Esportes

É ouro!

Yeltsin Jacques conquista a medalha de ouro nos 5.000 metros da classe T11

O campo-grandense fez o tempo de 15:13,10 quebrando o recorde parapan-americano

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O atleta sul-mato-grossense Yeltsin Jacques conquistou a medalha de ouro na final dos 5.000 metros da classe T11 (atletas com deficiência visual), em sua primeira competição no Parapan de Santiago (CHI), na tarde de hoje (21).

O campo-grandense conseguiu o tempo de 15:13,10 segundos, quebrando o recorde parapan-americano.   

Yeltsin, com ajuda de seus guias, Eldeson de Avilla e Guilherme Ademilson dos Santos, fez história na classe T11.

“Só tenho a agradecer quem torce e vibra por nós, principalmente o pessoal de Mato Grosso do Sul. Um abraço para todos vocês. Saudades já da nossa terra, do nosso calor. Eu e os meninos [atletas-guia] estamos bem e já mostramos o que vamos fazer em Paris [nos Jogos Paralímpicos] no ano que vem”, disse o sul-mato-grossense após a vitória.

O segundo colocado foi o peruano Rosbil Yohor, com o tempo de 15:28,52 segundos; seguido pelo brasileiro Júlio César Agripino, que garantiu a medalha de bronze com o tempo de 15:36,71.  

Beneficiário do programa Bolsa Atleta, administrado pela Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte), Yeltsin Jacques foi ansioso para o Parapan em busca de quebra de resultados.  

Além da classe T11, Yeltsin também deve participar das semifinais dos 1.500 metros nesta sexta-feira (24). A final do campeonato está marcada para o sábado (25), às 17h30 (horário de MS).  

LUTO NO FUTEBOL

Ex-Operário, lendário goleiro Manga morre aos 87 anos

Revelado no Sport (PE), foi titular na campanha do Galo da Capital no Brasileiro de 1977, do qual a equipe foi 3ª colocada, além de ídolo do Botafogo (RJ) e Internacional (RS)

08/04/2025 09h45

Goleiro Manga, que passou pelo Operário em 1977/78, morreu aos 87 anos

Goleiro Manga, que passou pelo Operário em 1977/78, morreu aos 87 anos Foto: Reprodução

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Goleiro titular do Operário na histórica campanha no Brasileiro de 1977 e ídolo por Botafogo (RJ) e Internacional (RS), morreu o lendário Haílton Corrêa de Arruda, conhecido como Manga, aos 87 anos.

Nascido em Recife (PE) e revelado pelo Sport (PE), Manga conquistou três pernambucanos antes de partir para o Botafogo, clube onde ficaria por mais tempo na carreira. No Estrela Solitária, venceu o Campeonato Carioca quatro vezes e o Rio-São Paulo três vezes, além de ter sido convocado pela primeira vez para a seleção brasileira, sendo titular na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra.

Com 20 troféus conquistados pelo alvinegro, é até hoje o nome mais vitorioso dos quase 121 anos de história do clube. Após seu tempo no Botafogo, foi para o Uruguai, jogar pelo Nacional, onde conquistou quatro Campeonatos Uruguaios consecutivos e uma Libertadores, em 1971, mesmo ano que também ergueu o Intercontinental, o Mundial de Clubes da época.

Na volta ao futebol brasileiro, Manga assina com o Internacional e vence três estaduais (1974, 1975 e 1976) e foi bicampeão nacional, em 1975 e 1976. Após um tempo em terras gaúchas, o goleiro vai para o Mato Grosso do Sul (na época, Mato Grosso), jogar pelo Operário.

Além da conquista do Campeonato Mato-Grossense, em 1977, participou da campanha do Brasileiro daquele mesmo ano, que ficaria conhecida por ter sido a melhor jornada de um clube sul-mato-grossense na história da competição, ficando na 3ª colocação. Nas redes sociais, o clube campo-grandense se manifestou após a morte do ídolo.

“O Operário Futebol Clube comunica com profundo pesar o falecimento do ex-goleiro Manga (Haílton Corrêa de Arruda), ídolo eterno do nosso clube e um dos maiores nomes da história do futebol brasileiro.
Manga faleceu nesta terça-feira, 08 de abril de 2025, aos 87 anos, deixando um legado de coragem, talento e amor pelo futebol.

Foi em 1977/78 que Manga marcou para sempre a história do Operário, liderando o time com defesas memoráveis na campanha lendária que levou o Galo ao 3º lugar no Campeonato Brasileiro, um feito histórico para o futebol sul-mato-grossense.

Mais do que um goleiro, Manga foi símbolo de garra, carisma e respeito. Sua chegada a Campo Grande foi marcada pela mobilização da torcida, que arrecadou fundos para vê-lo vestir o manto alvinegro. Hoje, nos despedimos com tristeza, mas com o coração cheio de gratidão.

