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Celebração Cultural

Feira do Panamá terá produtos do Coletivo de Mulheres Indígenas

A edição de Páscoa e em alusão aos Povos Originários será neste domingo (13), com expositores variados e atrações na praça do bairro, em Campo Grande

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A 7ª edição da Feira do Panamá, que celebra a Páscoa e o mês dos Povos Originários, terá uma participação diferenciada, com a presença de produtos e culinária indígena, entre outras atrações.

O comércio de economia criativa, que tem movimentado a comunidade da região, apresentará novidades e atrações culturais no próximo domingo (13). O evento contará com a musicalidade do Projeto Hippie e da banda Gê, além da participação do grupo Dançaê, projeto da Prefeitura Municipal de Campo Grande.

Além disso, haverá um aulão de Zumba com o professor Ítalo José, que promete não deixar ninguém parado. Outra presença esportiva será a da Escola de Capoeira Angola, com o mestre Pequeno.

Além dos produtos e atividades, quem estiver pensando em adotar um animalzinho de estimação poderá encontrar o amigo certo - seja gato ou cachorro - da ONG Anjos da Dani. Para levar o pet, é necessário apresentar cópia da carteira de identidade e comprovante de residência.

Em compromisso com o meio ambiente, a Feira Cultural do Panamá será ponto de coleta do Projeto Tampinhas (@projetotampinhas), cuja venda é revertida para a causa animal.

Povos Originários


Em abril, comemora-se o mês dos Povos Originários, e o Coletivo de Mulheres Indígenas Kaguateka, que iniciou suas atividades há cerca de dois anos, irá expor produtos que vão desde o artesanato até a culinária.

“Neste dia 13 de abril, vamos participar da feira com as artesãs, as artistas, com as meninas que fazem nossa gastronomia de origem indígena. É muito importante, muito simbólico para nós, por ser próximo ao dia 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas do Brasil”, destacou o secretário do coletivo, John Gomes, e completou:

“É uma reflexão muito importante que queremos fazer, em relação à nossa resistência, à nossa luta contra o machismo, contra o racismo, contra a homofobia, através da nossa cultura.”

O coletivo é composto por:

  • Artesãs
  • Produtoras de moda
  • Artistas

Parte delas são donas de casa e mães; outras trabalham fora como enfermeiras e professoras. Todas se uniram para promover a cultura de seu povo.

Com o desenvolvimento dos produtos, segundo John, as mulheres indígenas têm percebido a necessidade de se aprofundar em técnicas de venda, além da importância da capacitação em empreendedorismo, uso do WhatsApp e redes sociais.

“São produtos que têm origem indígena, têm cultura, mas também são produtos que podem ser vendidos com qualidade. Até eu, que fui feirante, estou surpreso com o quanto é importante a capacitação e a formação em empreendedorismo e economia criativa.”

Entre os produtos estão vestidos com grafismos e desenhos baseados na cultura Terena e na arte Kadiwéu. Enquanto as mulheres fazem a costura, as jovens cuidam do grafismo das peças — o que acaba resgatando tradições, já que é necessário pesquisar o significado dos desenhos. Assim, a cultura é passada de geração em geração.

Entre os significados dos desenhos estão:

  • O pôr do sol
  • O amanhecer
  • A força do sol
  • A força dos ancestrais, entre outros

O Coletivo de Mulheres Indígenas também está em busca de apoio para uma oficina de corte e costura, com o objetivo de ajudar mulheres e jovens a produzirem ainda mais.

Além das roupas, haverá a venda dos chamados “bibelôs” — pequenos artesanatos como bijuterias delicadas, cuidadosamente feitas por adolescentes da comunidade, que possuem mãos leves.

“São peças muito delicadas, principalmente na hora do acabamento, para não quebrar. Sabe aquelas caixinhas de música que as meninas tinham antigamente? É mais ou menos assim. Você guarda com muito carinho, com muita lembrança, saudade. Tem um significado muito forte para nós”, pontuou John.

Imagem Divulgação

Culinária


Os amantes da culinária poderão se deliciar com o rirri, iguaria feita com mandioca (xipú), uma espécie de bolinho que normalmente acompanha o prato principal.

