Esportes

Futebol de Mato Grosso do Sul

Portuguesa vira SAF, muda nome para Pantanal e projeta voos mais altos

Primeiro clube SAF de MS, FC Pantanal visa a elite do futebol brasileiro

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A Associação Atlética Portuguesa, tradicional clube de Mato Grosso do Sul, deu um passo ousado em sua história ao se tornar a primeira Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do estado. Sob o novo nome Futebol Clube Pantanal SAF, o clube revelou essa transformação em uma coletiva de imprensa que contou com a presença do empresário Júlio Brant, e também com representantes do governo estadual. 

Esse novo modelo visa profissionalizar a gestão e abrir as portas para investimentos que possam levar a equipe a patamares mais altos, incluindo o ambicioso objetivo de ingressar na elite do futebol brasileiro.

Fundada em 1972, a Portuguesa, carinhosamente chamada de “Portuguesinha”, cresceu nos campos de terra e participou da liga amadora, mas sua transformação em SAF reflete a necessidade de modernizar e profissionalizar o futebol de Mato Grosso do Sul. Segundo Gilmar Ribeiro, presidente do clube, a mudança para o modelo SAF é um caminho estratégico para atrair investimentos e estruturar a equipe para disputar o cenário nacional.

“Sempre acreditei no projeto de modernização do futebol no estado. Mesmo sem recursos, conseguimos uma boa colocação no estadual deste ano. Agora, o objetivo é construir um trabalho de longo prazo, com foco em desenvolvimento”, declarou.

À frente do projeto como gestor e técnico, Glauber Caldas anunciou que o clube já está em negociações com potenciais investidores. Até o momento, o FC Pantanal SAF não possui dívidas de mercado, o que representa uma grande vantagem competitiva.

“Hoje, somos o único clube no estado preparado para receber esse tipo de investimento. As negociações estão avançadas, e esperamos anunciar um novo investidor nas próximas semanas”, comentou Caldas.

A troca de nome e identidade foi, segundo ele, um passo essencial para transição ao modelo clube-empresa e para fortalecer a presença do time em Campo Grande.

A transição da Portuguesa para o FC Pantanal SAF conta também com o apoio do governo estadual. Júlio Brant ressaltou que Mato Grosso do Sul possui uma localização estratégica para investimentos no futebol, com proximidade ao Paraguai e Argentina, além de conexão facilitada com outros estados importantes, como Goiás e Mato Grosso.

“Campo Grande está no centro do país, uma localização que interessa aos investidores. Não podemos aceitar que nosso futebol ocupe os últimos lugares no ranking da CBF enquanto o estado tem um enorme potencial econômico. A profissionalização é fundamental para que os clubes sul-mato-grossenses cresçam e atraiam novos investimentos”, afirmou Brant.

Além do investimento no time profissional, o FC Pantanal SAF planeja desenvolver programas de cunho social e educacional. Gilmar Ribeiro destacou que o clube pretende fundar pequenos polos de treinamento no interior de Mato Grosso do Sul, com o intuito de promover projetos sociais para jovens das categorias de base.

“Já conversei com o governador Eduardo Riedel e com a prefeita Adriane Lopes, que demonstraram apoio ao projeto. Com a possível doação de terrenos, queremos construir estruturas tanto na capital quanto em cidades do interior”, explicou o presidente.

A transformação de clubes em SAFs se tornou possível após a criação da Lei 14.193/2021, conhecida como Lei SAF, que incentiva os clubes a migrarem de associações civis para o modelo de clube-empresa. Esse formato permite que o clube seja gerido com normas de governança empresarial e controle financeiro, atraindo investimentos e abrindo possibilidades de financiamento. No Brasil, o modelo já foi adotado por outros clubes, como o Cruzeiro e o Botafogo, e tem se mostrado uma opção viável para dar sustentabilidade ao futebol.

Com o modelo SAF, o FC Pantanal pretende se fortalecer financeiramente para disputar a Série B e, futuramente, lutar por uma vaga na Série A. No entanto, os gestores sabem que o processo é gradual e exigirá muito trabalho e investimentos em infraestrutura e marketing.

“O clube-empresa atrai o interesse de investidores nacionais e internacionais, e o Pantanal SAF está aberto a essas parcerias. Queremos fazer do clube um símbolo do futebol em Mato Grosso do Sul e levar o nome do estado para competições de alto nível”, afirmou Glauber Caldas.

Uma rede atacadista, empresas de celulose e do setor imobiliário têm interesse. (Colaborou João Gabriel Vilalba) 

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MUNDIAL

Botafogo começa batalha pela tríplice coroa para igualar feito do Santos de Pelé

Nesta quarta-feira (11), o time faz sua estreia na segunda fase do torneio, diante do Pachuca, do México, às 13h (MS)

11/12/2024 07h14

Se vencer hoje, equipe do Botafogo terá de enfrentar o Al-Ahly, do Egito, para disputar o título com o Real Madrid

Se vencer hoje, equipe do Botafogo terá de enfrentar o Al-Ahly, do Egito, para disputar o título com o Real Madrid

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O elenco do Botafogo ainda curtia a festa junto com a torcida no Engenhão, no domingo (8), quando teve de deixar o estádio direto para o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, de onde partiu para o Qatar.

A viagem de 14 horas, com a delegação dividida em dois aviões fretados, emprestados ao clube pelo New England Patriots, da NFL -cujo dono é amigo pessoal do empresário e dono do time carioca John Textor-, levou os jogadores do time da estrela solitária para o último desafio da equipe nesta temporada: a disputa da Copa Intercontinental, o antigo Mundial de Clubes.