Obrigado, Manga. O Morenão te aplaudiu. O Operário jamais te esquecerá”.

No final da carreira, ainda jogaria por Coritiba (PR), Grêmio (RS) e Barcelona de Guayaquil (EQU), pendurando as chuteiras aos 45 anos de idade. No Brasil, comemora-se o Dia do Goleiro, que é comemorado em 26 de abril, definida em sua homenagem por seu aniversário.

Manga estava internado no Hospital Rio Barra, na zona oeste do Rio de Janeiro, devido um câncer de próstata. João Paulo de Magalhães Lins, presidente do Botafogo, ofereceu o salão nobre de General Severiano para a realização do velório do ídolo, mas ainda não há nenhuma confirmação de dia e horário.

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POLÊMICA

Árbitra de MS é afastada pela CBF após erro crasso no Brasileirão

Daiane Muniz foi VAR em Internacional (RS) 3 x 0 Cruzeiro (MG), do qual um defensor do clube mineiro foi expulso equivocadamente quando a partida ainda estava empatada

08/04/2025 08h45

Daiane Muniz em ação no Campeonato Paulista

Daiane Muniz em ação no Campeonato Paulista Foto: Instagram/Reprodução

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A árbitra três-lagoense Daiane Muniz foi afastada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após cometer erro crucial na partida entre Internacional (RS) e Cruzeiro (MG), atuando como Árbitro de Vídeo (VAR).

Mesmo com apenas duas rodadas de Campeonato Brasileiro, a atuação da arbitragem já está dando o que falar. Em um final de semana que o futebol deveria ser mais falado do que os equívocos nas decisões dos árbitros, aconteceu justamente o contrário.

Neste domingo (06), Internacional e Cruzeiro se enfrentaram no Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Com apenas 20 minutos de partida, o zagueiro Jonathan Jesus, da equipe mineira, foi expulso por, no entendimento do árbitro, impedir uma chance clara de gol.

Daiane Muniz, responsável pela cabine do VAR nesta ocasião, concordou com a decisão de campo do árbitro Marcelo de Lima Henrique, mantendo a expulsão. Veja o lance abaixo:

Obviamente, a medida dificultou ainda mais o lado cruzeirense no jogo, que atuou por mais de 70 minutos com um jogador a menos. No final, o Internacional venceu sem sustos, por 3x0, e a equipe do Cruzeiro saiu muito irritada com a arbitragem, em especial com o VAR.

“Quase todos os jogos somos prejudicados pelo VAR, então para quem se paga o VAR? Se tem a tecnologia, é para ser usado. Eu não sei qual a intenção do juiz, eu não posso julgar a pessoa, mas é muito lamentável o que aconteceu com a gente aqui hoje. Na realidade, acabou com o jogo”, afirmou Pedro Lourenço, dono da SAF do clube e único representante cruzeirense na entrevista pós-jogo.

O atacante Gabigol, um dos principais nomes do elenco mineiro, também se pronunciou, afirmando que a CBF se preocupa mais com o jogador subir na bola do que com as atuações dos árbitros, em referência ao ofício emitido pela entidade do qual proíbe que um atleta suba na bola durante uma partida, atitude passível de cartão amarelo caso a ação seja realizada.

Diante da polêmica, nesta segunda-feira (07), a entidade emitiu uma nota determinando o afastamento da equipe de arbitragem deste jogo e também nos envolvidos na partida entre Sport (PE) e Palmeiras (SP), outra marcada por erros que influenciaram diretamente no resultado final, admitindo que houve “equívocos cometidos pelos profissionais”, baseando-se no Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI).

“Infelizmente, existem momentos de instruir, coibir e também de afastar. Neste momento, a Comissão de Arbitragem afasta para instrução as equipes das partidas em que, na visão do CCEI, houve equívocos. O afastamento não é simplesmente uma punição vazia, é para que possamos cuidar dos árbitros, instruí-los e que, na sequência, não haja mais equívocos nesse sentido, colocando o VAR e o árbitro de campo em sintonia”, disse Rodrigo Cintra, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF.

Diante da medida tomada pela entidade, a árbitra sul-mato-grossense ficará afastada por tempo indeterminado, para então retornar às atividades. Junto com Daiane, também foram suspensos Marcelo de Lima Henrique, Nailton Júnior de Sousa, Renan Aguiar da Costa, Luciano da Silva Miranda e Amanda Matias.

Daiane Muniz já havia participado de outro jogo nesta edição do Campeonato Brasileiro. Na 1ª rodada, foi VAR em Grêmio (RS) 2 x 1 Atlético Mineiro (MG), novamente na capital gaúcha.

