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FUTEBOL FEMININO

Ex-Santos e Palmeiras, jogadora de MS é anunciada pelo Cruzeiro

Natural de Iguatemi, a meia Patrícia Sochor estava na Ferroviária (SP) e tem no currículo duas Libertadores da América (2020 e 2022) e um Campeonato Brasileiro (2017)

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Natural de Iguatemi, a meia Patrícia Sochor foi anunciada como novo reforço do Cruzeiro (MG), em pacotão com 13 novas jogadoras que vão integrar o time feminino do clube mineiro nesta temporada.

Com passagens por Vasco, Santos e Palmeiras, a sul-mato-grossense estava na Ferroviária (SP), uma das principais equipes de futebol feminino do país. No clube do interior paulista, conquistou a Copa Libertadores da América de 2020, quando "coincidiu" com a melhor temporada da carreira, da qual marcou 13 gols e deu seis assistências em 32 partidas.

Dois anos depois, voltaria a conquistar a competição continental, desta vez vestindo as cores do Palmeiras, onde marcou 11 gols em 34 jogos, a segunda temporada mais artilheira de sua carreira.

Em 2024, atuou em poucos jogos, apenas 14, e marcou dois gols. Foi semifinalista do Campeonato Brasileiro, eliminada para o São Paulo, e semifinalista do Paulistão, sendo eliminada para o Palmeiras, por 3x2 no placar agregado.

Em novembro, a diretora Nuty Silveira e a técnica Jéssica de Lima anunciaram a saída de seis atletas do elenco paulista, incluindo Sochor. Nas redes sociais, a sul-mato-grossense publicou um texto se despedindo da Ferroviária, onde atuou em 111 jogos, marcou 27 gols e deu 11 assistências.

À procura de um novo clube desde então, aderiu ao projeto do Cruzeiro, que anunciou 13 caras novas para o elenco de 2025, que disputa a Supercopa do Brasil mês que vem. Visando almejar objetivos maiores na modalidade, o clube mineiro vem investindo alto no futebol feminino. O gasto anual esperado com a equipe para este ano é de R$ 9 milhões.

Apresentadas em conjunto na Toca da Raposa 2 (Centro de Treinamento do clube), na última quinta-feira (09), as novas contratações são:

  • Leilane (goleira)
  • Isabela chagas (lateral)
  • Isa Haas (zaga)
  • Gisseli (meia-atacante)
  • Letícia (atacante)
  • Zóio (volante)
  • Lay (zaga)
  • Gaby (meia)
  • Lady (meia-atacante)
  • Sochor (meia)
  • Bedoya (volante)
  • Pri Back (meia)
  • Letícia Alves (lateral)

No último campeonato nacional, o clube mineiro ficou em quinto lugar na tabela classificatória, mas foi eliminado pelo Palmeiras nas oitavas de final. Nesta temporada vai disputar Supercopa, Brasileirão e Mineiro, com o maior objetivo sendo classificar para a Libertadores, competição que o time feminino do "cabuloso" nunca disputou.

Perfil - Patrícia Sochor

Nascida no dia 29 de abril de 1994 (30 anos), em Iguatemi, município de Mato Grosso do Sul com menos de 15 mil habitantes, Patrícia da Silva Sochor joga profissionalmente desde 2012, quando estreou com a camisa do Avaí/Kindermann (SC), um dos clubes pioneiros da modalidade no Brasil.

No clube catarinense, onde ainda conquistou dois estaduais, permaneceu até meados de 2013, quando se transferiu para o Comercial (MS), mas nem chegou a atuar com a camisa do clube de Campo Grande. Em 2014, atuou por três clubes diferentes: Vasco da Gama (RJ), onde atuou por apenas 4 jogos, Avaí/Kindermann novamente e Osasco Audax (SP).

No ano seguinte, foi para o Centro Olímpico (SP), uma das principais equipes do futebol feminino na época, que contava com uma das melhores jogadoras da história, a atacante Cristiane. No clube paulistano marcou três gols em nove jogos.

