Correio B

TERAPIA COM PATAS

Após visitar hospital em Campo Grande, cão terapeuta alegra pacientes em Dourados

Cães são treinados e estão com vacinas, vermífugo, exames e banho em dia; antes de irem ao hospital, tomam banho e, após as visitas, passam por um processo de higienização

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Cão terapeuta, Zili, cachorrinho macho, da raça shitzu mini, visitou pacientes da ala pediátrica, Casa da Gestante e área administrativa, nesta quarta-feira (24), no Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD).

Com gravata colorida e óculos de sol marrom, o cãozinho levou muita alegria para crianças, grávidas e outros pacientes internados no hospital.

Cãozinho Zili ao lado de seu retrato pintado na parede. Foto: divulgação/Governo Federal

Zili é famoso por visitar e levar diversão aos hospitais. Aliás, já foi até homenageado com seu retrato na parede do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (HUMAP-UFMS), em Campo Grande.

Enfermeira do HU-UFGD, Nayara Andrade de Oliveira, adorou a iniciativa. “Nossa, eu achei muito legal essa iniciativa. Principalmente aqui na pediatria que a gente trabalha com essas crianças. Eu acho que faz toda a diferença no dia a dia, até na resolução do problema de saúde dessa criança”, disse.

A gerente administrativa do hospital em Dourados, Danielly Vieira Capoano, ficou encantada com o cãozinho Zili. “Acho muito bacana, muito legal receber a visita do Zili aqui no nosso hospital. Quero parabenizar os idealizadores por essa ideia. É muito gostoso pegar ele assim, parece um bebezinho. É realmente terapêutico”, comentou.

A ação faz parte do projeto “Terapia com Patas”, que surgiu há três meses e, até o momento, possui cinco cães e três voluntários. A sede do projeto é Campo Grande, mas existe a intenção de expandir o trabalho.

Os cães são treinados e estão com vacinas, vermífugo, exames e banho em dia. Antes de irem ao hospital, tomam banho e, após as visitas, passam por um processo de higienização.

“A gente tem todo um preparo. Primeiro, a gente conhece o animalzinho, verifica se ele tem um aporte para participar do um projeto. A gente tem todo um protocolo antes de levar o animalzinho para dentro de um hospital. Então ele tem que estar com as vacinas em dia, vermífugo. Tem que ser um animalzinho dócil”, explica a médica veterinária do projeto, Gabriela Freitas.

O objetivo do projeto é levar amor, alegria, prazer e amenizar a tristeza em momentos de dor e desesperança em hospitais.

Símbolo Nacional

Às vésperas do Dia da Independência, conheça a história do Hino Nacional

Um dos maiores símbolos nacionais, o Hino passou por diversas mudanças ao longo da história, acompanhando os contextos políticos da nação

06/09/2024 17h00

Pintura

Pintura "Independência ou Morte", de Pedro Américo Reprodução

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Neste sábado, 7 de setembro, o Brasil comemora seus 202 anos de independência dos domínios portugueses. Para celebrar a data, é comum que brasileiros saiam às ruas durante os desfiles cívicos, fazendo uso de símbolos, como a bandeira, e entoando o Hino Nacional Brasileiro, ícone máximo da identidade e soberania brasileira. 

O primeiro grito

A história do Hino Nacional se funde à da nação livre, já que a primeira versão da melodia foi criada justamente em meio ao contexto político da Independência. Em agosto de 1822, um mês antes da Independência, o poeta e escritor Evaristo da Veiga criou um poema de apoio à causa, que, com a melodia de Antônio da Fonseca Portugal, se tornou o Hino Nacional Imperial. Posteriormente, em 1824, a melodia de Antônio foi substituída por uma composta pelo próprio Dom Pedro I.

Veja a letra criada por Evaristo da Veiga:

"Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a Mãe gentil!
Já raiou a Liberdade
No Horizonte do Brasil,
Já raiou a Liberdade
Já raiou a Liberdade
No Horizonte do Brasil!

