Correio B

Psicologia

Testes de idade mental: o que eles revelam?

Saiba como funcionam os populares testes, o quão confiáveis são e o que influencia a idade mental das pessoas

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Nos últimos anos, os testes de idade mental têm ganhado popularidade, sendo amplamente utilizados em contextos diversos, desde entretenimento até avaliações psicológicas sérias. Mas até que ponto esses testes são confiáveis? 

Para entender melhor essa questão, o Correio B entrevistou a psicóloga Cleo Medeiros, que nos explicou o funcionamento e a validade desses testes, bem como suas limitações.

“A idade cronológica é igual para todos, uma vez que é baseada nos anos vividos, mudando a cada aniversário. A idade mental está atrelada à junção de três fatores: QI [coeficiente intelectual], desenvolvimento e comportamento adaptativo, sendo um termo mais utilizado para se referir a indivíduos que têm um comportamento diferente do padrão para a sua idade cronológica”, explica Cleo. 

Ela destacou que, muitas vezes, a maturidade cronológica não está alinhada com a maturidade emocional. 

“Existem casos em que uma pessoa pode ter uma idade avançada, mas ainda apresentar um nível de maturidade emocional baixo. Isso pode ocorrer por uma variedade de fatores, como experiências de vida, educação, habilidades sociais e desenvolvimento pessoal”, afirma.

A psicóloga exemplificou essa disparidade: “Um jovem adulto de 20 anos pode ter a capacidade de tomar decisões responsáveis e enfrentar desafios com equilíbrio emocional, enquanto outro indivíduo da mesma idade pode apresentar comportamentos imaturos e dificuldades para lidar com suas emoções. Nesses casos, fica claro que a maturidade emocional não é determinada apenas pela idade, mas, sim, pelo desenvolvimento pessoal e pelas habilidades adquiridas ao longo da vida”.

O TESTE DE IDADE MENTAL

Cleo enfatizou que não existe um único instrumento psicológico, científico, validado e padronizado que consiga abarcar todos os itens necessários ao mesmo tempo para fornecer um parecer fidedigno como diagnóstico. 

“Este tipo de avaliação geralmente vem de encaminhamentos e recomendações médicas, por queixas familiares, indicação de escolas ou de um profissional da psicologia. O processo de avaliação inclui uma entrevista detalhada para compreender as preocupações, as queixas os e sintomas, além do histórico pessoal e familiar do paciente”, detalha Cleo.

Após a coleta de dados na entrevista, é necessário escolher os instrumentos psicológicos e neuropsicológicos adequados de acordo com a idade do paciente. 

“Após a aplicação e correção dos mesmos, realiza-se a devolutiva com o paciente ou responsável, quando for menor de idade. O processo da avaliação psicológica ou neuropsicológica leva em torno de 10 sessões”, explica a psicóloga. 

As sessões utilizam uma variedade de testes padronizados para mensurar atenção, memória, linguagem, habilidades visuoespaciais, funções executivas, inteligência, habilidades sociais, personalidade e depressão, além de questionários e observações clínicas. 

“Essa análise detalhada é fundamental para compreender as necessidades e os desafios específicos do paciente”, diz.

TESTES ON-LINE

A popularidade dos testes de idade mental on-line é inegável, mas Cleo adverte contra a confiança excessiva nesses métodos. 

“Os testes de internet não têm a validação científica necessária e frequentemente oferecem resultados superficiais que podem ser enganosos. Eles não levam em consideração o contexto pessoal e as nuances que um profissional treinado pode identificar”, alerta.

Ela explicou que esses testes podem causar danos psicológicos se os resultados forem levados a sério. 


“Quando uma pessoa recebe um resultado negativo ou inesperado de um teste on-line, isso pode afetar sua autoestima e sua percepção de si mesma. Isso é especialmente perigoso para indivíduos vulneráveis que já estão lidando com questões emocionais ou psicológicas”, sinaliza.

A psicóloga alerta sobre os perigos dos testes de internet, que não têm cientificidade e servem apenas para entretenimento. 

“Esses testes geralmente tratam de traços e um padrão preestabelecido. Mas quando feitos apenas para sanar a curiosidade, buscar um especialista se algo chamar atenção é o.k. Porém, dependendo de como a pessoa reage a esses resultados, podem causar impactos consideráveis em sua vida, afetando seu psicológico e emocional”, observa.

