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Cinema B+: O Emmy 2025 Já Tem Donos E a Noite de Domingo Deve Apenas Confirmar

The Studio, Severance e Adolescence lideram a corrida para uma cerimônia que promete mais consagrações do que surpresas, com espaço apenas para uma ou outra virada pontual

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A esta altura, a cerimônia final do Emmy não é exatamente um mistério — é quase um roteiro. Depois de dois fins de semana de Creative Arts, que já sinalizam tendências e eliminam grande parte do suspense, o domingo deve apenas carimbar o que os números e o humor da Academia vêm dizendo: será uma noite de confirmações, com uma ou outra surpresa pontual (se acontecer), mas nada que reescreva o enredo.

Em comédia, o impulso de The Studio é difícil de conter: recorde de indicações, avalanche nos técnicos e aquele apelo irresistível de série sobre o próprio showbiz — a combinação que a Academia ama. A lógica aponta para vitória em série e um pacote que inclui roteiro/direção; no elenco, Seth Rogen desponta como rosto da consagração, e Catherine O’Hara deve colher o carinho da indústria em coadjuvante; se a onda for realmente “noite do The Studio”, Ike Barinholtz fecha o trio. Do outro lado, Hacks permanece como o adversário respeitado e, se alguém quebrar a corrente em atriz de comédia, será Jean Smart — que, honestamente, a Academia raramente resiste quando ela está no páreo.

Em drama, Severance chega com a força aritmética (e simbólica) do líder de indicações e um retorno de temporada que rendeu troféus na parte técnica; é o tipo de frontrunner “difícil de votar contra” quando o colégio inteiro participa das categorias de programa. Se houver abalo, ele atende por The Pitt — pouco volume de indicações, muita conversa crítica, um daquelas vitórias estratégicas em premiações-ponte que inflamam a narrativa de “crescimento tardio”. Ainda assim, a aposta segura continua sendo Severance levando série e repartindo direção/roteiro, com Adam Scott brigando pelo protagonismo.

Em ator, porém, o duelo tem cheiro de foto-finish: Noah Wyle pode ser a escolha sentimental-eficaz que a Academia adora resgatar, enquanto Sterling K. Brown ronda como aquele terceiro nome que sempre aparece nos boatos de última hora. Em atriz, o simbolismo de Kathy Bates por Matlock se impõe (seria um marco histórico e um aceno à TV aberta), mas Britt Lower é o “plano B” pronto para entrar se o corpo votante preferir alinhar tudo à hegemonia de Severance.

Em limitada/antologia, a matemática e o zeitgeist empurram Adolescence para o centro do palco: menos indicações que The Penguin, mas tração global, boca a boca e o perfil de “a série de que se falou o ano inteiro”. Penguin deve sair com o que veio buscar em atuação: Cristin Milioti tem o papel de estilhaçar envelopes e Colin Farrell, a estatueta que completa o arco.

O arco de apoio parece desenhado para um pequeno domínio de Adolescence (Erin Doherty e o jovem Owen Cooper formam o tipo de dupla narrativa que a Academia costuma transformar em “momento”), enquanto, no drama, The White Lotus mantém o magnetismo de elenco que rende vitórias pulverizadas — e é aqui que Aimee Lou Wood e Sam Rockwell aparecem como apostas de assinatura, daquelas escolhas que contam uma história dentro da história. E sim, ninguém tira o Emmy de Carrie Coon esse ano.

Entre os formatos, o pêndulo do “é isso e pronto” fica ainda mais óbvio. Talk Series tende a se transformar no grande suspiro catártico por The Late Show With Stephen Colbert — uma correção tardia somada ao barulho do ano e ao empurrãozinho das vitórias técnicas do fim de semana. Scripted Variety premia a instituição viva: Saturday Night Live é tradição, músculo e uma festa de 50 anos que a Academia não costuma deixar sem brinde — e, já que é aniversário, SNL50: The Anniversary Special deve prevalecer entre os live specials e ampliar a sensação de “noite comemorativa”.

Em Reality Competition, The Traitors parece ter quebrado a represa e, quando isso acontece nessa categoria, vira hábito: Alan Cumming já adiantou o recado em apresentador, e o programa deve repetir o troféu principal.

No mais, a liturgia se cumpre. Haverá In Memoriam — forte, com performance pensada para cortar o ruído —, e um momento de tributo humanitário que organiza a emoção coletiva antes do sprint final de envelopes. E é por isso que falo em aviso, não em previsão: a separação das cerimônias serve justamente para essa engenharia de expectativas.

Os Creative Arts limpam a trilha, a principal colhe os frutos visíveis. Surpresas existem? Claro. Uma virada aqui, um “como assim?” ali, especialmente em categorias de atuação mais congestionadas. Mas os últimos anos ensinaram que a noite raramente é um terremoto; é, no máximo, um solavanco.

