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Arquivo X está de volta com a mesma atmosfera original

Arquivo X está de volta com a mesma atmosfera original

OMELETE

23/01/2016 - 11h40
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Arquivo X está de volta depois de 14 anos com seis episódios inéditos estrelados por Gillian Anderson e David Duchovny, sob o comando do criador da série, Chris Carter. A convite daFox, assistimos ao primeiro capítulo do retorno da série antes de sua estreia e, tanto tempo depois, a produção não perdeu sua essência de paranormal, extraterrestre e, principalmente, aquele fundinho de paranoia.

[Cuidado, possíveis spoilers abaixo!]

Anderson e Duchovny retornam, agora mais maduros, aos papéis que catapultaram suas carreiras ao longo dos anos 90. Tanto Dana Scully quanto Fox Mulder passaram por inúmeras provações em seus dez anos de FBI. Scully agora é médica-cirurgiã no renomado hospital Our Lady of Sorrows em Washington, enquanto Mulder está aparentemente desempregado e paranoico. Parece que eles não se falam há algum tempo, mas quando Tad O'Malley (Joel McHale), um famoso jornalista político de direita, entra em contato com Scully com um possível novo arquivo x, é para Mulder que ela logo liga.

Quando o retorno de Arquivo X foi anunciado, já sabia-se que a nova temporada teria apenas seis episódios, 18 a menos que suas nove antecessoras. Quando estreou e durante os anos seguintes, a produção ficou conhecida por ter sido a primeira a estabelecer uma mitologia que se estendia ao longo das temporadas - e, eventualmente, ao longo de toda a série - além de apresentar o "monstro da semana", sem deixar de lado o elemento procedural que era a principal base de todos os programas da época. Com 24 capítulos, era complicado preencher todas essas horas somente com uma trama contínua, mas o time de roteiristas criava excelentes histórias individuais para preencher esses momentos de pausa na narrativa geral.

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Pet B+: Como a humanização dos pets influencia a escolha do alimento. Confira aqui

Tutores buscam opções mais naturais e equilibradas, refletindo o cuidado que têm com a própria alimentação

15/11/2025 15h30

Pet B+: Como a humanização dos pets influencia a escolha do alimento. Confira aqui

Pet B+: Como a humanização dos pets influencia a escolha do alimento. Confira aqui Foto: Divulgação

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A relação de amor e carinho entre os homens e seus pets está mais forte do que nunca. Os cães, que inicialmente foram domesticados para ajudar na caça, dormiam no quintal, eram alimentados com restos de comida e levados ao médico-veterinário apenas quando doentes, e os gatos, que evitavam a presença de roedores em locais para armazenamento de alimentos, tinham acesso irrestrito à rua e em muitos casos, eram considerados animais “comunitários”, hoje vivem dentro de casa, dormem na cama e no sofá, recebem alimentação de alta qualidade e são levados periodicamente ao médico-veterinário para consultas preventivas. 

Os pets passaram a ser considerados membros do que ficou conhecido como “famílias multiespécie” — núcleos familiares compostos por pessoas e seus animais de estimação, reconhecendo os laços afetivos e emocionais que os unem. Já os humanos, que antes eram donos dos pets, passaram a ser melhores amigos e agora, muitos se identificam como “pais de pets”. Como resultado desse processo de humanização, os cuidados com os animais de estimação têm crescido — e a alimentação ocupa papel de destaque nesse novo cenário. 

“Os tutores estão cada vez mais atentos ao que oferecem aos seus pets. Se antes buscavam alimentos que apenas saciassem a fome e nutrissem o animal de estimação, hoje procuram alimentos que expressem o mesmo cuidado e atenção que dedicam à própria saúde, priorizando ingredientes naturais, alta qualidade nutricional e benefícios extras para promover o bem-estar. Muitos preferem até economizar em suas próprias compras do que em produtos para seus pets”, destaca Amanda Arsoli, médica-veterinária da Adimax, fabricante de alimentos para cães e gatos.