Cleo explicou que a mente humana aceita sugestões como verdades, o que pode levar a baixa autoestima e ao isolamento, em razão da insegurança, do preconceito e da vergonha. 

“É importante que esses testes levem ao público seu verdadeiro objetivo como entretenimento, e não como diagnóstico. É essencial sempre buscarmos métodos confiáveis e sem mágicas quando o assunto é sério”, afirma.

HISTÓRIA E EVOLUÇÃO

Os testes de idade mental têm uma história longa, remontando ao início do século 20. Alfred Binet e Théodore Simon foram pioneiros nesse campo, desenvolvendo o primeiro teste de inteligência para crianças em 1905. 

O objetivo inicial desses testes era identificar estudantes que precisavam de assistência educacional adicional. Desde então, a metodologia e os objetivos desses testes evoluíram significativamente.

Hoje, os testes de idade mental são usados não apenas para fins educacionais, mas também para diagnósticos clínicos e avaliações de desenvolvimento. Esses testes avaliam uma ampla gama de habilidades cognitivas, desde a memória e a resolução de problemas até a capacidade de se adaptar a novas situações. 

De acordo com Cleo, os testes modernos são muito mais abrangentes e sofisticados do que os primeiros modelos, incorporando avanços na neuropsicologia e na ciência cognitiva.

AVALIAÇÃO PROFISSIONAL

Embora os testes de idade mental possam ser uma ferramenta útil, Cleo enfatiza que eles devem ser administrados e interpretados por profissionais qualificados. 

“A avaliação profissional é crucial, porque envolve uma compreensão profunda do contexto do paciente. Isso inclui a história de vida, as experiências pessoais e as influências ambientais que podem afetar o desenvolvimento cognitivo e emocional”, afirma.

Os psicólogos utilizam uma abordagem multifacetada para avaliar a idade mental, combinando entrevistas detalhadas com uma série de testes padronizados. Esse processo abrangente permite que os profissionais obtenham uma visão completa das capacidades e dos desafios de um indivíduo.

A psicóloga explicou que a precisão desses testes depende da qualidade dos instrumentos utilizados e da habilidade do avaliador em interpretar os resultados corretamente.

AJUDA PROFISSIONAL

Para aqueles que estão preocupados com sua saúde mental ou emocional, Cleo aconselha a procurar ajuda profissional o quanto antes. 

“Se você perceber que está enfrentando dificuldades ou notando um declínio em suas capacidades cognitivas, é fundamental buscar a orientação de um psicólogo ou médico especializado. A intervenção precoce pode fazer uma diferença significativa na sua qualidade de vida”, destaca.

Os profissionais de saúde mental podem fornecer uma avaliação detalhada e um plano de tratamento personalizado. Isso pode incluir terapia, intervenções comportamentais e, em alguns casos, medicação. 
Cleo enfatizou a importância de um diagnóstico preciso para direcionar o tratamento adequado e melhorar os resultados a longo prazo. 

A especialista concluiu com um conselho para aqueles que percebem dificuldades ou prejuízos em sua vida: “Procurar médicos de confiança ou especialistas, psicólogos, e falar de seus sentimentos e queixas é fundamental. Quanto mais cedo, melhor. Dessa forma, um diagnóstico preciso pode ser feito e a pessoa pode ser reabilitada para uma melhor qualidade de vida”.

SÓ POR DIVERSÃO

Agora que você já sabe os cuidados que devem ser tomados ao brincar com esses testes on-line, se divirta. O Correio do Estado tem um teste disponível para diversão. Veja aqui.

DE GRAÇA E NA RUA

2º Campo Grande Jazz Festival

15/12/2025 11h30

Felipe Silveira e Daniel Dalcantara

Felipe Silveira e Daniel Dalcantara Montagem / Divulgação

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Após uma primeira edição histórica em 2024, com apresentações em terminais de ônibus e no Armazém Cultural, onde, inclusive, a Urbem conheceu Ryan Keberle, o Campo Grande Jazz Festival deste ano se volta exclusivamente para espaços a céu da capital sul-mato-grossense com grande circulação de pessoas.

É a edição “rua” do festival, que acontece de quarta-feira a domingo, levando o jazz para o cotidiano da população campo-grandense.

