Cidades

DEBATE

Vereador quer disponibilizar voucher para vagas temporárias em escolas particulares

Parlamentar disse que lei seria forma de dar acesso à educação para crianças que não conseguem vagas em escolas públicas

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Com o argumento de suprir a demanda por vagas nas escolas municipais de Campo Grande, a Câmara Municipal irá votar, na sessão desta quinta-feira (4), um projeto de lei que visa criar um convênio entre a prefeitura e escolas particulares para disponibilizar vagas quando estas faltarem na rede municipal de ensino (Reme). 

De acordo com o autor da proposta, o vereador Valdir Gomes (PSD), se aprovada, a lei criaria uma espécie de “vaga zero” no qual crianças em situação de vulnerabilidade seriam encaminhadas para escolas privadas e, quando surgissem espaço na rede pública, o aluno retornaria para Reme. 

Ao Correio do Estado, o parlamentar ainda destacou que, quase diariamente, recebe pedidos de mães que não conseguiram vaga para seus filhos nas unidades públlicas de ensino. 

Dessa forma, segundo Gomes, a propositura da lei seria uma forma de fazer pressão no Executivo para que o problema de vagas fosse resolvido: se não com a disponibilização do voucher, por outros meios como a criação de novas vagas. 

“Existem vários processos na Justiça de mães pedindo vagas para seus filhos. Então, as escolas particulares poderiam realizar um convênio com a Prefeitura e disponibilizar um espaço que pode estar ocioso”, aponta o parlamentar. 

Conforme o texto do projeto disponível no site da Casa de Leis, o oferecimento de vagas nos estabelecimentos de ensino privado “tem caráter provisório e emergencial e cessará imediatamente após a disponibilização de vaga nas unidades educacionais da Rede Municipal de Ensino”. 

Em declaração à reportagem a presidente interina do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Zélia Aparecida Dos Santos, afirmou que esta lei não é a melhor forma de resolver o problema das vagas, já que isso traria uma série de questões para os alunos que fossem direcionadas para esses colégios. 

“Esse voucher é totalmente discriminatório. Somos a favor da criação de mais salas de aula para a Educação Infantil, dando oportunidade para que todos se matriculem”, afirmou. 

A presidente do sindicato acredita que a lei não será aprovada por apresentar diversos vícios e “não condiz com a realidade da educação pública municipal”. 

“É um projeto que já nasce com várias questões porque não respeita a constituição da educação infantil, por exemplo”, destaca.

O que diz a Semed

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) afirmou que essa demanda por vagas não existe e, inclusive, foram disponibilizadas 5.678 novas vagas para o ano letivo de 2022. Entretanto, apenas 1.731 alunos efetivaram a matrícula, garantindo a entrada na escola. 

“Esclarecemos que não há déficit de vagas para os alunos das etapas obrigatórias do ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino (REME) - alunos de 4 e 5 anos -, todos os que solicitam vagas, são prontamente designados para uma unidade escolar, onde a matrícula pode ser efetivada”, aponta a secretaria. 

A pasta ainda acrescenta que, desde 2017, ao todo, oito escolas tiveram suas obras finalizadas e foram entregues, criando um total de 7.687 vagas da Reme e, desde 2020, não existe fila de espera por vagas para unidades de ensino do município. 

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Mato Grosso do Sul

Rede de farmácias que foi à falência firma acordo milionário para indenizar trabalhadores

Justiça do Trabalho montou uma força-tarefa para que ex-funcionários da rede São Bento recebam da empresa antes do Natal

23/12/2024 16h15

Arquivo Correio do Estado

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A Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul fez um acordo com as empresas do grupo São Bento, que irão pagar mais de R$ 15 milhões a 250 trabalhadores com pendências com a empresa.

A conciliação ocorreu no último dia do recesso, em 19 de dezembro, sendo homologada na mesma data pela juíza do trabalho Fátima Regina de Saboya Salgado.

No total, são 250 processos judiciais contra o grupo, correspondendo a exatos 250 trabalhadores que procuraram a Justiça para garantir o recebimento de seus direitos pendentes.

Pagamento antes do Natal


Uma equipe do CEPP está trabalhando em regime de plantão para que os trabalhadores consigam receber o pagamento antes do Natal.

Conforme destacou o secretário Levi Lara Belão, a equipe está comprometida em auxiliar a sociedade, plenamente ciente da importância do dinheiro para os ex-funcionários da rede de farmácias.

A recomendação para quem possui ação trabalhista contra a rede de farmácias é consultar o advogado para verificar se o nome consta na lista e se o dinheiro já pode ser retirado.

Portas fechadas

Foram aproximadamente 90 lojas fechadas em 23 municípios de Mato Grosso do Sul. A estimativa é de que os funcionários estejam aguardando o acerto do pagamento há pelo menos 8 anos.

