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Corte de Benzema traz de volta maldição da Bola de Ouro na Copa

A Copa do Qatar nem começou, mas a maldição já foi confirmada mais uma vez na noite de sábado (19), com o corte de Karim Benzema pela seleção francesa

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Chegar à Copa como melhor jogador do mundo e conquistar o título. As duas coisas parecem ter uma relação direta, mas a história do futebol diz o contrário. Jamais um jogador que conquistou a Bola de Ouro imediatamente antes do Mundial ficou com o título. 

A Copa do Qatar nem começou, mas a maldição já foi confirmada mais uma vez na noite de sábado (19), com o corte de Karim Benzema pela seleção francesa.O atacante do Real Madrid é mais um nome em uma lista que tem alguns dos maiores jogadores de todos os tempos. Di Stéfano, Cruyff, Ronaldo, Ronaldinho, Messi, Cristiano Ronaldo -ninguém escapa da maldição da Bola de Ouro.

O prêmio é dado pela revista France Football desde 1956 e, até 1994, incluía apenas jogadores europeus. O primeiro premiado em um ano pré-Copa, em 1957, foi Alfredo Di Stéfano, argentino naturalizado espanhol que era ídolo do Real Madrid. 

Mesmo com Don Alfredo no time, a Espanha não se classificou para a Copa de 1958, que acabou vencida pelo Brasil e projetou Pelé, que mais tarde se tornaria o "Rei do Futebol".

Na Copa de 1962, quem chegou como dono da Bola de Ouro foi Omar Sívori, da Juventus. No Mundial, ele passou em branco, e a Itália caiu ainda na fase de grupos, em uma chave com Alemanha Ocidental, Suíça e o anfitrião Chile, surpresa daquele torneio.

Quatro anos mais tarde, o português Eusébio era quem chegava à Inglaterra como detentor do prestigiado prêmio. O Pantera Negra foi o artilheiro do Mundial com 9 gols e levou Portugal ao terceiro lugar, mas o título de 1966 ficou com os anfitriões, em final dramática e polêmica contra a Alemanha, em Wembley.

Para a Copa de 1970, as estrelas premiadas eram os italianos. Gianni Rivera, do Milan, havia conquistado a Bola de Ouro de 1969; e Gigi Riva, do Cagliari, fora o segundo colocado. Os dois estavam em campo quando a Itália caiu diante do Brasil de Pelé, Tostão, Rivellino e Jairzinho, por 4 a 1, na histórica final no Estádio Azteca.

Outro que chegou ao Mundial como ganhador do prêmio e acabou vice-campeão foi Johan Cruyff. Vencedor em 1973, ele viu sua Holanda perder de virada para a Alemanha na decisão. Curiosamente, Cruyff voltaria a ganhar o prêmio em 1974, já depois da Copa, mesmo sem o título.

A Bola de Ouro de 1977 premiou o dinamarquês Allan Simonsen, vice-campeão europeu com o Borussia Mönchengladbach. A seleção dinamarquesa só disputaria seu primeiro Mundial oito anos depois, em 1986 (com o atacante na reserva). Em 1978, Simonsen viu pela TV o primeiro título da Argentina de Mario Kempes, com o troféu ao lado da France Football na estante.

Chegamos a 1982, e novamente o dono do prêmio da temporada anterior sofreu. Karl-Heinz Rummenigge havia sido o melhor jogador europeu de 1981 e chegou ao Mundial como grande esperança da Alemanha. O atacante do Bayern de Munique entrou no sacrifício na semifinal contra a França, marcou um golaço e levou a Mannschaft à final. Só que a Itália de Paolo Rossi venceu por 3 a 1.

A Copa de 1986 foi de Diego Armando Maradona e da Argentina. Mas, em um mundo em que apenas os europeus competiam pela Bola de Ouro, o dono do prêmio quando o Mundial começou era Michel Platini. A França fez boa campanha e eliminou o Brasil nos pênaltis, mas acabou em terceiro lugar.

Em 1990, o grande jogador europeu era o holandês Marco Van Basten. Autor de gol antológico na final da Eurocopa de 1988, ele chegava ao Mundial da Itália com dois prêmios da France Football consecutivos. Mas, na Copa, o artilheiro do Milan sumiu. A Holanda caiu nas quartas de final contra a futura campeã Alemanha. Van Basten passou em branco, e encerrou a carreira sem jamais ter feito um gol em Copas.