A programação vai contar com uma série de cinco jam sessions, sendo três em terminais de ônibus, uma na Rua 14 de Julho (esquina com a Avenida Afonso Pena) e uma na Avenida Calógeras, próximo à Plataforma Cultural.

Sob a condução do produtor musical Adriel Santos, intercâmbios criativos unirão músicos experientes da cena local e nacional, explorando a espontaneidade do jazz tradicional e proporcionando encontros musicais de grande importância para o cenário musical sul-mato-grossense.

Felipe Silveira e Daniel DalcantaraFoto: Divulgação

“O festival busca promover a inclusão cultural, contribuir para o bem-estar social e fortalecer o sentimento de pertencimento e identidade cultural da comunidade de Campo Grande. O jazz misturado ao tecido urbano é uma aposta estética e um jeito de levar a experiência musical para onde as pessoas estão”, afirma o músico e coordenador do evento.

Nos terminais de ônibus, o festival propõe intervenções musicais descontraídas e cheias de vigor, desconstruindo a rotina e oferecendo uma experiência inesperada a trabalhadores, estudantes e todos que passam por ali.

Felipe Silveira e Daniel DalcantaraDaniel Dalcantara (SP) - Foto: Divulgação

A música emerge em meio ao fluxo, democratizando-se para um público diversificado que, muitas vezes, não tem a oportunidade de frequentar eventos culturais com ingresso pago.

“Essa estratégia de levar o Campo Grande Jazz Festival para os espaços urbanos reflete um compromisso firme com a democratização do acesso à cultura e a ressignificação dos espaços públicos”, reforça Adriel Santos.

>> Serviço

Programação

Quarta-feira – às 17h30min,
no Terminal Bandeirantes, com Bianca Bacha, Gabriel Basso, Ana Ferreira, Adriel Santos e Junior Matos.

Quinta-feira – às 17h30min,
no Terminal General Osório, com Juninho MPB, Junior Juba, Matheus Yule e Leo Cavallini.

Sexta-feira – às 17h30min,
no Terminal Morenão, com Adriel Santos, Gabriel Basso e Giovani Oliveira.

Sábado – às 17h30min,
na Praça Ary Coelho (R. 14 de Julho com Av. Afonso Pena), com Felipe Silveira (SP), Daniel D’Alcantara (SP) e artistas da cena local do jazz.

Domingo – às 17h30min,
na Av. Calógeras (em frente à Plataforma Cultural), com
Felipe Silveira (SP), Daniel D’Alcantara (SP) e artistas da cena local do jazz.

ENTREVISTA COM BIANCA

"A fauna pantaneira é a base musical das nove composições de 'Pantanal Jam'"

Cantora Bianca Bacha, da Urbem, fala como a paisagem natural de Miranda afetou o processo de criação e gravação do segundo álbum da banda, sobre a diferença entre o canto com letra e as vocalizações que são a sua marca e anuncia projetos nos EUA e Espanha

15/12/2025 11h00

A cantora Bianca Bacha se prepara para mais uma gravação na Fazenda Caiman, em Miranda, em junho deste ano

A cantora Bianca Bacha se prepara para mais uma gravação na Fazenda Caiman, em Miranda, em junho deste ano Divulgação / Alexis Prappas

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ENTREVISTA COM BIANCA

Recuperando para o leitor: como se deu a oportunidade do encontro e da parceria com o Ryan para o projeto do álbum “Pantanal Jam”?

Conhecemos Ryan Keberle no Campo Grande Jazz Festival [em março de 2024] e com ele tivemos uma troca musical instantânea. Tocamos juntos em um show no Sesc [Teatro Prosa] em setembro de 2024 e, a partir de lá, tivemos a certeza de que ainda faríamos muita música juntos.

No Pantanal, onde Ryan esteve pela primeira vez durante as gravações, ficou nítido que ele conseguiu transpassar para o repertório o encantamento que ele estava vivendo em meio a toda aquela natureza.

É o segundo disco, nove anos depois de “Living Room”. O que “Pantanal Jam” representa para a Urbem?

Este projeto é o nosso território sonoro: onde a música que criamos se entrelaça à natureza que nos guia em forma de jam. Na música, uma jam significa um encontro musical sem aviso prévio, as coisas vão acontecer ali na hora, portanto, o inesperado é bem-vindo e, com ele, você improvisa.

Qual seria o conceito geral do álbum?

