Cidades

COVID-19

Uso de máscara passa a ser obrigatório em todo o Estado a partir desta segunda

Governo está comprando 2 milhões de máscaras para distribuir a famílias de baixa renda

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O uso de máscaras faciais de proteção passa a ser obrigatório em todas as cidades de Mato Grosso do Sul a partir desta segunda-feira (22). A medida foi anunciada e regulamentada por decreto do governo na semana passada.

Até então, diversas prefeituras tomaram a mesma medida, algumas sem prever punição. A última delas foi a administração municipal de Campo Grande, que obrigou a utilização no item na última sexta-feira (19).

É obrigatório o uso em órgãos, instituições e entidades públicas; estabelecimentos privados de acesso ao público, como restaurantes, shoppings, supermercados e escritórios; e meios de transporte coletivo intermunicipal e interestadual.

As máscaras podem ser artesanais ou industriais, desde que cubram a boca e o nariz. De acordo com a regra, os estabelecimentos poderão impedir a entrada de pessoas sem a proteção facial ou oferecer o equipamento de proteção, condicionando o uso à permanência no local.

O governo estipulou punições apenas para empresas. Elas vão de advertência educativa a interdição do estabelecimento; cancelamento de registro, de alvará ou licença; ou até intervenção, no caso de estabelecimento de serviços de interesse para a saúde, entre outras.

Essa medida visa minimizar o avanço da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Atualmente, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Mato Grosso do Sul tem 5.391 casos e 48 mortes.

DISTRIBUIÇÃO

A administração estadual vai distribuir 2 milhões de máscaras para servidores públicos e a população de baixa renda. Já foram adquiridas 1,5 milhão de unidades, ao custo de R$ 2,10 cada, totalizando R$ 3,1 milhões.

Cada máscara tem dupla camada de tecidos helanca e meia malha. Todas possuem brasões do Governo do Estado e da SES. Ao todo, serão feitas 750 mil no tamanho M e 750 mil no tamanho G.

As 500 mil restantes serão compradas de microempresários e costureiras do Estado, para incentivar a economia. Nesse caso, não foi estimado o valor do gasto.

Mato Grosso do Sul

Domingo tem temperaturas acima dos 40 e sensação térmica de 48ºC

Na região norte do estado, umidade relativa do ar chegou a 7%

08/09/2024 18h30

Em Campo Grande, a máxima registrada foi de 38,7ºC, com sensação térmica de 44ºC.

Em Campo Grande, a máxima registrada foi de 38,7ºC, com sensação térmica de 44ºC. Marcelo Victor/Correio do Estado

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Neste domingo, termômetros chegaram a marcar 41,6ºC em Mato Grosso do Sul, com sensação térmica de 48ºC, conforme levantamento divulgado pelo meteorologista da Uniderp, Natalio Abraão.

A maior temperatura, de 41,6ºC, foi registrada em Aquidauana, município 139 km a oeste de Campo Grande. A sensação térmica na cidade, neste domingo, foi de 47ºC, ficando atrás apenas da registrada em Porto Murtinho, município localizado no estremo oeste do estado, que foi de 48ºC; os termômetros registraram 41,5ºC.

Outros quatro municípios dos 33 monitorados tiveram temperaturas acima dos 40ºC:

  • Nhumirim: 41,4ºC, com sensação térmica de 46ºC;
  • Corumbá: 41,1ºC, com sensação térmica de 47ºC;
  • Miranda: 40,7 ºC, com sensação de 46ºC;
  • Água Clara: 40,1ºC, com sensação de 45ºC.

Em Campo Grande, a máxima registrada foi de 38,7ºC, com sensação térmica de 44ºC.

Clima desértico

Além das altas temperaturas, o estado vem sendo "castigado" pelo tempo seco. Neste domingo (8), a umidade relativa do ar chegou a 7%, segundo monitoramento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O índice baixo e alarmante foi observado às 15h, nos municípios de Coxim e Sonora, ambos localizados na região norte do estado.

Em Costa Rica, também no norte de MS, a umidade foi de 9% no mesmo horário. Confira o levantamento completo:

Município Umidade Relativa Mínima*
Coxim, Sonora 7%
Costa Rica 9%
Amambai, Aquidauana, Jardim, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia 10%
Água Clara, Cassilândia, Corumbá, Dourados, Maracaju, Miranda, Porto Murtinho 11%
Campo Grande, Chapadão do Sul, Ivinhema, Ponta Porã, Três Lagoas 12%
Bataguassu, Paranaíba, Rio Brilhante 13%
Itaquiraí, Juti 14%
Sete Quedas 15%
*Às 15h

Previsão

Conforme noticiado no dia 30 de agosto, a meteorologia espera que a onda de calor, que atinge o estado desde o dia 2 de setembro, dure até o dia 19 deste mês.

