O projeto Pantanal Sounds se une ao Núcleo Sinfônico da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), hoje, para um concerto gratuito a partir das 19h30min no Teatro Glauce Rocha.
O concerto marca a abertura do 35º Congresso Nacional da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (Anppom), que é realizado em Mato Grosso do Sul pela primeira vez e recebe professores, pesquisadores e músicos de vários estados de hoje até sexta-feira.
Sob a regência do maestro Jorge Geraldo, o Núcleo Sinfônico da UFMS é um projeto de extensão voltado à prática musical coletiva e à difusão cultural, que reúne diferentes formações, como banda, orquestra experimental comunitária e coro, envolvendo estudantes e músicos da comunidade.
O programa do concerto de hoje conta com peças inéditas de Rael B. Gimenes – “A Mônada”, para violoncelo, banda sinfônica e meios eletrônicos – e Max Packer, em que instrumentos se fundem aos registros sonoros coletados no bioma pantaneiro.
Também fazem parte, obras que celebram a diversidade da música brasileira e latino-americana: “Toté”, de José Henrique Padovani, para violoncelo e meios eletrônicos; “Brasiliana”, de João Guilherme Ripper; “Latinoamérica Despierta”, de Rubén Darío Gómez; e ainda canções populares interpretadas pelas cantoras Marta Cel, Namaria e Karla Coronel.
O concerto contará com a participação dos solistas William Teixeira (violoncelo) e Evandro Higa (piano).
O violoncelista William TeixeiraO projeto Pantanal Sounds, realizado em parceria entre a UFMS e a Universidade de Harvard, propõe unir ciência e arte para dar visibilidade às paisagens sonoras do Pantanal e às delicadas relações que sustentam a vida nesse bioma, hoje pressionado por desmatamentos e queimadas.
Para isso, pesquisadores e músicos da UFMS, de diversas universidades brasileiras e da Universidade de Harvard, coletaram sons no coração do Pantanal e, a partir deles, criaram novas obras musicais.
Pantanal Sounds, conforme a proposta do projeto, “é um convite à escuta e sensibilização à temática ecológica, entendida como o encontro entre as dimensões mentais, sociais e ambientais do convívio entre os seres humanos e seu habitat.
As obras combinam a potência estética e política das sonoridades do Pantanal, despertando novas formas de consciência sobre a urgência de preservar este território único, oportunizando uma experiência de escuta e reflexão”.