A maldição da Bola de Ouro atingiu o seu ápice nas duas Copas seguintes, envolvendo protagonistas não apenas do torneio, como das finais. Em 1994, Roberto Baggio chegou aos Estados Unidos com o status de melhor do mundo, conquistado um ano antes. Depois de carregar a Itália até a final, com gols decisivos em todos os jogos do mata-mata, ele jogou a decisão no sacrifício e errou o pênalti decisivo que deu o tetracampeonato mundial ao Brasil.

Com a abertura do prêmio para não-europeus em 1995, o Brasil teve seu primeiro Bola de Ouro em 1997: Ronaldo. O atacante da Internazionale chegou ao Mundial de 1998 no topo do mundo e foi um dos responsáveis por levar a seleção brasileira até a decisão, contra a anfitriã França. No dia da final, uma crise convulsiva horas antes da partida mudou o roteiro daquela Copa. Com um Ronaldo apático, o time comandado por Zagallo foi derrotado por 3 a 0. 

A redenção de Ronaldo em Mundiais viria com o título em 2002. Nas quartas de final, a seleção brasileira venceu sua partida mais complicada naquela Copa: superou a Inglaterra por 2 a 1, de virada. A estrela dos ingleses era Michael Owen; o dono da Bola de Ouro de 2001.

Em 2006, pela segunda vez, o Brasil chegava à Copa com um jogador como melhor do mundo. Ronaldinho havia conquistado o mundo do futebol no Barcelona, mas não brilhou na Alemanha. A seleção brasileira, cheia de estrelas, acabou eliminada nas quartas de final pela França, e o título ficou com a Itália.

Então, veio a Era Messi-Ronaldo. Entre 2008 e 2017, uma década, o argentino e o português revezaram-se no alto do pódio da premiação, com cinco bolas de ouro para cada um. Nas três Copas deste período, a maldição se manteve.

Messi, premiado em 2009, viu a Argentina cair nas quartas de final em 2010, goleada por 4 a 0 diante da Alemanha. Cristiano Ronaldo, que ficou com os troféus de 2013 e 2017, teve ainda pior sorte – Portugal não passou da fase de grupos em 2014 e caiu nas oitavas em 2018, eliminado pelo Uruguai.

A Copa do Qatar, pela mudança nos calendários do Mundial e da Bola de Ouro, é a primeira em que o vencedor mais recente recebeu o prêmio no mesmo ano do torneio. De volta à seleção francesa e campeão da Champions League pelo Real Madrid, Karim Benzema era forte candidato a romper o encanto e finalmente ganhar o título sendo o melhor do mundo. Mas a lesão na coxa, no treinamento de sábado, mudou o rumo da história.

Caso a Copa-2022 fosse disputada em junho e julho, como nas edições anteriores, o premiado mais recente teria sido Messi, que levou a Bola de Ouro em 2021. A mudança de datas salvou o argentino e colocou o peso sobre Benzema. Com a lesão do francês, a maldição continua. Pelo menos até 2026.

FRANÇA TEM QUE DEFINIR NOVO CONVOCADO ATÉ SEGUNDA

E a atual campeã França ainda fica em situação delicada antes mesmo de entrar em campo no Mundial do Qatar. A equipe já havia perdido Ngolo Kanté, Paul Pogba, Presnel Kimpembé, Mike Maignan e Chrisopher Nkunku por lesão.

Agora, fica a expectativa sobre um eventual substituto para Benzema. O titular deve ser Olivier Giroud, que fez parte da equipe em 2018 e foi campeão mesmo sem fazer um único gol.

O técnico Didier Deschamps também pode convocar outros atacantes. Wissam Ben Yedder, do Monaco, e Martin Terrier, do Rennes, surgem como opções principais, ou até Hugo Ekitiké, do PSG.

O treinador tem até a próxima segunda-feira (21) para definir quem será chamado. O único requisito é que o jogador esteja em uma pré-lista de enviados pela Federação Francesa à Fifa.

Mas, de qualquer maneira, o corte de Benzema caiu como um balde de água fria entre os franceses no Qatar. A atual campeã ainda lamentava os demais desfalques antes que o astro se machucasse.

A lesão ocorreu em treino realizado no estádio do Al Sadd, no centro de Doha. Nos 15 minutos abertos à imprensa, Benzema estava sorridente e correndo com os companheiros. Benzema se machucou durante a parte da atividade que foi fechada para os jornalistas.

