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Crianças que praticam lutas marciais ficam menos agressivas e mais disciplinadas

Crianças que praticam lutas marciais ficam menos agressivas e mais disciplinadas

IG

09/05/2011 - 07h02
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Pietro e o professor Nelson Pompei, de Limeira: classe de boxe chinês tem entre 3 e 6 anos
Com rápidos movimentos de braços e pernas, os doze alunos da turma de boxe chinês da Academia Shaolin, em Limeira, interior de São Paulo, chutam e socam o ar. A luta, conhecida como sanshou, palavra que significa “mãos livres”, é uma arte marcial bastante específica para o combate. Por isso, as idades de seus praticantes espantam: eles têm de 3 a 6 anos. É cedo demais para a prática de uma modalidade agressiva? Nada disso.

Tammy tem apenas 5 anos, mas desde os 4 já sabe: chutes e socos, só no tatame. As crianças nunca entram em confronto direto e exercitam os golpes em aparadores e sacos de pancada. Em pequenos gestos cotidianos, como silenciar para ouvir o professor ou aguardar sua vez para executar um movimento, ela e seus colegas assimilam o significado de disciplina, companheirismo e respeito. “Ninguém aqui ensina a bater. Eles aprendem uma técnica através de brincadeiras, de exercícios para trabalhar a coordenação motora e o lado espiritual”, explica Cássia Soares Pompei, mãe de Tammy, professora e proprietária da academia ao lado do marido Nelson Pompei, atual técnico da seleção brasileira de boxe chinês.

Para Cássia, o aprendizado das aulas estende-se à rotina de Tammy. “Além de aprimorar a coordenação motora, o boxe proporciona um gasto de energia necessário a crianças dessa idade. Ela passou a dormir melhor e ficou menos agitada”, diz. “O Pietro também aprendeu muito com o boxe. Passou a ser mais concentrado. Obedece melhor, respeita limites e passou a entender que ajudar o outro é fundamental”, completa Lídia Canvian, mãe do pequeno boxeador que divide o tatame com a menina.

As meninas são maioria na turma – e também as mais beneficiadas pela prática. Para a psicóloga Vera Sugai, praticante de judô e estudiosa das artes marciais, o suposto caráter masculinizador das lutas marciais é totalmente ultrapassado. “Por meio dessas artes, a menina ou mulher penetra num mundo que não é o dela. Quando fazemos parte deste universo marcial, temos que ser mais rápidas, objetivas. As conexões neurais aumentam e ampliam nossas percepções. Com isto, ficamos mais inteligentes e equilibradas”.

O estímulo à prática de uma luta costuma vir dos pais. Lucas, por exemplo, tem 3 anos e meio e, apesar da pouca idade, o pai, praticante de karatê, não hesitou em matriculá-lo no judô. “Esta arte é mais que um combate. É uma filosofia de vida, envolve o respeito ao próximo, o companheirismo, a superação dos próprios limites e de frustrações. É uma arte que ajuda na formação do caráter”, argumenta o pai, Pedro Paulo Allbio.

Para garantir um ambiente saudável e adequado ao filho, Pedro Paulo visitou cerca de sete academias até encontrar a ideal. “Assisti as aulas, conversei com o professor, com o proprietário. Percebi que são profundos conhecedores daquela arte e que, além do foco filosófico, tinham também profissionalismo para lidar com crianças”, conta. “Ludicidade, adaptação dos movimentos e a não indução à violência e competitividade também foram fundamentais na minha escolha”, diz o pai.

É preciso garantir que a escola de luta incentive a disciplina, não a violência. “As artes marciais sempre tiveram um papel fundamental na educação e constituição do caráter do ser humano. Se há uma pedagogia e filosofia no ensinamento, a criança não compreende os movimentos como um instrumento de agressividade”, explica o pedagogo e professor de judô Sumio Tsujimoto, da Kitô Academia de Artes Marciais.

A fórmula funciona na academia de Limeira. “Nunca tivemos reclamação de pais em relação aos filhos terem aplicado chutes ou socos em coleguinhas da escola”, diz Cássia.
 

