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BRASILEIRÃO

Cruzeiro perde para o Palmeiras, cai para a Série B e revolta torcedores

Foi a primeira fo Cruzeiro em 98 anos de história

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O dia 8 de dezembro vai ficar marcado como a data da maior decepção dos 98 anos de história do Cruzeiro. Neste domingo, o time mineiro foi rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro com a derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, no Mineirão. Foi a primeira queda do clube. É o pior capítulo de sua história quase centenária - vai completar 99 anos no dia 2 de janeiro.

Os torcedores se dividiram entre a tristeza e a revolta. Assentos das cadeiras do Mineirão foram quebrados e atirados em direção ao gramado. A polícia se dirigiu às arquibancadas para conter os atos de vandalismo. Sons de bombas eram ouvidos dentro do estádio do Mineirão. Por conta do tumulto, o jogo foi encerrado aos antes dos 40 minutos do segundo tempo. Mesmo assim, torcedores corriam assustados com crianças no colo para fugir do tumulto.

O time mineiro chegou à última rodada com a obrigação de vencer o Palmeiras. Além disso, tinha de torcer por derrota do Ceará diante do Botafogo no Rio. Não conseguiu nem uma coisa nem outra No estádio do Engenhão, o resultado foi o empate por 1 a 1.

Obviamente, a queda não foi definida neste domingo. O Cruzeiro foi caindo ao longo da temporada a cada troca de treinador - a sequência teve Mano Menezes, Rogério Ceni, Abel Braga e Adilson Batista -, e também por conta da grave crise financeira e das irregularidades na venda de jogadores que ainda podem gerar sanções na Fifa. A queda foi um processo lento ao longo de 2019

Havia esperança da torcida no início do jogo. Na hora do Hino Nacional, os torcedores rezaram e foram acompanhados pelo técnico Adilson Batista. Os cruzeirenses tinham uma esperança miúda, que foi se diluindo no decorrer da partida em que o time mais uma vez criou e não mostrou força para evitar o rebaixamento.

Não foi um jogo de rigorosa obediência tática. Nem poderia ser. A bola queimava no pé dos cruzeirenses nas jogadas mais agudas. O time da casa também teve dificuldades para superar os desfalques. Dedé, Robinho e Rodriguinho estavam contundidos; Ariel Cabral, Edilson e Egídio, suspensos. Thiago Neves está afastado do grupo.

Além do nervosismo e da ausência de peças importantes, o Cruzeiro teve de resolver uma questão tática delicada. A equipe não quis acelerar o jogo e atacar com muitos jogadores para não correr riscos de sofrer o contra-ataque - sofrer um gol seria um golpe quase mortal. Foi esse drama que o time viveu aos 44 minutos, quando cruzou e o zagueiro Cacá afastou.

Melhor tecnicamente, o Palmeiras tomou a iniciativa em vários momentos. Teve mais tranquilidade para atacar. As chances, no entanto, foram raras. A melhor delas foi um chute cruzado e rasteiro de Zé Rafael, que Fábio espalmou para escanteio aos 15 minutos. O Palmeiras fez um jogo desinteressado, protocolar, só para cumprir tabela.

Nesse contexto, o jogo se arrastou morno. A grande alegria da torcida cruzeirense veio do Rio de Janeiro. Por volta dos 39 minutos, o Botafogo abriu o placar diante do Ceará, placar fundamental para o time de Belo Horizonte. Cruzeirenses vibravam como se o gol tivesse saído no próprio Mineirão. Metade do caminho estava percorrido. Mas o time não conseguiu.

No início do jogo, Adilson Batista optou por um ataque com mais rápido com Ezequiel e Pedro Rocha, mas a bola não chegava ao ataque. Ele trocou Ezequiel por Sassá para conseguir maior efetividade e passou a atacar mais. O castigo veio ligeiro, em um contra-ataque. Aos 12 minutos, Dudu deu belo toque de calcanhar, Diogo Barbosa cruzou e Zé Rafael calou o Mineirão: 1 a 0.

O Cruzeiro não conseguiu fazer a sua parte e começava a se confirmar o rebaixamento. Dez minutos depois, o silêncio se tornou absoluto: no jogo do Rio, o Ceará empatou. Com isso, a combinação de resultados necessária para se salvar estava duplamente comprometida. O segundo gol do Palmeiras, com cabeçada no ângulo de Dudu, acabou com qualquer chance de reação

O clima ficou tenso com tumulto nas arquibancadas e a partida foi interrompida em vários momentos. Sons de bombas eram ouvidos dentro do estádio. Diante da tensão nas arquibancadas, o árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique decidiu encerrar a partida antes dos 40 minutos.

FICHA TÉCNICA

CRUZEIRO 0 x 2 PALMEIRAS

CRUZEIRO - Fábio; Orejuela (Weverton), Cacá, Léo e Dodô; Henrique, Éderson e Jadson; Marquinhos Gabriel, Pedro Rocha (Maurício) e Ezequiel (Sassá). Técnico: Adílson Batista.