COPA DO BRASIL

Atleta de MS do Criciúma volta ao estado para enfrentar o Operário

O zagueiro coxinense Rodrigo Fagundes é capitão da equipe catarinense, onde atua desde 2021; pela Copa do Brasil, Operário e Criciúma se enfrentam na primeira fase, em Campo Grande, na segunda quinzena do mês

08/02/2025 11h30

Natural de Coxim, Rodrigo Fagundes é capitão do Criciúma e volta a MS para enfrentar o Operário pela Copa do Brasil

Natural de Coxim, Rodrigo Fagundes é capitão do Criciúma e volta a MS para enfrentar o Operário pela Copa do Brasil Foto: Reprodução/Instagram

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O sorteio da Copa do Brasil aconteceu ontem, sexta-feira (07), e definiu os adversários das equipes sul-mato-grossenses na primeira fase da competição. O Operário enfrenta o Criciúma (SC), em Campo Grande, mas uma figura natural de Mato Grosso do Sul defende as cores do time catarinense e ainda carrega a faixa de capitão no braço.

Nascido em Coxim, o zagueiro Rodrigo Fagundes, de 37 anos, está no Criciúma desde 2021. Desde então, atuou em 172 jogos, fez sete gols e deu cinco assistências. Desses gols, três foram durante a disputa do Brasileirão no ano passado, contra Flamengo, Bragantino e Atlético (GO).

Porém, essas estatísticas são “irrelevantes” perto da importância dele para o time. Sai técnico, entra técnico, o coxinense continua sendo peça fundamental na defesa da equipe. Rodrigo é capitão do Tigrão há quase três anos e segue acumulando números com a camisa do Tricolor de Santa Catarina. 

Atualmente, é bicampeão catarinense, ambos conquistados diante do Brusque, além de ter sido eleito o melhor zagueiro da competição nos dois títulos.

Em 2023, foi titular durante a campanha de acesso do Criciúma à primeira divisão nacional, onde a equipe catarinense ficou na 3ª colocação da Série B, com 64 pontos conquistados. Porém, como “nem tudo são flores”, também participou do rebaixamento do time no ano passado, do qual a equipe ficou 18º, com apenas 38 pontos e 61 gols tomados, a pior defesa do campeonato.

Mesmo com a campanha abaixo da equipe, Rodrigo foi o melhor zagueiro por nota do Campeonato Brasileiro de 2024, com média de 7.20, segundo o Sofascore, site especializado em estatísticas do esporte. Além disso, foi o zagueiro com mais corte por jogo (6.9) e o terceiro em interceptações por partida (1.6).

No final de 2024, após o término do Brasileirão, o clube anunciou renovação contratual com alguns atletas do elenco, incluindo Rodrigo. 

O retorno do zagueiro ao Mato Grosso do Sul está marcado para acontecer na segunda quinzena de fevereiro, no dia 19 ou 26. O confronto será em Campo Grande, no Estádio Jacques da Luz. Quem passar, enfrenta na segunda fase o vencedor de Grêmio Sampaio (RR) x Remo (PA).

Dourados (DAC)

Além do Operário, o Dourados Atlético Clube (DAC) também é um dos representes sul-mato-grossenses nesta edição da Copa do Brasil. No sorteio, o Dourados foi mais sortudo que o rival de Campo Grande e vai enfrentar o Caxias (RS), no Estádio Douradão.

Caso bata a equipe gaúcha, o Dourados enfrenta o vencedor de do duelo entre Águia de Marabá (PA) x Fluminense (RJ), mas como visitante.

Copa do Brasil 2025

Nesta edição, a competição mais democrática do futebol brasileiro vai reunir 92 equipes. Nesta primeira fase, 80 irão participar. As 12 equipes restantes entram apenas na terceira fase, sendo eles: 

Botafogo, Flamengo, Palmeiras, Fortaleza, Internacional, São Paulo, Corinthians e Bahia (classificados à Libertadores); Cruzeiro (classificado pela posição no Brasileirão 2024); Santos (campeão da Série B 2024); CRB (campeão da Copa do Nordeste) e Paysandu (campeão da Copa Verde).

  • Primeira fase: 19 ou 26 de fevereiro;
  • Segunda fase: 5 ou 12 de março;
  • Terceira fase: 30 de abril e 21 de maio;
  • Oitavas de final: 30 de julho e 6 de agosto;
  • Quartas de final: 27 de agosto e 11 de setembro;
  • Semifinais: 5 e 19 de outubro;
  • Final: 2 e 9 de novembro;

Decepção ano passado

Operário e Costa Rica foram os representantes de Mato Grosso do Sul na edição de 2024. A equipe de Campo Grande enfrentou seu xará do Paraná, o Operário (PR). Já o time do interior do estado enfrentou o América (RN).

