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CINEMA

Diretor sul-mato-grossense prepara documentário que reúne imagens inéditas do poeta Manoel de Barros

Diretor sul-mato-grossense prepara documentário que reúne imagens inéditas do poeta Manoel de Barros

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“Biografia para mim é onde o poeta aprendeu a brincar”. Para Manoel de Barros, todas as respostas de entrevistas eram como versos para o interlocutor. “Foi dessa forma que ele me respondeu quando eu disse que precisava de uma biografia para o filme ‘Caramujo-Flor’”, explica o cineasta Joel Pizzini. 

Trinta anos após o lançamento do curta-metragem baseado na obra de Manoel de Barros, Joel Pizzini revisita o velho amigo em uma série de vídeos, ainda guardados em VHS e que vão se transformar em um documentário.  “O Manoel nunca quis um filme informativo. Eu precisei encontrar um novo caminho durante a produção de ‘Caramujo-Flor’, mais experimental para que ele concordasse com a proposta. O filme foi  bem recebido justamente pelo lado experimental, poético e eu devo muito ao ‘não’ e a provocação que o Manoel me deu inicialmente”, reconhece Pizzini. “Caramujo- Flor” conquistou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Huelva (Espanha) e recebeu os prêmios de Melhor Direção e de Fotografia no Festival de Brasília de 1988.

Para o cineasta, o melhor elogio sobre o filme veio do próprio poeta. “Manoel me disse: ‘Não é a minha poesia, é ambiência dela. Seu filme me deixou quieto’. Hoje percebo que há muito da poesia de Manoel não só nas respostas dele, mas na postura, na performance que ele assumia, na timidez, no gestual, no corpo e nos olhos”, assume Pizzini. 

O cineasta gravou os encontros com Manoel de Barros, realizados no ano de 1987, para o estudo do filme “Caramujo-Flor”. “Eu não pensei em usar na época do curta-metragem, filmei apenas para o registro dos encontros e o trabalho de produção. Mas agora estou recuperando as gravações e tem muitos momentos dos encontros em VHS”, diz.

A mídia antiga conservada é parte não só da história de “Caramujo-Flor” ou da vida de um cineasta encantando com sua fonte de pesquisa, mas do próprio Estado, que reconhece Manoel de Barros como um dos maiores poetas que já escolheram Mato Grosso do Sul para viver. “É de cheirar e mandar guardar, como dizia Manoel de Barros. Ele me falou essa frase um dia, entusiasmado, porque tinha ouvido de um pantaneiro. Ouvi coisas muito bonitas dele e que ainda hoje têm muito significado”, ressalta. Sem data de lançamento, o documentário por enquanto só tem título: “Manual de Barros – Retrato do Poeta quando Coisa”. 

IDENTIDADE

Joel Pizzini faz questão de afirmar que é sul-mato-grossense. Apesar de apaixonado pelo Estado, com diversos projetos inspirados na terra, uma questão do destino o fez nascer em outro local. “Minha mãe é carioca e meu pai sul-mato-grossense. Eu acabei nascendo no Rio de Janeiro e me mudei com seis meses de idade para Dourados”, explica.  
Na lista de projetos, sobra amor por Mato Grosso do Sul. “Um dos meus próximos projetos é o ‘Depois do Trem’, um documentário que mistura ficção e que já foi aprovado pela Ancine, mas eu ainda não assinei o contrato. É a história de um poeta, o Joaquim Cardoso, que inclusive quem me apresentou foi o Manoel de Barros. Ele foi mestre do João Cabral de Melo Neto e calculista do Oscar Niemeyer, mas assim como o Manoel ficou por um tempo, ele não é tão conhecido do público”, explica.

Atualmente, Pizzini trabalha na montagem do novo filme, “Zimba”, documentário de invenção sobre o ator e diretor polonês Ziembinski, que revolucionou o teatro brasileiro com a encenação da peça “Vestido de Noiva” de Nelson Rodrigues, em 1943, apresentada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Realizada pela empresa Leminiscata em coprodução com Globofilmes, Canal Brasil e Itaú Cultural, o filme conjuga vasto e inédito material de arquivo com a performance das atrizes Nathália Timberg e Camila Amado. 