PALMEIRAS - Weverton; Marcos Rocha (Mayke), Luan, Antônio Carlos e Diogo Barbosa; Matheus Fernandes e Bruno Henrique; Raphael Veiga (Willian), Lucas Lima, Zé Rafael (Gabriel Veron) e Dudu. Técnico: Andrey Lopes (interino).

GOLS - Zé Rafael, aos 11, e Dudu, aos 37 minutos do segundo tempo.

CARTÃO AMARELO - Zé Rafael (Palmeiras).

ÁRBITRO - Marcelo de Lima Henrique (RJ).

RENDA - R$ 307.703,00.

PÚBLICO - 24.035 pagantes (27.229 no total).

LOCAL - Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

Esporte

Brasil derrota Portugal na decisão e conquista a 1ª Copa do Mundo feminina de futsal

Em partida bastante equilibrada, as meninas da equipe verde e amarela venceram Portugal por 3 a 0 e faturaram a primeira edição da competição sob chancela da Fifa, neste domingo (7)

07/12/2025 12h30

Divulgação/FIFA

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O Brasil é o primeiro campeão mundial de futsal feminino. Em partida bastante equilibrada, as meninas da equipe verde e amarela venceram Portugal por 3 a 0 e faturaram a primeira edição da competição sob chancela da Fifa, neste domingo, na PhilSports Arena, em Pasig, região metropolitana de Manila, nas Filipinas.

A partida começou equilibrada, sem chances claras de gol. O Brasil tinha a posse de bola, mas esbarrou na marcação alta de Portugal e quase não conseguia sair do campo de defesa. Quando a equipe verde e amarela conseguiu finalizar, Ana Catarina mostrou por que foi eleita quatro vezes a melhor goleira do mundo e defendeu a pancada de Natalinha e a sobra, em tiro de Luana.

Diferentemente dos jogos anteriores das duas seleções, marcados por goleadas, raras chances de gol foram criadas na decisão. Somente na metade do primeiro tempo, aos 10 minutos, Emily, a melhor jogadora do mundo, completou a jogada iniciada por Amandinha e Ana Luíza para tirar o zero do placar e colocar o Brasil em vantagem - foi o sétimo gol da brasileira, artilheira isolada da competição.

Pressionadas após sofrerem o gol, as portuguesas partiram para o ataque, mas pouco ameaçaram a meta da goleira Bianca. O time comandado pelo técnico Wilson Saboia aproveitou os espaços e, apesar de reduzir a presença na frente, criou as melhores oportunidades - Ana Catarina voltou a salvar um chute cara a cara com Amandinha.

A seleção brasileira voltou do intervalo mais avançado, pressionando Portugal, e foi recompensada logo aos 2 minutos, quando Amandinha tocou por cima de Ana Catarina e ampliou a vantagem para 2 a 0. O Brasil manteve a intensidade e não deixava a seleção portuguesa se aproximar do gol. A 12 minutos do fim, a árbitra marcou pênalti da goleira Bianca em Ana Azevedo, mas voltou atrás após revisão do VAR.

Sem nada a perder, as portuguesas foram para cima na reta final da partida, mas as brasileiras encaixaram a marcação e não deixaram as rivais, donas do melhor ataque do Mundial, finalizarem - foram impressionantes 37 gols marcados nos cinco jogos anteriores. Nem mesmo a entrada de Fifó como goleira-linha ajudou a equipe europeia.

A dois minutos do fim, quando Portugal atacava com cinco atletas, Débora Vanin aproveitou o gol exposto e chutou do campo de defesa para anotar o terceiro da seleção brasileira, seu sexto gol no Mundial. A partir daí, foi só administrar a vantagem e correr para comemorar o título inédito e a 43ª vitória consecutiva na modalidade.

Mais cedo, na decisão do terceiro lugar, a Espanha derrotou a Argentina por 5 a 1 e subiu ao pódio para receber a medalha de bronze.

Confira a campanha do Brasil na 1ª Copa do Mundo Feminina de Futsal:

  • Brasil 4 x 1 Irã
  • Brasil 6 x 1 Itália
  • Panamá 0 x 9 Brasil
  • Brasil 6 x 1 Japão
  • Espanha 1 x 4 Brasil
  • Portugal 0 x 3 Brasil

Brasil na Copa do Mundo

Seleção jogará em estádios 'brasileiros' e em alerta para tempestades

Estádio onde o Brasil faz terceira partida teve interrupção de jogos por conta de raios durante o mundial de clubes

06/12/2025 21h30

Rodrigo Caetano, coordenador das seleções masculinas, comemorou o fato de os jogos da primeira fase serem em horários sem muito calor

Rodrigo Caetano, coordenador das seleções masculinas, comemorou o fato de os jogos da primeira fase serem em horários sem muito calor

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O Brasil conheceu sua agenda para os primeiros jogos da Copa do Mundo 2026 neste sábado. A Fifa revelou datas, horários e locais das partidas em cerimônia que ocorreu um dia após o sorteio dos grupos, também em Washington.

O Brasil estreia contra Marrocos, no dia 13 de junho (sábado), às 19h (de Brasília), no MetLife Stadium, em East Rutherford. O estádio será também a casa da final do torneio, em 19 de julho.

