para a propagação e o incêndio levou 110 dias para ser controlado pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo). Também atuaram na região os Bombeiros de Mato Grosso do Sul, além de brigadas de outras fazendas.

Houve a constatação de ilícitos ambientais e, por conta disso, os dois responsáveis pelo imóvel rural foram identificados e multados por danificar vegetação nativa do Pantanal com uso de fogo sem autorização do órgão ambiental competente. Toda a área incendiada foi embargada pelo Ibama para permitir sua regeneração e projeto ainda precisará ser apresentado para aplicar medidas de plantio.

"O fogo causou danos ambientais severos a vegetações típicas do bioma Pantanal e impacto direto aos animais silvestres, com aumento de sua mortalidade e diminuição de substratos e recursos alimentares, dificultando sua sobrevivência. A fumaça gerada contribuiu para o aumento da poluição do ar em grande parte das cidades brasileiras, liberando poluentes atmosféricos, incluindo material particulado, gases tóxicos e compostos orgânicos voláteis. Esses gases e compostos favorecem a mudança climática ao potencializar o efeito estufa, além de gerar sérios riscos à saúde humana", detalhou a fiscalização do Ibama.

Desde agosto, o Ibama iniciou uma série de notificações preventivas a proprietários de imóveis rurais. O objetivo é exigir a adoção de medidas de prevenção e controle de incêndios em áreas agropastoris, com base na Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, instituída pela Lei nº 14.944, de 31 de julho de 2024.

As notificações orientam os proprietários sobre como proteger suas propriedades contra incêndios e alertam sobre as sanções aplicadas em caso de uso ilegal do fogo. A medida visa, principalmente, dissuadir novas ignições e evitar danos ambientais de grandes proporções.

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