O desenvolvimento de novas tecnologias para a agricultura garantiu aumento na produtividade da soja em Mato Grosso do Sul de mais de 62% nos últimos anos. Os agricultores sul-mato-grossenses que produziam 35 a 38 sacas de soja por hectare na década de 70, hoje conseguem colher de 65 a 70 sacas/ ha. Os números foram apresentados ontem durante a abertura da Showtec – maior evento de difusão de tecnologia agropecuária, que foi aberto em Maracaju, na sede da Fundação MS. São aguardadas 12 mil pessoas, durante a feira, que vai até amanhã. Com o tema “Sustentabilidade no agronegócio – Tecnologia, Diversificação e Segurança frente às mudanças climáticas”, a meta é debater principalmente as questões ambientais e sua influência na agricultura e pecuária. Serão apresentadas no evento mais de 500 tecnologias, como variedades de soja convencional e transgênica, híbridos de milho convencional e Bt, novas cultivares de sorgo e girassol e novas ferramentas para agricultura de precisão. A programação também contará com os “giros tecnológicos” que este ano terá a participação da Associação dos Produtores de Bioenergia de MS – Biosul, trazendo para o evento a discussão de tecnologias também para o setor sucroalcooleiro. Maior produtor de soja De acordo com o prefeito de Maracaju, Celso Vargas, o município é o maior produtor de soja do Estado graças ao trabalho da Fundação MS. Segundo ele, 80% da arrecadação de impostos da cidade, que varia de R$ 4 a 5 milhões por mês, é proveniente da agricultura. “A fundação leva para MS e para o País o nome de Maracaju e o mostra o que o nosso produtor faz”, frisa Vargas. Fundo Produtores e pesquisadores de Maracaju solicitaram ao Governo do Estado, durante a abertura do evento, a criação de um fundo de apoio à cultura da soja em Mato Grosso do Sul. A ideia é criar um fundo para auxiliar na pesquisa e melhoramento da soja no Estado. O conselheiro da Fundação MS e produtor de Maracaju, Luis Alberto Moraes Novaes, afirmou que a criação do fundo é uma forma de promover o fortalecimento da pesquisa da cultivar. Esse fundo seria gerenciado pela Associação de Produtores de Soja de MS – Aprosoja e o fundo seria destinado a instituições de pesquisa como a Fundação MS e a Fundação Chapadão. O recurso do fundo seria oriundo de R$ 0,01 de cada saca de soja que vai para o Fundersul e o produtor destinaria outro centavo para o fundo. A garantia é que o fundo estará operando a partir de 2011.