Brava Gente Brasileira
Longe vá, temor servil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil,
Houve Mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil.
Houve Mão mais poderosa
Houve Mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil.

O Real Herdeiro Augusto
Conhecendo o engano vil,
Em despeito dos Tiranos
Quis ficar no seu Brasil.
Em despeito dos Tiranos
Em despeito dos Tiranos
Quis ficar no seu Brasil.

Ressoavam sombras tristes
Da cruel Guerra Civil,
Mas fugiram apressadas
Vendo o Anjo do Brasil.
Mas fugiram apressadas
Mas fugiram apressadas
Vendo o Anjo do Brasil.

Mal soou na serra ao longe
Nosso grito varonil;
Nos imensos ombros logo
A cabeça ergue o Brasil.
Nos imensos ombros logo
Nos imensos ombros logo
A cabeça ergue o Brasil.

Filhos clama, caros filhos,
E depois de afrontas mil,
Que a vingar a negra injúria
Vem chamar-vos o Brasil.
Que a vingar a negra injúria
Que a vingar a negra injúria
Vem chamar-vos o Brasil.

Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil:
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.

Mostra Pedro a vossa fronte
Alma intrépida e viril:
Tende nele o Digno Chefe
Deste Império do Brasil.
Tende nele o Digno Chefe
Tende nele o Digno Chefe
Deste Império do Brasil.

Parabéns, oh Brasileiros,
Já com garbo varonil
Do Universo entre as Nações
Resplandece a do Brasil.
Do Universo entre as Nações
Do Universo entre as Nações
Resplandece a do Brasil.

Parabéns; já somos livres;
Já brilhante, e senhoril
Vai juntar-se em nossos lares
A Assembleia do Brasil.
Vai juntar-se em nossos lares
Vai juntar-se em nossos lares
A Assembleia do Brasil."

Mudanças

Em 1831, com as mudanças que ocorreram no Brasil após a abdicação de Dom Pedro I, foi criada uma nova música, mais solene e voltada para a nova era que o país vivia. O maestro Francisco Manuel da Silva compôs a melodia que daria origem ao atual Hino Nacional Brasileiro. Na época, o país ainda não tinha uma letra definitiva, mas a música ficou marcada como símbolo de nacionalismo, sendo tocada em momentos de celebração e solenidade. 

Com a Proclamação da República, em 1889, novamente houve uma tentativa de substituir o Hino Nacional, pois o novo regime queria distanciar-se dos símbolos do Império. Foi aberto um concurso para escolher uma nova melodia, mas a composição de Francisco Manuel da Silva já estava tão arraigada na população que a tentativa de mudança gerou protestos.

Em vez de mudar o hino, o governo republicano decidiu criar um novo hino, específico para a Proclamação da República, escrito por Medeiros e Albuquerque e musicado por Leopoldo Miguez. Assim, a melodia de Francisco Manuel da Silva foi mantida como o Hino Nacional.

Versão final

Embora a música estivesse definida, a letra passou por muitas modificações. Somente em 1909, o poeta Joaquim Osório Duque Estrada escreveu a versão da letra que conhecemos hoje. Após várias revisões e críticas, a letra foi finalmente oficializada em 1922, ano do centenário da Independência do Brasil, sob o governo de Epitácio Pessoa. A letra de Duque Estrada trouxe um tom heroico e épico, exaltando a grandiosidade do país, sua história e seu futuro promissor.

Relembre:

"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante, E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó Liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido,

A imagem do Cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza

Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!

Deitado eternamente em berço esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra mais garrida Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; "Nossos bosques têm mais vida", "Nossa vida" no teu seio "mais amores".

Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde-louro desta flâmula

Paz no futuro e glória no passado. Mas, se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte!

Terra adorada Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!"

Características

O Hino Nacional Brasileiro possui uma melodia que mescla características neoclássicas, comum nas composições do início do século XIX, e elementos do romantismo. A melodia é sofisticada, com variações de tom e ritmo que exigem um certo nível de habilidade para ser cantada corretamente.