Depois de festejar a conquista do Campeonato Brasileiro oito dias após também ganhar a Libertadores, a formação preto e branca alcançou um feito raro entre os clubes do Brasil.

No formato atual das competições, somente o Flamengo tinha conseguido isso, em 2019 -o Santos de Pelé, bicampeão sul-americano em 1962 e 1963, faturou também nesses anos a Taça Brasil, equiparada ao Brasileiro em 2010 pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

A equipe do litoral paulista também ganhou naquela década os troféus da Copa Intercontinental de 1962 e 1963, colocando em sua galeria uma tríplice coroa, com títulos nacionais, continentais e mundiais.

Isso faltou ao Flamengo de 2019, que acabou superado pelo Liverpool na decisão do torneio organizado pela Fifa também no Qatar.

É essa marca que o Botafogo terá a chance de buscar agora. Nesta quarta-feira (11), o time faz sua estreia na segunda fase do torneio, diante do Pachuca, do México, às 14h (de Brasília) -Globo, SporTv, CazéTV e a plataforma de streaming Fifa+ transmitem.

Em caso de vitória sobre os mexicanos, o time brasileiro enfrentará o Al-Ahly, do Egito, no último play-off antes da decisão, fase para qual o Real Madrid, como representante europeu, classificou-se diretamente.

Pouco antes do embarque para o Qatar, John Textor brincou sobre um possível confronto com o atual vencedor da Champions League. "Sei que temos um jogo contra o Pachuca e não sei o que vem depois disso. Tem esse time pequeno de Madri talvez esperando, mas temos que conquistar nosso lugar lá primeiro", afirmou.

O "pequeno time de Madri" é o maior vencedor da Champions League, com 15 troféus, venceu três vezes a antiga Copa Intercontinental (1960, 1998 e 2002) e cinco vezes o Mundial de Clubes da Fifa (2014, 2016, 2017, 2018 e 2022).

O histórico não assusta os jogadores do Botafogo. No embarque para o Qatar, o atacante Luiz Henrique disse que o time está com "sorte".

"Vamos fazer de tudo para que a gente consiga vencer os adversários pela frente. Creio que vamos fazer um torneio muito bom e quem sabe vamos sair campeões. Estamos com sorte", afirmou.

Para o treinador do Pachuca, Guillermo Almada, o bom momento vivido pelo Botafogo vai além da sorte. Uruguaio, ele diz que conhece e acompanha de perto o futebol no Brasil e entende que a conquista do Campeonato Brasileiro reflete a força do elenco do time carioca.

"Vencer o Brasileirão, em alguns casos, é até mais difícil do que a Libertadores", afirmou. "O Botafogo é um grande time, com um grande técnico e grandes atletas. Todas as conquistas falam por si, da capacidade técnica que eles têm. Eles vão exigir o nosso melhor", acrescentou.
 

Guillermo também está preocupado com o aspecto físico de seus jogadores. O Pachuca não faz um jogo oficial há quase um mês, desde o fim da temporada regular da liga mexicana. Se por um lado o tempo livre foi bom para descansar e recuperar os atletas, a falta de ritmo de jogo também pode atrapalhar.

No caso do Botafogo, como Luiz Henrique disse no embarque, o time vai chegar com a "adrenalina lá no alto".
"Será difícil, mas, como sempre digo aos atletas, acreditando no nosso trabalho e em cada companheiro, poderemos competir com eles", afirmou o técnico do Pachuca.

(Informações da Folhapress)

Esportes

Brasil é bicampeão por equipes na Copa do Mundo de taekwondo na China

O país já conquistara um bronze no individual com Maria Clara Pacheco

10/12/2024 23h00

Foto: CBTKD / Divulgação

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A terça-feira (10) começou dourada para a seleção brasileira de taekwondo que conquistou o bicampeonato por equipes da Copa do Mundo em Wuxi (China), que reuniu sete países. O time nacional formado por Maria Clara Pacheco – que já levara bronze no individual - , Milena Titoneli, Edival Pontes, Henrique Marques e Luiz Aquino venceu três jogos seguidos (Austrália, Coreia do Sul e China) para garantir o topo do pódio.

A China ficou em segundo lugar, seguida por Uzbequistão. O primeiro ouro do país na competição foi no ano passado, na Coreia do Sul.

O Brasil levou a melhor na estreia contra a Austrália, nas quartas de final,  por 2 combates a 0. Na sequência venceu de virada a Coreia do Sul por 2 a 1. Na disputa final, os brasileiros bateram os anfitriões chineses por 2 a 1.   

"Saindo daqui da China, campeão mundial por equipes, sentimento inexplicável e gratidão total a Deus por essa oportunidade…" comemorou Henrique Marques em publicação em sua conta no Instagram. 

O Brasil encerra a participação na Copa do Mundo com duas medalhas. A primeira foi conquistada no último domingo (8) por Maria Clara Pacheco na categoria até 57 quilos. Em clima de revanche, a superou na final a chinesa Luo Zongshi, rival que a eliminou nas quartas de final da Olimpíada de Paris.  

Para chegar à decisão, Maria Clara enfrentou cinco adversárias e só perdeu para uma delas, a chinesa Zhang Chuling na semifinal, por 2 a 0.

Outros três brasileiros competiram em Wuxi. Bronze em Paris 2024, Edival Pontes, também conhecido pelo apelido de Netinho, se despediu na segunda luta da categoria 68 kg ao ser superado pelo sul-coreano Mun Jinho. Também no individual masculino, nos 80 kg, Henrique Marques perdeu a estreia para o jordaniano Zaid Kareen, atual vice-campeão olímpico.

Já no feminino, Milena Titoneli foi eliminada na estreia dos 67 kg ao perder para a australiana Rebecca Murray.

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