Após produtores rurais acelerarem colheita para atender compromissos de venda já assumidos, Mato Grosso do Sul registra 20,1% do milho 2ª safra 2020/2021 colhido no em todo o Estado.
De acordo com o presidente da Associação de Produtores de Soja de MS (Aprosoja), André Dobashi, Mato Grosso do Sul atingiu a casa de 20,1% da sua colheita, puxada principalmente pela Região Norte, nos municípios de Chapadão do Sul, Coxim e Alcinópolis, que já contam com 46% colhido.
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“Isso deu uma oxigenada na colheita nos últimos dias, que foram bastante secos e com a temperatura bastante elevada, dando esse impulsionamento na colheita da Região Norte”, afirmou.
A região Centro, marcada pelos municípios de Campo Grande e Rio Brilhante atingiu o patamar de 27,5% na colheita. A região Sul, com as maiores plantações de milho no Estado, foram colhidos 13,2% da safra.
Mesmo com um ritmo lento de colheita, e os danos causados pelas geadas e pela estiagem é mantida a projeção de área plantada para o milho 2ª safra, de 2,003 milhões de hectares, com aumento de 5,7% quando comparada com a área da safra 2019/2020, que foi 1,895 milhão de hectares. A expectativa de produção de 6,285 milhões de toneladas.
“Temos situações extremamente críticas, mostrando praticamente a perda total em algumas lavouras por conta das geadas e da estiagem. Continuamos estimando em torno de 6,2 milhões de toneladas e estamos articulando com o Banco do Brasil a questão dos seguros. Aqueles produtores que têm o Seguro Safra já estão acionando", comentou o secretário Jaime Verruck, da Semagro.
Segundo André Dobashi, “temos registrado lavouras com produtividade abaixo de dezesseis sacos por hectare, com alguns produtores colhendo oito, sete sacos. Estão só passando a máquina para fins de seguro. Outros, que infelizmente não têm seguro, estão em uma marcha de colheita bastante frustrante".
"Importante lembrar que a comercialização dessa segunda safra de milho está em 58%. Ou seja, dos seis milhões de toneladas, mais ou menos que a gente espera produzir nessa segunda safra, praticamente 60% disso já está comercializada ou já foi comercializado pelos produtores”.
Os dados foram apresentados no boletim 419 do Projeto Siga MS do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) junto a Aprosoja.