Mas, foi em 2016 que começaria a receber mais chances nas equipes onde jogava, quando se transferiu para a Ferroviária. Na primeira temporada com a camisa grená, atuou em 12 jogos e marcou dois gols. No mesmo ano, se transferiu para o Huelva (Espanha), onde teve marcas parecidas, com 11 jogos e dois gols.

Em 2017, mudou de ares e foi para o Santos (SP), onde ficaria até 2019. No clube do litoral paulista, atuou em 83 jogos e balançou as redes em 21 oportunidades. Conquistaria o Campeonato Brasileiro de 2017 e o Campeonato Paulista de 2018.

Em 2020, voltaria a vestir a camisa do Ferroviária. Na sua segunda passagem pelo clube de Araraquara (SP), atuou em 56 jogos, marcou 18 gols e deu seis assistências. Conquistou a Copa Libertadores da América de 2020.

Já em 2022, se transferiu para o Palmeiras (SP), onde ficaria por apenas um ano. Porém, neste pouco tempo de clube, atuou em 34 partidas, marcou 11 gols e foi campeão novamente da competição continental e do Campeonato Paulista.

Em 2023, voltou ao Ferroviária para, até então, sua última passagem. Atuou em mais 43 jogos, marcou sete gols e deu três assistências (juntando com os dados de 2024). Em novembro, sua saída da equipe foi anunciada e, dois meses depois, aceitou defender as cores do Cruzeiro.

Além da sua carreira por clubes, Sochor também já representou a seleção brasileira. Em 2014, foi campeã e vice-artilheira do Campeonato Sul-Americano de Futebol Feminino Sub-20, competição do qual o Brasil domina, com 10 títulos em 10 edições. Na seleção principal, não teve oportunidades.

Gol mais bonito

Em 2022, vestindo as cores do Palmeiras, Patrícia marcou um lindo gol de cobertura contra a Ferroviária, pela sexta rodada do Brasileirão. O gol foi tão bonito que venceu o Prêmio ESPN Bola de Prata de mais bonito da competição. Em eleição popular, ela obteve 54 mil votos (58,84%) e venceu duas corinthianas, Adriana Leal e Gabi Portilho. Assista ao golaço:

Saiba

Além das caras novas na equipe feminina, o Cruzeiro lançou uma mascote, apelidada de "Cabulosa". Inicialmente, ela aparecerá apenas como ilustração em revistas e materiais da instituição, mas futuramente deve ser lançada como fantasia. Com o objetivo de incentivar mulheres a denunciarem agressões, a mascote vai vestir a camisa número 180, em alusão ao Disque 180, canal de denúncia de violência doméstica e familiar contra a mulher.

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ginástica artística

Campeão olímpico das argolas, Arthur Zanetti anuncia aposentadoria

Depois de 16 anos no alto rendimento, agora ex-ginasta será treinador

12/01/2025 19h00

Ginasta Arthur Zanetti irá se tornar treinador

Ginasta Arthur Zanetti irá se tornar treinador Foto: Divulgação / COI

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O ginasta Arthur Zanetti, medalhista de ouro na Olimpíada de Londres, no Reino Unido, em 2012, anunciou, neste domingo (12), a aposentadoria como atleta profissional. O paulista de 34 anos, a maior parte deles no esporte, continuará ligado à modalidade, agora como treinador de ginástica em São Caetano do Sul (SP), onde nasceu e vive.

Antes dos Jogos de Paris, na França, no ano passado, Zanetti já dizia que aquele seria o último ciclo olímpico da carreira. Em reportagem da Agência Brasil publicada em junho de 2023, o agora ex-ginasta relatou que, após 16 anos treinando e competindo em alta intensidade, "às vezes a mente quer fazer [o movimento], mas o corpo acaba não correspondendo".

Outra razão, segundo o paulista, era passar mais tempo com o filho, Liam, que completa cinco anos em 2025.

