Economia

INDECISÃO

Tribunal dá prazo para Aneel definir sobre taxação da energia solar no Pais

Representantes de entidades que defendem a produção de energia limpa contestam a manifestação do TCU

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Um ano após a polêmica sobre a taxação da energia solar para a mini e microgeração, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não chegou a uma decisão sobre taxar o sol. 

Na última quinzena de novembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu um prazo de 90 dias para que a agência apresente um plano de ação referente à revisão da legislação.  

As entidades que representam a cadeia produtiva do setor solar fotovoltaico explicam que, apesar de determinar prazo, a manifestação do TCU sobre as mudanças regulatórias da geração distribuída parte de premissas ultrapassadas e parciais sobre os benefícios da geração distribuída para a sociedade como um todo. 

A avaliação é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).  

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O presidente do Movimento Solar Livre (MSL), Hewerton Martins, acredita que o TCU apenas replicou o que a Aneel já havia colocado em discussão em outubro do ano passado: taxar os pequenos produtores de energia. 

“O TCU foi provocado pelo Ministério Público Federal em 28 de novembro de 2019 para analisar a tentativa de taxação da energia solar pela Aneel", explica o representante do movimento.

"O Ministério Público solicitou que o TCU avaliasse os riscos dessa decisão da agência, que pode acabar com empregos e o desenvolvimento da energia sustentável do País". 

"Um ano depois, o TCU dá a devolutiva, mas eles devolvem com o mesmo texto que foi publicado pela Aneel, recomendando a taxação em 63%”, disse, e complementa.

“Eles [TCU] olharam apenas um lado, que é o da Aneel, não olhando nenhum dado que foi apresentado nas comissões no ano passado, sequer as mais de 500 páginas protocoladas pelo MSL”, contextualiza Martins.

Segundo a Absolar, apesar do acórdão trazer manifestação extensa do órgão sobre o tema, a decisão específica do TCU, publicada no dia 18 de novembro, foi apenas a de determinar um prazo de 90 dias para que a Aneel apresente um plano de ação referente à revisão da Resolução Normativa 482, de 2012.

“Desta forma, não há nenhuma exigência do TCU sobre o fim dos incentivos no sistema de compensação da geração distribuída, já que o órgão de controle externo não possui prerrogativa de retirar da Aneel a discricionariedade sobre como serão tratadas as atualizações regulatórias por parte da agência, nem tampouco determinar quando e como as mudanças de resolução devem ser concluídas”, explica Bárbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída da Absolar.

“Além disso, a decisão do TCU é problemática porque toma por base argumentos unilaterais e que não refletem as atuais discussões entre o Congresso Nacional, a agência reguladora [Aneel] e os outros agentes do setor”, acrescenta.

Imbróglio

A Aneel abriu em outubro do ano passado consulta pública para alterar as regras sobre a energia solar fotovoltaica que o consumidor gera a mais ao longo do dia e joga na rede da distribuidora de energia.  

Com a mudança, o mini e o microgerador de energia solar seriam taxados em até 63% sobre a energia gerada e passariam a pagar pelo uso da rede da distribuidora e também pelos encargos cobrados na conta de luz.

O Brasil conta com 4,15 GW de potência instalada em energia solar distribuída, isso corresponde a 2,33% da Matriz Elétrica. 

Em quantidade de energia, seguindo as premissas apresentadas no relatório anual da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) de 2019 apenas 0,5% do total da energia produzida no Brasil tem origem na chamada geração distribuída pelos municípios com energia solar fotovoltaica. 

São 400 mil unidades consumidoras com energia solar, que representam 0,46% das 86 milhões unidades consumidoras do País.

Apesar de o TCU ter dado prazo para que a agência tenha um plano de ação, não há nenhum fato novo neste um ano de discussão. 

“O TCU recomenda ao Ministério de Minas e Energia que apresente uma política pública de energia solar ao Congresso. Entendemos que o PL 2.215/2020, do deputado federal Beto Pereira, que já está nas mãos do Rodrigo Maia, é um avanço, só falta colocar em pauta. Após um ano não avançamos em praticamente nada, a não ser o requerimento de urgência para a votação do PL 2.215. A revisão da Aneel é um risco, porque a intenção é a taxação”, explica o empresário Hewerton Martins, que completa.  

“O que precisa avançar para que a energia solar cresça é a conscientização das pessoas de como funciona. A energia solar reduz as perdas, porque não percorre uma longa linha de transmissão. Temos uma incoerência, indo na contramão do mundo inteiro, que estimula a geração de energia solar”, conclui.