O conceito do álbum nasce da escuta profunda da fauna pantaneira. Os cantos dos pássaros, o esturro da onça e os sons das águas e dos ventos não são efeitos nem pano de fundo: são a base musical das nove composições. A natureza atua como um músico a mais na banda de jazz, dialogando conosco em frases de pergunta e resposta.

Sandro Moreno registrou esses sons in loco, mergulhando no Pantanal para captá-los com precisão. Depois, analisou esse vasto material para identificar melodias, ritmos e motivos que se tornariam a essência das composições.

E, para fechar o ciclo, o álbum também foi gravado no coração do Pantanal. Com geradores a gasolina e um estúdio móvel, nós, a Urbem e o trombonista Ryan Keberle, levamos a música para o ambiente que a inspirou. E ali criamos, novamente in loco, em plena natureza selvagem.

Que tipo de referências buscaram para os arranjos, as sonoridades e as texturas?

Toda a referência e textura do álbum “Pantanal Jam” nascem dos próprios sons do Pantanal. A imersão no território e a escuta atenta transformaram cantos de pássaros, esturros, movimentos da água e vozes da mata em matéria-prima musical.

Cada faixa traduz essa convivência direta com a fauna e seus ritmos naturais, convertendo sons de bichos em música. Viva, orgânica e profundamente enraizada na paisagem pantaneira.

Isso está bastante perceptível. Os sons e toda a atmosfera do Pantanal atravessam o mood e talvez a própria concepção dos temas. Pode comentar um pouco mais sobre essa presença de elementos da natureza – e dessa natureza tão singular de MS – na criação de vocês?

A fauna, a luz, o silêncio amplo, os ventos, os cantos e até os vazios típicos da paisagem pantaneira influenciam diretamente a forma como criamos. É como se o ambiente nos orientasse musicalmente: às vezes guiando uma melodia, às vezes sugerindo um pulso, às vezes impondo uma pausa.

Esse encontro com a natureza não é decorativo, é estrutural. Ela atravessa tudo, o gesto musical, o espírito do disco e a maneira como a banda se relaciona com o som.

No “Pantanal Jam”, a paisagem não é cenário: é presença, é voz, é parceria criativa. É música.

A cantora Bianca Bacha se prepara para mais uma gravação na Fazenda Caiman, em Miranda, em junho deste anoFoto: Divulgação / Alexis Prappas

Onde exatamente estiveram e gravaram? E quando foi?

As gravações foram feitas na Fazenda Caiman, em junho deste ano, num cenário que não poderia ser mais inspirador. Foram escolhidas pela produtora três locações diferentes, e para cada uma delas, três músicas.

A cantora Bianca Bacha se prepara para mais uma gravação na Fazenda Caiman, em Miranda, em junho deste anoFoto: Divulgação / Alexis Prappas

Com uma equipe ultraprofissional que trouxe segurança e leveza para uma gravação ao vivo numa condição completamente inusitada.

E quanto ao repertório? Como chegaram às nove canções do disco?

Entre as composições, temos duas músicas do Paulo Calasans [“Swingue Verdejante” e “Suspiro da Terra”], um dos maiores produtores, arranjadores e instrumentistas do País, além de duas canções do Ryan Keberle junto com Sandro Moreno [“Paisagem Invertida” e “Entre Folhas”] e cinco composições nossas [“Espiral”, “Pluma”, “Voo Curvo”, “Barro” e “Canção do Ninho”].

Penso que o Pantanal é experimentado de um jeito bem particular por cada pessoa. Como é para você? Como aquele ambiente lhe toca e eventualmente interfere no seu jeito de cantar?

Tudo ali era extremamente inspirador. Dormir e acordar naquele lugar por alguns dias já me fazia até respirar de jeito diferente, com menos pressão e mais imersão.

Isso com certeza influenciou no jeito de cantar. Porém, o mais impressionante era saber que estava gravando um disco com toda aquela fauna ao redor, um jacaré no lago ao lado e uma onça a alguns quilômetros.

Embora domine há duas décadas o canto com letra e muitas vezes cante dessa forma em apresentações ao vivo, na Urbem, você investe sempre nos vocalizes e scats.

Todas as músicas do álbum “Pantanal Jam” usam a voz como instrumento, ou seja, não há letras nas músicas. Além de ser uma característica jazzística, esse estilo de canto se aproxima mais do cantar dos pássaros, a busca por seus fonemas e emissões.