Por conta de lesões, Zanetti perdeu eventos importantes do ciclo de Paris, como o Mundial de Antuérpia, na Bélgica, e os Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, ambos em 2023.

A contusão derradeira foi um rompimento agudo do tendão do bíceps distal do braço esquerdo, em maio do ano passado, quando ainda buscava vaga para os Jogos da capital francesa.

A aposentadoria rendeu homenagens de personalidades esportivas. O presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Marco Antônio La Porta, disse que Zanetti "é a prova de que é possível, de que podemos chegar lá com muito treino, dedicação e talento" e que será um privilégio tê-lo "na formação de grandes cidadão e novos campeões" como técnico.

O grego Eleftherios Petrounias, grande adversário de Zanetti, também se manifestou. Pelo Instagram, o ginasta tricampeão mundial e medalhista de ouro nas argolas nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, afirmou que o paulista o tornou "um atleta melhor, uma pessoa melhor", que acredita ter um grande amigo no Brasil e que ele deveria pensar o mesmo. Petrounias ainda disse que o brasileiro terá sempre seu "respeito e amizade".

Além do ouro de Londres, o primeiro da ginástica brasileira em Olimpíadas, Zanetti foi prata na Rio 2016, também nas argolas. Nos Jogos de Tóquio, no Japão, em 2021, tentou executar uma apresentação que lhe garantiria um lugar no pódio do aparelho, sem ter sucesso.

Ele ainda obteve quatro medalhas em Campeonatos Mundiais, sendo uma dourada na edição de Antuérpia, em 2013, e três prateadas.

Esportes

Gabriel Medina sofre lesão no ombro e perde temporada 2025 do circuito mundial de surfe

o surfista brasileiro passou por uma cirurgia no hospital Albert Einstein, em São Paulo, e deve estar apto a competir novamente apenas daqui a oito meses

11/01/2025 23h00

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Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris e tricampeão mundial, o surfista Gabriel Medina sofreu uma lesão no ombro e não poderá disputar a temporada 2025 da World Surf League (WSL), o circuito mundial de surfe. Ele passou por uma cirurgia no hospital Albert Einstein, em São Paulo, e deve estar apto a competir novamente apenas daqui a oito meses.

"Gabriel Medina passou por uma cirurgia no ombro esquerdo após uma lesão enquanto surfava e infelizmente ficará fora da temporada de 2025. Mesmo longe das competições, sabemos que sua determinação e dedicação vão guiá-lo nesse processo de recuperação. Estamos com você, Medina! Boa recuperação e que essa pausa seja o começo de um retorno ainda mais forte", informou a WSL.

O multicampeão do surfe se lesionou enquanto treinava em Maresias, sua cidade natal, no litoral norte de São Paulo. Ao tentar a execução de um aéreo, machucou o tendão do músculo peitoral maior do ombro esquerdo. Depois da cirurgia, neste sábado, o surfista fez uma publicação no Instagram para tranquilizar os fãs.

"Escrevendo só pra dizer a vocês que tá tudo bem por aqui! Na quinta, em Maresias, sofri uma lesão no peitoral e hoje pela manhã passei por um procedimento cirúrgico para iniciar o tratamento dessa lesão. Deu tudo certo e já estamos olhando para o período de recuperação e próximos passos. Estava me preparando e muito focado para a temporada 2025, mas infelizmente ficarei fora por um tempo. Foco total agora na minha recuperação pra voltar mais forte", escreveu.

Será a segunda vez em quatro anos em que Medina fica de fora da temporada do circuito mundial. Em 2022, o paulista decidiu não disputar a WSL para dedicar mais tempo aos cuidados com a saúde mental.

Após retornar, não conseguiu ir à disputa dos Finals de 2023 e 2024, mas alcançou a conquista inédita do bronze olímpico, após se classificar para os Jogos de Paris ao vencer o ISA Games, em Porto Rico.

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