Cidades

Campo Grande

Um preso e dois liberados após apreensão de uísques falsificados

A mulher de 38, e o homem de 44, foram soltos por colaborarem com as investigações. O jovem de 21, continua preso. Ambos foram pegos em flagrante utilizando garrafas originais, mas com conteúdo adulterado.

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Acusados de venderem bebidas alcoólicas falsificadas em uma distribuidora no bairro Jardim Centro-Oeste, em Campo Grande, a mulher de 38 anos e o homem de 44 anos, foram soltos após colaborarem com as investigações. O jovem de 21 anos, filho da proprietária do comércio, segue preso e deve responder pelos crimes de contrabando. 

O flagrante ocorreu na última terça-feira (20), quando policiais da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon) e da Polícia Civil prenderam três pessoas: a proprietária do comércio, o filho dela e o motorista que transportava as bebidas alcoólicas falsificadas para o estabelecimento, onde os produtos eram vendidos.

Segundo as investigações, o grupo utilizava garrafas originais com conteúdo adulterado e selos e lacres falsificados. A suspeita de falsificação foi confirmada após uma análise solicitada pela Polícia Civil, que entrou em contato com uma exportadora de bebidas para realizar a verificação.

Após a confirmação, foi solicitado o  mandado de busca e apreensão para os donos do comércio

De acordo com a Polícia Civil, foram apreendidas 76 garrafas de uísque, de marcas como Buchanans, Johnnie Walker (nos sabores Gold Label e Black Label), Grand Old Parr, Chivas Regal e Jack Daniels, todos visivelmente falsificados.

O grupo também possuía um pequeno caminhão, conduzido pelo homem de 44 anos, que era utilizado para a distribuição dos produtos no comércio local.

Além das bebidas, a equipe policial também encontrou 14 g de maconha e R$ 69.800,00 (sessenta e nove mil e oitocentos) em dinheiro.

Conforme a polícia, os produtos foram enviados para a Receita Federal, que também receberá uma cópia do auto de prisão em flagrante para apurar o crime de descaminho.

A pena para o crime de falsificação de bebidas pode variar de quatro a oito anos de reclusão.

Comércio ilegal

A venda de bebidas e outras substâncias fruto de descaminho são rotineiras na cidade. Ao final do mês passado, a Polícia Civil e a Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor (Procon/MS) apreenderam 3.460 maços de cigarro de origem estrangeira, cigarros eletrônicos, essência de fumo, fogos de artifício e 35 garrafas de bebidas alcoólicas com indícios de falsificação e descaminho durante fiscalização em estabelecimentos de Campo Grande.

Os produtos falsificados foram encontrados nos bairros Campo Nobre, Jardim Canadá, Jardim Centro Oeste, Jardim Presidente, Vila Palmira e Nova Lima. Ao final da operação, cinco pessoas foram autuadas pelo crime de contrabando. 

Denúncia 
Denúncias sobre falsificação de bebidas e outros produtos podem ser enviadas de maneira anônima para o Portal Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor (Procon MS) através do canal online de denúncias. Basta acessar : https://portalservicos.procon.ms.gov.br/canal-de-denuncias
 

*Colaborou Alexandra Cavalcanti 

 

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Situação Crítica

Corumbá é 'engolida' por fumaça tóxica de queimadas no Pantanal

O Instituto suíço de medição da qualidade do ar registrou, nesta sexta-feira (13), ar insalubre, com substâncias nocivas à saúde

13/09/2024 18h00

Guilherme Giovanni

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A Capital do Pantanal desapareceu na tarde desta sexta-feira (13) em decorrência da densidade de fumaça das queimadas do Pantanal, assim como dos países fronteiriços (Paraguai e Bolívia) que também estão em chamas.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado em julho deste ano, o MapBiomas divulgou um relatório que apontou a Cidade Branca como o município que mais queimou naquele período

Divulgação Cemtec-MS

Mudanças atmosféricas causadas pela movimentação de uma frente fria ‘empurraram’ a nuvem de fumaça, que se intensificou em Campo Grande, a cidade com o pior índice de qualidade do ar registrado neste ano

“Realmente, essa questão da fumaça foi em função do vento, porque a frente fria entrou um pouquinho no sul e sudoeste do estado. Esse vento sul fez com que empurrasse e concentrasse toda aquela fumaça que estava na Bolívia e no Paraguai em direção ao estado do Mato Grosso do Sul. Assim, acabou piorando a condição de fumaça e, consequentemente, a qualidade do ar”, explicou o meteorologista do Cemtec-MS, Vinícius Sterling.

Crédito: Guilherme Giovanni em Corumbá

Alerta

Corumbá não possui uma estação de medição de qualidade do ar. No entanto, o IQAir, plataforma de monitoramento do ar, apontou que a qualidade do ar no município está insalubre, com a presença de Material Particulado (PM2.5) em 24,3 vezes acima do valor recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

A Organização Mundial da Saúde estabeleceu como parâmetro seguro para PM2.5 o nível de 5 µg/m³.

O material particulado é apontado como causador de diversas doenças e potencializador de doenças crônicas respiratórias.

