O Brasil encarou a Argentina nesta quarta-feira, em jogo válido pelas quartas de final do torneio masculino de basquete sonhando com a possibilidade de uma medalha olímpica. Após um excelente primeiro quarto, a Seleção parou no segundo e terceiro períodos e, apesar de ter reagido no último, saiu derrotada na arena de basquete por 82 a 77, repetindo o que aconteceu nos Mundiais de 2002 e 2010, além do Pré-Olímpico para os Jogos de Pequim, em 2007.
Na semifinal, a Argentina encara o vencedor da partida entre Estados Unidos e Austrália, que fecha as quartas de final na noite desta quarta-feira. Os Estados Unidos são a única equipe invicta até esta etapa da competição, enquanto os australianos se classificaram na quarta posição do Grupo B, com uma vitória surpreendente em seu último jogo, no qual derrotou a Rússia, líder da chave.
Huertas inaugurou o placar com uma cesta de dois pontos, mas Scola conseguiu fazer o mesmo para a Argentina no ataque seguinte. Alex, Marcelinho Huertas, Leandrinho, Anderson Varejão e Tiago Splitter começaram o jogo pela Seleção. Mais fortes nas jogadas de dentro do garrafão, os brasileiros tiveram uma boa variação.
Huertas, capitão e armador titular do Brasil, teve um excelente primeiro quarto, controlando bem o jogo e se firmando como cestinha brasileiro na partida. Certeiro nos arremessos de três, o brasileiro tentou quatro bolas deste tipo no quarto, acertando três delas, além de mais duas assistências. Delfino, com liberdade para chutar, foi a maior arma argentina no período que terminou com vitória brasileira por 26 a 23.
Mais precisa nos arremessos atrás da linha de três, a Argentina virou o placar no segundo período, se aproveitando de um início ruim do Brasil. Bem marcado, Huertas teve dificuldades para jogar, mas permaneceu como cestinha da partida.
Apesar de dar liberdade aos argentinos em algumas situações de ataque, a Seleção cometeu poucas faltas que terminassem em lances livres para os adversários. Porém, o péssimo aproveitamento dos comandados de Rubén Magnano neste tipo de lance prejudicou o desempenho ao final do primeiro tempo. O Brasil foi para os vestiários derrotado por 46 a 40.
No início do terceiro quarto, prevaleceu a força das duas defesas. Poupando seus principais jogadores, Magnano e Julio Lamas viram suas equipes perderem em eficiência nos seus ataques. Sem Huertas e com Larry Taylor pouco inspirado, o Brasil ficou mais de quatro minutos sem pontuar. Impaciente, a Seleção começou a queimar arremessos de três pontos que não entraram e permitiu que a Argentina abrisse 15 pontos de vantagem.
A Seleção entrou para o último período com um déficit de dez pontos a ser revertido para a classificação à semifinal. Melhor no jogo, o Brasil conseguiu reagir e reduzir a diferença no marcador, embora a Argentina tenha mantido a boa apresentação dos períodos anteriores. Com personalidade, Leandrinho conseguiu um arremesso de três pontos que recolocou o Brasil na partida, com menos de dois minutos restantes no relógio.
Entretanto, nos ataques seguintes, o Brasil vacilou e foi obrigado a cometer faltas para parar o relógio. Precisos nos lances livres, os argentinos abriram uma distância confortável no marcador. Com mais dois chutes de três do ala-armador brasileiro, a Seleção encerrou não desistiu do duelo e lutou até o fim, para reduzir a diferença para cinco minutos no fim.
Leandrinho e Marcelinho Huertas foram os cestinhas do jogo, com 22 pontos, mas cinco jogadores argentinos - destaque para Ginóbili, Scola e Delfino -, fizeram mais de dez pontos e garantiram a vitória argentina. Nenê, com 12 rebotes, e Prigioni, com oito assistências, lideraram outros fundamentos.