Economia

Em MS

Arrecadação com impostos é recorde e chega a R$ 14,8 bilhões

O valor angariado em 10 meses de 2022 no Estado é o maior da série histórica do Confaz, iniciada em 1998

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A arrecadação de todos os impostos em Mato Grosso do Sul bateu mais um recorde e atingiu o montante de R$ 14,8 bilhões no período acumulado entre janeiro e outubro deste ano. O valor supera em 11,04% os R$ 13,3 bilhões recolhidos no mesmo período do ano passado. É o melhor resultado para 10 meses em toda a série histórica, iniciada em 1998.

Nem mesmo a diminuição das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos setores de combustíveis, energia, comunicação e transporte, em julho deste ano, foram suficientes para frear a arrecadação, que acabou se renovando com o crescimento do consumo.

Conforme os dados do Boletim de Arrecadação de Tributos Estaduais do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), o total arrecadado com o ICMS foi de R$ 12,6 bilhões em 10 meses. O número supera em 11,67% o valor arrecadado em 2021, quando chegou a R$ 11,3 bilhões. 

O segundo imposto com maior montante angariado em Mato Grosso do Sul vem de outros tributos, que são compostos por taxas, contribuições de melhoria, contribuições especiais e empréstimos compulsórios. Neste caso, a arrecadação entre janeiro e outubro chegou à cifra de R$ 989,9 milhões, contra R$ 914,8 milhões no ano passado, ocasionando uma elevação na ordem de 8,21%.

Com o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), o valor acumulado até outubro foi de R$ 837,7 milhões, 6,33% maior do que o arrecadado no mesmo período de 2021, quando ficou em R$ 787,8 milhões.

O Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD) também apresentou alta, com um total de R$ 332,3 milhões este ano, ante R$ 309,4 milhões recolhidos aos cofres em 2021.

Quando a análise da arrecadação dos impostos estaduais em Mato Grosso do Sul se delimita apenas ao mês de outubro, o montante enviado aos cofres somou R$ 1,4 bilhão, ante R$ 1,37 bilhão no mesmo mês de 2021.

A pequena variação positiva de apenas 1,86% é a pior de todo o ano. Como o ICMS é o principal imposto em termos de arrecadação, o valor em outubro deste ano ficou em R$ 1,25 bilhão, contra R$ 1,23 bilhão de outubro de 2021, proporcionando um crescimento de apenas 1,6%. 

Em outros tributos, o crescimento foi de 10,2%, com arrecadação de R$ 91,5 milhões em outubro deste ano, ante R$ 82,2 milhões em outubro do ano passado. No IPVA, a arrecadação deste ano caiu 9,04%, quando comparada a outubro de 2021. Este ano foram R$ 19,9 milhões, e no ano passado, R$ 21,7 milhões. Já o ITCD obteve crescimento modesto, saindo de R$ 37,5 milhões em outubro de 2021 para R$ 39,3 milhões este ano – alta de 4,58%.

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SETORES

A divisão do ICMS por cada setor que compõe a economia não teve muitas alterações, e sim ligeiras oscilações. O setor terciário – composto por comércio e serviços – permanece como carro-chefe da arrecadação. 

Este ano já trouxe para os cofres públicos do Estado a quantia de R$ 5,2 bilhões. No ano passado, este número consolidou-se em R$ 4,6 bilhões. Apesar do crescimento de 13,04%, a participação no bolo arrecadatório diminuiu de 41,39%, em 2021, para 41,09%, este ano. 

Já no setor de petróleo e gás, a alta na arrecadação foi de 20,52%, com R$ 3,7 bilhões este ano, contra R$ 3,07 bilhões em 2021. A participação, no entanto, passou de 27,07% para 29,9% de todo o ICMS arrecadado no ano.

Em termos numéricos, a maior surpresa negativa do ponto de vista de arrecadação veio do setor primário, que compreende as atividades de agricultura e pecuária. Este ano, a arrecadação de janeiro a outubro ficou em R$ 1,66 bilhão e, no ano passado, o número ficou em R$ 1,72 bilhão, culminando em uma queda de 3,48%. Em termos de participação na arrecadação, o setor encolheu: caiu de 15,24% para 13,18%.