Em 2022, as últimas unidades fecharam as portas. A rede, que por mais de 70 anos foi uma das principais farmácias do Estado, agora dá sinais de que, com o acordo promovido, os funcionários que entraram na Justiça finalmente receberão um desfecho.

Recuperação Judicial


Como o Correio do Estado acompanhou em julho de 2021, o Plano de Recuperação Judicial da Rede São Bento foi aprovado na Assembleia Geral de Credores para evitar a falência.

Já que a empresa havia ingressado, em 2015, com pedido de recuperação judicial — uma manobra do grupo Buainain para evitar a falência —, a história foi se alongando ao longo dos anos.

Diante da situação, o juiz da Vara de Falências, Recuperações, Insolvências e Cartas Precatórias Cíveis de Campo Grande, José Henrique Neiva de Carvalho e Silva, aprovou o recurso. Consta no despacho que a rede devia, então, à época, cerca de R$ 73,9 milhões aos fornecedores e não tinha dinheiro para pagar essa dívida.

O magistrado concedeu uma trégua de 180 dias à empresa, período no qual ela deveria planejar como a dívida seria quitada.

A recuperação judicial foi decretada para quatro empresas do grupo Buainain: São Bento Comércio de Medicamentos e Perfumaria Ltda., Distribuidora Brasil de Medicamentos Ltda., Transmed Distribuidora de Medicamentos Hospitalares Ltda. e 6F Participações e Empreendimentos.

Com isso, ficou estipulado que a rede deveria quitar cerca de R$ 40 milhões de suas dívidas utilizando patrimônios da empresa e bens dos sócios. Deste modo, a rede conseguiu realizar os pagamentos após seis anos de espera.

 

Resultado


O CEPP, criado há cinco anos, trabalhou em diversos casos envolvendo empresas como o Consórcio UFNIII e a Viação São Luiz. Foram mais de R$ 220 milhões pagos a trabalhadores, demonstrando que a atuação da equipe tem sido eficiente.

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PERIGO NAS ESTRADAS

Moradores de MS morrem em acidentes rodoviários no fim de semana

Empresária três-lagoense e trabalhador de oficina em Camapuã foram as vítimas fatais

23/12/2024 13h01

Casos foram registrados no Paraná e em Santa Catarina

Casos foram registrados no Paraná e em Santa Catarina Reprodução/Internet

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Época do ano em que acidentes envolvendo veículos costumam ser mais comuns, dois casos registrados em rodovias durante o fim de semana vitimou, até o momento, dois sul-mato-grossenses: uma empresária três-lagoense e um trabalhador de uma oficina de Camapuã. 

O caso mais recente envolveu a dona de uma ótica e relojoaria, que fica localizada a cerca de 326 quilômetros de Campo Grande, no município de Três Lagoas, vítima no acidente registrado na noite de ontem (22), em trecho de rodovia paranaense. 

Conforme repassado pela Polícia Militar Rodoviária (PMR) ao portal local Hoje Mais, Érica Renata Soler, de 43 anos, dirigia sua caminhonete Toyota Hilux, em trecho da rodovia PR-463 no Paraná. 

Entre as cidades paranaenses de Uniflor e Paranacity, a caminhonete de Érica teria saído da pista e batido na canaleta que fica à margem da rodovia, o que fez o veículo em que a empresária estava com seu filho capotar. 

Érica acabou morrendo no local do acidente, já que, graças à força do impacto, seu corpo acabou arremessado para fora do veículo, onde também estava seu filho adolescente, que ficou com ferimentos graves e foi socorrido à Santa Casa de Maringá.

Fim de semana sombrio

Além dessa morte, já nos primeiros minutos do domingo (00h49) outro morador de Mato Grosso do Sul perdia sua vida, em um acidente registrado na rodovia SC-157, quando a Ford Ranger conduzida por Olacir Gnoato, de 56 anos, saiu da pista. 

Na altura do quilômetro 57 da rodovia, segundo informações do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, o carro não teria conseguido concluir uma curva e despencou de uma altura de 30 metros, indo parar em área de mata, longe aproximadamente 85 quilômetros de distância. 

Segundo o Corpo de Bombeiros, Olacir já estava sem vida quando os agentes conseguiram chegar ao carro, já que a vítima teria sofrido: 

  • Fraturas múltiplas no membros,
  • Hemorragia, 
  • Traumatismo craniano e 
  • Lesão cervical.

Filho mais velho do empresário camapuense, Ricieri Gnoato, Olacir trabalhava junto do pai em uma oficina do município. Como a rodovia apresentava boas condições de visibilidade e sinalização a polícia segue investigando as causas do acidente. 

 

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