Em Campo Grande, o cenário deve se manter o mesmo observado neste domingo durante toda a semana, segundo o Clima Tempo. São esperadas mínimas de 25ºC e máximas de 38ºC, e a umidade deve variar entre 14 e 27%.

Para Dourados, são esperadas mínimas de 21ºC e máximas de 40ºC, com umidades que variam de 13 a 50%.

Em Três Lagoas, as máximas também podem chegar aos 40ºC, e as mínimas a 21ºC, e umidades mínimas e máximas de 13 e 70%.

Corumbá terá temperaturas máximas de 41ºC, mínimas de 21ºC e umidades que variam de 11 a 56%.

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Cidades

Carreta que transportava soja tomba em trecho da BR-163

A pista foi interditada por meia hora nesta tarde. No momento, o fluxo segue normal

08/09/2024 18h00

Carreta carregada de soja tomba em trecho da BR-163

Carreta carregada de soja tomba em trecho da BR-163 Gerson Oliveira

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Na manhã deste domingo (08), uma carreta, que levava um carregamento de soja, tombou no KM 495 Sul, da BR-163. O motorista não ficou ferido.

Segundo informações da CCR MS, a pista só foi interditada para realizar o destombamento, que ocorreu das 15h às 15h35. No momento, o fluxo segue normal.

Outros acidentes

Em agosto deste ano, uma outra carreta que levava soja, tombou no km 609, na BR-163, no município de São Gabriel do Oeste. O motorista, um homem de 43 anos, não sofreu ferimentos graves.

De acordo com informações, o veículo perdeu o controle e acabou tombando. A equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a CCR MSVia foram acionadas e estiveram no local. 

Já em junho, ainda na BR-163, em Belterra, oeste do Pará, um motorista de uma carreta que transportava produtos de lojas virtuais, perdeu o controle da direção e tombou o veículo. O motorista sofreu escoriações devido ao acidente.

Rodovia da morte

Números compilados de 2018 mostram que no Mato Grosso do Sul e na Região Centro-Oeste, a BR-163 ainda mantinha o título de "rodovia que mais mata", sendo que a privatização de 2013 buscava tirar o título macabro do trecho. 

Cerca de dois anos após a privatização, os números de 2015, de fato, apontavam para uma queda de mais de 50% nas mortes, com a PRF indicando que os 64 óbitos de 2014 haviam caído para apenas 30 em 2015.

Acontece que os números voltaram a subir, e as melhorias na via estão paradas há sete anos, já que a CCR MSVia, não cumpriu com o contrato, que previa a duplicação de todos os 845 km da BR-163, de Mundo Novo, na divisa com o Paraná, a Sonora, na divisa com o Mato Grosso. Desde o início da concessão, há dez anos, foram duplicados apenas cerca de 155 km.

O prazo para a duplicação completa terminaria em 2024, mas a concessionária fez apenas a duplicação necessária para iniciar a cobrança de pedágio, nos três primeiros anos.

A rodovia não recebe investimentos desde 2017, quando a empresa solicitou o reequilíbrio do contrato. A CCR chegou a dizer em 2019 que não tinha interesse em permanecer com a rodovia e até cobrou a devolução de ativos da União, no valor de R$ 1,4 bilhão.

Desde então, o Governo Federal vem prorrogando o contrato com a CCR MSVia para a administração da BR-163.

Em 2023, foram realizadas audiências públicas em Brasília e em Mato Grosso do Sul para debater o futuro da rodovia federal que corta o estado. Em julho, uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou a assinatura do acordo consensual entre o Governo e a CCR MSVia.

Dois meses depois, a União e o Estado fizeram uma proposta para que a CCR MSVia continuasse com a concessão, apresentando regras para assinatura do novo contrato, como a manutenção do pedágio, a duplicação de mais 68 km de rodovia e a implantação de 63 km de faixa adicional, 8 km de marginais e 9 km de contornos.

A CCR MSVia teria mais 20 anos com a BR-163, porém, com esse novo acordo, o prazo será estendido por mais 15 anos. Nos primeiros três anos contratuais, haverá investimento de boa parte do total de recursos destinados.

A empresa promete a duplicação de mais 190 km e mais 170 km de terceira faixa.

O novo contrato, que prevê R$ 12 bilhões de investimento na rodovia, deveria ter sido assinado no primeiro mês de 2024. No entanto, um impasse do Tribunal de Contas da União atrasou o processo, que ainda está parado.

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