Outro destaque é o soporó, milho cozido usado no preparo de bolos, pamonhas, caldos e cremes.

 

Saiba: A Lei Municipal n.º 6.172, de 28 de fevereiro de 2019, instituiu a Semana da Consciência Cultural dos Povos Indígenas em Campo Grande. A programação ocorre anualmente nos sete dias que antecedem 19 de abril, data nacionalmente dedicada aos povos indígenas.

Serviço


Feira do Panamá
Local: Praça do Panamá
Endereço: Rua Palestina com Beatriz Cordeiro Leal
Data: Domingo (13)
Horário: 9h às 15h

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Economia Criativa

Feira da Coophatrabalho promoverá roda de conversa e apresentações musicais

Em sua 6ª edição, neste sábado (19), serão 40 expositores, com apresentação de samba e brasilidades

15/04/2025 16h44

Imagem Divulgação

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Na 6ª edição da Feira da Coophatrabalho, haverá roda de conversa sobre a importância dos povos originários, os mais variados produtos e música para todos os gostos.

Uma das idealizadoras da feira cultural de economia criativa, Thainá Sangalli, 27, e moradora do bairro, explicou ao Correio do Estado que o principal desafio para que a feira caia no gosto dos moradores seja o fato de ter começado há pouco tempo.

“Acreditamos que, por ser uma feira que acontece em uma praça menor, menos conhecida, dentro de um bairro e não em uma área central, acaba sendo um pouco mais difícil esse acesso do público. Mas estamos trabalhando para que se mantenha, cresça e seja um sucesso para os expositores, artistas e para a população também”, disse Thainá.

Ao todo, serão 40 expositores com os mais variados produtos, espaço kids, lugares para sentar e apreciar um petisco de feira que não pode faltar.

Além disso, para garantir a animação, esta edição contará com a apresentação da cantora Pretah, que levará ao público samba e MPB.

Os amantes de pop, rock e brasilidades irão se encantar com a performance de Beca Rodrigues.

 

Perfil

Natural de Mato Grosso do Sul, Beca Rodrigues é cantora, compositora, poeta e produtora cultural. Com um trabalho marcado pela diversidade de ritmos da música popular brasileira, a artista se destaca por apresentar um repertório que mistura composições autorais e obras de outras mulheres, valorizando a criação feminina na cena musical.

 

Imagem Divulgação

Fazer amizades

Com a reforma da praça, que tornou o espaço mais aconchegante, o passeio é recomendado para toda a família e conta com espaço kids para que os pais tenham um momento enquanto os pequenos se divertem.

“Temos espaço infantil, gastronomia, diversidade de artesanato, brechós e doces. E mesmo para quem queira somente conhecer, a feira é também esse espaço de socialização. Nós, inclusive, disponibilizamos mesas e cadeiras para o público”, explicou Thainá, e completou:

“Fica o convite para aproveitarem e vivenciarem esse momento com sua família, amigos, conversar, socializar e ter uma noite agradável e tranquila.”

Povos Originários


Abril, especificamente o dia 19, representa um período de reflexão, luta e celebração para os povos indígenas.

O Coletivo de Mulheres Indígenas Kaguateca irá expor produtos que vão de roupas a bijuterias, e será promovida uma roda de conversa mediada por John Terena sobre a importância do Dia dos Povos Originários.

Venha curtir


Sabe o tereré que você costuma tomar em frente de casa com os amigos? Leve a bomba, a garrafa e aproveite o espaço que promove cultura, moda sustentável e gastronomia para todos os gostos.

Tem food truck, espaço para sentar com os amigos, socializar, conhecer novas pessoas, fazer boas compras e se divertirx fortalecendo a iniciativa de apresentações diferenciadas no bairro.