REGIONAL

A menos de 30 dias do Estadual, Corumbaense não tem técnico

Semifinalista neste ano, equipe se apresenta em 2 de janeiro, 17 dias antes da estreia

21/12/2024 09h30

Diretoria ainda não definiu se jogadores que atuaram pelo Corumbaense nesta temporada retornam

Diretoria ainda não definiu se jogadores que atuaram pelo Corumbaense nesta temporada retornam Foto: Eduardo Melo

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Eliminado neste ano na semifinal contra o Dourados, o Corumbaense vai se apresentar apenas 17 dias antes do começo do Campeonato Sul-Mato-Grossense de Futebol e segue sem técnico definido para a próxima temporada, além de contar com um elenco recheado de lacunas a menos de um mês de sua estreia na competição.

Em entrevista ao Correio do Estado, o gerente de Futebol do clube, Renê Rodrigues, afirmou que a formação do elenco já está em análise.

“Vai ser uma mistura de jogadores de fora com jogadores pratas da casa. O Corumbaense neste ano contou com todas as categorias de base, sub-17, sub-15, sub-20 e até sub-13. Então, vamos fazer uma mescla”, declarou.

Sobre a contratação do treinador, Rodrigues reforçou que está em negociação com um nome, mas que ainda faltam os “últimos detalhes” para concretizar o acordo. É esperado que nos próximos dias o clube anuncie o responsável por comandar a equipe no próximo Estadual.

Neste ano, quem treinou a equipe no campeonato foi o jovem técnico Luiz Henrique Tosta, 39 anos, ex-zagueiro do Corumbaense na campanha marcante de 2017, que definiu o fim do jejum de mais de três décadas sem vencer o Sul-Mato-Grossense.

Mesmo sendo uma das equipes presentes na semifinal do Estadual 2024, o time de Corumbá não impressionou tanto em números quanto em atuação. Na fase de grupos, se classificou para o mata-mata com apenas 9 pontos conquistados dos 24 possíveis.

Nas oitavas de final, não tomou conhecimento do Coxim e aplicou sonoros 6 a 3 no placar agregado. Porém, parou na semifinal, sendo eliminado para o Dourados, por 2 a 0.

Diante disso, Rodrigues garantiu que pretende, pelo menos, repetir o feito deste ano e chegar entre as quatro melhores equipes do Estado.

“Sempre o objetivo maior é ser finalista e campeão. A gente sabe que o Corumbaense não está entre as equipes com maiores investimentos no campeonato, mas neste ano fizemos uma boa campanha. Se possível, [podemos] até melhorar [isso]”, disse Rodrigues.

O gerente de Futebol do clube de Corumbá também destacou o processo de reestruturação após a pandemia de Covid-19. No Estadual de 2020, o clube desistiu de participar do Sul-Mato-Grossense, alegando dificuldades financeiras e foi punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul (TJD-MS) por dois anos, não podendo disputar competições oficiais, retornando apenas no ano passado, na segunda divisão. 

Além do Corumbaense, o Maracaju também sofreu as mesmas sanções.

“Conseguimos o acesso em 2023 e neste ano já chegamos na semifinal. Então, estamos vindo de um processo de reestruturação e reconstrução, para poder voltar a brigar pelo título, como em 2017 e 2018, quando [o clube] foi campeão e vice, respectivamente”, explicou Rodrigues ao Correio do Estado.

O Corumbaense estreia no Campeonato Sul-Mato-Grossense em 19/1/2025, às 15h, contra o Naviraiense, fora de casa. A equipe de Corumbá caiu no mesmo grupo do Operário (atual campeão), do Dourados, do Pantanal SAF e do Ivinhema.

SAF?