Outro projeto previsto para 2020 é o documentário “Rio da Dúvida”, que recria, com recursos de ficção, a expedição Roosevelt-Rondon, empreendida pelo ex-presidente norte-americano Theodore Roosevelt e o mato-grossense Cândido Mariano Rondon, que ficou conhecido como o Marechal da Paz, pelo seu lema pacifista em defesa das nações indígenas. No fim dos anos 20, em sua visita ao Rio, o cientista alemão Albert Einstein indicou-o ao Prêmio Nobel da Paz.
O filme reúne cenas inéditas encontradas na Biblioteca de Washington com filmagens nas aldeias Pareci, Nambiquara e Cinta-Larga, além de raras imagens de Rondon em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

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Bate Bola B+: Sucesso em "Garota do Momento", Elvis Vittorio fala sobre sua atuação na trama global

O capixaba de Vitória (ES), que estreou na teledramaturgia conta mais sobre o aprendizado que esse papel trouxe para a sua vida.

22/03/2025 20h30

Bate Bola B+: Sucesso em

Bate Bola B+: Sucesso em "Garota do Momento", Elvis Vittorio fala sobre sua atuação na trama global Foto: Divulgação TV Globo

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Sucesso no horário das 18h com o personagem Vinicius de “Garota do Momento”, o ator Elvis Vittorio tem aproveitado o momento para agradecer ao público pelo carinho com a história vivida por ele e Gustavo (Pedro Goifman) e a torcida pelo casal.

"O sentimento é de pura felicidade e gratidão! Vinícius foi um presente na minha carreira e tenho recebido muito amor e carinho do público por ele. Fico muito feliz em trazer uma representatividade tão necessária e importante através desse personagem", revela.

Nos últimos capítulos foi revelado que Vinicius iria para os Estados Unidos para tentar se reaproximar do pai que está com um câncer, com isso o romance com Guto ganhou novos desdobramentos.

"É um momento muito difícil e delicado para o Vinícius. Mesmo depois de ter sido rejeitado e expulso de casa pelo pai, é um baque ouvir que o mesmo está doente e à beira da morte. Ele fica muito dividido e é uma escolha muito difícil de se fazer entre ir com a sua família ou ficar com o seu primeiro amor", diz.

Mas a pergunta que todos têm feito é “Como fica o casal que ganhou torcida do público?”, “Será que Vinicius volta?”

"Ainda não sei, mas acredito que tudo pode acontecer – conta o intérprete de Vinicius sobre a história com Guto.

O capixaba de Vitória (ES), que estreou na teledramaturgia com esse personagem, conta mais sobre o aprendizado que esse papel trouxe para a sua vida.

"Vinícius me relembrou que, mesmo com as maiores dificuldades possíveis e tudo ao redor dizendo não, nossos sentimentos e convicções valem a pena e não podem ser reprimidos. Não podemos ter medo de viver", ressalta.

Ele ainda fala mais sobre a rotina ao fazer uma novela.

"Aprendi muito, sobretudo, o fazer de uma novela. A linguagem, o ritmo de gravação, o funcionamento do set, a troca, não só com o parceiro de cena, mas também com cada um da equipe que está ali se dedicando para entregar uma novela da melhor qualidade", explica.

Vittorio dá mais detalhes dos próximos passos na sua carreira.

"Quero continuar fazendo novelas e tenho muito interesse em séries e cinema também. Paralelamente, continuo no teatro com musicais e volto a fazer turnê cantando em cruzeiros", completa.

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Bem-estar B+: Quer saber como trazer Saúde Mental aos seus colaboradores na sua empresa?

Especialista em vendas dá dicas para gestores valorizarem o bem-estar dentro do seu negócio

22/03/2025 18h30

Bem-estar B+: Quer saber como trazer Saúde Mental aos seus colaboradores na sua empresa?

