O tão esperado hexa ficou no meio do caminho, com a eliminação da seleção brasileira nas quartas-de-final da Copa do Mundo de 2022, apór perder para a Croácia na disputa por pênaltis.
A disputa pelo título mundial será entre Argentina e França, no domingo (18).
Uma seleção é a principal rival do Brasil, enquanto a outra já foi algoz em outras copas.
Com a torcida brasileira dividida, há quem tenha o amor pelas seleções desde o nascimento, pois são nascidos ou criados nos países que disputam a final e hoje moram em Campo Grande.
É o caso do motorista Luiz Gustavo Paim Isran, 59 anos, que foi criado na Argentina, e do empresário Freddy Ayache, nascido na França.
Hermano
Luiz Gustavo Paim Isran nasceu em São Borja, no Rio Grande do Sul, mas ainda bebê foi com a família para Buenos Aires, onde foi criado durante toda a infância e adolescência, retornando ao Brasil aos 19 anos, primeiro para o RS e depois para o Distrito Federal.
Em Campo Grande, ele mora há 25 anos, vindo após perder o emprego na capital federal, pois tinha um irmão que morava na Cidade Morena.
O vínculo com a Argentina permanece, pois os pais dele e outros familiares ainda moram no País e anualmente, visita a cidade de Buenos Aires.
Luiz afirma que não costuma acompanhar futebol, mas a situação é diferente na Copa do Mundo, quando o clima do mundial toma conta.
Segundo ele, a torcida principal era para o Brasil, mas após a eliminação, ele espera que o título fique com a Argentina.
"Vou torcer para ficar na América do sul, porque o Brasil não conseguiu ganhar, tomara que a Argentina tenha sorte", disse.
Apesar de acreditar e torcer pela vitória dos hermanos, ele acredita que o jogo será bastante disputado.
"O time da França é muito forte, muito bom, eu acredito que vai dar empate e vai pros pênaltis", disse.
O craque da seleção argentina, Lionel Messi, é uma das apostas de Luiz para levar a albiceleste ao título e levantar a taça.
Neste domingo, ele irá acompanhar o jogo com a família.
Do outro lado
Francês nascido em Nantes, Freddy Ayache é dono do La Parisienne Boulangerie & Patisserie e, apesar de esperar uma vitória de sua seleção, aponta que Messi seria o motivo de uma vitória da Argentina.
"Vou torcer pela França, mas ele [Messi] é diferenciado e, pelo fato de estar em sua última Copa, a Argentina ganhar esse título seria uma forma de reconhecermos que esse é um dos maiores jogadores de todos os tempos", comenta ele.
Vindo para o Brasil por amor, Freddy conheceu sua esposa - brasileira e campo-grandense - no Canadá, com a vinda em definitivo do casal para o País em 2014.
"Depois que nos conhecemos, eu vim até Campo Grande, ela também passou um tempo comigo na França e, em 2014 estávamos aqui, lembro que até assisti alguns jogos da Copa no Brasil", revela ainda.
Freddy ainda expõe que a final contra a Argentina, apesar da qualidade de Messi e companhia, não era a desejada pelo francês, que esperava encontrar a seleção de Tite no último jogo pela taça.
"O Brasil era um dos favoritos, esperava uma final com a França. O problema com a nossa seleção, que tem time para ganhar a final, é que fazem um gol e acabam indo defender", diz.
Mesmo assim, Freddy Ayache arrisca um largo placar para a partida deste domingo (18).
"Vejo que vai ser um jogo dos ataques, com bastante gols. Acho que será 3 a 1 para a França. É uma equipe jovem, com um meio de campo sólido e o Mbappé muito veloz ali pela frente", chuta o palpiteiro.
Também, ele aponta que seu empreendimento, o La Parisienne, estará aberto para que os clientes assistam a final, com transmissão para quem quiser acompanhar ao jogo na padaria, que não terá a presença de Freddy neste domingo.
"A padaria vai sim estar aberta, para quem quiser assistir o jogo aqui. Mas minha final vai ser tranquila em casa, com os amigos e família", finaliza.