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Taxação das bets: Simonet Tebet diz apostas estão levando dinheiro do Bolsa Família

Favorável a taxação, Ministra disse ser totalmente contrária a qualquer modalidade de jogos de azar

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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, voltou a criticar nesta quarta-feira (8) a influência dos jogos de azar e das plataformas de apostas esportivas, conhecidas como bets, sobre a economia popular. Segundo ela, parte dos recursos do Bolsa Família, da classe média e de trabalhadores tem sido desviada para esse tipo de jogo “normalmente ilegal”.

“Sou absolutamente contra o jogo de azar. A população brasileira não está preparada ainda. Eu sou contra cassinos, eu sou contra bets, legais ou ilegais”, afirmou em agenda junto da Ministra Sônia Guajajara e a primeira-dama Janja.

A ministra afirmou ainda que sempre se posicionou contra projetos que legalizam o jogo de azar no Senado.

“Sempre derrubei projetos nesse sentido. Fico muito preocupada com o futuro da política brasileira. Como é que o cidadão vai esperar um ano até a eleição de 2026 para ver sua vida resolvida?”, questionou, em referência ao impasse político sobre a votação da MP.

Tebet também criticou o Congresso Nacional por resistir ao aumento da taxação sobre as bets e bancos, proposto na Medida Provisória (MP) do IOF, apresentada pelo governo federal em junho deste ano.

“Onde está a cabeça do parlamento brasileiro? Será que eles estão enxergando a realidade brasileira? As bets estão contaminando tudo”, disse a ministra, lamentando que parlamentares tenham retirado o trecho que aumentava os impostos sobre o setor, cuja arrecadação seria usada para políticas públicas em 2026.

A fala de Tebet ocorre após a comissão mista do Congresso Nacional, formada por deputados e senadores, votar o relatório da MP que propõe mudanças na tributação de aplicações financeiras e ativos virtuais, incluindo apostas esportivas.

Como votaram os parlamentares

O resultado foi apertado: 13 votos favoráveis e 12 contrários. O plenário da Câmara dos Deputados retirou de pauta a MP (Medida Provisória) com alternativas ao aumento do IOF e inviabilizou a apreciação. A votação contou com 251 favoráveis votos e 193 contrários.

Entre os representantes de Mato Grosso do Sul, apenas a senadora Soraya Thronicke (Podemos) votou a favor da taxação das bets e bancos. A senadora Tereza Cristina (PP) e o deputado Beto Pereira (PSDB) votaram contra.

Favoráveis:

  • Senador Eduardo Braga (MDB-AM);
  • Senador Randolfe Rodrigues (PT-AP);
  • Senador Chico Rodrigues (PSB-RR);
  • Senador Rogério Carvalho (PT-SE);
  • Senador Weverton (PDT-MA);
  • Senador Alessandro Vieira (MDB-SE);
  • Deputado Henderson Pinto (MDB-PA);
  • Deputado Átila Lins (PSD-AM);
  • Deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ);
  • Deputado Carlos Zarattini (PT-SP);
  • Deputado Zé Neto (PT-BA);
  • Deputado Túlio Gadelha (Rede-PE).

Contra:

  • Senador Efraim Filho (União-PB);
  • Senador Wellington Fagundes (PL-MT);
  • Senador Izalci Lucas (PL-DF);
  • Senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS);
  • Deputado Rodrigo da Zaeli (PL-MT);
  • Deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);
  • Deputado Marangoni (União-SP);
  • Deputado Pedro Lupion (PP-PR);
  • Deputado Gilberto Abramo (Republicanos-MG);
  • Deputado Raimundo Costa (Podemos-BA).

A MP do IOF, busca definir novas regras para a tributação de investimentos, ações, derivativos, criptoativos e fundos, além de padronizar a cobrança do Imposto de Renda para pessoas físicas, jurídicas e estrangeiros. Segundo o governo, a medida é essencial para o equilíbrio fiscal de 2026, ainda que, após concessões feitas no novo parecer, a arrecadação prevista tenha sido reduzida em cerca de R$ 3 bilhões.