Portanto, espere The Studio carimbando a ascensão em comédia, Severance consolidando a liderança em drama com potencial de disputa pontual (colocando a Apple Tv Plus com destaque), Adolescence impondo sua narrativa em limitada, e um punhado de vitórias que selam trajetórias individuais — Jean Smart onde sempre esteve, Milioti e Farrell no auge do timing, escolhas de coadjuvantes que parecem evidentes quando vistas no dia seguinte. Se algo muito fora do script acontecer, ótimo: todo prêmio merece um susto. Mas a TV, amanhã, deve mais uma vez preferir o conforto do que já foi combinado nos bastidores dos números.

DIVERSÃO

5 aplicativos para fazer revelação de amigo da onça

Chegou a época das festas de fim de ano e com ela a tradicional brincadeira do amigo secreto. Conheça os melhores apps para organizar e tornar a revelação ainda mais divertida

12/12/2025 13h37

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A brincadeira do amigo oculto, também conhecida como amigo da onça ou amigo secreto, é uma tradição que reúne famílias, amigos e colegas de trabalho durante as festas de fim de ano.

Com a tecnologia cada vez mais presente no nosso dia a dia, surgiram diversas ferramentas digitais para facilitar a organização e tornar o momento da revelação ainda mais especial.

1. Amigo secreto (My Secret Santa)

Considerado um dos mais completos do mercado, o aplicativo Amigo Secreto permite criar grupos, sortear participantes automaticamente e enviar notificações para todos os envolvidos.

O diferencial está na função de revelação gradual, onde dicas sobre quem é o amigo secreto são liberadas aos poucos, aumentando a expectativa e a diversão.

Baixe no Google Play para Android

Baixe na App Store para Iphone

2. Sorteio fácil

Com interface intuitiva e design moderno, o Sorteio Fácil se destaca pela simplicidade. O app permite definir valores mínimo e máximo para os presentes, criar listas de desejos e fazer o sorteio mesmo sem que todos os participantes tenham o aplicativo instalado. Na hora da revelação, oferece recursos de animação que tornam o momento mais emocionante.

Baixe no Google Play para Android

Versão não disponível para IOS

3. Secret Santa

Popular em vários países, o Secret Santa traz recursos de chat integrado para que os participantes possam interagir anonimamente antes da revelação. O aplicativo também permite fazer enquetes sobre local e data do encontro, facilitando a organização do evento.

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Baixe na App Store pra Iphone

4. DrawNames

O DrawNames é ideal para grupos grandes e famílias numerosas. Além do sorteio tradicional, permite criar exclusões (para evitar que casais ou irmãos tirem um ao outro) e possui uma ferramenta de revelação ao vivo, onde todos podem participar simultaneamente através de videochamada integrada.

Baixe no Google Play para Android

Baixe na App Store para Iphone

Site oficial também disponível

5. Amigo oculto online

Gratuito e sem necessidade de cadastro, o Amigo Oculto Online funciona diretamente pelo navegador. Perfeito para quem prefere praticidade, o app envia o resultado por e-mail ou WhatsApp e oferece templates personalizáveis para a revelação, com temas natalinos e de fim de ano.

Baixe no Google Play para Android

Dica Extra:

Independente do aplicativo escolhido, o mais importante é o espírito de confraternização que a brincadeira proporciona.

Os apps são apenas ferramentas para facilitar a organização e adicionar um toque de modernidade a essa tradição tão querida pelos brasileiros.

AGENDA CULTURAL

Fim de semana tem ópera afro-brasileira, música e cinema

À frente da banda O Capuz Negro, cantor e multi-instrumentista Jorge Aluvaiá lança ópera afro-brasileira "Crônica sob o Céu Lilás"; Simona e Vozmecê agitam Praça Bolívia; Rose Mendonça estreia solo de dança e, em Corumbá, tem "Moinho In Concert"

12/12/2025 09h00

Ao lado da banda O Capuz Negro, o multi-instrumentista (ao centro) estreia a ópera afro-brasileira

Ao lado da banda O Capuz Negro, o multi-instrumentista (ao centro) estreia a ópera afro-brasileira "Crônica sob o Céu Lilás", amanhã, às 19h, no Teatral Grupo de Risco Divulgação

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O irrequieto multiartista Jorge Aluvaiá está fechando este ano com um ambicioso projeto. À frente da banda O Capuz Negro, ele estreia amanhã, às 19h, no Teatral Grupo de Risco (Rua Trindade, nº 401, Jardim Paulista), o show “Crônica sob o Céu Lilás”, que o próprio músico define como uma “ópera espacial afro-brasileira, um concerto surrealista que envolve tradição oral e retoma as raízes afro-brasileiras, com música, poesia e imaginação”.

No palco, com os seis parceiros do Capuz, Aluvaiá vai mostrar as 18 faixas que dão vida ao enredo do novo trabalho. As composições acompanham, com “muita mística”, a jornada de um viajante imaginário, o Mensageiro Rubro, considerado pelo band leader uma “entidade cósmica”, que vive uma epopeia ao aportar no Brasil do século 19, quando perde a capacidade de voar.

