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Verão começa chuvoso e com temperaturas acima da média

A maior parte das regiões de Mato Grosso do Sul deve registrar volumes acima do esperado nos próximos três meses, com exceção do Pantanal e do Cone Sul

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Caracterizada por dias mais longos, a estação do verão em Mato Grosso do Sul deve seguir a tendência de temperaturas elevadas e mudanças repentinas do tempo, que devem resultar em chuvas rápidas.

Na maior parte do Estado, a previsão para os próximos 10 dias é de chuvas acima de 100 mm na região centro-leste e nordeste, enquanto na região oeste as precipitações não devem ultrapassar 40 mm. 

Para o restante do verão, o quadro não muda. Entre janeiro e março, nas regiões norte, em cidades como Coxim e Chapadão do Sul, centro-norte (Camapuã) e leste (Cassilândia), que representam a maior parte do Estado, incluindo a Capital, as chuvas devem variar entre 500 mm e 700 mm.

A precipitação acumulada pode ficar 60% acima do esperado. 

Já nas regiões do Cone Sul, Pantanal e sudoeste, as chuvas estarão abaixo da média, variando entre 400 mm e 500 mm. A precipitação prevista para essas regiões poderá ser 50% menor, quando comparada a climatologia. 

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o retorno gradual das precipitações nos últimos meses é favorável para manter os níveis de água no solo, o que é importante para as plantações de soja e milho. 

No entanto, nessas áreas em que os níveis pluviométricos estarão abaixo da média, esse armazenamento de água pode estar negativo, o que pode prejudicar as culturas. 

Com essas diferenças de precipitações nas regiões no Estado, as chuvas devem ficar dentro da média histórica para o trimestre de janeiro a março de 2023. Como resultado, o verão poderá ser encerrado ligeiramente abaixo ou acima da climatologia, sem apresentar grandes desvios de precipitação. 

PREVISÃO

Segundo o Inmet, nos primeiros dias da nova estação, ocorrerá a atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (Zcas) no Estado, que é responsável pela ocorrência de chuvas, principalmente na primavera e no verão. 

O La Niña, que atua há três anos seguidos em MS, seguirá em atividade, e, conforme o Inmet, há previsão de 50% de continuidade do fenômeno e 50% de neutralidade para a estação. 

Em relação às temperaturas previstas, o verão sul-mato-grossense segue as características da estação. Os dias ficarão mais quentes do que o normal, e as temperaturas podem ser de 40% a 60% acima do normal na maioria das regiões de MS. 

O Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima do Estado de Mato Grosso do Sul (Cemtec) aponta que as temperaturas médias para a estação serão entre 25°C e 27°C na maior parte do Estado. 

Os termômetros devem ficar entre 22°C e 25°C no sul do Estado e entre 27°C e 30°C no extremo oeste. Conforme os especialistas, as temperaturas em Mato Grosso do Sul vão ficar 1°C acima da média no próximo ano, e o aumento será notado principalmente na região central do Estado. 

BALANÇO

O balanço dos três meses da primavera no Estado demonstra um aumento das chuvas. Em setembro, a média de chuvas acumuladas ficou entre 300 mm e 700 mm em todo o Estado.

Esse índice aumentou nos dois meses seguintes. Os meses de outubro e novembro registraram uma média de precipitações acumuladas entre 500 mm e 700 mm, em grande parte de MS. 

Em setembro, houve um registro de extremos, principalmente na temperatura. A maior registrada foi no dia 9, em Corumbá, que alcançou 39,8°C; enquanto no dia 23 do mesmo mês foi notificada temperatura de apenas 7,9°C em Dourados.

Saiba: O verão será extremamente quente e abafado. As temperaturas serão elevadas em todas as regiões de Mato Grosso do Sul. Para esta estação, a previsão do Inmet indica que os termômetros devem ficar acima da média esperada, que varia no Estado entre 22ºC e 30ºC.

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Itaquiraí

Mãe e filha morrem em acidente triplo na BR-487

Colisão ocorreu em trecho conhecido como estrada boiadeira, próximo ao município de Itaquiraí

13/12/2025 16h30

Foto: Portal Conesul

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Gabrieli de Freitas Vieira e sua filha Julia Pereira de Freitas, de apenas 3 anos morreram na manhã deste sábado após um acidente triplo na manhã deste sábado (13), na BR-487, próximo a região do Assentamento Santo Antônio, situado em Itaquiraí, distante 405 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a imprensa local, ambas estavam em um Jeep Compass com uma familiar de 40 anos, e seguiam de Maringá (PR) com destino a Dourados, cidade em que possuíam comércio. A família seguia na rodovia sentido BR-163 quando tentou uma ultrapassagem forçada e atingiu a traseira de um veículo Polo, que seguia na mesma direção.

Com o impacto da colisão, testemunhas afirmam que o veículo teria capotado e batido na traseira de uma carreta que seguia na pista contrária, impacto suficiente para arremessar o carro da família para fora da pista, ao lado de uma borracharia. 

De acordo com a imprensa local, o acidente aconteceu por volta das 9h30. Gabrieli e a filha morreram no local. Socorrida, a outra pessoa da família foi levada ao hospital de Itaquiraí, consciente e orientada, apesar de cortes na cabeça.

Os demais motoristas envolvidos não sofreram ferimentos graves e testaram negativo para consumo de álcool.. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Perícia estiveram no local. As causas do acidente serão investigadas na Delegacia de Itaquiraí.