Paulistão - 2025

Nesse Campeonato Paulista, Daiane esteve envolvida em algumas polêmicas que irritaram torcedores e jogadores. O primeiro deles foi no dérbi paulista que aconteceu no início de fevereiro, pela fase de grupos. O jogo teve três polêmicas principais, das quais todas aconteceram na segunda etapa.

Após o apito final, foi noticiado que o Palmeiras iria à Federação Paulista de Futebol (FPF) protocolar reclamação. Na coletiva de imprensa, Abel Ferreira, técnico palmeirense, criticou a arbitragem e falou que "a regra existe para se cumprir".

Nas quartas de final da competição, em Corinthians x Mirassol, Daiane foi árbitra principal e também ouviu reclamações dos dois lados. No primeiro tempo, faltas marcadas contra a equipe corintiana irritou jogadores, comissão técnica e os mais de 44 mil torcedores presentes na Neo Química Arena.

Porém, quem terminou o primeiro tempo se queixando foi o Mirassol. No finalzinho da primeira etapa, quando já estava 1x0 para a equipe da casa, André Carrillo efetuou um carrinho por trás e atingiu o tornozelo do atacante Clayson com as travas da chuteira.

Daiane marcou a falta e deu cartão amarelo para o jogador corintiano, mas a equipe do interior reclamou (e muito) para a árbitra expulsar o atleta. Nada feito. Após a partida, o lateral-esquerdo Reinaldo, capitão do Mirassol, comentou sobre o lance na zona mista.

“Com certeza [fomos prejudicados]. Se fosse à favor do Corinthians, ela já viria com vermelho. Sabemos que é assim, temos que jogar até contra eles [arbitragem]. O lance poderia ter mudado o jogo, deixando eles com 1 a menos, e a gente poderia ter ficado com a classificação”, disse.

A última polêmica aconteceu no jogo de volta da final, entre Corinthians x Palmeiras, na Neo Química Arena. O lance capital aconteceu aos 25 minutos do segundo tempo, quando Vitor Roque é lançado, vence Félix Torres na corrida, mas é atingido por um carrinho por trás do zagueiro equatoriano. Matheus Candançan, árbitro principal, prontamente assinalou o pênalti e não mostrou cartão amarelo para o defensor corintiano, o que seria o seu segundo e, consequentemente, seria expulso.

O Corinthians reclama que não foi pênalti, mas sim uma falta fora da área. Já o Palmeiras diz que, além da falta ser dentro da área, o que foi marcado, Félix deveria receber mais uma advertência, o que não aconteceu. Do minuto da marcação da penalidade até a cobrança, Abel Ferreira e sua comissão técnica ficaram indignados com a omissão do árbitro ao não mostrar o cartão ao zagueiro.

Durante um de seus gritos, o treinador teria falado ao quarto árbitro que “vocês têm que ver direito, é tudo contra nós, isso é absurdo, tais a roubar”, como relatado em súmula. Com isso, Matheus Candançan expulsou o português do jogo, que foi obrigado a assistir ao restante da partida no vestiário alviverde.

Mesmo com esse “rolo” todo, Daiane Muniz não sugeriu nenhuma revisão e o VAR não interrompeu o jogo, ou seja, se manteve a decisão de campo. Para “sorte” do quadro de arbitragem, Raphael Veiga perdeu o pênalti e Félix Torres faria mais uma falta dois minutos depois e, assim, também foi expulso.

Ainda nos minutos finais, o VAR finalmente foi acionado, após uma briga entre jogadores das duas equipes. Ao assistir filmagens da confusão, Matheus Candançan expulsou Marcelo Lomba, goleiro reserva do Palmeiras, e José Martinez, volante do Corinthians.

Mesmo com tantas polêmicas, Daiane Muniz foi eleita a melhor Árbitra de Vídeo (VAR) desta última edição do Campeonato Paulista, em cerimônia realizada pela Federação Paulista de Futebol (FPF). 

Ao todo, a árbitra participou de 12 jogos nesta edição do campeonato, incluindo clássicos e partidas decisivas: 

  • Novorizontino 0 x 1 Ponte Preta (Paulistão)
  • Portuguesa 1 x 2 São Paulo (Paulistão)
  • Velo Clube 0 x 1 Mirassol (Paulistão)
  • Inter de Limeira 1 x 1 RB Bragantino (Paulistão)
  • Palmeiras 1 x 1 Corinthians (Paulistão)
  • Ferroviária 2 x 2 Santo André (Paulistão)
  • Portuguesa 2 x 2 Corinthians (Paulistão)
  • São Paulo 1 x 2 Ponte Preta (Paulistão)
  • Corinthians 2 x 0 Mirassol (Paulistão - Quartas de Final)
  • Corinthians 0 x 0 Palmeiras (Paulistão - Final)

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