Bem-estar B+: Quer saber como trazer Saúde Mental aos seus colaboradores na sua empresa? Foto: Divulgação

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A liderança é um dos principais pilares para o sucesso de uma empresa. E bons líderes precisam ter empatia para tomar ações que visem além de alcançar metas e objetivos da organização propiciando cada vez mais bem-estar para as suas equipes. Equipes felizes e motivadas trazem mais resultado às corporações.

Desse modo, o “Burnout”, por exemplo, tem sido, cada vez mais, o motivo de afastamentos de profissionais do trabalho e, segundo classificação CID-11(Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde), desde janeiro de 2022, a síndrome pode ser definida como estresse e esgotamento físico resultante especificamente de situações de trabalho. 

Uma pesquisa apresentada em 2022 pela The State of Burnout in Tech mostrou que 46% dos profissionais dos profissionais de TI do sexo feminino tinham elevado risco para burnout enquanto o público masculino alcançava um percentual de 38,2%.  A pesquisa entrevistou cerca de 32.644 colaboradores de empresas de tecnologia entre janeiro e setembro de 2021 em 33 países.

A sobrecarga e o estresse: 

Segundo Adriano Jeremias, mentor e especialista em vendas com formação como palestrante profissional em liderança em uma das mais respeitadas instituições do setor, Instituto Gente, onde foi mentorado pelo mestre Roberto Shinyashiki. ao Caderno B+, as pessoas têm relatado sentimentos de isolamento, estresse e se demonstram muito sobrecarregadas com as demandas de trabalho, especialmente aquelas que têm filhos ou outros cuidados familiares. 

“Algumas ainda sentem que suas empresas não estão oferecendo recursos suficientes ou não estão levando a saúde mental a sério o suficiente, outras relatam sentir-se estigmatizadas por falar sobre problemas de saúde mental no trabalho ou ter medo de pedir ajuda devido à preocupação com o impacto em suas carreiras”, destaca.

Mas como os líderes e gestores nas empresas podem e devem cada vez mais investir na saúde mental de seus colaboradores? 

1 - Cultura E liderança

Segundo estudo realizado pela Mindsight, empresa de tecnologia especializada em gestão de pessoas, nove em cada dez profissionais relacionam a síndrome de burnout a modelos de liderança que não se preocupam com a sobrecarga de tarefas. Um estudo da consultoria Gartner revela que, até 2025, 25% dos líderes de cibersegurança irão mudar de emprego devido ao estresse no local de trabalho.

“Por isso é importante que gestores de tecnologia olhem com cuidado se não estão sobrecarregando seus colaboradores através de um fluxo de trabalho extremamente exaustivo”, explica Adriano.

2 - Identificação de fatores estressores

Os líderes podem e devem trabalhar em parceria com o setor de RH a fim de realizar dinâmicas ou criar canais de escuta ativa e acolhimento com o intuito de ouvir as principais demandas da equipe e desse modo trazer mais soluções para o bem-estar desta.

“É importante identificar as fontes estressoras e que podem gerar ineficiência, estresse, exaustão, falta de engajamento entre os colaboradores. Em um cenário cada vez mais tecnológico, a empatia e flexibilidade precisa estar presente nas lideranças”, afirma.

3 - Flexibilidade e autonomia

Segundo pesquisas, o esgotamento dos profissionais de TI se deve muito a ansiedade pela falta de segurança na profissão e pelo excessivo controle sobre o trabalho.  

Desse modo, os colaboradores querem cada vez mais autonomia para poder agregar valor a seu trabalho e apresentar suas ideias através de empresas que valorizem mais o processo criativo e originalidade.  Além de mais liberdade para trabalhar e poder ter ganho em qualidade de vida.

“É importante as empresas aliarem produtividade, inovação e geração de valor, com bem-estar e qualidade de vida de para seus funcionários”, assim garante-se a entrega dos objetivos assumidos pela empresa com seus clientes e de quebra mantem-se a saúde e bem-estar dos trabalhadores e de suas famílias também.

 

 

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