Já o setor secundário ou industrial se manteve estável. Saiu de uma arrecadação de R$ 841,1 milhões em 2021 para R$ 944,9 milhões este ano, o que dá um leve crescimento de 0,67%. Já a participação oscilou de 7,41%, no ano passado, para R$ 7,46%, este ano.

Para Michel Constantino, doutor em Economia, a arrecadação em Mato Grosso do Sul aumentou por três fatores: a redução das alíquotas de ICMS nos combustíveis, transporte, energia e comunicação fez aumentar as vendas e, com isso, a arrecadação veio a reboque; outro fator foi o aumento de preços de alguns produtos, principalmente os essenciais, como alimentos e transporte; e, por último, a elevação do valor do Auxílio Brasil em conjunto com outras medidas governamentais. 

Esses fatores provocaram o reaquecimento da economia. “Os setores que sofreram diminuição de alíquotas influenciaram positivamente, por serem serviços essenciais. A redução do ICMS incentivou o consumo e provocou aumento de arrecadação”, explica Constantino.

O economista Renato Gomes aponta que as vendas de combustíveis para Mato Grosso do Sul – também de janeiro a outubro – aumentaram 3,5% de 2021 para 2022. “Sem dúvida, isso gera um acréscimo arrecadatório, quando comparadas as bases dos anos de 2021 e 2022”. 

Gomes explica que se o cidadão antes gastava R$ 150 no tanque de combustível e agora está gastando R$ 120, ele não deixa de gastar essa diferença, que será aplicada em outros produtos.

“É por essa razão que não podemos cair na falácia de que existe perda arrecadatória. O dinheiro nunca deixa de circular, a menos que a taxa de poupança das famílias mude, algo que não ocorre no Brasil, que é um país marcado pelo alto endividamento e o alto consumo proporcional da renda”, revela.

O economista Eduardo Matos frisou que houve uma retomada da atividade econômica e que MS está em um cenário de recuperação pós-pandemia. Para ele, a situação do ponto de vista produtivo se normalizou, somando-se a isto a chegada de novos players no Estado, com destaque para indústrias de celulose, e a ampliação de alguns que já se encontravam aqui. “A diminuição das alíquotas do ICMS influenciou porque turbinou o consumo, gerando efeitos de impulso na arrecadação”, avalia.

Loterias

+ Milionária acumula, mas sul-mato-grossense leva "boladinha" para casa

O pote da sorte brilhou para apenas um sortudo do Estado que vai dividir R$ 142.926,96, do sorteio realizado nesta quinta-feira (14) pelas Loterias Caixa; veja a lotérica onde o jogo foi feito

15/11/2024 18h00

Confira o resultado da Timemania

Confira o resultado da Timemania Foto: Divulgação

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No último sorteio da + Milionária, o concurso 2167 não teve nenhum acertador para as sete dezenas; entretanto, 11 apostadores vão dividir o montante de R$ 142.926,96.

Os sortudos quase chegaram ao prêmio principal, acertando seis dezenas, e garantirão uma fatia do prêmio, que será dividida entre eles.

Em Mato Grosso do Sul, o prêmio foi para Aparecida do Taboado, e o jogo foi feito na Lotérica Central. Já dá para convidar os amigos para um bom churrasco e continuar jogando!

Os números da Timemania 2167 foram:

 

  • 10 - 12 - 09 - 28 - 57 - 55 - 69

Time do coração: São Paulo / SP

O sorteio da Timemania é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Timemania 2168

Como a Timemania tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 19 de novembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2168. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Timemania é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 10 dente as 80 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de três a sete números, ou o time do coração;

Como jogar a Timemania

A Timemania é a loteria para os apaixonados por futebol. Além de o seu palpite valer uma bolada, você ainda ajuda o seu time do coração.

Você escolhe dez números entre os oitenta disponíveis e um Time do Coração. São sorteados sete números e um Time do Coração por concurso. Se você tiver de três a sete acertos, ou acertar o time do coração, ganha.

Você pode deixar, ainda, que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9, ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 10 dezenas, a probabilidade de acertar sete números ganhar o prêmio milionário é de 1 em 26.472.637, segundo a Caixa.