Sua letra, por outro lado, é rica em metáforas e termos eruditos, o que muitas vezes dificulta a compreensão para o público geral. Termos como "fulgente", "lábaro" e "flâmula" remetem a um português mais arcaico, mas enaltecem o espírito patriótico.

Um aspecto único do Hino Nacional Brasileiro é a necessidade de ser cantado em dois versos repetidos, já que a música de Francisco Manuel da Silva foi composta antes da letra, exigindo que a letra se adaptasse ao ritmo da melodia.

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"O Fazedor de Amanhecer"

Moinho In Concert 2024 irá homenagear poeta Manoel de Barros

Evento celebra os 20 anos da instituição e será baseado na obra "O Fazedor de Amanhecer", do poeta sul-mato-grossense Manoel de Barros

06/09/2024 15h02

Foto: Assessoria de imprensa

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O Instituto Moinho Cultural Sul-Americano está preparando o Moinho In Concert 2024, um espetáculo em formato de aula pública marcado para 14 de dezembro na Praça Generoso Ponce, em Corumbá (MS). O evento celebra os 20 anos da instituição e será baseado na obra "O Fazedor de Amanhecer", do poeta sul-mato-grossense Manoel de Barros.

Com mais de 500 pessoas envolvidas, incluindo músicos, bailarinos e profissionais da produção, o espetáculo prestará uma nova homenagem ao poeta. A instituição já havia feito homenagens a Manoel em 2007 e 2013, explorando temas das obras “Faz de Conta” e “O Segredo da Brincadeira”.

Divulgação

Os preparativos para o evento estão em ritmo acelerado, conforme explica Arce Correia, multiartista responsável pela formação de expressividade corporal e vocal que fará a interpretação do personagem que narra a história do "O Fazedor de Amanhecer".

“Participar e estar em cena com os integrantes do Moinho Cultural me oferece ferramentas adicionais para criar um texto que esteja alinhado com a proposta do espetáculo e com o objetivo de formação das pessoas”, afirma Correia.

O cantor e compositor sul-mato-grossense Márcio de Camillo fará uma participação especial com duas músicas. Camillo destaca a relevância do projeto social.

“Quando surgiu o Moinho Cultural, percebi a necessidade de uma escola de mágicas e encantamento no Pantanal. O Moinho é viver sonhando e construindo sonhos.”

A fundadora e diretora executiva do Moinho Cultural, Márcia Rolon, vê o evento como um exemplo do impacto positivo de iniciativas que unem aprendizagem e cultura.

“A poesia de Manoel é um constante aprendizado. Revisitar essa narrativa duas décadas após a fundação do Instituto oferece um benefício incomparável e concretiza o propósito do Moinho de transformar a realidade local”, conclui Rolon.

Divulgação

O objetivo do evento é promover o desenvolvimento dos participantes e aprofundar a conexão com a cultura da região pantaneira, reconhecendo o conhecimento multifacetado como um meio de ampliar perspectivas e oportunidades.

Sobre a obra

O livro "O Fazedor de Amanhecer", de Manoel de Barros, é uma coletânea de poemas que explora temas como a imaginação, a infância, o amanhecer e o anoitecer. Nessa obra, o poeta narra suas descobertas sobre o amor e apresenta alguns de seus inventos criativos, como a "manivela para pegar no sono" e o "fazedor de amanhecer".

A obra resulta de uma colaboração entre dois mestres da literatura brasileira: Manoel de Barros e Ziraldo. O convite para ilustrar a coletânea foi feito a Ziraldo em um momento especial, quando ele estava fora do Brasil, 'andava falando muito com o seu próprio silêncio'.

Ziraldo aceitou o convite, e Manoel respondeu com humor: “Se o Ziraldo aceitou fazer a ilustração, eu também ficarei ilustre.”

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