Entre as principais demandas dos tutores que buscam uma alimentação com olhar mais humanizado para seus companheiros estão:

- ingredientes de qualidade humana: preferem alimentos feitos com ingredientes naturais, funcionais e com padrão semelhante ao de produtos para consumo humano;

- saúde e bem-estar: valorizam opções saudáveis, que promovam longevidade, vitalidade e previnam problemas de saúde;

- personalização: procuram alimentos adaptados à idade, raça, porte e condições específicas de saúde dos animais.

Esse movimento tem transformado o mercado de pet food. Linhas de alimentos e snacks com apelo natural, sem a inclusão de conservantes artificiais, corantes e ingredientes transgênicos, ganham cada vez mais espaço nas prateleiras e no coração dos tutores.

Ainda que os tutores tenham as melhores intenções, Amanda Arsoli alerta para um ponto importante  que pode trazer prejuízos à saúde dos pets: “A humanização dos animais de companhia, sem considerar que são de espécies com necessidades físicas, biológicas e comportamentais diferentes das humanas, pode levar a erros como suplementação desnecessária; deficiência nutricional causada por dietas caseiras desbalanceadas; oferta excessiva de petiscos; manejo alimentar inadequado (como deixar alimento à vontade); veganismo; oferta de alimentos crus; superalimentação, sobrepeso e obesidade. Por isso, é importante sempre fornecer alimentos de qualidade, completos e balanceados, na quantidade recomendada nas embalagens ou orientada pelo médico-veterinário de confiança”.

A obesidade, inclusive, vem se tornando cada vez mais comum entre cães e gatos. Apesar de haver uma predisposição genética em algumas raças, além de fatores endocrinológicos (como o hipotireoidismo), a doençatem como principal causa o desequilíbrio provocado pelo excesso de calorias oferecidas. Os quilos a mais podem comprometer gravemente a saúde dos pets e têm potencial de reduzir sua expectativa de vida.

No caso de pets com sobrepeso ou obesidade, Amanda explica que apenas diminuir a quantidade diária de alimento não é a solução correta, pois junto com as calorias, seriam reduzidos os nutrientes essenciais, comprometendo a saúde do cão ou gato. 

“O ideal é ajustar a dieta com alimentos formulados especificamente para o controle de peso, que apresentam densidade energética reduzida, mas mantêm o equilíbrio de todos os nutrientes necessários. Após o emagrecimento, é recomendado migrar para uma dieta de manutenção com menor densidade calórica, associada a hábitos saudáveis, como passeios regulares, estímulo a brincadeiras e controle de petiscos”.

Mais do que uma tendência de mercado, a busca por alimentos mais naturais reflete uma nova forma de expressar amor e responsabilidade. Investir em uma nutrição de qualidade significa promover uma vida mais longa e saudável para os cães e gatos.

 

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Cinema B+: Tudo é justo: o julgamento exagerado da série com Kim Kardashian

A nova série da Disney+ e de Ryan Murphy é acusada de tudo, mas não é pior do que já vimos antes.

15/11/2025 13h30

Cinema B+: Tudo é justo: o julgamento exagerado da série com Kim Kardashian

Cinema B+: Tudo é justo: o julgamento exagerado da série com Kim Kardashian Foto: Divulgação

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Em tempos de redes sociais, poucas coisas são tão implacáveis quanto o tribunal da opinião pública. All’s Fair (Tudo é Justo), nova criação de RyanMurphy para a FX e o Hulu (aqui no Disney+), virou ré em tempo recorde e o veredito foi unânime: culpada de exagero, superficialidade e pretensão. As críticas vieram de todos os lados, da imprensa e dos espectadores, que enxergaram no projeto um desfile de estereótipos, histrionismo e glamour vazio. Mas, olhando com alguma distância, talvez o “crime” da série seja apenas o de repetir uma fórmula que a própria televisão americana consagrou há décadas, por isso por que tanto ódio?

Um tribunal de egos e vaidades

Na trama, Kim Kardashian interpreta Allura Grant, uma poderosa advogada de divórcios que comanda um escritório de mulheres em Los Angeles, especializado lidar com separações milionárias. Ao lado de Sarah Paulson, Naomi Watts, Glenn Close e Niecy Nash-Betts, ela mergulha em um universo onde ética, imagem e espetáculo se confundem, e onde cada audiência é tão performática quanto um tapete vermelho.