Serviço
6ª edição da Feira da Coophatrabalho
Local: Praça Marcelo Silva
Data: Sábado (19)
Hora: A partir das 17h
Endereço: Rua Pequi, entre a Avenida Florestal e a Avenida Café Filho, no bairro Coophatrabalho

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NOVO COMANDO

Gustavo Castelo está à frente da edição deste ano da Casa Cor

A mostra de arquitetura, decoração e paisagismo, que será realizada em antiga residência da família Buainain, no Jardim dos Estados, com entrada pela Casa-Quintal Manoel de Barros; lançamento reúne convidados, na manhã de hoje, no Bioparque Pantanal

15/04/2025 10h30

Com projeto assinado pelos arquitetos Sergio Ferreira dos Santos e Osvaldo Alves de Siqueira Jr., a Casa-Quintal Manoel de Barros, construída em 1986, empresta seu aconchegante clima de bem-viver ao conceito da CasaCor

Com projeto assinado pelos arquitetos Sergio Ferreira dos Santos e Osvaldo Alves de Siqueira Jr., a Casa-Quintal Manoel de Barros, construída em 1986, empresta seu aconchegante clima de bem-viver ao conceito da CasaCor Foto: Divulgação

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Conhecido por sua atuação como produtor e gestor público na área cultural, Gustavo Castelo, o Cegonha, acrescenta mais um importante item em sua trajetória profissional a partir desta manhã, quando se torna oficialmente o nome à frente da edição 2025 da CasaCor MS.

Saem – ou dão um tempo – de sua lista de contatos imediatos artistas e contrarregras de shows musicais e festivais multiculturais de peso. Entram na sua lista arquitetos, designers, decoradores, paisagistas e outros profissionais ligados ao “morar com requinte e elegância”.

O lançamento oficial da mostra que destaca propostas inovadoras de residências e outros ambientes que primam por estilo, conforto e sustentabilidade será hoje, a partir das 9h, no Bioparque Pantanal, em evento fechado para convidados, quando Cegonha vai apresentar o projeto da CasaCor para este ano e os integrantes de sua equipe, os sócios franqueados da grife que é a maior mostra do segmento na América Latina. São produtores culturais com uma longa estrada na realização de eventos em Mato Grosso do Sul.

EQUIPE

Além de Cegonha, a equipe inclui a empresária no setor de gastronomia e colunista Ely Oliveira Semmelroth, que representa a região de Dourados, a produtora Karla Viegas, com atuação voltada para o audiovisual, e Ricardo Câmara, diretor artístico da Casa-Quintal Manoel de Barros.

Eles assumem a missão de “fortalecer a presença da marca no Estado, imprimindo uma curadoria mais conectada” com o território, com o mercado contemporâneo e com a força criativa local. A assinatura do masterplan (plano que define quais e como serão os espaços) da mostra fica sob responsabilidade da designer de interiores Daiana Capuci, que trará “um olhar sensível e estratégico” para a ocupação do espaço e a fluidez da experiência do visitante.

Além da masterplan, Daiana é responsável por toda a curadoria de marcas. A produção, as relações públicas e a comunicação da mostra estão sob a direção de Bia Figueiredo, especialista em branding e experiências de alto padrão, que assina a narrativa desta nova edição com olhar curatorial e conexão “profunda” com o território.

VITRINE PERFEITA

“Estou à frente da organização em geral, o que envolve desde a parte estrutural da mostra até o relacionamento com os profissionais, marcas e parceiros”, afirma Cegonha.

“Assumir a CasaCor foi uma decisão que uniu propósito e oportunidade. Sempre acreditei no poder da arte, do design e da arquitetura como agentes de transformação cultural. Campo Grande tem um potencial imenso, e a CasaCor é a vitrine perfeita para revelar isso ao Brasil e ao mundo”, diz o ex-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).

Para ele, o diferencial da CasaCor 2025 está justamente na nova “equipe, que está trabalhando para trazer um novo olhar e uma nova dinâmica para o projeto. Além disso, fomos muito felizes na fusão com o poeta Manoel de Barros [1916-2014]. O conceito criado honra a nossa origem e valoriza o que temos de melhor”, cacifa Cegonha, responsável, em Campo Grande, pelos shows das versões repaginadas do Dire Straits e do Creedence Clearwater Revival.

“A CasaCor representa um novo palco para o mesmo propósito: exaltar a criatividade, conectar talentos e provocar conversas relevantes. O que muda é a linguagem, saindo um pouco dos palcos tradicionais e indo para o espaço construído, onde arquitetura, arte, design e comportamento se fundem”, diz o ex-FCMS, responsável, por exemplo, pela primeira edição do Campão Cultural, em 2022.