Em cerimônia realizada na Câmara Municipal de Corumbá para homenagear jogadores, dirigentes e demais colaboradores que integraram o time campeão estadual de 1984, o presidente do clube, Luís Bosco Delgado, afirmou que faria uma reunião com o ex-diretor do Vasco da Gama Julio Brant, a fim de talvez transformar o Corumbaense em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

Rodrigues explicou que essa reunião já ocorreu, mas ressaltou que foram apenas conversas preliminares.

“O Corumbaense tem em mente que o caminho é a transformação em SAF pela dificuldade financeira, mas ainda é um processo embrionário que precisa evoluir e chegar na parte final desse processo, que seria a captação de investidores e que talvez seja a parte mais difícil”, comentou.

Ainda, o gerente de Futebol detalha que o Sul-Mato-Grossense de 2025 pode ser o último do clube antes de se tornar clube-empresa.

“Pode ser sim, e eu acredito que ao longo do ano [que vem] isso pode acontecer, pelo potencial que o Corumbaense tem, de ser um time muito histórico. Então, acho que no próximo ano podemos estar consolidando essa parte de virar uma SAF”, complementou.

SAIBA

Em julho, Julio Brant assumiu a responsabilidade de repaginar o futebol de Mato Grosso do Sul, com planejamento estratégico e governança, por indicação do governo do Estado. Em novembro, durante anúncio do mais novo clube-empresa de MS – o Futebol Clube Pantanal SAF –, Estevão Petrallás, presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), divulgou que as cinco primeiras equipes que virarem SAF no Estado estarão isentas das taxas dentro da entidade.

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Esportes

The Fifa Best: Marta vence 1º Troféu Marta de gol mais bonito do ano

Gabi Portilho foi única brasileira escolhida para o time ideal

17/12/2024 23h00

Foto: Divulgação / FIFA

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A atacante Marta voltou a ser destaque no Prêmio Fifa The Best ,Football Awards, realizado nesta terça-feira (17), ao receber a primeira edição do troféu que leva eu próprio nome, concedido ao gol mais bonito do mundo nesta temporada.

A cerimônia de entrega da premiação ocorreu em Doha (Catar), mas não contou com a presença da camisa 10, que enviou um vídeo agradecendo. O nome do troféu é uma homenagem da Fifa à alagoana, de 38 anos, eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo. O gol premiado ocorreu durante a vitória da seleção brasileira em amistoso contra a Jamaica, em 1º de junho.

A camisa 10 do Brasil concorreu com outras 10 atletas pelo Troféu Marta, que levou em conta os gols marcados no período entre 21 de agosto até 10 de agosto deste ano.  

Os outros gols foram de Delphine Cascarino/ Lyon) - Lyon x Benfica (27/3/24);  Marina Hegering/Wolfsburg – Essen x Wolfsburg (29/1/24); Sakina Karchaouri/seleção francesa - França x Suécia (12/7/24); Paulina Krumbiegel/Hoffenheim – Duisburg x Hoffenheim (2/2/24);  Nina Mateljic/Sérvia – Sérvia x Inglaterra (17/7/24); Beth Mead/Arsenal) – Arsenal x West Ham (26/11/23); Giuseppina Moraca/Lazio) – Lazio x Bologna (15/10/23); Asiat Oshoala/Barcelona) – Barcelona x Benfica (14/11/23); Mayra Pelayo/México) – (27/2/24) e Trinity Rodman/Estados Unidos) – Estados Unidos x Japão (3/8/24).

Quem também brilhou no The Fifa Best foi outra atacante da seleção, Gabi Portilho, única brasileira escolhida para integrar o time ideal da Fifa, formado pelas melhores jogadoras do mundo em 2024.  A atleta de 29 anos, que defende o Corinthians, foi um dos destaques da  seleção brasileira vice-campeã olímpica nos Jogos de Paris.

Time ideal da Fifa


GOLEIRA:  Alyssa Naeher
ZAGUEIRAS:  Irene Paredes e Naomi Girma
LATERAIS: Lucy Bronze e Ona Battle
MEIAS: Horan, Gabi Portilho, Aitana Bonmatí e Guijarro
ATACANTES: Salma Paralluelo e Graham Hansen

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