Tá, ela não é atriz, mas se algo comprova que o investimento valeu a pena são os algoritmos. Tudo É Justo estreou como um dos maiores sucessos da Hulu e se mantém em evidência porque no fim das contas é um veículo para os fãs curtirem Kim, e Murphy sabia disso.

A série combina drama, ironia e autoconsciência, um retrato tão exagerado quanto fascinante da cultura americana do sucesso. Cercar Kim de atrizes consagradas é uma boa estratégia porque mesmo com situações e diálogos absurdos, elas fazem mágica. Pelo menos Sarah Paulson faz. Tudo bem que seria um enigma ter estrelas indicadas ao Oscar e vencedoras do Emmy em papéis secundários se elas não estivessem associadas aos dois nomes mais lucrativos da indústria no momento. Aqui, nada muda para Kim ou Murphy e eles seguem amados por seus fãs.

Entre Laura Wasser e Kim Kardashian

A inspiração da série vem de duas fontes claras. A primeira é Laura Wasser, advogada das celebridades e ícone real de Hollywood, conhecida como “a rainha dos divórcios”, que representou nomes como Angelina Jolie, Britney Spears e Johnny Depp. Sua persona sofisticada, estratégica e midiática é a base do tipo de advogada que Murphy retrata: uma mulher que domina a lei e as câmeras com o mesmo controle.

A segunda inspiração é a própria Kim Kardashian, bacharel em Direito, que ainda está em processo para obter a licença que lhe permitirá advogar oficialmente, repetindo o caminho de seu pai, Robert Kardashian, célebre integrante da equipe de defesa de O.J. Simpson. Ao interpretar uma advogada em Tudo É Justo, Kim faz o que Ryan Murphy mais gosta: brincar com a linha entre realidade e ficção, transformando a própria imagem em performance. Vê la mal como atriz me preocupa menos do que antecipar o dia no qual ela for estar no Fórum advogando. 

Cinema B+: Tudo é justo: o julgamento exagerado da série com Kim KardashianCinema B+: Tudo é justo: o julgamento exagerado da série com Kim Kardashian - Divulgação

Um novelão com toga

Ryan Murphy nunca escondeu o gosto pelo melodrama. Desde Nip/Tuck até Feud e American Crime Story, sua assinatura mistura escândalo, ironia e crítica social. Em Tudo É Justo, ele faz o que sabe melhor: transforma o poder em espetáculo. Luxuosa, teatral e autoconsciente, a série é um novelão jurídico, com ritmo de telenovela de tribunal, figurinos de revista e diálogos repletos de sarcasmo. O problema, talvez, seja o momento: o público hoje exige sutileza, enquanto Murphy insiste na grandiosidade e no exagero, o que faz parte de seu DNA. Mesmo assim, há carisma e química.

O quarteto central — Paulson, Watts, Close e Kim — domina a tela, mesmo quando o roteiro tropeça nas próprias ambições.  O julgamento do público — e o carisma do elenco Na recente passagem pelo Brasil, para divulgar a série no Rio de Janeiro, as estrelas foram cercadas por fãs e curiosos, e conquistaram todos. Naomi Watts, Sarah Paulson, Niecy Nash-Betts e Kim Kardashian mostraram jogo de cintura raro: sorriram, brincaram com as críticas, tiraram fotos, atenderam fãs e deram respostas espirituosas sobre o “tribunal das redes”. Em meio à acidez que recebem desde a estreia, foram simpáticas, disponíveis e autodepreciativas, num contraste delicioso com o tom severo que as acompanha na ficção. Como resistir?

Veredito

No tribunal de Ryan Murphy, ninguém é inocente, nem o público. Tudo é Justo pode ser um exagero, mas é também um retrato do nosso tempo: elegante, caótico e irresistivelmente julgador. E, como o título já avisa, tudo é justo, ou, como sabemos no Brasil, vale tudo.

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