Entre as consequências das medidas, incluem:

  • Aumento da arrecadação de impostos sobre rendimentos de aplicações financeiras e ativos virtuais;
  • Maior clareza e padronização nas regras de tributação para investidores, o que pode facilitar o cumprimento das obrigações fiscais;
  • Impacto sobre a rentabilidade líquida dos investimentos, especialmente para investidores que operam com ativos virtuais e em mercados de bolsa;
  • Incentivo à formalização e registro de operações financeiras, devido à necessidade de documentação para comprovar perdas e ganhos.

 

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Cidades

Gerente de transporte é exonerado após morte de estudante de enfermagem

Com relação ao motorista do ônibus que estava com a CNH vencida, a secretária de Educação do município informou que o caso deve passar por sindicância, devido a ele ser concursado

13/11/2025 18h07

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A Prefeitura Municipal de Coxim exonerou o gerente de Transporte Escolar, Djair Bezerra Leite. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município nesta quinta-feira (13), um dia após o acidente que tirou a vida da estudante.

No caso que envolveu o servidor Cleyton Matos Campos, de 47 anos, que, segundo a secretária de Educação, Marly Nogueira, é concursado desde 2022 e estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida há mais de um ano.

Segundo a Polícia Civil informou, após o acidente que resultou no atropelamento da jovem Letícia Camargo, de 25 anos, ele chegou a dizer que manuseava o celular no momento do ocorrido, mas mudou a versão em seguida.

A secretária de Educação, Marly Nogueira, admitiu que houve falha na verificação da documentação do servidor, o que culminou na exoneração de Djair, que comandava a pasta de Transporte Escolar desde 6 de janeiro de 2025.

“A pasta não averiguou, então nós tomamos as medidas cabíveis. Já instauramos um procedimento interno para apurar e responsabilizar as pessoas, porque houve uma falha”, disse.

Questionada sobre a situação do servidor que atua como motorista do ônibus escolar, a secretária informou que o município instaurou uma sindicância. Uma comissão será montada para apurar os fatos e, por enquanto, ele não será exonerado.

“Não [será exonerado]. É por isso que foi aberto o processo de sindicância, para avaliar e ver como vai ficar a situação dele”, respondeu a secretária.

Devido ao fato de ele ser concursado, segundo explicou a gestora, ele tem direito à defesa.

“Conforme formos avançando com a instauração do procedimento interno, vamos colhendo as provas, com o jurídico e com a controladoria do município”, pontuou.

Morte da Estudante


A estudante de enfermagem Letícia Camargo, de 25 anos, da  Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), morreu após ser atropelada por um ônibus escolar na manhã desta quarta-feira (12), em Coxim, região norte do Estado. O acidente aconteceu por volta das 7h, na Avenida Mato Grosso do Sul, quando a jovem seguia para o estágio.

De acordo com testemunhas, o veículo trafegava em alta velocidade no momento do atropelamento. O ônibus atingiu a estudante e colidiu contra uma árvore. Após o impacto, o ônibus ainda passou por cima da vítima.

Letícia chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada ao Hospital Regional Álvaro Fontoura Silva, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Coxim. Natural de Pedro Gomes, a estudante cursava o último semestre de enfermagem e estava prestes a se formar.

O motorista do ônibus também foi encaminhado ao hospital e, após atendimento, prestou depoimento à Polícia Civil, que investiga as causas do acidente, posteriormente ele foi preso em flagrante. 


Funcionário efetivo da prefeitura municipal,  Cleyton dirigia um ônibus escolar com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida há mais de um ano, recusou-se a realizar o teste do bafômetro e possui antecedentes criminais por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

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80 milhões

Adriane diz que culpa de enchentes é falta de dinheiro do Governo Federal

Prefeita afirmou que Campo Grande não tem recursos próprios para arcar com obra de R$80 milhões para drenagem na Av. Rachid Neder, projeto que não foi aprovado pelo PAC

13/11/2025 17h52

Obra de drenagem está orçada em R$80 milhões

Obra de drenagem está orçada em R$80 milhões FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, afirmou na manhã de hoje que as inundações que aconteceram, de forma específica, na Avenida Rachid Neder na Capital, em razão das fortes chuvas que caíram durante a noite, são consequência da falta de envio de recursos do Governo Federal à cidade. 

Segundo Adriane, as obras de drenagem e contenção na região do São Francisco, especificamente na Avenida Ernesto Geisel, trariam uma "resposta rápida" para Campo Grande. 