 

Mudança de cenário

 

 

 

Fotos: Guilherme Giovanni

Pode chover no Pantanal?

Segundo o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul, Vinícius Sterling, a chuva pode ocorrer em algumas regiões do estado.

No entanto, para o Pantanal, a chance de chuva neste final de semana está baixa. O alívio ficará por conta da queda de temperatura em Corumbá, que, após máximas de 40 graus, deve cair para 30 graus.

“Para o domingo, não há chance de chuva para o Pantanal, infelizmente, ou com muita pouca chance. Pode eventualmente haver um aumento de nebulosidade ou uma garoa, mas é mais difícil”, explicou o meteorologista e complementou:

“Corumbá sairá dos 40 graus [registrados durante a] semana, e a temperatura deve ficar em torno de 30 graus no sábado e 25 graus no domingo, uma queda de 15 graus na máxima.”

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MAUS-TRATOS

Fazendeiro que deixou 'bois para morrer' é reincidente em maus-tratos

Em dezembro de 2021, foram encontrados 9 animais em situação de penúria em fazenda no município de Campo Grande

13/09/2024 17h45

Fazendeiro que deixou 'bois para morrer', é reincidente em maus-tratos

Fazendeiro que deixou 'bois para morrer', é reincidente em maus-tratos MPMS

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Preso por abandonar 1050 animais em uma fazenda, o pecuarista Milton Andrade Hildebrand, de 62 anos, é reincidente no crime de maus-tratos a animais. Em dezembro de 2021, outro crime ambiental foi registrado em uma fazenda no município de Campo Grande. 

Na ocasião, a equipe de investigação da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (DECAT) juntamente com uma veterinária da Subsecretaria do Bem-Estar Animal (SUBEA) se deslocaram até a Fazenda Alvorada, localizada na BR-163, KM 436.

No local foram encontrados:

  • 2 porcos em um local fechado, sem água e alimento, magros e agitados;
  • 1 galo em um local cercado por telas e com cobertura, mas apenas com água;
  • 1 galinha e 6 pintinhos, todos sem água e sem alimentos há vários dias.
  • 3 cães sem raça definida soltos no quintal, sem água e comida
  • 2 cães da raça Foxhound Americano magros, em local fechado com telas e portões, também sem água, alimentos e já desidratados.

Além de encontrarem um cavalo já em estado de decomposição avançado, em manifesta situação de maus-tratos - testemunhas disseram aos policiais que o animal havia morrido por falta de água e alimentação adequada. 

Os animais resgatados foram entregues à ONG Cão Feliz. À época, o proprietário Milton Andrade disse que não tinha intenção de matar, nem maltratar, e que, teria deixado funcionários, responsáveis pelo alimento e água dos animais.

No entanto, diante do laudo, a Subea constatou a veracidade de maus-tratos e abandono, tendo em vista que os animais estavam abandonados, sem água e sem alimento há vários dias.

A última atualização neste processo ocorreu em maio deste ano, quando o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) apresentou uma denúncia contra Hildebrand por crimes ambientais. O caso segue em andamento na Justiça de Mato Grosso do Sul.

Novo caso

No dia 4 de setembro, a Polícia Militar Ambiental de Coxim foi acionada para verificar uma ocorrência de abandono e maus tratos de bovinos em uma fazenda, às margens do Rio Taquari. O proprietário foi preso no domingo (08) em Campo Grande e conduzido a Delegacia de Polícia de Rio Verde.

Segundo o boletim, a fazenda situada na região conhecida como Tupã, entre Coxim e Rio Verde, encontrava-se em situação crítica: abandonada, com falta de água e pastagens, ou qualquer outro alimento para os animais - cenário este, que foi agravado pela seca severa dos últimos dias.

Na ação, a equipe encontrou mais de 268 bovinos mortos e em torno de 1000 vivos, muitos debilitados e incapazes de se locomover. Os policiais ambientais tentaram socorrer alguns novilhos, foi oferecido água de garrafas térmicas e alguns animais que estavam atolados em uma poça de lama, foram retirados.

Fazendeiro que deixou Bovinos não conseguiam mais andar - PMA

Após análise, os animais ficarão a cargo da Justiça, que deve determinar pelo socorro imediato por meio de sequestro de bens, ou, realizar um leilão para resolver o caso. A PMA contou com o apoio da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO), e Ministério Público Estadual (MPE).

Conforme a PMA informou, a infração cometida prevê uma multa de R$3 mil por animal, aplicada diariamente enquanto a situação perdurar. Ou seja, dependendo, o proprietário poderá pagar mais de R$2 milhões por dia. 

À ocasião, Hildebrand foi preso em flagrante na madrugada do dia 8 de setembro, em Campo Grande, município onde reside. Ele alegou que teve inscrição cancelada e gado roubado, e por isso abandonou a propriedade.

O homem revelou ainda que tem outras propriedades, e se recusou a assinar os documentos policiais.

Durante o depoimento, o autor não demonstrou comoção, e também não quis ver as fotos e vídeos de como os animais estavam ao serem encontrados. Após o depoimento, Hildebrand foi liberado.

**Colaborou Alanis Netto

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