"No nosso entendimento, os horários nos atenderam, porque serão dois jogos no final de tarde aqui nos Estados Unidos, uma temperatura mais amena e uma noite. Então, aquela nossa preocupação em relação à temperatura já diminui bastante. E agora, a partir deste domingo, nós iniciaremos as nossas visitas ou revisitar os Base Camps e hotéis que já vistoriamos antes, para confirmarmos junto à Fifa a nossa prioridade", diz o coordenador executivo geral das seleções masculinas do Brasil, Rodrigo Caetano.

A CBF tem até dia 9 para apontar as prioridades para hotéis e centros de treinamentos. No dia 14, a Fifa confirma os locais com a entidade brasileira.

No Mundial de Clubes, o MetLife era sede de alguns dos jogos dos Grupos A e F, em que estavam, respectivamente, Palmeiras e Fluminense. O clube alviverde jogou duas partidas lá: o empate por 0 a 0 com o Porto, e a vitória por 2 a 0 sobre o Al-Ahly, ambos na fase de grupos.

Já o Fluminense teve três compromissos no MetLife Stadium. Foi lá que o time carioca segurou o Borussia Dortmund (0 a 0) e venceu o Ulsah HD (4 a 2), pela fase de grupos. A equipe ainda foi eliminada no mesmo local, para o Chelsea, ao perder por 2 a 0, na semifinal.

METLIFE STADIUM

Local: East Rutherford, em Nova Jersey

Capacidade: 82.500

Inauguração: 2010

Outros esportes: é casa do New York Jets e do New York Giants, da NFL.

Na segunda rodada, contra o Haiti, a partida será às 22h (de Brasília), em 19 de junho, no Lincoln Financial Field, na Filadélfia. O local também recebeu jogos de brasileiros no Mundial.

Na fase de grupos, o Flamengo atuou duas vezes lá. A primeira foi na estreia com vitória por 2 a 0 sobre o Espérance de Tunis. Depois, os flamenguistas bateram o Chelsea, por 3 a 1 no mesmo estádio.

Teve ainda um confronto 100% brasileiro no Lincoln Financial Field. O Palmeiras eliminou o Botafogo nas oitavas de final. O jogo terminou na prorrogação, vencido pelos alviverdes por 1 a 0, com gol de Paulinho.

Entretanto, a última lembrança é amarga. Foi lá que o Palmeiras foi eliminado do Mundial. Nas quartas de final, o time perdeu para o Chelsea por 2 a 1.

LINCOLN FINANCIAL FIELD

Local: Filadélfia, na Pensilvânia

Capacidade: 67.594

Inauguração: 2003 e expandido em 2014

Outros esportes: é casa do Philadelphia Eagles, da NFL

A seleção brasileira ainda jogará em Miami, contra a Escócia, no dia 24 de junho. A partida será no Hard Rock Stadium, às 19h (de Brasília). A região da Flórida é uma das maiores concentrações de brasileiros nos Estados Unidos.

No Mundial de Clubes, o Hard Rock recebeu o empate entre Palmeiras e Inter Miami por 2 a 2 na fase de grupos. O Fluminense também empatou por lá, em jogo que terminou 0 a 0 contra o Mamelodi Sundowns.

O estádio foi onde o Flamengo se despediu do Mundial. Lá, o time rubro-negro perdeu por 4 a 2 para o Bayern de Munique, nas quartas de final.

HARD ROCK STADIUM

Local: Miami Gardens, na Flórida

Capacidade: 64,767

Inauguração: 1987

Outros esportes: é casa do Miami Dolphins, da NFL

HISTÓRICO DE PARALISAÇÃO POR RAIOS ACENDE ALERTA 

Um ponto negativo do Mundial de Clubes foram as pausas nos jogos por causa de alerta de tempestades, o que representava perigo de raios durante as partidas. Isso é uma preocupação para a Copa do Mundo, e o Brasil jogará em locais que têm precedentes nesse tema.

Pelo menos três partidas paralisadas foram na Flórida, uma delas no próprio MetLife Stadium, que recebe o Brasil na terceira rodada. Outras duas foram no Inter&Co Stadium, em Orlando, que não está na Copa do Mundo. A distância entre a cidade e Miami, porém, é de apenas 380 km.

No MetLife, o Palmeiras já vencia o Al-Ahly por 2 a 0 quando, no início do segundo tempo, o árbitro Anthony Taylor interrompeu o jogo pelo risco de tempestade. Os jogadores deixaram o campo, e os torcedores foram para a parte interna do estádio.

Em Orlando, Ulsan e Mamelodi Sundowns tiveram o início de seu jogo (vencido pelos sul-africanos por 1 a 0) adiado em uma hora. O sistema de som do estádio orientou torcedores a sair do local e buscar abrigo.

Também no Inter&Co, Benfica e Auckland City tiveram um "jogo de quatro horas". A partida ficou parada por duas horas, no intervalo, por causa do alerta de tempestade. Os portugueses golearam por 6 a 0.
 

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