"Essa é a obra que traria uma resposta rápida para a cidade. Infelizmente não tivemos aprovação no PAC, o Governo Federal não recepcionou o projeto que estava pronto, então nós estamos em busca de recursos. Essa obra da Rua Corguinho é uma obra de grande relevância que reduziria os impactos da chuva na Rachid Neder", pontuou a prefeita.

Em 2024, a Prefeitura Municipal do município elaborou projetos de infraestrutura para solicitar recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.

No mês de julho do mesmo ano, foram destinados R$150 milhões para Campo Grande, com destaque para o projeto de recuperação e adequação de drenagem e manejo de águas fluviais/Prevenção a desastres no Fundo de Vale do Rio Anhanduizinho. 

No entanto, de acordo com Adriane, o projeto que contemplava a restruturação da Avenida Mascarenha de Moraes, não foi contemplado no Plano. 

"Não houve nenhuma justificativa plausivel para que não fosse aprovado porque o projeto estava pronto e é de grande relevância para a cidade Mas, também, de grande valor de investimento. Campo grande precisa de aporte e de recursos. Sem esses recursos, não é possível fazer uma uma obra de emergência, que traz resposta para a resposta. 

Segundo a prefeita, a obra para trabalhar a drenagem e conter outros alagamentos, após décadas de problemas na região está orçada em R$80 milhões. 

"Nossa equipe tem o planejamento, mas precisamos de recursos. Recursos próprios para esse investimento, Campo Grande hoje não tem, por isso estamos buscando a parceria do governo federal e estadual". 

O impacto das chuvas sobre a região do São Francisco, especialmente no cruzamento da Ernesto Geisel, Mascarenha de Moraes e Rachid Neder, tem contribuído para o desgaste e impermeabilização do asfalto.  

"A cidade vai crescendo, vai impermeabilizando, vai criando asfalto, calçada, isso vai dificultando a drenagem nas regiões. Essa drenagem tinha um impacto quando foi construída, mas com o desenvolvimento da região, esse impacto mudou. 

Monitoramento

Campo Grande possui 16 pontos críticos que são "monitorados a todo tempo, especialmente em períodos de chuva". O acumulado de chuva entre a noite de ontem e a manhã de hoje já havia chegado a 110 milímetros na cidade em 12 horas.

"É um impacto muito grande pra cidade em curto espaço de tempo. Temos equipe a postos, preparados, mas nunca sabemos qual o volume que vai ter de chuva. As mudanças climáticas estão afetando diversas cidades e em Campo Grande não é diferente", afirmou a prefeita. 

PAC

A Casa Civil da Presidência da República divulgou, no dia 15 de outubro, uma nova lista de projetos incluídos no Novo PAC. Ao todo, 24 projetos de Mato Grosso do Sul terão recursos para obras e aquisição de bens e serviços. 

Em Campo Grande, foram incluídos empreendimentos para Equipamentos para Expansão da Radioterapia no SUS e para Creche/Escola de Educação Infantil, fora os R$150 milhões emprestados no ano passado. 

Ao todo, Campo Grande tem R$ 730.785.668,67 em projetos com investimentos do programa federal.

Chuvas

No início da tarde de hoje, mais 41,2 milímetros de chuva caíram em Campo Grande em um intervalo de duas horas, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia. A temperatura despencou 6,5ºC, saindo de 27,9°C para 21,4°C.

Mais uma vez, a avenida Rachid Neder se transformou em rio, juntamente com a avenida Ernesto Geisel. 

O alagamento deixou mãe e filha presas dentro de um veículo no meio da enxurrada. De acordo com as informações, o carro ficou parado cerca de 10 minutos no meio das águas enquanto as mulheres aguardavam o resgate. 

Segundo observadores da situação, o carro chegou a ser levado por poucos metros pela força da correnteza. O veículo foi retirado por um trator. 

Segundo o Climatempo, durante as próximas horas ainda podem cair cerca de 12,66 milímetros se estendendo até a madrugada.

Mato Grosso do Sul segue em alerta de perigo para tempestades até a manhã do próximo sábado (14), abrangendo todos os municípios do Estado. Há risco de grandes volumes de chuva, fortes rajadas de vento (até 100 km/h) e possível queda de granizo. 

Em caso de perigo, contate a Defesa Civil pelo número 199.
 

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