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Economia

Pix com função de crédito pode ser lançado até 2025, segundo Campos Neto

De acordo com o chefe do BC, a medida facilitará a garantia do crédito para as empresas a um custo mais barato

15/11/2024 15h30

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Fotos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, diz que o Pix poderá ter a função de cartão de crédito a partir do fim de 2025. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ele antecipa que o novo instrumento financeiro já está em desenvolvimento pela área de tecnologia da instituição e será um avanço do uso do meio de pagamento no Brasil.

"Não precisaria mais ter o cartão, você poderia fazer a função cartão de crédito direto com o banco", diz. Segundo ele, essa agenda evolutiva está no planejamento, mas não pode ser feita no curto prazo e dependerá da continuidade na próxima gestão. O mandado de Campos Neto termina em 31 de dezembro.

De acordo com o chefe do BC, o instrumento facilitará a garantia do crédito para as empresas a um custo mais barato. "Com essa plataforma, o banco pode fazer o desconto na sua própria taxa de risco. Vai baratear muito para o lojista em termos de quanto ele tem que dar de desconto para receber o dinheiro na frente", afirma.

O presidente do BC explicou que hoje, quando o consumidor compra parcelado e o lojista faz um adiantamento do fluxo a receber, o risco é do banco emissor do cartão. "Só que, como o lojista precisa muito daquele dinheiro, ele faz o adiantamento em uma taxa de desconto que é muito maior do que a taxa de risco do banco", diz.

Segundo ele, o Pix com a função de cartão de crédito pode impulsionar a redução do custo do adiantamento que o lojista tem das parcelas a receber.

Na reta final do seu mandato, Campos Neto avalia que o GT (Grupo de Trabalho) do spread bancário "claramente" deveria contar com representantes do BC. O spread bancário é a diferença entre os juros cobrados pelos bancos ao emprestar dinheiro e os juros pagos por eles para captar os recursos.

O GT foi criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no mês passado, após reunião com banqueiros, no Palácio do Planalto, em um momento de ciclo de alta da taxa básica de juros (Selic) –hoje em 11,15% ao ano.

"O spread bancário tem algumas coisas que a gente já identificou há algum tempo e que teve dificuldade de combater", diz o chefe da autoridade monetária.

Um dos problemas identificados é a baixa recuperação do crédito no Brasil. Quando esse volume de crédito a ser recuperado é baixo, muitos bancos deixam de ir atrás dos clientes para reaver o dinheiro. Não apenas a recuperação é baixa, como o processo é demorado.
Entre os países que têm recuperação de crédito pior que o Brasil, segundo Campos Neto, estão Zimbábue, Turquia, Burundi, Venezuela e Haiti. "[O banco] cobra mais, porque tem mais incerteza", afirma.

Como revelou a Folha de S.Paulo, o GT do spread bancário estuda uma proposta para permitir que empresas usem o fluxo de receitas futuras com o Pix como garantia de empréstimos bancários.

Na avaliação de Campos Neto, o uso do Pix como recebível precisará de uma tecnologia que seja capaz de bloquear os fluxos de forma reversa. "A gente tem isso em mente para ser desenvolvido. Essa mesma tecnologia que faria conseguir ter os recebíveis da função de cartão de crédito dentro do Pix", diz.

Para isso acontecer, as instituições financeiras precisarão ter uma forma de entrada do Pix que garanta o bloqueio da quantia.

De acordo com o presidente do BC, será preciso fazer uma melhoria tecnológica dentro da própria plataforma do instrumento de pagamento instantâneo a fim de permitir esse bloqueio reverso. "Isso também faria com que a gente conseguisse fazer essa parte de recebíveis como garantia", afirma.

PARCELADO SEM JUROS

Para o presidente do BC, o debate sobre o impacto do parcelado sem juros nas operações feitas com cartão de crédito acabará voltando no futuro. No ano passado, o assunto entrou no radar durante as discussões sobre o rotativo do cartão de crédito e expôs divergências entre os diferentes elos da cadeia de crédito, mas um redesenho da modalidade foi descartado.

"É um tema muito difícil de resolver porque é uma cultura que já está estabelecida na forma de as pessoas consumirem, e acho que isso vai voltar a ser discutido em algum momento", afirma.

Na avaliação dele, o risco adicionado ao sistema com o parcelado se estabilizou após as mudanças adotadas no crédito rotativo. Campos Neto deixou claro, no entanto, que essa discussão não está ligada ao desenvolvimento da função de crédito no Pix.

 

*Informações da Folhapress 

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