Projeto de lei

O Projeto de Lei 2.215/2020 foi apresentado em março deste ano pelo deputado federal por Mato Grosso do Sul Beto Pereira (PSDB). O intuito é criar uma regulamentação para a mini e microgeração de energia para garantir e incentivar a geração de energia limpa.

Conforme já noticiado pelo Correio do Estado, o projeto dá garantias que até que a geração de energia fotovoltaica do País atinja o porcentual de 15% da quantidade produzida por região, não haverá nenhum tipo de taxa.

Segundo o deputado, a ideia é criar um marco regulatório para a geração distribuída com uma política de incentivo, já que hoje ainda existe um deficit energético que é suprido pelas termelétricas, movidas a carvão, gás natural ou óleo diesel – que além de poluentes são caras.  

Na ocasião, Beto Pereira explicou que caso a resolução da Aneel prosperasse aconteceria a inviabilização do setor, que vinha em franco desenvolvimento.

“O setor que estava tendo investimentos fortes por parte da iniciativa privada deixaria de ser interessante. Com a taxação, seu investimento que você iria começar a gozar de algum tipo de lucro depois de quatro, cinco anos, você só passaria a ter vantagem depois de 15 ou 20 anos, com uma placa que tem validade de 25. A conta não batia mais. As pessoas que estavam contratando no banco, economizando, fazendo qualquer plano de investimento e você ver que isso pode ser taxado; se cria uma instabilidade, você tira o pé. Os que pretendiam fazer investimentos do meio do ano passado para cá, ninguém começou o negócio”, justificou o deputado.

Mesmo tendo colhido 354 assinaturas e entrado com pedido de requerimento de urgência, o projeto ainda não foi pautado no Congresso.

Economia

Salário mínimo deve aumentar de R$ 1.412 para R$ 1.518 em 2025

Presidente Lula ainda não publicou decreto ou deu informação oficial sobre o aumento, mas cálculo de técnicos aponta que aumento deve ser de R$ 106

26/12/2024 19h28

Decreto com o reajuste do salário mínimo deve sair nos próximos dias

Decreto com o reajuste do salário mínimo deve sair nos próximos dias Foto: Divulgação

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O salário mínimo no Brasil deverá ser reajustado para R$ 1.518 em 2025, um aumento de R$ 106 em relação ao valor atual de R$ 1.412, o que corresponde a uma alta de 7,5%.

O presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) ainda não publicou decreto com o aumento, mas, segundo a Folha de São Paulo, fontes ligadas ao governo fizeram cálculos que apontam para este valor.

Conforme a Folha, a nova quantia segue a regra de correção aprovada pelo Congresso no pacote de contenção de gastos liderado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e não há indicações de mudanças desta previsão.

O novo valor, que deverá ser publicado no Diário Oficial da União nos próximos dias, entra em vigor em 1º de janeiro.  

Ainda segundo as fontes ouvidas pela Folha, caso a antiga regra ainda estivesse em vigor, o valor chegaria a R$ 1.528, mas a revisão na fórmula resultou em uma diferença de R$ 10.  

Nova regra de correção  

Pela legislação anterior, o reajuste do salário mínimo era calculado com base na variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado em 12 meses até novembro, somado ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.

A nova regra mantém o ganho real acima da inflação vinculado ao PIB, mas limita esse acréscimo ao teto de correção do arcabouço fiscal, que varia entre 0,6% e 2,5% ao ano.  

O salário mínimo é um dos principais parâmetros para o cálculo do Orçamento, já que despesas obrigatórias, como aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), estão diretamente vinculadas ao seu valor.

Com a nova política, o governo estima uma economia de R$ 15,3 bilhões para os anos de 2025 e 2026.  

Loterias

Resultado da Lotofácil de hoje, concurso 3278, quinta-feira (26/12)

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

26/12/2024 19h19

Confira o resultado da Lotofácil

Confira o resultado da Lotofácil Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3278 da Lotofácil na noite desta quinta-feira, 26 de dezembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 3,2 milhões.

Confira o resultado da Lotofácil de hoje!

Os números da Lotofácil 3278 são:

  • 07 - 21 - 13 - 06 - 25 - 20 - 24 - 18 - 08 - 12 - 22 - 05 - 17 - 11 - 19 

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 3279

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na sexta-feira, 27 de dezembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 3279. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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