Cada música exige uma altura e um escolher apropriado de sílabas que encaixem com a afinação e a expressão.

Adoro o canto com letras. Ali você tem palavras, interpreta, coloca ênfases. É até uma emissão de voz diferente. Só que comecei a me encantar com o mundo do jazz e toda essa coisa do canto que não usa palavras, o vocalize. E comecei a ouvir cantoras que cantam assim.

Tatiana Parra [cantora, compositora e professora paulistana] canta assim, nossa, de um jeito maravilhoso. A [portuguesa] Sara Serpa também. Tem também as divas mais antigas que faziam mais questão de improviso, o scat singing.

O canto sem palavra é muito desafiador porque ele é mais cru, mostra mais imperfeições de respiração, de emissão, de escolha de sílabas. E é muito improvisado. Porque a cada dia você pode usar uma sílaba diferente, pode caracterizar de uma outra forma.

Num dia vou fazer “u”, no outro dia posso fazer “a”, no outro posso fazer “e”. E você tem que descobrir ali, numa forma você com o seu corpo. E além de ter o desafio de você demonstrar o interpretar com emoção sem ter palavras.

Então é muito jazz [risos]. E acho muito bonito. Sempre vai ser um desafio. Sou com o meu corpo, com as palavras que eu escolho, que nem sempre são pensadas.

Claro que tem uma questão técnica de que o “i” você vai mais para um agudo, no “u” também; nos graves, você vai para outras escolhas, as consoantes também interferem. Gosto muito de passear pelas duas áreas. Tanto a área da interpretação com letra quanto a área dos vocalizes e texturas.

E Nova York? Pode contar um pouco sobre a recente temporada de vocês por lá?

O “Pantanal Jam” foi lançado em novembro deste ano com um show memorável em Nova York, durante a feira internacional de turismo Visit Brazil Gallery [na Detour Gallery], e a recepção foi extraordinária.

Pessoas do mundo inteiro, agentes de turismo, diretores da National Geographic, fotógrafos de natureza e profissionais de diversas áreas assistiram ao show com atenção absoluta.

Desde a primeira música, compreenderam nossa proposta e permaneceram maravilhados até o fim. Foi um momento histórico para Mato Grosso do Sul e para a arte sul-mato-grossense.

Esse resultado só foi possível graças ao apoio total da Fundtur e do seu diretor-presidente, Bruno Wendling, que acreditou no projeto desde o início e se comprometeu a nos apoiar tanto nas etapas de captação no Pantanal quanto no lançamento em Nova York. Além disso, segue impulsionando a campanha contínua de apresentar o “Pantanal Jam” ao mundo.

E faz sentido: ouvir o Pantanal desperta o desejo de visitá-lo, conhecê-lo e preservá-lo. O projeto reúne arte, natureza, conservação, turismo e toda a beleza única do nosso bioma, uma combinação que emociona e conecta o público global ao coração do Pantanal.

Além do álbum que já está lançado em todas as plataformas, temos uma série de vídeos das nove músicas e um minidocumentário.

Quando teremos shows da Urbem? Quais os próximos passos e projetos da banda?

A Urbem se sente profundamente entusiasmada em seguir os passos de Manoel de Barros, da família Espíndola, de Guilherme Rondon, Paulo Simões, Grupo Acaba, Geraldo Roca e tantos artistas que sempre beberam dessa fonte primária que é o Pantanal, transformando-a em arte para o mundo.

Recentemente, pesquisadores de Harvard e professores da UFMS colheram sons do Pantanal [pelo projeto Pantanal Sounds, que conta, entre outros, com nomes como o do violoncelista e professor William Teixeira], e esse movimento nos inspirou a ir a campo gravar os sons pantaneiros e a fazer composições dentro da nossa linguagem jazzística, incorporando esses registros naturais ao nosso modo de compor e evidenciando em música as belezas pantaneiras.

Temos planos de retornar aos Estados Unidos em breve e estamos em diálogo com a Embaixada do Brasil em Barcelona, onde palestraremos em março.

Além disso, a Urbem participará do Campo Grande Jazz Festival de Rua, no dia 21 de dezembro [neste domingo], em uma jam session com músicos locais e de São Paulo.

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