Em busca de soluções para resolver os problemas de drenagem em diversas localidades de Campo Grande, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) aguarda uma autorização de financiamento com a Caixa Econômica Federal (CEF) para iniciar um programa de estruturação viária em 16 bairros.
O projeto entregue à CEF no ano passado foi orçado em R$ 542 milhões e contempla obras de estruturação
e expansão urbana nos bairros Vila Nasser, Jardim Noroeste, Tiradentes, Vilas Boas, Rita Vieira, Moreninhas, Los Angeles, Pioneiro, Aero Rancho, Centenário, Parati, Guanandi, Tarumã, Coophavilla, Batistão e São Conrado.
De acordo com o titular da Sisep, Marcelo Miglioli, dentro desse programa, serão realizados 230 km de pavimentação.
“Os bairros contemplados foram escolhidos por serem os mais afetados pela chuva e precisam receber obras de drenagem”, informou o secretário em entrevista para o Correio do Estado.
Para o investimento sair do papel, é necessário que o programa passe por um processo burocrático de aprovação do financiamento solicitado pela prefeitura por meio de carta-convite.
O processo de aprovação do projeto passará por análise e aprovação do Ministério das Cidades, seguido por uma avaliação de crédito pela CEF.
A proposta apresentada na carta-convite, conforme informou a Prefeitura de Campo Grande na reunião com a Caixa, foi cadastrada no Novo Programa de Aceleração de Crescimento (Novo PAC), do governo federal, e cobre mais de 20% da demanda e da necessidade de asfalto do município.
As atualizações na drenagem da chuva nos bairros vão fazer parte do programa Avançar Cidades – Mobilidade Urbana, também do governo federal, o qual visa melhorar a qualidade dos deslocamentos da população nos ambientes urbanos pelo financiamento de ações de mobilidade urbana voltadas aos transportes público coletivo e não motorizado (transporte ativo) e à elaboração de planos de mobilidade municipais e metropolitanos, além de estudos e projetos básicos/executivos.
TAPA-BURACOS
Enquanto o dinheiro para essa requalificação de ruas não vem, Miglioli afirmou que começou ontem uma operação de serviço de tapa buracos em função dos estragos causados pelas chuvas ocorridas em março – as quais pioraram o acesso de diversas ruas na Capital.
Conforme pontuou o secretário ao Correio do Estado, nessa operação, sete equipes vão trabalhar diariamente em todas as regiões da cidade nos reparos. O serviço só será suspenso novamente e com seu cronograma diário revisto em caso de previsão de chuvas.
Até então fora de atividade, as equipes de tapa-buracos da prefeitura somam sete grupos em operação. Esse número já foi de 10 e de até 15 equipes atuando no reparo das vias urbanas.
Durante a pandemia de Covid-19, em 2020, porém, a fim de poupar cerca de R$ 1 milhão por mês, a prefeitura reduziu o número de equipes e vem mantendo essa quantidade desde então. Segundo Miglioli, a previsão é de que o serviço consiga fechar 1,5 mil buracos por dia.
NECESSÁRIO
Com pontos falhos, o sistema de drenagem de Campo Grande foi pauta do evento Campo Grande que Queremos, em julho do ano passado, uma iniciativa do Correio do Estado.
Na ocasião, o então diretor da Águas Guariroba, Themis Oliveira, avaliou que seria necessário um investimento de R$ 2 bilhões para sanar a problemática na cidade.