Para tentar superar sua condição, Rubro acaba hibernando nas águas do Rio Paraguai e, nessa nova realidade, inicia uma intensa trajetória de “brasilidade”, ritmos diversos, performances e ensinamentos ancestrais.

“A gente conta essa história através de um espetáculo musical, um concerto, e me utilizo também de linguagens da arte, como poesia declamada, para dar vida a essa proposta, para trazer a potência e as possibilidades do fantástico, que é a pulsão de vida, da criatividade, da imaginação”, viaja Aluvaiá.

Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla, por R$ 20. A produção do evento anuncia também uma campanha de “apadrinhamento de ingressos” para contemplar jovens de instituições beneficentes, com cada entrada ao custo de R$ 18.

PRAÇA BOLÍVIA

A última edição deste ano da feira cultural Praça Bolívia, neste domingo, das 9h às 14 horas, será embalada por seis atrações musicais: o veterano Simona, o duo Vozmecê, Dandaras, Menos Pausa, Sangre Latino e Nobres. O evento conta com estandes de arte e artesanato, moda, pratos típicos e antiguidades. Endereço: Rua da Garças com Rua Aníbal de Mendonça, Bairro Santa Fé.

ROSE NA DOBRA

A dançarina Rose Mendonça estreia hoje o solo de dança “Dobra no Tempo”, às 19h, na Estação Cultural Teatro do Mundo. Uma segunda apresentação está agendada para amanhã, na sede da Central Única das Favelas (Cufa), na Rua Livino Godói, nº 710, Jardim São Conrado, às 16h. Os ingressos estão disponíveis gratuitamente na plataforma Sympla.

O solo integra o projeto Corpo-Território, que envolve ainda a realização de a oficina de house dance Tessituras Dançadas, amanhã, das 9h às 11h, no Centro Cultural José Octávio Guizzo.

O projeto busca democratizar o acesso a produções artísticas, contribuir para a visibilidade das danças negras na cidade, ampliar as discussões e estimular reflexões sobre a dança na sociedade, fortalecer a memória da arte contemporânea negra local e oportunizar um espaço seguro para debates acerca das questões raciais e de gênero.

Com direção artística de Simone Vieira, “Dobra no Tempo” se coloca como “um ritual” de movimento e som para despertar a potência do corpo e da presença, em que cada movimento é um gesto de afirmação e cada som é uma vibração capaz de ressoar no indivíduo.

“Com a intensidade da música house, seu fluxo único e mistura poderosa, no solo exploro a relação entre o meu corpo, o espaço e o tempo em um jogo de improviso, com os passos básicos e complexos da house dance e as corporeidades das danças afro-brasileiras”, afirma Rose, que, para realizar o projeto, contou com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), do governo federal e do Ministério da Cultura, sob operação da Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande (Fundac).

“Dobra no Tempo” tem produção-geral de Ariane Nogueira, produção executiva de Marcos Mattos, Livia Lopes como social media, design gráfico de Leonardo Sales, produção audiovisual de Kaique Andrade, Jessé Macedo e Karem Martins como intérpretes de Libras, criação e confecção de figurino de Jéssika Rabello (Ajuberô Ateliê) e assessoria de imprensa por Isabela Ferreira (Reconta). As apresentações contarão com a participação da artista Aline Serzedello Vilaça.

“MOINHO IN CONCERT”

O Moinho Cultural realiza, neste sábado e no domingo, mais uma edição do “Moinho In Concert”. Sob a direção geral de Márcia Rolon, o espetáculo foi anunciado como “uma travessia que mistura memória, sonho e ancestralidade”, conduzindo o público pelos caminhos do Peabirú, a antiga rota sagrada dos povos originários, com música, dança e imagens.

A montagem reúne mais de 500 artistas, entre orquestra, coral, bailarinos, crianças, adolescentes e jovens atendidos pela ONG, tornando-se uma das maiores produções culturais da região.

O mergulho no imaginário da rota é acessado por jogos de amarelinha, explorando símbolos como o caracol e a cruzada para construir uma narrativa que convida o público a refletir sobre travessias internas, pertencimento e superação.

“Estamos alinhavando um novo Peabirú, como o sonho e o jogo de amarelinha, com a intenção de levar todos para o seu próprio céu”, diz Márcia Rolon. As apresentações serão às 19h30min, na sede do Moinho, em Corumbá.

A equipe de criação reúne pesquisa de linguagem e concepção coreográfica de Fernando Martins, a coreógrafa e ex-primeira bailarina do Stuttgart Ballet Beatriz Almeida, o ator Arce Correia, coralistas, músicos e o artista Leoni Antequera, da Bolívia.

A trilha sonora, com arranjos assinados por ex-alunos do Moinho, é inspirada no barroco sul-americano. Os figurinos foram confeccionados, dentro da instituição, por mães de participantes, retomando uma tradição afetiva que aproxima famílias do processo artístico.

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