“A Casa-Quintal é uma joia poética dentro do nosso evento. Inspirada na sensibilidade de Manoel de Barros, ela representa a simplicidade encantadora das coisas miúdas, a beleza do silêncio e a potência de Mato Grosso do Sul contada por quem mais a sentiu”, afirma o produtor ao comentar a inserção da antiga residência do poeta Manoel de Barros, localizada no Jardim dos Estados (Rua Piratininga, nº 363), na mostra.

“Quero que a CasaCor 2025 em Campo Grande seja lembrada não apenas pelas tendências apresentadas, mas pelas conexões criadas, pelas memórias que ela vai despertar e pela valorização profunda da nossa identidade. Estamos trabalhando para criar algo maior do que um evento: um movimento de pertencimento e futuro”, aposta Cegonha, que também é um dos coordenadores do festival de cinema Bonito CineSur.

O BIOPARQUE

A escolha do Bioparque para o lançamento oficial da mostra tem um significado especial para os seus realizadores. Símbolo da arquitetura contemporânea e do turismo sustentável, o Bioparque Pantanal – maior aquário de água doce do mundo – foi concebido pelo arquiteto Ruy Ohtake (1938-2021). A obra foi inaugurada em março de 2022, quatro meses após sua partida, e já é considerada um marco na paisagem arquitetônica de Campo Grande.

Com traços futuristas e formas curvas que remetem a uma nave pousada no coração do Pantanal, o projeto de Ohtake abriga muito mais do que espécies nativas de peixes, cobras e plantas. “Dentro dessa ‘nave’ repousa o futuro: um espaço onde natureza, arte, ciência e tecnologia se encontram”, anuncia a proposta da CasaCor 2025. 

Entre os ambientes do Bioparque, destaca-se também a biblioteca que homenageia Manoel de Barros, maior nome da poesia de MS. Admirador declarado do poeta, Ohtake visitou Manoel poucos dias antes da morte do escritor, em 2014, em busca de inspiração para o projeto. Dessa troca sensível nasceram compromissos: incluir na obra objetos que eternizassem a memória do poeta e fazer da arquitetura um abrigo também para a poesia.

“E será nesse cenário onde a natureza encontra a arte e a memória se transforma em inspiração que a CasaCor MS inaugura um novo capítulo. Ao escolher o Bioparque Pantanal como palco, o evento reafirma seu compromisso com a valorização do território, da cultura e da arquitetura com propósito. A obra de Ruy Ohtake, viva em cada curva, torna-se símbolo de um tempo que honra o passado, abraça o presente e aponta para o futuro – com água, poesia, inovação e pertencimento”, diz o documento divulgado pela CasaCor.

A CASA-QUINTAL

A Casa-Quintal Manoel de Barros será a porta de entrada para quem visitar a CasaCor. Pelo menos 25 ambientes a serem percorridos pelo público estarão montados, na verdade, na antiga residência da família Buainain (Rua Manoel Seco Tomé), que “encontra” a morada do poeta pelo muro dos fundos dos dois imóveis e vai funcionar como uma espécie de anexo da casa do artista das palavras, transformada em museu dedicado à sua obra em 2022.

Assim, o circuito da CasaCor 2025 começa na Casa-Quintal e, por meio de um novo acesso, prossegue pelo jardim e dependências internas da residência dos Buainain, voltando, ao fim, para a casa do poeta, um projeto de ares modernistas, assinado pelos arquitetos Sergio Ferreira dos Santos e Osvaldo Alves de Siqueira Jr., edificado em 1986, e que, com a presença de Barros e Stella, sua esposa, acabou ganhando um charmoso clima bucólico e aconchegante.

Como o imóvel se tornou um museu, com toda a mobília e os pertences pessoais do casal, a ideia de consolidar a antiga propriedade dos Buainain – que até alguns anos sediava órgãos da Prefeitura de Campo Grande – como um centro cultural em anexo à Casa-Quintal tem na CasaCor, a ser realizada ao longo de 45 dias, entre setembro e outubro, um promissor laboratório de experiência. Não custa tentar. A propósito: o tema da mostra neste ano é Semear Sonhos, a partir de três pilares: sonhos coletivos, ecossistemas em cooperação e confluência de saberes.

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