Os Operários empataram em 0x0, no Estádio Jacques da Luz, em Campo Grande. Como dito nesta reportagem, o empate classificava o time visitante, por ser melhor colocado no Ranking Nacional de Clubes (RNC). Portanto, a equipe paranaense avançou à segunda fase da competição na ocasião.

Já o Costa Rica perdeu por 2x1 para a equipe potiguar, no Estádio Laertão, no município sul-mato-grossense. Diante da derrota, também foi eliminado na primeira fase, se juntando ao Operário e ficando de fora do restante da Copa do Brasil.

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Sorteio

Confira os confrontos dos times de MS na primeira fase da Copa do Brasil 2025

Jogos da fase inicial da competição acontecerão na segunda quinzena de fevereiro, entre os dias 19 e 26

07/02/2025 15h10

Sorteio foi realizado na sede da CBF, no Rio de Janeiro

Sorteio foi realizado na sede da CBF, no Rio de Janeiro Reprodução, CBF

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realizou no início da tarde desta sexta-feira (7), o sorteio dos confrontos da primeira fase da Copa do Brasil 2025. O sorteio foi realizado na sede da CBF, no Rio de Janeiro.

Nesta etapa, a competição conta com 80 clubes, sendo dois sul-mato-grossenses: Operário e Dourados Atlético Clube (DAC).

Ambos os times garantiram vaga na competição nacional após fazerem a final do Campeonato Sul-Mato-Grossense de futebol 2024.

Outras 12 equipes entram diretamente na terceira fase da competição: os representantes brasileiros da Copa Libertadores; e os vencedores da Copa do Nordeste, da Copa Verde e da Série B do Campeonato Brasileiro de 2024.

Nas duas primeiras fases, os confrontos acontecem em jogo único. Diferente do ano passado, em 2025, não há vantagem para a equipe visitante em caso de empate. Nesse sentido, caso aconteça um empate, a disputa será decidida nos pênaltis.

Este ano, a competição reúne ao todo 92 times de diversas divisões do futebol nacional. A primeira fase está programada para começar na segunda quinzena de fevereiro, entre os dias 19 e 26 de fevereiro.

A Copa do Brasil paga R$ 750 mil pela participação na primeira fase. Caso os clubes de MS avancem para as próximas etapas eliminatórias, os valores vão aumentando gradualmente.

Confira os duelos dos clubes de Mato Grosso do Sul na primeira fase:

  • Operário x Criciúma (SC)
  • Dourados Atlético Clube x Caxias (RS)

Vale destacar que, nesta fase inicial, o mando de campo será do time em posicionamento inferior no Ranking Nacional de Clubes da CBF. Nesse sentido, ambas as equipes do estado realizarão suas partidas em casa.

Caso as equipes de Mato Grosso do Sul se classificarem, a segunda fase deverá ser "pedreira". Isso porque o vencedor de Operário x Criciúma (SC) enfrentará o vencedor de Grêmio Sampaio (RR) x Remo (PA), como visitante.

Já o Dourados, se vencer, enfrenta o ganhador do duelo entre Águia de Marabá (PA) x Fluminense (RJ), também como visitante.

Decepção ano passado

Operário e Costa Rica foram os representantes de Mato Grosso do Sul na edição de 2024. A equipe de Campo Grande enfrentou seu xará do Paraná, o Operário (PR). Já o time do interior do estado enfrentou o América (RN).

Os Operários empataram em 0x0, no Estádio Jacques da Luz, em Campo Grande. Como dito nesta reportagem, o empate classificava o time visitante, por ser melhor colocado no Ranking Nacional de Clubes (RNC). Portanto, a equipe paranaense avançou à segunda fase da competição na ocasião.

Já o Costa Rica perdeu por 2x1 para a equipe potiguar, no Estádio Laertão, no município sul-mato-grossense. Diante da derrota, também foi eliminado na primeira fase, se juntando ao Operário e ficando de fora do restante da Copa do Brasil.

Saiba

Confira as 12 equipes que entrarão apenas na terceira fase da Copa do Brasil 2025: Botafogo, Flamengo, Palmeiras, Fortaleza, Internacional, São Paulo, Corinthians e Bahia (classificados à Libertadores); Cruzeiro (classificado pela posição no Brasileirão 2024); Santos (campeão da Série B 2024); CRB (campeão da Copa do Nordeste) e Paysandu (campeão da Copa Verde).

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