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Cidades

TCE suspende licitação para reforma de ponte sobre o rio Paraguai

Inconsistências e riscos de gastos excessivos na licitação levaram o Tribunal de Contas do Estado a suspender o certame

13/12/2025 13h30

Imagem divulgação

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Menos de um mês depois de assumir como conselheiro do Tribunal de Contas, o ex-integrante do governo do Estado, Sérgio de Paula, suspendeu a licitação de R$ 11,7 milhões para obras na ponte da BR-262, sobre o Rio Paraguai.

A decisão foi publicada nesta sexta-feira (12), em edição extra do Diário Oficial do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul.

No dia 26 de novembro, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) lançou a licitação prevendo investimento de até R$ 11.728.608,10 para a execução de obras de recuperação estrutural.

Os envelopes com as propostas feitas pelas empreiteiras seriam abertos na segunda-feira (15). No entanto, foi determinada a suspensão do certame após a equipe técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) identificar “inconsistências e lacunas” em informações como:

  • Caderno de desenhos;
  • Relatório de critérios e especificações técnicas;
  • Verificação estrutural;
  • Projeto de recuperação estrutural;
  • Projeto de sinalização temporária;
  • Plano de execução.

A justificativa para suspender o processo licitatório da reforma da ponte foram inconsistências no Projeto Básico, que podem gerar gastos acima do necessário. Para isso, foi apontada a necessidade de atualização dos dados técnicos.

“Tais inconsistências podem acarretar riscos de sobrepreço, aditivos contratuais futuros e execução inadequada da obra, comprometendo a economicidade e a eficiência, em desacordo com a Lei nº 14.133/2021. Embora o projeto tenha avançado em sua conformidade com a nova Lei de Licitações, as lacunas técnicas e a necessidade de atualização são significativas. Para uma decisão embasada e para mitigar risos futuros, é crucial que as informações complementares e as atualizações necessárias sejam providenciadas e analisadas”, consta no ato.

Diante dos indícios de irregularidades no Estudo Técnico Preliminar (ETP) e no Projeto Básico, o relator, conselheiro Sérgio de Paula, determinou a aplicação de medida cautelar para suspender o processo licitatório até a regularização dos pontos apontados.

Previsão

Com previsão de início das obras somente no segundo trimestre de 2026, o valor estimado, como adiantou o Correio do Estado, indica que a reforma da ponte pode custar o dobro do apontado pelo ex-secretário de Obras, Hélio Peluffo.

Em 2023, ele previu gastos em torno de R$ 6 milhões na recuperação da estrutura da ponte, que tem sofrido diversas intervenções e situações que resultaram em tráfego em meia pista.

Essa situação ocorreu em 2023, quando a interdição durou mais de um ano, até que os reparos emergenciais fossem concluídos na pista de rolamento.

Além disso, há situação emergencial nos “amortecedores” instalados entre as pilastras e a parte superior da ponte (pista), que apresentam desgaste por falta de manutenção. Essa obra deverá ser bancada, agora, com recursos públicos.

Pedagiada "até ontem"
 

Investimento público em uma ponte seria algo normal não fosse a cobrança de pedágio, feita até setembro de 2022. Pequena fatia da receita era repassada ao Estado e a única obrigação da empresa era fazer a manutenção da estrutura, que tem dois quilômetros e foi inaugurada em 2001.

Porém, em 15 de maio de 2023 a empresa Porto Morrinho encerrou o contrato e devolveu a ponte Poeta Manoel de Barros sem condições plenas de uso, embora tivesse faturamento milionário.

Em 2022,  com tarifa de R$ 14,10 para carro de passeio ou eixo de veículo de carga, a cobrança rendeu R$ 2,6 milhões por mês, ou R$ 21 milhões nos oito primeiros meses daquele ano.

No ano anterior, o faturamento médio mensal ficou em R$ 2,3 milhões. Conforme os dados oficiais, 622 mil veículos pagaram pedágio naquele ano. Grande parte deste fluxo é de caminhões transportando minério. A maior parte destes veículos têm nove eixos e por isso deixavam R$ 126,9 na ida e o mesmo valor na volta.

Esse contrato durou longos 14 anos, com início em dezembro de 2008, e rendeu em torno de R$ 430 milhões, levando em consideração o faturamento do último ano de concessão. 

Em março de 2017, a Porto Morrinho conseguiu um abatimento de 61% no valor da outorga. Na assinatura, em 22 de dezembro de 2008, o acordo previa repasse de 35%  do faturamento bruto obtido com a arrecadação tarifária estabelecida em sua proposta comercial. A partir de março de 2017, porém, este valor caiu para 13,7%. 

Se tivesse de repassar 35% dos R$ 2,6 milhões arrecadados por mês em 2022, a Porto Morrinho teria de pagar R$ 910 mil por mês ao Estado. Com a repactuação do contrato, porém, este valor caiu para a casa dos R$ 355 mil. Em ambos os casos os valores teriam alguma variação porque ainda seria necessário descontar impostos.

Ou seja, a repactuação garantiu R$ 555 mil mensais a mais aos cobres da concessionária, que mesmo assim não cumpriu com sua única obrigação, que era manter a ponte em condições de uso. 

E, mesmo depois de parar de cobrar pedágio, ela continuou cuidando da ponte, entre setembro de 2022 até maio de 2023.  Neste período, recebeu indenização milionária, de pouco mais de R$ 6 milhões. 

O pedágio acabou por causa do fim do acordo do governo estadual, que construiu a ponte, com o DNIT, já que a rodovia é federal. Porém, o governo federal só aceita receber a ponte depois que estiver em boas condições de uso. 

** Colaborou Neri Kaspary

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